Da Agência Brasil
Brasília – O governo federal lançou hoje (17) o Plano Nacional de
Agroecologia e Produção Orgânica - Brasil Agroecológico, com a meta de
atender a 75 mil famílias, por meio de assistência técnica voltada à
produção orgânica, e apoiar 50 mil agricultores para que consigam a
certificação de produtores orgânicos.
Ao anunciar a abertura do edital de contratação de serviços de
assistência técnica e extensão rural para atender a 58 mil agricultores,
o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, ressaltou que o
plano prevê o atendimento de 75 mil famílias em três anos, com foco na
produção orgânica. "Essas chamadas públicas preveem uma cota de 50% para
mulheres agricultoras”, disse Vargas.
Segundo o ministro, o país tem atualmente cerca de 10 mil
agricultores certificados, que produzem de forma agroecológica e tem
como meta chegar a 50 mil agricultores. "É uma meta ousada”, ressaltou.
O plano, que envolve dez ministérios, tem como objetivo articular as
políticas e ações de incentivo ao cultivo de alimentos orgânicos com
base agroecológica. Inicialmente, serão investidos R$ 8,8 bilhões em
três anos. A maior parte dos recursos, R$ 7 bilhões, será
disponibilizada por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf) e do Plano Agrícola e Pecuário.
“O plano representa, pela primeira vez na história do país, uma
integração de vários órgãos públicos federais formando um conjunto de
políticas, ações e programas visando ao apoio, fortalecimento e fomento
da produção agroecológica no Brasil. O objetivo é aumentar a oferta de
produtos orgânicos, dar escala de produção para aumentar a renda dos
agricultores e também baratear o custo para o consumidor”, acrescentou
Vargas.
A estimativa do ministro é que 5% das compras públicas no Programa
de Aquisição de Alimentos e no Programa Nacional de Alimentação Escolar
sejam de produtos orgânicos em até três anos.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o plano
representa uma conquista do movimento nacional que luta pela
agroecologia. “O Brasil precisa deixar de ser o país que mais usa
agrotóxicos no planeta. Temos que ser mais competitivos na produção de
alimentos saudáveis. Este é o caminho certo para a agricultura
sustentável e para um Brasil que inclui e que protege os recursos
naturais, não só as matas mas também a água”, disse a ministra.
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