sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Royalties de petróleo repassados aos municípios do NOF aumentam 6,1% em setembro e 15,9% no acumulado do ano

 

Conforme o gráfico acima ou 3º quadro da tabela abaixo, os royalties de petróleo repassados aos municípios do Noroeste Fluminense aumentaram 6,6% em janeiro, 29,5% em fevereiro, 34,3% em março, 14,7% em abril, 23,6% em maio, 11,7% em junho, 11,3% em julho, 8,5% em agosto e 6,1% em setembro na comparação com os respectivos meses do ano anterior.

Os porcentuais relativos a variação 2024-2025, mês a mês, de cada um dos 13 municípios da região estão expressos no terceiro quadro da tabela abaixo, assim como os valores absolutos de repasses referentes a 2024 e 2025 se encontram no primeiro e segundo quadros.

Na comparação com o mês anterior, em setembro aumentou 6,51%.

No acumulado do ano, janeiro a setembro, os repasses aos municípios aumentaram 15,9% na comparação com o mesmo período do ano anterir, propiciando R$ 267,395 milhões para os municípios do Noroeste Fluminense, distribuídos para cada um dos 13 municípios da região de acordo com a última coluna do primeiro quadro da tabela abaixo. 

Segundo especialistas da ANP, os royalties estão sujeitos a diversas variáveis, especialmente volumes de produção dos campos e poços, preço do petróleo e gás natural, taxa de câmbio, alteração legislativa e decisões judiciais. 

Os royalties são uma compensação financeira devida à União pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro como forma de compensar a sociedade pela utilização destes recursos, que não são renováveis. As empresas efetuam o pagamento à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Fazenda, que é responsável por repassar aos estados e municípios os recursos recebidos provenientes dos royalties conforme critérios definidos nas Leis 9.478/1997 e 7.990/1989. 



quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj aprova parecer favorável, com parecer da Comissão de Constituição e Justiça, a criação da APA Chauá em Miracema

 


Íntegra do parecer do relator Carlos Minc da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj:

PARECER


DA COMISSÃO DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE AO PROJETO DE LEI Nº 600/2023, QUE DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA APA CHAUÁ, LOCALIZADA NA REGIÃO DO CONDE, MUNICÍPIO DE MIRACEMA/RJ E DÁ PROVIDÊNCIAS.

Autoria: Deputados FLÁVIO SERAFINI e MARINA DO MST
Relatoria: Deputado CARLOS MINC

(FAVORÁVEL, COM PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA)


I – RELATÓRIO
Trata-se da análise do Projeto de Lei n.º 600/2023 dos nobres Deputados Flávio Serafini e Marina do MST, que “DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA APA CHAUÁ, LOCALIZADA NA REGIÃO DO CONDE, MUNICÍPIO DE MIRACEMA/RJ E DÁ PROVIDÊNCIAS”.

II – PARECER DO RELATOR
A proposta dos nobres deputados Flávio Serafini e Marina Do MST busca a criação de uma nova APA, Area de Proteção Ambiental do Chauá com 6,32 Km ² no Estado do Rio a ser administrada pelo Inea.
Encontram-se objetivos mais realistas na justificativa do projeto de lei, que cita, dentre outros, a proteção de espécies ameaçadas de extinção dentre elas o Chauá, ave presente na área e classificada como em perigo de extinção pela Lista de espécies da União Internacional para a conservação da natureza e dos Recursos naturais.
A Lei 9985/2000 que estabelece os mecanismos de criação, gestão e implementação de Unidades de Conservação no Brasil obriga, o órgão do poder executivo, gestor e proponente da Unidade de Conservação a realizar consulta pública e elaborar estudo técnico antes da criação, para que haja ampla divulgação e conhecimentos dos moradores e demais atores que serão beneficiados e ou afetados pela Unidade de Conservação a ser criada. Ocorre que na justificativa tal estudo técnico é mencionado como feito pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente. Contudo, não é competência do cito órgão elaborar estudos técnicos de criação de Unidades de Conservação e sim se manifestar favorável ou não, a criação de Unidades de Conservação, outrossim, não há registros da existência desse estudo técnico e nem a audiência pública nos canais oficiais de registro (Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Miracema) e demais sites correlatos. Ademais, mesmo que ambos tenham ocorrido, não seriam considerados no âmbito Estadual, uma vez que a obrigatoriedade deverá ser do Instituto Estadual do Ambiente que irá administrar a futura APA.
Importa registrar que, embora se registre na justificativa que o Estado não terá despesas com a criação da APA uma vez que a categoria não obrigue a desapropriação de imóveis existentes em seus limites, a gestão de uma APA exige a designação de cargo para chefia da Unidade de Conservação e de equipe mínima para a gestão, veículos de apoio, sobretudo para fiscalização.
Destaca-se também que o mapa fornecido no Anexo I do PL não corresponde ao memorial descritivo, no Anexo II, necessitando ser aprimorado após estudo e consulta.
Por fim, exigir que o Plano de Manejo da APA seja feito imediatamente após a data de publicação da lei, conforme consta no parágrafo único do Artigo 4º suprimido pelo parecer da comissão de Constituição e Justiça, é inviável do ponto de vista técnico e legal, pois ignora os procedimentos obrigatórios e o tempo necessário para a elaboração de um plano de manejo conforme previsto na Lei nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).
Sugerimos que esta Comissão ou os autores que solicitem o retorno da baixa em diligência enviado ao Instituto Estadual do Ambiente pela Comissão de Constituição e Justiça através do Ofício GPCCJ nº 016/2024.
Diante do exposto, o Projeto de Lei n.º 600/2023 garante direito fundamental em seu ordenamento jurídico e mérito, razão pela qual o parecer conclui de forma FAVORÁVEL, COM PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA.
Sala das Comissões, 23 de setembro de 2025.
Deputado CARLOS MINC - Relator

III – CONCLUSÃO
A Comissão de Defesa do Meio Ambiente, na 5ª Reunião Ordinária, realizada por meios remotos, aprovou o parecer do relator, FAVORÁVEL, COM PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA ao Projeto de Lei nº 600/2023.
Sala das Comissões, 24 de setembro de 2025.
(a) Deputados JORGE FELIPPE NETO – Presidente; RENATO MACHADO, Vice-Presidente; CHICO MACHADO, e ANDRÉ CORRÊA, membros titulares e RENAN JORDY, MARCELO DINO e PROFESSOR JOSEMAR, membros suplentes.

__________________

Link para acompanhamento da tramitação do PL 600/2023 na Alerj 


sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Fazenda Liberdade, em Miracema



 Em 02/10/25. O ipê-amarelo da segunda foto é o mesmo que aparece do lado esquerdo da primeira foto

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Noroeste fluminense abre 333 postos de emprego formal em agosto e 2.874 no acumulado do ano

 

Em agosto, o Noroeste Fluminense abriu 333 vagas de emprego com carteira assinada (+309 na microrregião Itaperuna e +24 na microrregião Santo Antônio de Pádua). No ano anterior a região abriu 369 vagas neste mesmo mês.

Entre os municípios, Itaperuna liderou com a criação de 152 vagas, em seguida Italva (54), Miracema (46), , Bom Jesus do Itabapoana (35), Varre-Sai (22), Porciúncula (18), Natividade (15), Laje do Muriaé (13), São José de Ubá (10) e Itaocara (9). Aperibé, Cambuci e Santo Antônio de Pádua registrarm saldo negativo: -7, -5 e -29, respectivamente.

Entre os cinco principais setores da economia, 4 tiveram saldo positivo, tendo destaque Indústra com 147 novas vagas, (+137 na microrregião Itaperuna e +10 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Serviços com 92 novas vagas (+59 na microrregião Itaperuna e +33 na microrregião Santo Antônio de Pádua).

No acumulado do ano, janeiro a agosto, a região criou 2.874 vagas (+2.409 na microrregião Itaperuna e +465 na microrregião Santo Antônio de Pádua). Neste mesmo período do ano anterior a região registrou abertura de 2.094 vagas.

Conforme o gráfico acima ou a tabela abaixo, todos municípios da região registraram saldo positivo.
 
Entre os principais setores da economia, apenas o setor Agropecuário registrou saldo negativo (de apenas -1 vaga). Em destaque Indústria, que criou 1.615 vagas (+1.543 na microrregião Itaperuna e +72 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Serviços com abertura de 955 vagas (+653 na microrregião Itaperuna e +302 na microrregião Santo Antônio de Pádua).


Em agosto, a região registrou Estoque de empregos formais de 57.626 postos ocupados.

Municípios compreendidos na microrregião Itaperuna: Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula e Varre-Sai; e na microrregião Santo Antônio de Pádua: Aperibé, Cambuci, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São José de Ubá. 

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Situação Fiscal de municípios no Noroeste Fluminense é preocupante, aponta Firjan

Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), que analisa as contas de mais de cinco mil municípios brasileiros em quatro indicadores, aponta que região tem o pior desempenho no estado do Rio. Cidades fluminenses investem, em média, somente 4,6% da receita

Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2025


A nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) aponta que as cidades do estado do Rio de Janeiro destinam, em média, somente 4,6% da receita para investimentos – menos da metade da média nacional, de 10,2%. Foram avaliadas as contas de 83 municípios no estado. Abaixo da média estadual (0,5587), os municípios do Noroeste Fluminense encerraram 2024 em situação fiscal bastante preocupante: o IFGF médio da região foi de 0,4581 ponto. Este foi o pior desempenho entre as regiões do Rio de Janeiro. 

Em geral, os municípios fluminenses registram 0,3715 ponto no indicador de Investimentos do estudo, que varia de zero a um ponto, e são os que menos priorizam investimentos públicos no Brasil. Na região Noroeste Fluminense, na análise por município, Italva (IFGF: 0,6938) apresentou a melhor situação fiscal ao registrar baixo comprometimento do orçamento com despesas obrigatórias e excelente planejamento financeiro. No entanto, a maioria dos municípios ainda enfrenta limitações severas para gerar receitas próprias e investir no desenvolvimento local. Já Itaperuna (0,5762), o maior município do Noroeste, terminou o ano em situação fiscal difícil, sobretudo, devido ao nível crítico de investimentos públicos.

“Chama ainda mais atenção o fato de que esse péssimo resultado foi em momento de conjuntura econômica favorável no país em 2024 e maior repasse de recursos para os municípios. Toda a sociedade precisa acompanhar e cobrar dos gestores maior compromisso com o dinheiro público. Não podemos aceitar esse cenário”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

O presidente da Firjan defende também que as cidades desenvolvam ações para estimular a economia e gerar recursos localmente. “Assim, além de não ficarem tão vulneráveis aos ciclos econômicos, darão oportunidades para a população, com melhoria da renda e da qualidade de vida”, reforça Caetano.

Com base em dados declarados pelas prefeituras, o IFGF analisa as contas de 5.129 municípios brasileiros e é composto pelos indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Após a análise de cada um deles, a situação das cidades é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto).

Os municípios da região Noroeste Fluminense enfrentam sérias fragilidades em Autonomia (0,2384 pontos) e níveis críticos de Investimentos (0,2979 pontos), o que compromete o fortalecimento de suas economias locais no longo prazo.

Para Varre-Sai (0,3455), Aperibé (0,2976), São José de Ubá (0,2235) e Porciúncula (0,1689) o quadro fiscal é ainda mais preocupante. Além da falta de priorização dos investimentos públicos no orçamento, essas cidades também terminaram o ano de 2024 com nota zero no IFGF Autonomia, o que significa que existe alta dependência por transferências da União para custear despesas essenciais, como a manutenção da Câmara municipal e da Prefeitura.

Na contramão da média das cidades brasileiras, que apresentaram situação fiscal mais favorável diante da conjuntura de 2024, a média dos municípios fluminenses piorou, registrando 0,5587 ponto (gestão em dificuldade).

Os dados dos municípios Laje do Muriaé e Miracema não foram avaliados devido à indisponibilidade ou inconsistência nas informações declaradas.


Geração de receita local está entre os principais desafios dos municípios fluminenses

Na análise por indicadores, o de Autonomia apresenta o segundo pior resultado das cidades fluminenses, com 0,4373 ponto (gestão em dificuldade). O indicador mostra se as receitas oriundas da atividade econômica local suprem as despesas essenciais para o funcionamento da máquina pública municipal. A média fluminense revela a alta dependência das cidades por transferências – realidade muito próxima a observada no restante do país.

Já no indicador de Gastos com Pessoal, que aponta quanto os municípios gastam com o pagamento de pessoal em relação ao total da Receita Corrente Líquida, a média fluminense é de 0,7174 ponto (boa gestão). O resultado é influenciado pelo forte crescimento do orçamento total - e não pelo ajuste na folha de pagamentos, medida que atualmente não é possível por conta da legislação.

Apesar da média positiva, a análise individualizada revela que dezesseis prefeituras comprometem mais de 54% da receita com gastos com pessoal. Nesse grupo, cinco municípios (Cabo Frio, Engenheiro Paulo de Frontin, Itaguaí, São Sebastião do Alto e Seropédica) destinam mais de 60% da receita para esse tipo de despesa, ultrapassando o limite máximo determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

No IFGF Liquidez, que verifica se as prefeituras estão postergando pagamentos de despesas para o exercício seguinte sem a devida cobertura de caixa, os municípios fluminenses registram 0,7086 ponto (boa gestão), resultado também influenciado pelo aumento de receita total. Porém, mesmo nesse contexto, sete prefeituras fluminenses (Barra do Piraí, Comendador Levy Gasparian, Itaguaí, Mangaratiba, Porciúncula, Rio Bonito e Rio das Flores) têm nota zero no indicador por fecharem 2024 sem recursos em caixa para cobrir suas obrigações financeiras.

Cenário dos municípios brasileiros melhora diante de conjuntura econômica e maior repasse de recursos, mas 36% deles ainda têm situação difícil ou crítica

Num contexto de conjuntura econômica favorável e maior repasse de recursos, o cenário fiscal das cidades brasileiras melhorou e, em média, registram 0,6531 ponto (boa situação) no IFGF. Porém, 36% delas - com 46 milhões de pessoas - ainda têm situação fiscal difícil ou crítica. As capitais Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS), por exemplo, têm situação difícil. Vitória (ES) é a única capital a alcançar nota máxima no estudo.

“É fundamental considerarmos que o cenário está melhor por conta dos resultados econômicos de 2024 e de maior repasse de recursos, mas que isso pode não se repetir em outros momentos. Também é importante frisar que, mesmo com maior folga fiscal, continuamos com uma parcela significativa de cidades em situação desfavorável, evidenciando desigualdades históricas e mantendo o Brasil longe de patamar elevado de desenvolvimento”, destaca o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Somente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi registrado o total de R$ 177 bilhões de repasses em 2024. Caetano ressalta que as cidades precisam melhorar a geração de recursos para não continuarem tão dependentes de transferências.

O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, reforça que, diante do quadro geral apresentado pelo estudo, reformas são essenciais para tornar a gestão municipal mais eficiente para o desenvolvimento do país. “Entre os principais pontos que precisam ser considerados estão os critérios de distribuição de recursos, que necessitam de revisão para incluir regras que estimulem os gestores públicos a ampliarem a arrecadação local e que garantam qualidade no gasto público. A reforma administrativa para permitir a flexibilização do orçamento e a otimização das despesas de pessoal também é uma questão de extrema importância, além de outras que destacamos no estudo”, diz Goulart.

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Acesse o IFGF em www.firjan.com.br/ifgf. Através desse link é possível consultar análise geral, dados específicos dos municípios e série histórica do estudo.

Firjan - Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Republicação ICMS Ecológico 2025 ano fiscal 2026 (Port. CEPERJ/PRESI 8878/25): Aperibé é destaque no NOF

 

Os dados trabalhados para cálculo das pontuações do IFCA (Índice Final de Conservação Ambiental) do ICMS Ecológico estabelecido em 2025 para o ano fiscal de 2026 são referentes a 2024.

Entre os municípios do Noroeste Fluminense, Aperíbé se destacou com a pontuação 0,9146, em seguida São José de Ubá (0,412), ...

Aperibé e Itaperuna foram os únicos municípos da região a pontuarem no IrTE (Índice relativo de Tratamento de Esgoto), que vem a ser um dos índices relativos que compõem o IFCA, com as pontuações 0,03364 e 0,00043, respectivamete.


No IrDR (Índice relativo de Destinação de Resíduo Sólido), que também compõe o IFCA, São José de Ubá se destacou com a pontuação 0,01875, em seguida Itaperuna (0,01489), ...

Obs.: Miracema foi o único município a não fornecer informações para o cálculo deste índice.


A seguir a tabela com os índices obtidos pelos município do NOF:

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Royalties de petróleo repassados aos municípios do NOF aumentam 8,5% em agosto e 17,3% no acumulado do ano

 

Conforme o gráfico acima ou 3º quadro da tabela abaixo, os royalties de petróleo repassados aos municípios do Noroeste Fluminense aumentaram 6,6% em janeiro, 29,5% em fevereiro, 34,3% em março, 14,7% em abril, 23,6% em maio, 11,7% em junho, 11,3% em julho e 8,5% em agosto na comparação com os respectivos meses do ano anterior.

Os porcentuais relativos a variação 2024-2025, mês a mês, de cada um dos 13 municípios da região estão expressos no terceiro quadro da tabela abaixo, assim como os valores absolutos de repasses referentes a 2024 e 2025 se encontram no primeiro e segundo quadros.

Na comparação com o mês anterior, em agosto aumentou 5,48%.

No acumulado do ano, janeiro a agosto, os repasses aos municípios aumentaram 17,3% na comparação com o mesmo período do ano anterir, propiciando R$ 236,302 milhões para os municípios do Noroeste Fluminense, distribuídos para cada um dos 13 municípios da região de acordo com a última coluna do primeiro quadro da tabela abaixo. 

Segundo especialistas da ANP, os royalties estão sujeitos a diversas variáveis, especialmente volumes de produção dos campos e poços, preço do petróleo e gás natural, taxa de câmbio, alteração legislativa e decisões judiciais. 

Os royalties são uma compensação financeira devida à União pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro como forma de compensar a sociedade pela utilização destes recursos, que não são renováveis. As empresas efetuam o pagamento à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Fazenda, que é responsável por repassar aos estados e municípios os recursos recebidos provenientes dos royalties conforme critérios definidos nas Leis 9.478/1997 e 7.990/1989. 




segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Repasses constitucionais do ERJ a Miracema aumentam 23% em julho e 8% no acumulado do ano

 

Conforme o gráfico acima, os repasses constitucionais do estado do RJ a Miracema caíram -6,42% em janeiro e -16,33% em março, e aumentaram 22,19% em fevereiro, 24,44% em abril, 3,84% em maio, 3,48% em junho e 23,27% em julho na comparação com estes mesmos meses do ano anterior. 

Na comparação com o mês anterior, em julho aumentou 52,30%. 

No acumulado do ano, janeiro a julho, os repasses a Miracema aumentaram 7,67% na comparação com o mesmo período do ano anterior, o que proporcionou R$ 21,907 milhões aos cosfres públicos do município.



sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Aperibé é destaque na região no ICMS Ecológico 2025 ano fiscal 2026

AS INFORMAÇÕES NAS QUAIS ESTA POSTAGEM SE BASEOU (Port. CEPERJ/PRESI 8876/25) FORAM REPUBLICADAS PELA Port. CEPERJ/PRESI 8878/25.




Os dados trabalhados para cálculo das pontuações do IFCA (Índice Final de Conservação Ambiental) do ICMS Ecológico estabelecido em 2025 para o ano fiscal de 2026 são referentes a 2024.

Entre os municípios do Noroeste Fluminense, Aperíbé se destacou com a pontuação 0,9146, em seguida Itaperuna (0,01489), ...

Aperibé e Itaperuna foram os únicos municípos da região a pontuarem no IrTE (Índice relativo de Tratamento de Esgoto), que vem a ser um dos índices relativos que compõem o IFCA, com as pontuações 0,0338 e 0,00043, respectivamete.


No IrDR (Índice relativo de Destinação de Resíduo Sólido), que também compõe o IFCA, São José de Ubá se destacou com a pontuação 0,01875, em seguida Itaperuna (0,01489), ...

Obs.: Miracema foi o único município a não fornecer informações para o cálculo deste índice.


A seguir a tabela com os índices obtidos pelos município do NOF:



Estimativa do IBGE aumenta a população do Noroeste Fluminense para 340.092 habitantes

Segundo estimativa do IBGE, o Noroeste Fluminense passa a ter 340.092 habitantes a partir de 1º/07/2025, o que representa aumento de 4,95% na comparação com o Censo de 2022.


Conforme o gráfico acima, todos os 13 municípios da região tiveram aumento na população,

As estimativas populacionais municipais realizadas pelo IBGE são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios. 



quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Noroeste fluminense abre 257 postos de emprego formal em julho e 2.536 no acumulado do ano


Em julho, o Noroeste Fluminense abriu 257 vagas de emprego com carteira assinada (+218 na microrregião Itaperuna e +39 na microrregião Santo Antônio de Pádua). No ano anterior a região abriu 433 vagas neste mesmo mês.

Entre os municípios, Itaperuna liderou com a criação de 100 vagas, em seguida Bom Jesus do Itabapoana (73), Varre-Sai (23), Cambuci (21), Aperibé (19), Natividade (17), Santo Antônio de Pádua (16), Itaocara (13), Porciúncula (8) e Italva (3). Laje do Muriaé, Miracema e São José de Ubá registraram saldo negativo (-6, -19 e -11, respectivamente).

Entre os cinco principais setores da economia, 4 tiveram saldo positivo, tendo destaque Comércio com 115 novas vagas, (+103 na microrregião Itaperuna e +12 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Serviços com 99 novas vagas (+60 na microrregião Itaperuna e +39 na microrregião Santo Antônio de Pádua).

No acumulado do ano, janeiro a julho, a região criou 2.536 vagas (+2.101 na microrregião Itaperuna e +435 na microrregião Santo Antônio de Pádua). Neste mesmo período do ano anterior a região registrou abertura de 1.758 vagas.

Conforme o gráfico acima ou a tabela abaixo, 12 municípios da região registraram saldo positivo.
 
Entre os principais setores da economia, apenas o setor Agropecuário registrou saldo negativo. Em destaque Indústria, que criou 1.469 vagas (+1.407 na microrregião Itaperuna e +62 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Serviços com abertura de 867 vagas (+598 na microrregião Itaperuna e +269 na microrregião Santo Antônio de Pádua).


Em julho, a região registrou Estoque de empregos formais de 57.286 postos ocupados.

Municípios compreendidos na microrregião Itaperuna: Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula e Varre-Sai; e na microrregião Santo Antônio de Pádua: Aperibé, Cambuci, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São José de Ubá. 

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

O Índice de Progresso Social dos municípios do Noroeste Fluminense - 2025


O IPS é composto por dados socioambientais e de resultado, ou seja, o IPS não mede a quantidade de infraestrutura ou recurso investido em um município, o IPS mede se essa infraestrutura ou esse recurso estão trazendo resultados para as pessoas.

Entre os 13 municípios da região, Aperibé foi destaque no IPS (65,11), em seguida Miracema (63,27), Natividade (62,20), Italva (61,88), ...

Conheça o IPS BRASIL

O Brasil precisa de uma nova medida que avalie e quantifique o que realmente importa para as pessoas indo além do contexto econômico, afinal, desenvolvimento econômico não necessariamente representa desenvolvimento social. O Índice de Progresso Social Brasil, desenvolvido por meio da metodologia do Social Progress Imperative, foi criado para atender a essa necessidade. Ele é uma ferramenta de gestão territorial baseada em dados públicos, que identifica e apresenta, em uma mesma escala, se as pessoas têm o que precisam para prosperar, desde necessidades básicas como abrigo, alimentação e segurança, até se possuem acesso à informação e comunicação, e se são tratadas igualmente, independentemente de gênero, raça ou orientação.

O IPS Brasil é o índice mais completo da realidade socioambiental de todos os 5.570 municípios do país. O índice proporciona um panorama multidimensional e acessível sobre a performance de municípios e estados em atender às necessidades básicas de seus cidadãos.

O IPS Brasil 2025 é composto por 57 indicadores secundários de fontes públicas que são exclusivamente sociais, ambientais e que medem resultados, não investimentos. Essas variáveis foram agregadas em um índice geral, com nota de 0 a 100, e índices para 3 dimensões (Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades) e 12 componentes (Nutrição e Cuidados Médicos Básicos, Água e Saneamento, Moradia, Segurança Pessoal, Acesso ao Conhecimento Básico, Acesso à Informação e Comunicação, Saúde e Bem-estar, Qualidade do Meio Ambiente, Direitos Individuais, Liberdades Individuais e de Escolha, Inclusão Social e Acesso à Educação Superior).  https://ipsbrasil.org.br/pt

Obs.: o Fantástico de ontem (24/08) apresentou reportagem sobre o IPS.


quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Eletrobras reintroduzirá 3 mil peixes da espécie Piabanha no rio Paraíba do Sul

Projeto marca o início de um movimento de restauração da ictiofauna ameaçada de extinção e do ecossistema de um dos rios mais importantes da região Sudeste

A Eletrobras e o Projeto Piabanha, organização dedicada à recuperação da ictiofauna do rio Paraíba do Sul, realizaram, no dia 19 de agosto, a primeira reintrodução experimental de 3 mil espécimes de Piabanha (Brycon insignis). A ação integra um projeto de R$ 4,3 milhões que terá duração de três anos e pretende reintroduzir 76 mil exemplares de Piabanha e de Surubim-do-Paraíba (Steindachneridion parahybae) na bacia do Paraíba do Sul. As espécies são ameaçadas de extinção.

 

A reintrodução ocorreu na calha principal do rio, no município de Três Rios (RJ), pois a Piabanha necessita de áreas livres para estabelecer populações saudáveis. Os peixes passaram por um processo de reprodução e crescimento por cerca de nove meses pelo Projeto Piabanha para garantir a plena adaptação ao ambiente natural.

 

Segundo Cláudio Lopes Soares, biólogo da Eletrobras e coordenador do Programa, um dos objetivos é garantir a restauração populacional com variabilidade genética para perenizar essas espécies na região do Médio Paraíba. Ele reforça que os peixes são essenciais para o equilíbrio bioecológico da bacia do Paraíba do Sul.

 

“O meio ambiente local será beneficiado a partir do momento que as populações se restabelecerem, com as espécies ameaçadas de extinção voltando ao ambiente de origem e incrementando a biodiversidade local. Pretendemos reestruturar as populações e criar uma conscientização ambiental na comunidade local sobre a biodiversidade de peixes no rio”, explica o especialista.

 

Ação de reintrodução de peixes no Rio Paraíba do Sul. Crédito: Eletrobras / Divulgação.

 

A iniciativa contempla quatro etapas: reintrodução experimental, educação ambiental, análise do perfil genético e monitoramento dos exemplares reintroduzidos. Os peixes serão identificados por meio de marcação externa colorida, possibilitando, após a recaptura na etapa de monitoramento, acompanhar sua distribuição, deslocamentos, reprodução e sobrevivência ao longo do tempo.

 

O projeto, que atende condicionante da Licença de Operação Ambiental da Usina Hidrelétrica de Simplício (MG), visa restaurar a biodiversidade local e o importante papel ecológico dessas espécies no trecho médio do rio Paraíba do Sul. No primeiro ano do programa, a meta é reintroduzir 15 mil espécimes de Piabanha e 5 mil de Surubins-do-Paraíba, com tamanhos entre 14 e 17 cm. A partir do segundo ano, os números sobem para 20 mil e 8 mil indivíduos, respectivamente.

 

A iniciativa conta com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade (ICMBio), por meio do Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Aquáticas da Bacia do Rio Paraíba do Sul (PAN Paraíba do Sul), e tem a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).


Release FSB Comunicação

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

A valorização das RPPN no ICMS Ecológico do RJ


Os repasses de ICMS Ecológico por hectare aos municípios referentes às RPPN sob o IrAP (Índice relativo de Áreas Protegidas) são superiores aos repasses para as demais unidades de conservação (REVIS, APA e Parque Natural), chegando a ser cerca de quatro vezes maior que os repasses para APA ou Parque Natural. Conforme o gráfico acima, em 2024 as RPPN de Miracema receberam R$ 86,47 por hectare, enquanto a APA e Parque Natural receberam R$ 21,62, e o REVIS recebeu R$ 64,85.

As unidades de conservação municipais (APA, Parque Natural e REVIS) também recebem um adicional através do IRPAM (Índice relativo de Áreas Protegidas Municipais), mas mesmo com este adicional os repasses para as RPPN são superiores aos destinados a APA e Parque Natural, sendo inferior apenas ao repasse destinado ao REVIS acrescido deste adicional.

RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural) é uma unidade de conservação brasileira, de domínio privado, criada por proprietários de terras que desejam proteger a biodiversidade e os ecossistemas em suas propriedades de forma voluntária.

O que caracteriza uma RPPN:
  • Propriedade privada: a área continua sob posse do proprietário, mas com um compromisso de conservação gravado na matrícula do imóvel;
  • Conservação da biodiversidade: o objetivo principal é proteger a flora, a fauna e os ecossistemas presentes na área;
  • Uso sustentável: permite atividades como pesquisa científica, educação ambiental e ecoturismo, de acordo com as normas estabelecidas; e
  • Benefícios para o proprietário: além da satisfação em contribuir para a conservação, a RPPN pode gerar benefícios como isenção de ITR, prioridade em análises de projetos ambientais e acesso a recursos financeiros para projetos de conservação.


quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Pesquisa no MapBiomas indica desmatamento na Mata Atlântica do estado do Rio de 72 hectares no primeiro semestre/2025

No primeiro semestre do ano, 72,3 hectares de vegetação nativa da Mata Atlântica foram suprimidos no estado do Rio, segundo pesquisa no MapBiomas Alerta. Os desmatamentos se concentraram em três meses: janeiro (9,6 ha), fevereiro (38,64 ha) e abril (23,79 ha).

Ainda segundo o MapBiomas, foram 38 ocorrências de desmatamento, sendo que em nenhuma delas houve autorização, 7 ocorreram em Unidade de Conservação, uma em assentamento, uma em Reserva Legal, 38 em Território Especial, 25 em Reserva da Biosfera e tiveram como vetor de pressão: agricultura (20), expansão urbana (15), mineração (1) e causa natural (1).


Nota Informativa do MapBiomas

O MapBiomas Alerta é um sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento de vegetação nativa em todos os biomas brasileiros com imagens de alta resolução.

Este sistema está em constante desenvolvimento pela rede colaborativa de co-criadores do MapBiomas contando com sugestões dos órgãos governamentais usuários (ex. MMA, IBAMA, SFB, ICMBio, MPF e TCU) e os provedores de alertas (ex. INPE, IMAZON, Universidade de Maryland, ISA, e outros).

IMPORTANTE!

O MapBiomas Alerta publica toda e qualquer perda de vegetação nativa detectada pelos sistemas provedores de alertas e validada em imagens de satélite de alta resolução. O MapBiomas informa que não realiza avaliação sobre legalidade, responsabilidade e/ou restrição acerca dos alertas de desmatamento validados e publicados nesta plataforma. Essa avaliação é de exclusiva competência dos órgãos públicos e/ou das instituições privadas e financeiras que podem acessar livremente os dados disponibilizados pelo MapBiomas Alerta. O MapBiomas não se responsabiliza pelas decisões tomadas por esses órgãos e instituições com base nos alertas publicados, pois estes contêm dados objetivos e concretos sobre a existência de desmatamento (perda de vegetação nativa).

A seguir alguns esclarecimentos sobre o escopo e as limitações dos dados dos alertas:

  1. Período dos alertas: a fase operacional busca avaliar todos os alertas de desmatamento detectados no país a partir de janeiro de 2019. Os alertas anteriores a esse período (outubro a dezembro de 2018) representam a fase pré-operacional com uma amostra dos alertas do período, e não aparecem nas estatísticas e no mapa (apenas continuam no banco de dados da plataforma para consulta por meio dos seus respectivos códigos do alerta). A data de detecção é aquela em que o alerta foi gerado pelos provedores (ex. DETER, SAD, GLAD) e não necessariamente representa o momento em que o desmatamento ocorreu. Desmatamentos detectados em 2019, por exemplo, podem ter se iniciado ou ter acontecido em 2018. Os dados do ano corrente são sempre parciais, sujeitos a alteração, devido ao tempo de processamento e publicação dos alertas. Quando os dados para um ano são consolidados, sistematizamos e publicamos o Relatório Anual do Desmatamento (RAD), o qual fica disponível no site do MapBiomas Alerta (http://alerta.mapbiomas.org/relatorio).
  2. Área do alerta: Durante a etapa de refinamento do polígono é aplicado um processo de generalização que pode ocasionar uma variação de até 5% (para mais ou para menos) na área final. A área mínima do desmatamento para ser publicado na Plataforma do MapBiomas Alerta é 0,3 hectares. Para ser considerado sobreposição com CAR a área mínima também é de 0,3 ha
  3. Vegetação não lenhosa: o MapBiomas Alerta utiliza os indícios de desmatamento dos sistemas DETER/INPE, SAD/IMAZON, GLAD/Univ. Maryland, SIRAD-X/ISA, SAD Caatinga/UEFS-Geodatin, SAD Mata Atlântica/SOS Mata Atlântica-Arcplan, SAD Pantanal/SOS Pantanal-ArcPlan, SAD Pampa/Geokarten-UFRGS e SAD Cerrado/IPAM. Destes sistemas apenas o DETER-Cerrado gera alertas em vegetação não lenhosa. Portanto, apenas no bioma Cerrado é monitorado o desmatamento em vegetação campestre. Nos demais biomas o desmatamento em vegetação não lenhosa só é identificado no MapBiomas Alerta quando associado a indícios de desmatamento em formações florestais e savânicas (veja mais sobre as fontes de dados e o método no site http://alerta.mapbiomas.org/). Nota Explicativa do Desmatamento no Pampa.
  4. Embargos: as áreas de embargo correspondem aquelas disponibilizadas no geo-serviço do IBAMA e do ICMBio (http://siscom.ibama.gov.br/geoserver/) e podem estar incompletas em relação aos embargos estaduais e municipais.
  5. Cadastro Ambiental Rural: os dados do Cadastro Ambiental Rural são aqueles consultados por geo-serviço do SICAR gerido pelo Serviço Florestal Brasileiro. Imóveis que estejam cadastrados nos estados e não tenham sido sincronizados com o SICAR não são contemplados.
  6. Autorizações de supressão de vegetação nativa: as autorizações de uso alternativo e supressão da vegetação, bem como planos de manejo florestal, têm como fonte o SINAFLOR/IBAMA que integra os dados de todos os estados brasileiros, com limitações de atualizações. Para os estados do Pará e Mato Grosso, as informações foram obtidas dos geo-serviço das SEMAs destes estados (https://monitoramento.semas.pa.gov.br/monitoramento/#/sig e http://monitoramento.sema.mt.gov.br/simlam/). As autorizações feitas no âmbito municipal podem estar incompletas, assim como as autorizações emitidas pelos estados anteriores à implementação do SINAFLOR em 2018.
  7. Legalidade, responsabilidade e/ou restrição acerca dos alertas de desmatamento validados e publicados na plataforma: este tipo de avaliação não é feita pelo MapBiomas, cabendo aos usuários (órgãos ambientais, instituições financeiras etc) buscar este tipo de informação junto às autoridades competentes ou aos seus clientes.
  8. Alertas pendentes: o propósito é revisar todos os alertas gerados pelos principais sistemas, no entanto, parte dos alertas pode ter seu processo de validação pendente por motivos diversos (ex. falta de imagem por cobertura de nuvem, excesso de alertas em meses de maior quantidade de desmatamento etc.). A quantidade de alertas pendentes pode variar ao longo do tempo, já que são continuamente produzidos e publicados.
  9. Omissões: o MapBiomas não gera alertas próprios e depende da qualidade dos sistemas que operam em território brasileiro para evitar omissões. O desenvolvimento de novos sistemas de detecção de alertas e a inclusão deles como fonte no MapBiomas Alerta tem reduzido omissões e permitindo a correta identificação dos desmatamentos em todos os biomas.
  10. Alguns alertas foram revisados após a publicação na plataforma e CANCELADOS por motivo de limpeza de pasto ou bordas, silvicultura ou outros. Estes alertas não aparecem nas estatísticas e nem no mapa. Mas, eles continuam no banco de dados da plataforma para consulta por meio dos seus respectivos códigos do alerta.
  11. A iniciativa MapBiomas Alerta está em constante melhoria e atualização para que informações que qualifiquem os alertas (propriedades do SIGEF, imóveis do CAR, limites das Unidades de Conservação, autorização de supressão da vegetação ou uso alternativo do solo, embargos e desembargos, ações de fiscalização, etc.) estejam o mais atualizadas e completas possível. Sempre disponibilizamos a fonte, mês e ano que foram consultadas tais bases para que os(as) usuários(as), quando necessário, possam utilizar as informações oficiais mais atualizadas em suas análises e decisões.

Brasil perdeu 111,7 milhões de hectares de áreas naturais em 40 anos

É o que mostra a Coleção 10 de mapas anuais do MapBioma

Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 13/08/2025 - 08:05
Brasília

© Reuters/Ueslei Marcelino

Uma área maior que a Bolívia é o tamanho do território brasileiro que teve a vegetação nativa convertida em função da atividade humana entre os anos de 1985 e 2024. Foram 111,7 milhões de hectares, ou o equivalente a 13% de todo o país, segundo a Coleção 10 de mapas anuais de cobertura e uso da terra do MapBioma, divulgada nesta quarta-feira (13).

O estudo revela ainda que esses 40 anos reúnem os períodos mais intensos de perda das áreas naturais, desde a colonização do Brasil. Segundo o pesquisador Tasso Azevedo, coordenador-geral do MapBiomas, 60% de toda a área foi gradualmente ocupada pela agropecuária, a mineração, as cidades, infraestrutura e outras atividades antes do período estudado. “Os 40% restantes dessa conversão ocorreram em apenas quatro décadas, de 1985 a 2024”, afirma.

Nesse período, o Brasil perdeu, em média, 2,9 milhões de hectares de áreas naturais por ano. A formação florestal foi a mais suprimida, com redução de 62,8 milhões de hectares, o equivalente ao território da Ucrânia.

As áreas úmidas, que envolvem floresta alagável, campo alagado, área pantanosa, apicum, mangue e corpos de água e reservatórios, também diminuíram ao longo desses 40 anos, com redução de 22% em todo o país.

A maior parte do cenário modificado recebeu o uso de pastagem, com 62,7 milhões de hectares, e agricultura, com outros 44 milhões. Os estados que tiveram o território mais ocupados pela agricultura foram o Paraná, com 34%; São Paulo, com 33%; e o Rio Grande do Sul, que tem 30% da área ocupada pela atividade.

De acordo com os pesquisadores, a pecuária, no acumulado de todo o período, tem maior atuação na supressão de áreas naturais por causa do crescimento da agropecuária em áreas já abertas anteriormente pela pastagem. “De forma geral, a expansão da pecuária parou no início dos anos 2000 e começou a se estabilizar. Atualmente, ela tem pequena tendência de queda da conversão”, diz Tasso Azevedo.

Biomas

Nas quatro décadas pesquisadas, a Amazônia foi o bioma que perdeu a maior extensão de cobertura verde. Foram 52,1 milhões de hectares. O Cerrado teve 40,5 milhões de hectares de vegetação nativa suprimidos

A área natural da Caatinga convertida foi de 9,2 milhões de hectares e a da Mata Atlântica, de 4,4 milhões.

O Pantanal, por sua vez, teve 1,7 milhão de hectares e o Pampa perdeu 3,8 milhões, sendo o bioma que teve maior perda de vegetação nativa proporcional ao tamanho do território: 30%.

Histórico

Na primeira década, até 1994, foi registrado aumento de 36,5 milhões de hectares de áreas antrópicas, convertidas principalmente em pastagens, mesmo sendo o período em que 30% dos municípios registraram o maior crescimento de área urbanizada.

A transformação mais significativa ocorreu na década seguinte, quando a conversão de cobertura verde para agropecuária totalizou 44,8 milhões de hectares no país. Dessa área, a expansão da agricultura representou 35,6 milhões de hectares. Também foi nesse período que o chamado Arco do Desmatamento na Amazônia se consolidou.

Nos últimos 40 anos, o período entre 2005 e 2014 foi o que menos sofreu mudança de uso do solo, quando 17,6 milhões de hectares de vegetação nativa foram suprimidos no país. A maior parte afetada - 15,4 milhões – foi de floresta, que inclui formação florestal, savânica, floresta alagável, mangue e restinga arbórea.

Nos últimos dez anos, a degradação da cobertura verde voltou a crescer, segundo o estudo. Enquanto a mineração aumentou, principalmente na Amazônia, a expansão agrícola desacelerou em todos os biomas, não impedindo o surgimento de mais uma área de desmatamento na região: a Amacro (Amazonas, Acre e Rondônia).

Uso do solo

O estudo do Mapbiomas é o mais completo já realizado no Brasil sobre o uso do solo, com 30 classes mapeadas e dados de 40 anos. Nesta edição, o levantamento recebeu mais uma classe com o mapeamento de usinas fotovoltaicas, que se expandiram pelo país entre 2015 e 2024, com 62% da área mapeada concentrada na Caatinga. “É a primeira vez que a gente acrescenta uma classe de infraestrutura como mapeável dentro dos biomas, que é a classe das fazenda solares e que virou um uso da terra no Brasil”, destaca Tasso Azevedo.

Edição: Graça Adjuto

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Royalties de petróleo repassados aos municípios do NOF aumentam 11% em julho e 19% no acumulado do ano

 

Conforme o gráfico acima ou 3º quadro da tabela abaixo, os royalties de petróleo repassados aos municípios do Noroeste Fluminense aumentaram 6,6% em janeiro, 29,5% em fevereiro, 34,3% em março, 14,7% em abril, 23,6% em maio, 11,7% em junho e 11,3% em julho na comparação com os respectivos meses do ano anterior.

Os porcentuais relativos a variação 2024-2025, mês a mês, de cada um dos 13 municípios da região estão expressos no terceiro quadro da tabela abaixo, assim como os valores absolutos de repasses referentes a 2024 e 2025 se encontram no primeiro e segundo quadros.

Na comparação com o mês anterior, em junho recuou 0,53%.

No acumulado do ano, janeiro a julho, os repasses aos municípios aumentaram 18,7% na comparação com o mesmo período do ano anterir, propiciando R$ 207,110 milhões para os municípios do Noroeste Fluminense, distribuídos para cada um dos 13 municípios da região de acordo com a última coluna do primeiro quadro da tabela abaixo. 

Segundo especialistas da ANP, os royalties estão sujeitos a diversas variáveis, especialmente volumes de produção dos campos e poços, preço do petróleo e gás natural, taxa de câmbio, alteração legislativa e decisões judiciais. 

Os royalties são uma compensação financeira devida à União pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro como forma de compensar a sociedade pela utilização destes recursos, que não são renováveis. As empresas efetuam o pagamento à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Fazenda, que é responsável por repassar aos estados e municípios os recursos recebidos provenientes dos royalties conforme critérios definidos nas Leis 9.478/1997 e 7.990/1989.