Trabalho e necessidade de qualificação levam mulheres a adiar a maternidade, diz IBGE
Rio de Janeiro - As brasileiras estão tendo filhos cada vez mais tarde. Embora a faixa entre 20 e 24 anos ainda concentre o maior percentual de nascimentos, ele caiu de 30,5% em 1999 para 28,3% em 2009. Por outro lado, os grupos etários acima de 25 anos tiveram aumento na proporção, principalmente na faixa de 30 a 35 anos, que passou de 14,8% para 16,8% em uma década. Já entre as mais novas, com idades entre 15 e 19 anos, os registros de nascimento caíram de 20,8% para 18,2% no mesmo período.
A constatação faz parte da pesquisa Estatísticas do Registro Civil de 2009, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O mapa revelado pelo estudo, no entanto, encontra disparidades entre os estados. No Sul e no Sudeste, estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal, a faixa etária de 25 a 29 anos já lidera a proporção de nascimentos. Além disso, há uma concentração maior de nascimentos no grupo de 30 a 34 anos do que os relativos às adolescentes.
Para o gerente da Pesquisa do Registro Civil do IBGE, Adalton Bastos, esse movimento está diretamente ligado à entrada da mulher no mercado de trabalho e à crescente necessidade de qualificação, especialmente nas regiões onde o nível de escolaridade e a renda são mais elevados.
“Com certeza tem ligação com o mercado de trabalho, porque as mulheres, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, precisam se qualificar mais para ocupar um posto de trabalho e acabam transferindo as uniões e a maternidade mais para frente. Os números mostram que há no país uma tendência de deslocamento da maternidade para as idades mais avançadas”, afirmou.
É o caso da empresária carioca Márcia Bittencourt. Grávida do primeiro filho aos 33 anos, ela conta que preferiu ampliar sua qualificação e tocar seus negócios antes de decidir aumentar a família.
“Num mercado tão competitivo como o de eventos, em que atuo, é preciso ter muita dedicação. Por isso, preferi me qualificar e garantir uma maior estabilidade na minha empresa para só depois engravidar. E hoje eu vejo que valeu a pena, foi na hora certa”, afirmou.
Por outro lado, no Maranhão e no Pará a proporção de nascimentos no grupo etário de 20 a 24 anos e de 15 a 19 anos foram os mais elevados. No primeiro estado, 35,5% dos nascimentos registrados diziam respeito a mães com idade entre 20 e 24 anos, e 23,9% a adolescentes. No Pará, o primeiro grupo respondia por 33,7% dos nascimentos e o segundo, por 24,3%.
No Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Espírito Santo, a realidade também era diversa da média nacional, tendo o grupo de mulheres com idades entre 30 e 34 anos registrado mais nascimentos do que o das adolescentes (de 15 a 19 anos). Mas a faixa que mais registrou nascimentos foi a de 20 a 24 anos, tendo sido de 26,1% no Rio de Janeiro; de 26,7% em Minas Gerais e de 28% no Espírito Santo.
As informações são da Agência Brasil (repórter Thais Leitão, edição Lílian Beraldo)
A constatação faz parte da pesquisa Estatísticas do Registro Civil de 2009, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O mapa revelado pelo estudo, no entanto, encontra disparidades entre os estados. No Sul e no Sudeste, estados como São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal, a faixa etária de 25 a 29 anos já lidera a proporção de nascimentos. Além disso, há uma concentração maior de nascimentos no grupo de 30 a 34 anos do que os relativos às adolescentes.
Para o gerente da Pesquisa do Registro Civil do IBGE, Adalton Bastos, esse movimento está diretamente ligado à entrada da mulher no mercado de trabalho e à crescente necessidade de qualificação, especialmente nas regiões onde o nível de escolaridade e a renda são mais elevados.
“Com certeza tem ligação com o mercado de trabalho, porque as mulheres, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, precisam se qualificar mais para ocupar um posto de trabalho e acabam transferindo as uniões e a maternidade mais para frente. Os números mostram que há no país uma tendência de deslocamento da maternidade para as idades mais avançadas”, afirmou.
É o caso da empresária carioca Márcia Bittencourt. Grávida do primeiro filho aos 33 anos, ela conta que preferiu ampliar sua qualificação e tocar seus negócios antes de decidir aumentar a família.
“Num mercado tão competitivo como o de eventos, em que atuo, é preciso ter muita dedicação. Por isso, preferi me qualificar e garantir uma maior estabilidade na minha empresa para só depois engravidar. E hoje eu vejo que valeu a pena, foi na hora certa”, afirmou.
Por outro lado, no Maranhão e no Pará a proporção de nascimentos no grupo etário de 20 a 24 anos e de 15 a 19 anos foram os mais elevados. No primeiro estado, 35,5% dos nascimentos registrados diziam respeito a mães com idade entre 20 e 24 anos, e 23,9% a adolescentes. No Pará, o primeiro grupo respondia por 33,7% dos nascimentos e o segundo, por 24,3%.
No Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Espírito Santo, a realidade também era diversa da média nacional, tendo o grupo de mulheres com idades entre 30 e 34 anos registrado mais nascimentos do que o das adolescentes (de 15 a 19 anos). Mas a faixa que mais registrou nascimentos foi a de 20 a 24 anos, tendo sido de 26,1% no Rio de Janeiro; de 26,7% em Minas Gerais e de 28% no Espírito Santo.
As informações são da Agência Brasil (repórter Thais Leitão, edição Lílian Beraldo)
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