Estudo “Retratos Regionais” apresenta panorama socioeconômico dos municípios da região
Itaperuna, 9 de julho de 2015
Os
municípios de Itaperuna, Santo Antônio de Pádua e Bom Jesus do
Itabapoana respondem por 60,1% do Produto Interno Bruto (PIB) da região
Noroeste Fluminense. A informação é do estudo “Retratos
Regionais”, desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio
de Janeiro (FIRJAN) com o objetivo de apresentar um panorama
socioeconômico dos municípios da região. O conteúdo foi apresentado aos
empresários que compõem a Comissão Intermunicipal FIRJAN/CIRJ
de Santo Antônio de Pádua, nesta segunda-feira, dia 6, e aos membros do
Conselho da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Noroeste Fluminense, na
terça-feira, 7, pelo especialista em Desenvolvimento Econômico da
Federação, Marcelo Nicoll.
Com
dados de 2012, os últimos disponíveis, o estudo “Retratos Regionais”
revela que o PIB da região Noroeste Fluminense era de R$ 4,7 bilhões
naquele ano, o que representa 0,9% do total produzido
no estado. De acordo com o estudo, Itaperuna garantiu a maior parcela
do PIB da região: um total de R$ 1,7 bilhão. Já Santo Antônio de Pádua e
Bom Jesus do Itabapoana contribuíram com R$ 655 milhões e R$ 472
milhões, respectivamente. Entre 2007 e 2012, a taxa
de crescimento da produção regional foi de 20%, enquanto no estado do
Rio de Janeiro foi de 22%.
Juntas,
as três cidades concentram mais de 50% da população regional, que era
de 323 mil em 2014, segundo estimativa do IBGE. Esse total representa 2%
da população do estado. Nos últimos quatro
anos, o número de habitantes no Noroeste Fluminense cresceu 1,8%,
ficando abaixo da média estadual, cujo aumento foi de 2,9%. Dos 13
municípios da região, nove tiveram crescimento, com destaque para
Aperibé (+6,6%) e Varre-Sai (+5,2%). Por outro lado, quatro
cidades apresentaram redução da população no período, sendo em Laje do
Muriaé (-2%) a queda mais significativa.
O
setor que teve maior participação na economia do Noroeste Fluminense
foi o de Serviços e Comércio, respondendo por 43,5% do PIB regional. Já a
produção da Indústria contribuiu em 12,3% no
PIB da região e em 0,4% no PIB industrial do
estado. Porém, entre 2007 e 2012, foi o setor que apresentou a maior
taxa de crescimento (+26,8%). A Agropecuária da região, embora ocupe
apenas 4,8% do PIB do Noroeste Fluminense,
representa 12% do valor produzido pelo segmento no estado.
Para
o presidente da Representação Regional FIRJAN/CIRJ Noroeste Fluminense,
Antônio Carlos Boechat, as informações estratégicas contidas no estudo
poderão ter impacto significativo na tomada
de decisões em prol do desenvolvimento do estado do Rio. “O estudo
apresenta, com detalhes, dados relacionados ao perfil econômico de cada
região. Mais uma importante contribuição do Sistema FIRJAN para
impulsionar a expansão da economia estadual”, destacou
o presidente.
Número de empregos na região teve crescimento
superior ao do estado entre 2008 e 2013
As
cerca de 7,4 mil empresas da região Noroeste Fluminense empregam 58 mil
trabalhadores com carteira assinada, o que corresponde a 1,3% dos
empregos formais no estado, segundo dados mais
recentes do Ministério do Trabalho e Emprego. Os setores de Serviços,
Comércio e Administração Pública respondem, cada um, por um quarto dos
empregados na região, enquanto a indústria ocupa um quinto das vagas. Já
a Agropecuária utiliza menos de 5% da mão
de obra formal do Noroeste Fluminense.
Na
Indústria, o subsetor que garante o maior número de trabalhadores é a
Indústria de Transformação (16,9% do total de empregos formais na
região), à frente da Construção (2,5%) e dos Serviços
industriais de utilidade pública e da Extração mineral, que, juntos,
ocupam menos de 1% dos postos de trabalho. Os segmentos da Indústria de
Transformação com mais empregados são os de Produtos alimentícios
(4,9%), Vestuário e acessórios (2,6%) e Produtos
de minerais não metálicos (2,6%).
Entre
2008 e 2013, o número de empregos na região Noroeste Fluminense teve
aumento de 33,4%, enquanto no estado o crescimento foi de 23,6%. A
Indústria foi o setor que mais evoluiu regionalmente,
alavancando em 48,4% o número de postos de trabalho. Em seguida,
aparecem os setores de Serviços (+38,3%), Administração Pública (+29,4%)
e Comércio (+30,9%), que também tiveram aumento acima do estado. A
Agropecuária foi o único setor que reduziu o total
de empregados no período (-6,8%).
O
subsetor que ofertou mais postos de trabalho entre 2008 e 2013 foi o de
Serviços industriais de utilidade pública (+147,8%). No mesmo período, a
Indústria de Transformação também apresentou
crescimento expressivo na geração de novos empregos (+50,7%). O número
de empregos na Construção cresceu 36,9%, enquanto a Extração mineral
(-2,6%) foi o único subsetor que mostrou redução de postos durante o
período.
Contudo,
a qualificação dos trabalhadores industriais no Noroeste Fluminense é
mais baixa que a média do estado, sobretudo pela menor proporção de
empregados com ensino médio e superior: 46,6%
na região contra 60,6% no estado. Nos graus de instrução mais baixos, a
situação regional também é pior que a do estado, pois apresenta maiores
percentuais de trabalhadores em todas as faixas de menor escolaridade.
Municípios se destacam em Educação,
mas gestão fiscal ainda é difícil no Noroeste
Oito
dos dez municípios que mais evoluíram em Educação no estado do Rio de
Janeiro estão no Noroeste Fluminense, conforme apontou a última edição
do Índice FIRJAN de Desenvolvimento Municipal
(IFDM), com dados de 2011. Entre os critérios utilizados para avaliação
da vertente estão os resultados do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb), formação de professores, evasão escolar e
atendimentos em creches e pré-escolas.
Apesar
dos bons resultados neste quesito, nenhum município da região foi
classificado como de alto desenvolvimento no resultado geral do estudo,
que também avalia Saúde e Emprego e Renda.
Considerando as três vertentes analisadas, Santo Antônio de Pádua
obteve o melhor desempenho na região e foi a 12ª colocada no ranking das
cidades fluminenses.
Já
o Índice FIRJAN de Gestão Fiscal (IFGF), lançado recentemente com dados
oficiais de 2013, revelou que São José de Ubá foi a única cidade da
região classificada com boa gestão fiscal, sobretudo
pelos resultados apresentados nos indicadores Liquidez e Custo da
Dívida. O índice, composto também pelos indicadores Receita Própria,
Gastos com Pessoal e Investimentos, revela que a maior parte dos
municípios da região possuem gestão em dificuldade.
Assessoria de Imprensa Itaperuna, do Sistema Firjan
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