quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Mais de 300 famílias já foram removidas de bairro alagado após rompimento de dique em Campos

Mais de 300 famílias já foram removidas da localidade de Três Vendas, em Campos dos Goytacazes, no norte fluminense. A localidade foi alagada após o rompimento de um dique na rodovia BR-356, que funcionava como uma barreira para conter as águas da enchente do Rio Muriaé, em Minas Gerais. A informação foi confirmada pela assessoria da prefeitura.

As pessoas removidas estão sendo encaminhados para o Ciep Luiz Carlos de Lacerda, em Travessão, e para a Escola Municipal Albertina Venâncio.

De acordo com a prefeitura, no trabalho de remoção das famílias a Secretaria de Serviços Públicos tem o apoio da Defesa Civil do estado e da do município, além da colaboração de homens do Exército e do Corpo de Bombeiros. Vinte caminhões foram disponibilizados para os trabalhos. Já a Secretaria de Assistência Social está cadastrando as famílias desalojadas no programa social da prefeitura Morar Feliz.

Logo após o rompimento do trecho de contenção da rodovia, a prefeita da cidade, Rosinha Garotinho, e o secretário de estado da Defesa Civil, Sérgio Simões, sobrevoaram a localidade de Três Vendas e acompanharam o trabalho de retirada das famílias.

Fonte: Agência Brasil - 05/01/2012 - 17h48

3 comentários:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Hélcio

Muito provavelmente isto decorreu de falha de projeto e/ou de execução da BR.

Estarecedora é a declaração do DNIT de a obra não se trata de um dique. Muita cara de pau ou ignorância em Engenharia.

Qualquer projeto estradal há que levar em conta todas as condições, principalmente natural, do local a atravessar.

No caso é fora de dúvida que se trata de uma várzea muito baixa do Rio Muriaé.

Optou-se por traçado de vale, seguindo a margem do Rio ou seja separando-se a sua calha da sua várzea.

Podia-se optar por uma solução que permitisse livremente a passagem das águas por sobre a estrada de um para o outro lado.

Mas não teria sido assim e sim que impedisse tal passagem, quem sabe com o propósito de proteger o outro lado contra enchente e neste caso o aterro rodoviário teria que ser um dique.

Em qualque hipótese o pavimento da rodovia teria que estar acima do maior nível esperado do Rio, o que não aconteceu.

Atecnologia para um dique é bem distinta da de um aterro comum. Ele tem que resistir à pressão e à erosão inevitáveis da água do Rio. Por outro lado há que ser impermeável. Assim não sendo, rompimento como o ocorrido é previsível.

Pela fúria das águas através do rompimento vê-se como é grande o desnível entre o rio e a área invadida.

Tudo isto é be-a-bá na Engenharia.

Abraços, saúde e paz de Cristo,
Luiz Carlos/MPmemória.

Hélcio Granato Menezes disse...

Luiz Carlos,

Este mesmo trecho da estrada já foi reconstruído várias vezes. E repetidamente incorreram no mesmo erro de recontrução. Realmente, não dá pra entender tanta falta de competência, como as que você enumerou anteriormente.

Abraços,
Helcio

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Hélcio

É deveras impressionante os erros cometidos pelo governo e, ao que saibamos nunca implicam em consequência alguma aos seus resposánveis.

Eles não raro são tão onerosos aos cofres públicos quanto as corrupções e outras facaltruas.

O DNIT pelo visto é nota 10 em tudo isto.

Como regridimos. Houve o DNER, com seus distritos em todos os estados. Tinha o que de mais notável existia em termos de corpo téncico de Engenharia Rodoviária. Notáveis professores, projetistas renomados, pesquisadores. Inclusive tinha um notável Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Dominava a mais moderna tecnologia rodoviária. Nadava em dinheiro. Foi o carro chefe do governo JK.

O DNIT, inclusive absorvendo o DNEF, para o que veio?

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.