Economistas não vivem no mundo real, diz prêmio Nobel
Sobrou até para Adam Smith. O economista Joseph Stiglitz, Nobel de Economia em 2001, publicou um artigo no jornal britânico “Financial Times” criticando o atual pensamento econômico e defendendo que não basta uma melhoria dos atuais modelos econômicos, mas uma “mudança de paradigma”, nas palavras dele.
Com a chamada de capa “Economistas precisam viver no mundo real”, Stiglitz afirma que “modelos ruins levam a políticas ruins”, o que ajuda a explicar por que os formuladores das políticas econômicas não conseguiram detectar a iminência da “pior recessão desde a Grande Depressão”.
“A hipótese dos mercados eficientes – a noção de que os preços de mercado expressam todas as informações relevantes [de uma mercadoria] – estava na ordem do dia”, diz o economista.
Para Stiglitz, os economistas nos últimos anos se apoiaram em ideias que não encontram respaldo na realidade, como a suposição de que os agentes da economia são iguais e totalmente racionais, de modo que não teria importância saber quem empresta para quem. Os especialistas também subestimaram a “assimetria de informações” entre os diferentes atores do mercado, avalia o Nobel.
“Teses célebres, como a da mão invisível de Adam Smith, não duraram; a mão invisível era invisível porque não estava lá”, afirma Stiglitz. “Hoje, poucas pessoas acreditam que executivos de bancos, ao perseguir seus próprios interesses, promoveram o bem-estar da economia.”
Stiglitz avalia que os bancos centrais olharam apenas para as pequenas ineficiências econômicas geradas pela inflação e ignoraram as “grandes ineficiências oriundas de disfunções dos mercados financeiros e de bolhas de preços de ativos”.
As informações são do jornalista Sílvio Guedes Crespo do Estadão. Foto: Bobby Yip/Reuters
“A hipótese dos mercados eficientes – a noção de que os preços de mercado expressam todas as informações relevantes [de uma mercadoria] – estava na ordem do dia”, diz o economista.
Para Stiglitz, os economistas nos últimos anos se apoiaram em ideias que não encontram respaldo na realidade, como a suposição de que os agentes da economia são iguais e totalmente racionais, de modo que não teria importância saber quem empresta para quem. Os especialistas também subestimaram a “assimetria de informações” entre os diferentes atores do mercado, avalia o Nobel.
“Teses célebres, como a da mão invisível de Adam Smith, não duraram; a mão invisível era invisível porque não estava lá”, afirma Stiglitz. “Hoje, poucas pessoas acreditam que executivos de bancos, ao perseguir seus próprios interesses, promoveram o bem-estar da economia.”
Stiglitz avalia que os bancos centrais olharam apenas para as pequenas ineficiências econômicas geradas pela inflação e ignoraram as “grandes ineficiências oriundas de disfunções dos mercados financeiros e de bolhas de preços de ativos”.
As informações são do jornalista Sílvio Guedes Crespo do Estadão. Foto: Bobby Yip/Reuters
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