quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Preocupação com chuva ruma para o Noroeste fluminense

Região agora é a mais afetada pelas enchentes

Duas pessoas morreram ontem em Laje do Muriaé, elevando para três o número de óbitos no estado em decorrência das chuvas dos últimos dias - a primeira vítima foi um morador de Miguel Pereira, na madrugada de segunda-feira. Duas mil pessoas ficaram desalojadas em Laje do Muriaé e 800 em Itaperuna. Ambas as cidades ficam no Noroeste Fluminense, que, segundo dados divulgados ontem pela Defesa Civil estadual, é a região até agora mais afetada por inundações e deslizamentos, que já deixaram 3.108 desalojados no estado.

- Um homem de 72 anos morreu após sofrer uma queda, quando retirava os móveis da casa inundada, e uma senhora de 70 anos morreu de infarto - disse o secretário estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, ao falar sobre as mortes em Laje do Muriaé.

Os rios Muriaé, Pomba e Paraíba do Sul, que atravessam o Noroeste, continuam acima do nível normal. O Rio Pomba invadiu as áreas mais baixas de Santo Antônio de Pádua e, como precaução, a prefeitura transferiu para Miracema os 30 pacientes internados no único hospital da cidade. Em Itaperuna, maior cidade do Noroeste, o Rio Muriaé invadiu a Avenida Cardoso Moreira, no Centro, e o quartel dos bombeiros foi transferido para um Ciep. Em Cambuci, um valão que corta a cidade transbordou.

Trinta bombeiros foram deslocados para a Região Serrana e 50 para o Noroeste. Segundo a Defesa Civil estadual, 707 pessoas ficaram desabrigadas e 84 casas foram destruídas no estado. Ao todo, 25 municípios foram afetados pelas chuvas. Ontem, todos já tinham deixado os estágios de alerta e de atenção, passando para o de vigilância, o primeiro da escala.

Apesar da trégua das chuvas na Serra, o deslizamento de uma barreira interditou ontem, às 10h, a RJ-116 (Itaboraí-Nova Friburgo-Macuco), no Km 70, em Mury, Friburgo. O trecho foi liberado parcialmente à noite, em sistema de pare e siga. No mesmo município, o Córrego D"Antas, bairro mais prejudicado, ainda tinha sinais de destruição, com muita lama nas ruas. Quem havia saído de casa após ouvir as sirenes, que alertam para o risco de deslizamento e enchentes, retomava a rotina. Na creche municipal Maria Inês A. Bachini, apenas uma família continuava abrigada.

Fonte: O Globo de hoje

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