SEMINÁRIO SOBRE A NOVA CLASSE MÉDIA EM BRASÍLIA
Nesta segunda-feira, 8, o governo federal promove um seminário sobre a nova classe média, para estabelecer novas políticas sociais para o segmento. O evento será realizado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e pelo Ministério da Fazenda. Outras áreas do governo também estarão envolvidas, como os ministérios do Trabalho e do Desenvolvimento Agrário.
Nesta última década ingressaram 31 milhões de pessoas na classe média brasileira, que hoje soma 95 milhões. Estes 31 milhões são denominados de nova classe média. Extrapolação destes dados para Miracema mostra que cerca de 4.300 pessoas ingressaram nesta última década na classe média, assim como aproximadamente 13.200 formam a classe média miracemense.
Segundo os dados do IBGE, a nova classe média é majoritariamente urbana (89%) e, em sua maioria, está em três regiões brasileiras: Sul (61%), Sudeste (59%) e Centro-Oeste (56%). O percentual da população nesse estrato social é maior em cidades de pequeno porte (45%), com menos de 100 mil habitantes, do que em regiões metropolitanas (32%) e em cidades de médio porte (23%).
A renda familiar da classe média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais.
Uma pesquisa feita pelo Data Popular, instituto de pesquisa especializado na base da pirâmide econômico-social do país, dá algumas pistas sobre quem é e como pensa a crescente classe média. De acordo com o levantamento a classe C é mais otimista em relação à renda, saúde e qualidade de vida do que as classes mais baixas e altas. Na classe C, por exemplo, 84% dos entrevistados disseram acreditar que terão mais renda nos próximos quatro anos. Os percentuais verificados no que o Data Popular chama de elite (classes A e B) e povão (classes D e E) são de 56% e 59%, respectivamente.
Essa percepção é justificada pela melhora da condição de vida dos entrevistados. A escolaridade, por exemplo, tem crescido na classe média. Em 2002, apenas 6% dos eleitores da classe média tinham curso superior. Tal parcela cresceu para 9% em 2010 e deve chegar a 11% em 2014. O maior avanço se vê entre os que concluíram o ensino médio. Esse segmento passou de 31% em 2002 para 39% no ano passado – e deve alcançar 41% em 2014. Além disso, os jovens das camadas sociais mais baixas têm ultrapassado a escolaridade de seus pais.
Segundo o levantamento do Data Popular, uma revolução no acesso à internet deve acontecer na classe média nos próximos anos. Em 2010, apenas 44% dos eleitores da classe C tinham acesso à web. A estimativa do instituto é que essa parcela chegue a 67% em 2014. A pesquisa foi feita com 16 mil pessoas em 251 cidades distribuídas em 26 Estados.
Outra característica da nova classe média é que vem caindo a diferença de renda de pais e filhos. Com mais dinheiro e informação, os jovens estão com mais voz dentro de casa e têm se tornado formadores de opinião entre seus familiares. As mulheres, ao contribuírem mais para a renda familiar, também ganharam mais espaço e poderes de influência e decisão nas famílias de classe média.
Para o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, esses dados mostram que os políticos precisarão se adaptar. A nova classe C, explicou, dificilmente vende seu voto, é mais esclarecida e critica à corrupção. “Há um processo de amadurecimento da classe média. As práticas clientelistas do passado não seduzem mais a classe média. Ela quer coisas que melhorem a vida dela”, destacou. “Isso apareceu nas últimas eleições e vai se consolidar nas próximas.”
(Com informações da Agência Brasil e do Valor Econômico de 4/8/2011)
Nesta última década ingressaram 31 milhões de pessoas na classe média brasileira, que hoje soma 95 milhões. Estes 31 milhões são denominados de nova classe média. Extrapolação destes dados para Miracema mostra que cerca de 4.300 pessoas ingressaram nesta última década na classe média, assim como aproximadamente 13.200 formam a classe média miracemense.
Segundo os dados do IBGE, a nova classe média é majoritariamente urbana (89%) e, em sua maioria, está em três regiões brasileiras: Sul (61%), Sudeste (59%) e Centro-Oeste (56%). O percentual da população nesse estrato social é maior em cidades de pequeno porte (45%), com menos de 100 mil habitantes, do que em regiões metropolitanas (32%) e em cidades de médio porte (23%).
A renda familiar da classe média varia de R$ 1 mil a R$ 4 mil mensais.
Uma pesquisa feita pelo Data Popular, instituto de pesquisa especializado na base da pirâmide econômico-social do país, dá algumas pistas sobre quem é e como pensa a crescente classe média. De acordo com o levantamento a classe C é mais otimista em relação à renda, saúde e qualidade de vida do que as classes mais baixas e altas. Na classe C, por exemplo, 84% dos entrevistados disseram acreditar que terão mais renda nos próximos quatro anos. Os percentuais verificados no que o Data Popular chama de elite (classes A e B) e povão (classes D e E) são de 56% e 59%, respectivamente.
Essa percepção é justificada pela melhora da condição de vida dos entrevistados. A escolaridade, por exemplo, tem crescido na classe média. Em 2002, apenas 6% dos eleitores da classe média tinham curso superior. Tal parcela cresceu para 9% em 2010 e deve chegar a 11% em 2014. O maior avanço se vê entre os que concluíram o ensino médio. Esse segmento passou de 31% em 2002 para 39% no ano passado – e deve alcançar 41% em 2014. Além disso, os jovens das camadas sociais mais baixas têm ultrapassado a escolaridade de seus pais.
Segundo o levantamento do Data Popular, uma revolução no acesso à internet deve acontecer na classe média nos próximos anos. Em 2010, apenas 44% dos eleitores da classe C tinham acesso à web. A estimativa do instituto é que essa parcela chegue a 67% em 2014. A pesquisa foi feita com 16 mil pessoas em 251 cidades distribuídas em 26 Estados.
Outra característica da nova classe média é que vem caindo a diferença de renda de pais e filhos. Com mais dinheiro e informação, os jovens estão com mais voz dentro de casa e têm se tornado formadores de opinião entre seus familiares. As mulheres, ao contribuírem mais para a renda familiar, também ganharam mais espaço e poderes de influência e decisão nas famílias de classe média.
Para o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles, esses dados mostram que os políticos precisarão se adaptar. A nova classe C, explicou, dificilmente vende seu voto, é mais esclarecida e critica à corrupção. “Há um processo de amadurecimento da classe média. As práticas clientelistas do passado não seduzem mais a classe média. Ela quer coisas que melhorem a vida dela”, destacou. “Isso apareceu nas últimas eleições e vai se consolidar nas próximas.”
(Com informações da Agência Brasil e do Valor Econômico de 4/8/2011)
Nenhum comentário:
Postar um comentário