Um
programa lançado hoje (10) ajudará a Controladoria-Geral da União (CGU) a
fiscalizar recursos que são repassados pelo governo federal a estados,
municípios e ao Distrito Federal. Com o Programa de Fiscalização em Entes
Federativos, o processo de escolha dos municípios que serão fiscalizados
passará a adotar, também como critério, alguns indicadores de vulnerabilidades
identificados nos entes da federação. Desde 2003, a escolha é feita em sorteios
públicos. Esse tipo de escolha também sofrerá algumas alterações, passando a
abranger capitais e municípios com mais de 100 mil habitantes.
Até
então, essas fiscalizações por sorteio eram feitas a partir do órgão federal
responsável pelo repasse dos recursos. Agora, poderá ser feito a partir do
governo local para onde os recursos foram repassados, o que garante um foco
diferenciado para os fiscais. Serão sorteados, a cada ciclo, quatro capitais,
24 municípios com até 50 mil habitantes, sete com população entre 50 mil e 100
mil habitantes, e dez com mais de 100 mil habitantes.
Na
seleção baseada na chamada matriz de vulnerabilidade, serão levados em
consideração 12 indicadores, divididos em quatro grupos: desenvolvimento
econômico-social; materialidade das transferências já feitas (que, em alguns
casos, sequer foram apresentadas nas contas anuais); transparência; e controle
– este último, a partir de registros e indicadores levantados anteriormente
pela CGU.
A nova metodologia traz mais inteligência e assertividade na escolha dos alvos
de investigação dos municípios que recebem verbas do Executivo Federa, disse o
chefe da CGU, ministro Valdir Simão, na cerimônia de lançamento do programa.
“Vulnerabilidade
não significa fraude ou corrupção e sim que, nesses municípios, há maior
probabilidade de encontrarmos problemas. É claro que, havendo indicativo ou
achado relativo a fraude ou corrupção, as medidas serão adotadas junto às
autoridades competentes”, afirmou Simão.
A CGU
pretende publicar, até o fim deste ano, relatórios para oferecer aos gestores
públicos. Dentro dos critérios estabelecidos para a matriz de vulnerabilidade,
serão escolhidos entre um e três municípios de cada unidade federativa.
“Estamos plenamente capacitados e preparados tecnicamente para esse aumento de
demanda”, disse o ministro.
Segundo Simão, o número de ciclos de fiscalização será decidido a cada ano. “Ao final, os relatórios serão publicados na internet e as recomendações, encaminhadas aos ministérios, para que se aperfeiçõem falhas que porventura sejam encontradas. [Esses relatórios] servirão também para que tenhamos, por parte de gestor e da população, melhor acompanhamento da gestão. As denúncias, nos casos em que for identificada a malversação de recursos, serão encaminhadas ao Ministério Público.”
Segundo Simão, o número de ciclos de fiscalização será decidido a cada ano. “Ao final, os relatórios serão publicados na internet e as recomendações, encaminhadas aos ministérios, para que se aperfeiçõem falhas que porventura sejam encontradas. [Esses relatórios] servirão também para que tenhamos, por parte de gestor e da população, melhor acompanhamento da gestão. As denúncias, nos casos em que for identificada a malversação de recursos, serão encaminhadas ao Ministério Público.”
Na
seleção de hoje, feita pelo pelo critério da matriz de vulnerabilidade, foram
indicados 45 municípios, sendo na Região Sudeste escolhidos os municípios de
Dundão e Viana, no Espírito Santo; Mateus Leme, Ribeirão das Neves e Rio Acima,
em Minas Gerais; Duque de Caxias, no Rio de Janeiro; Biritiba-Mirim, Embu das
Artes e Cajamar, em São Paulo. No Sul, as fiscalizações serão em Almirante
Tamandaré e Colombo, no Paraná; Barra do Ribeiro, Gravataí e Butiá, no Rio
Grande do Sul; Biguaçu, São Pedro de Alcântara e Águas Mornas, em Santa
Catarina.
Com
informações da Agência Brasil
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