As
inscrições devem ser feitas nas unidades SENAI de Itaperuna e Santo
Antônio de Pádua. Aulas estão previstas para iniciar a partir deste mês
Itaperuna, 8 de setembro de 2014
O
Sistema FIRJAN abriu 369 novas vagas em cursos de aperfeiçoamento e
qualificação do SENAI na região Noroeste Fluminense. As aulas estão
previstas
para iniciar a partir deste mês, nas unidades SENAI de Itaperuna e
Santo Antônio de Pádua. Os cursos são voltados para os segmentos de
automotiva, eletricidade, gestão, logística, metalurgia, petróleo,
segurança do trabalho e tecnologia da informação.
Do
total de oportunidades, 210 são para Itaperuna, nos seguintes cursos:
Pintor Industrial (50 vagas, divididas em duas turmas), Administração
de Materiais e Logística Integrada (20), Gestão Eficaz em Empresas de
Reparação Automotiva (20), Gestão Estratégica de Vendas (20), Montagem e
Configuração de Computadores (20), NR-35 – Básico Segurança no Trabalho
em Altura (20), Parametrização de Inversores
de Frequência (20), Operação de Empilhadeiras (20) e Segurança na
Operação de Empilhadeiras (20).
Já
a unidade de Santo Antônio de Pádua oferta 159 vagas, nos cursos de
Pintor Industrial (50 vagas, divididas em duas turmas), Operação de
Empilhadeiras/Segurança
na Operação de Empilhadeiras (45 vagas, divididas em três turmas),
NR-10 – Básico de Segurança em Instalações e Serviços com Eletricidade
(20), Atualização em NR-10 (20), Soldador Aço Carbono Eletrodo Revestido
6G (12) e Soldador Aço Carbono Tig 6G (12).
As
inscrições devem ser feitas diretamente nas unidades. Em Itaperuna, o
SENAI está localizado à Avenida Zulamith Bittencourt, 190, Centro, e
em Pádua à Avenida João Jasbick, 740, bairro Aeroporto.
Sistema Firjan - Assessoria de Imprensa Itaperuna
__________________ Ensino técnico é caminho para redução da desigualdade, defende diretor do Senai
Da Agência Brasil
Mariana Tokarnia - Enviada Especial* Edição: Graça Adjuto
O diretor-geral do Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai), Rafael Lucchesi, disse que o sistema
educacional brasileiro tem um modelo de exclusão social. "Mais de 80%
dos jovens não vão para a universidade e toda a grade curricular deles é
pensada como se fossem", acrescentou, em entrevista à Agência Brasil.
Um caminho para reduzir essa desigualdade, segundo Lucchesi, é o ensino técnico. "A grande parte dos jovens que evade do sistema educacional brasileiro o faz pela falta de aderência do que vê em sala de aula à vida dele. Temos que repensar a grade curricular e, sobretudo, aumentar, como ocorre nos países desenvolvidos, a educação profissional".
Na semana passada, o Senai organizou, em Belo Horizonte, a Olimpíada do Conhecimento, a maior competição de educação profissional das Américas, realizada de dois em dois anos. Essa foi a oitava edição. Ao todo, mais de 800 jovens participaram da olimpíada e de competições paralelas. No Brasil, segundo o Senai, a formação técnica chega a 6% dos jovens de 16 a 24 anos. Nas 34 nações mais desenvolvidas, a média dos jovens fazendo educação profissional é 35%, de acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.
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Um caminho para reduzir essa desigualdade, segundo Lucchesi, é o ensino técnico. "A grande parte dos jovens que evade do sistema educacional brasileiro o faz pela falta de aderência do que vê em sala de aula à vida dele. Temos que repensar a grade curricular e, sobretudo, aumentar, como ocorre nos países desenvolvidos, a educação profissional".
Na semana passada, o Senai organizou, em Belo Horizonte, a Olimpíada do Conhecimento, a maior competição de educação profissional das Américas, realizada de dois em dois anos. Essa foi a oitava edição. Ao todo, mais de 800 jovens participaram da olimpíada e de competições paralelas. No Brasil, segundo o Senai, a formação técnica chega a 6% dos jovens de 16 a 24 anos. Nas 34 nações mais desenvolvidas, a média dos jovens fazendo educação profissional é 35%, de acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.
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O
objetivo da Olimpíada, segundo o diretor, é estimular os jovens a
escolher a educação profissional e a considerar uma carreira em áreas
tecnológicas. Financeiramente, a escolha compensa. De acordo com
Lucchesi, as 21 profissões técnicas mais demandadas pela indústria têm
salário inicial de aproximadamente R$ 2 mil. Com dez anos de profissão,
esse salário é um pouco abaixo de R$ 6 mil.
De acordo com ele, o maior público da formação técnica é o jovem de classe C, embora a procura tenha aumentado em todas as idades e classes sociais. O maior problema continua sendo o preconceito. "Dos 24 milhões de jovens, menos de 4 milhões irão para a universidade, precisamos alargar bastante a educação profissional, senão eles irão para o mercado de trabalho apenas com a educação regular de má qualidade", diz Lucchesi. Ele defende que a formação não impede que o jovem continue estudando e que faça, inclusive, um curso superior.
Sobre a formação dada pelo Senai, ele diz que o incentivo à inovação é um dos principais eixos. "Nosso signo é preparar essa garotada para a inovação, que é a forma de você incrementar, agregar valor aos produtos. A inovação é o principal valor de competitividade em qualquer parque de manufatura do mundo e não é diferente no brasileiro".
Para Lucchesi, o técnico não deve ser um mero "apertador de botão". O modelo precisa ir além da produção em série, em que um trabalhador tem o conhecimento apenas da parte do trabalho que faz. "Não podemos ter uma lógica estandardizada do padrão fordista de inovação (sistema de produção em massa e gestão idealizados pelo empresário americano Henry Ford) e do modelo taylorista (modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro norte-americano Frederick Taylor) das funções de organização da profissão. A gente tem que impulsionar a agenda da inovação para que as pessoas possam ser mais produtivas".
O Senai é o maior complexo de educação profissional e tecnológica da América Latina. Conta com 797 unidades em todo o país e qualifica anualmente 2,3 milhões de trabalhadores. É parte integrante do Sistema Indústria – formado ainda pela Confederação Nacional da Indústria, Serviço Social da Indústria e Instituto Euvaldo Lodi.
De acordo com ele, o maior público da formação técnica é o jovem de classe C, embora a procura tenha aumentado em todas as idades e classes sociais. O maior problema continua sendo o preconceito. "Dos 24 milhões de jovens, menos de 4 milhões irão para a universidade, precisamos alargar bastante a educação profissional, senão eles irão para o mercado de trabalho apenas com a educação regular de má qualidade", diz Lucchesi. Ele defende que a formação não impede que o jovem continue estudando e que faça, inclusive, um curso superior.
Sobre a formação dada pelo Senai, ele diz que o incentivo à inovação é um dos principais eixos. "Nosso signo é preparar essa garotada para a inovação, que é a forma de você incrementar, agregar valor aos produtos. A inovação é o principal valor de competitividade em qualquer parque de manufatura do mundo e não é diferente no brasileiro".
Para Lucchesi, o técnico não deve ser um mero "apertador de botão". O modelo precisa ir além da produção em série, em que um trabalhador tem o conhecimento apenas da parte do trabalho que faz. "Não podemos ter uma lógica estandardizada do padrão fordista de inovação (sistema de produção em massa e gestão idealizados pelo empresário americano Henry Ford) e do modelo taylorista (modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro norte-americano Frederick Taylor) das funções de organização da profissão. A gente tem que impulsionar a agenda da inovação para que as pessoas possam ser mais produtivas".
O Senai é o maior complexo de educação profissional e tecnológica da América Latina. Conta com 797 unidades em todo o país e qualifica anualmente 2,3 milhões de trabalhadores. É parte integrante do Sistema Indústria – formado ainda pela Confederação Nacional da Indústria, Serviço Social da Indústria e Instituto Euvaldo Lodi.
*A repórter viajou a convite do Senai
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