Novos manejos permitem o enfrentamento da estiagem e a manutenção da produção
Produtores rurais do Rio de Janeiro vêm dando
exemplos de que a prevenção pode ser a solução no enfrentamento da
estiagem que atinge o estado. Incentivadas pelo programa Rio Rural, da
Secretaria de Agricultura, as práticas sustentáveis no campo diminuem os
impactos da falta de chuvas e garantem a qualidade da produção
agropecuária.
Pequeno produtor de leite na microbacia
Valão Carqueja, em Italva, no Noroeste Fluminense, Nilton Fernandes
recebeu orientação dos técnicos do programa. Ele implantou sistema de
pastoreio rotacionado com irrigação, que permite remanejar o gado,
evitando a compactação e degradação das pastagens. Como os animais mudam
de local diariamente, a forrageira ganha tempo para se recuperar antes
do próximo pastejo e, ao mesmo tempo, mantém o gado afastado das áreas
de cultivo e de preservação, como rios, nascentes e florestas.
-
A tecnologia garante a qualidade de 1,4 hectares de pasto durante todo o
ano. Mesmo com a falta de chuvas, até o momento, não registrei queda na
produção do meu rebanho de 28 animais, que produz 130 litros de
leite/dia. O resultado destas ações está fazendo a diferença neste
momento em que muitos produtores estão tendo prejuízos na atividade por
conta da estiagem - disse o produtor.
A meta do programa é promover o desenvolvimento rural sustentável em 366 microbacias hidrográficas em todo o estado.
Além
disso, a Emater-Rio e Pesagro-Rio, empresas de extensão rural e
pesquisa agropecuária do Governo do Estado, instalaram uma Unidade de
Pesquisa Participativa (UPP), com sistema silvipastoril, na unidade do
produtor, em Italva.
A iniciativa, que combina o plantio
de árvores, a pastagem e a criação de gado em uma mesma área, manejados
de forma integrada que aumentam a produtividade, será uma vitrine para
produtores vizinhos conhecerem a prática sustentável.
- A
assistência técnica fica por conta dos executores do Rio Rural e dos
pesquisadores da Pesagro-Rio. A vantagem para o produtor está na
melhoria do solo, no maior conforto para o gado e na mudança de
paisagem”, explicou o supervisor do escritório local da Emater-Rio em
Italva, Carlos Marconi.
Com informações e foto da Imprensa RJ
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