A agricultura familiar vai contar este ano com R$ 18 bilhões em
crédito para custeio e investimentos, informou o ministro do
Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, ao falar para os novos prefeitos,
que encerram encontro em Brasília nesta quarta-feira (30). Os juros para
investimentos são de 1% a 2% ao ano, e para custeio entre 1,5% e 4% ao
ano, informou.
Segundo Vargas, estão encomendadas, dentro do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC 2), 4.669 retroescavadeiras e 4.855 motoniveladoras
para a recuperação de estradas vicinais em municípios com até 50 mil
habitantes. O primeiro lote, com 20 retroescavadeiras, foi entregue
ontem (29) em Sergipe, em cerimônia na cidade de Barra dos Coqueiros, com a presença da presidenta Dilma Rousseff.
Vão ser beneficiados 105 mil produtores rurais, que vão ganhar melhoria
nas estradas de acesso às suas propriedades. Pepe Vargas falou durante o
Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas,
que começou segunda-feira (28) e termina hoje. Aberto pela presidenta
Dilma Rousseff, o evento é organizado pelo governo federal e tem como
objetivo apresentar aos novos gestores os programas que têm reflexo
direto nas prefeituras.
Pepe Vargas destacou a importância das aquisições, dentro da
economia interna, pois o setor de máquinas só vende 2 mil unidades por
ano. O ministro pediu aos prefeitos empenho para “tirar da miséria um
grande contingente de produtores, muitos deles alvos do Programa Brasil
sem Miséria, e que podem sair da cultura de subsistência para a condição
de produtores que vendem o excedente do que produzem”.
Dentro da política de apoio aos pequenos produtores, ele citou os
benefícios do seguro de garantia para as safras, que deverá investir
este ano R$ 540 milhões em assistência técnica e extensão rural.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência
da República, Ideli Salvatti, presente à apresentação do ministro,
comentou que o Brasil, com seu grande território e o potencial de
água, “está predestinado a ser um grande produtor de alimentos”. Segundo
ela, o país “tem até a obrigação de produzir alimentos de qualidade,
que podem gerar renda para a economia e melhorar a condição de vida dos próprios trabalhadores”.
Lourenço Canuto/Davi Oliveira - Agência Brasil
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