Classe média vai pautar eleições, afirmam analistas
Para especialistas, questão levantada por FHC em artigo sobre como fisgar emergentes será determinante no futuro dos políticos
16 de abril de 2011 15h 55 Gabriel Manzano, no jornal O Estadão
A "nova classe média", trazida ao centro do debate político pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na semana passada, e namorada pelo PT, que vê na presidente Dilma Rousseff a figura talhada para conquistá-la, chegou para mudar o cenário eleitoral do País, admitem analistas, marqueteiros e estudiosos.
A vendedora Solange: ‘Minha maior preocupação é a escola de meus filhos’O tema apareceu no artigo O Papel da Oposição, divulgado por FHC, e reforçou a condição desse grupo como objeto de desejo do mundo político. É um vasto universo de 29 milhões de pessoas - pobres que, nos últimos seis anos, subiram da classe D para a C e carregam consigo novos comportamentos e expectativas. Analistas, líderes partidários, comunicólogos e marqueteiros já se esforçam para entender como reagirá, no futuro, esse segmento que, ao subir na vida, fez da classe média o maior grupo social do País, com 94 milhões de pessoas (51% da população).
"Não se trata de gente sem nada, que aceite qualquer coisa. É gente que trabalhou duro, subiu, sabe o que quer, tem mais informação e se torna mais exigente", resume Marcia Cavallari, diretora executiva do Ibope. "Isso merece um discurso novo e FHC acertou ao mandar a oposição ir atrás dela", disse.
Não por acaso, o economista Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas - primeiro a detectar esse fenômeno, num estudo de 2010 - considera essa iniciativa de Fernando Henrique "a segunda ideia mais inteligente da oposição em anos, depois do plano de estabilização dos anos 1994-2002". Esse brasileiro, diz ele, "quer sonhar, e não apenas diminuir seus pesadelos".
O impacto desse cenário já se faz sentir no mundo político, que ainda procura entender a enorme votação da candidata Marina Silva (PV) nas eleições presidenciais de 2010. "Mas é perda de tempo tentar adivinhar se é um grupo de esquerda ou de direita", observa Antonio Prado, sócio-diretor da Análise, Pesquisa e Planejamento de Mercado (APPM), em São Paulo.
5 comentários:
Caro Hélcio
Muita hipocrisia e falsidade.
Ao nosso ver nosso eleitorado não melhorou nada de significativo em termos de escolhas de seus reprentantes ao executivo e legislativo, em seus três níveis.
Veja quantos fichas sujas publicamente conhecidos foram eleitos, emobra toda magistral campanha contra eles.
O problema obiviamente não é só do eleitor. Ao nosso ver é muito sistema eleitoral vigente, que não dá muita oportunidade a uma melhor escolha.
Não se trata muito menos de classe social. A ditadura militar que vivemos não foi por manifestação popular, mas sim das nossas ditas eleites, militares, políticas e sociais.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Luiz Carlos,
Com essa ascensão social que estamos vendo, certamente vai contribuir para elevar o nível das escolhas dos candidatos para votar. Eu acredito nisso.
Abraços,
Helcio
Amigo Hélcio
Acreditamos mais na qualidade humana do que na social.
Classes médias e até ricas estão ai demonstrando que podem ser mais bárbaras que as classes mais baixas.
Existem qualidades humanas que não se compram e portanto não dependem de poder aquisitivo.
Existe analfabetos que são muito mais educados e humanos do que doutores.
Mas crença é crença. Tem-se ou não. Não há como prova-la.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Luiz Carlos,
A matéria tratou de tendência. Claro que em toda regra há exceção. A matéria tb não discutiu caráter das pessoas. O estudo simplesmente mostra que esta nova classe média pode vir a ter peso considerável na eleições.
Abraços,
Helcio
Amiho Hélcio
É moda que meras suposições paasem a ser verdadeiros dogmas. Temos que rejeitar isto.
Ontem ficamos estarrecidos ao nos deparar com um reportagem na TV. Nunca imaginaramos semelhante fato e temos 81 aonos de praia.
Frente a um educadário, em plena via pública, uma multidão de jovens aparentemente da dita classe média para cima, homens e mulheres, se acovelava, numa urgia alcoolólica que nunca viramos em lugar algum.
Porres homéricos. Meninos e meninas, muitos dos quais deveriam estar em aula no educadário, como que possuidos de um demônio num frenesi sem o menor escrúpulo. Ali ficam bebendo em pé ou acomodados pelo chão, diretamente na boca de garrafas e sabe-se lá o que.
Na grande maioria menor de idade. A reporgem entrevistou um com 13 anos. Varam pela madrugada e muitos vão caindo e tendo que ser carregados a um posto de saúde ou para casa.
Entrevistado o diretor da Escola, disse que nela isto não acontece e que faz campanha contra o uso de álcool, mas que do portão para fora não é com ele.
Pais entrevistados dizem contra os filhos participarem disto, mas adimitem que façam.
Nada de polícia.
Parece um outro planeta no fim do mundo.
Abraços, saúde e Paz de Criso.
Luiz Carlos/MPmemória.
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