O Projeto Flash - Sistema de Previsão e Prevenção aos Riscos de
Inundação e Escorregamentos -, que tem o apoio do Fórum das Américas, busca melhorar a análise de riscos, as previsões,
os sistemas de alarme, planejamento e agilidade nas respostas aos desastres
naturais.
O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e o Ministério Italiano do Meio
Ambiente e da Tutela do Território e do Mar (IMELS), firmaram nesta
segunda-feira (11/3) um acordo de cooperação, cujo objetivo é melhorar a gestão
de risco de inundações e desmoronamentos no Estado do Rio de Janeiro, por meio
de intercâmbio técnico-científico e análise de casos dos procedimentos mais
eficientes em ambos os países. O Projeto Flash é parte do programa de cooperação.
A parceria terá início com um projeto piloto no município de Itaperuna, no Noroeste fluminense, situado na bacia do rio Muriaé, região atingida por vários desastres hidrogeológicos nas últimas décadas. A aplicação em escala reduzida permitirá adaptar a tecnologia às exigências locais, para posteriormente ampliar e assegurar a sua aplicabilidade a outras cidades.
O projeto visa a melhorar o atual sistema estadual de monitoramento do Inea, através do seu Centro de Controle Operacional (CCO), que integra várias informações relativas à qualidade do ar, das águas, incêndios florestais, acidentes com cargas perigosas e desastres naturais, com o Alerta de Cheias. O novo sistema integrado prevê a análise e a elaboração de cenários a partir das mudanças climáticas, o mapeamento dos riscos de deslizamentos e desmoronamentos, e propõe medidas estruturais e não estruturais de prevenção e atenuação de risco, treinamento e desenvolvimento de competências.
O Flash tem por base a integração de modelos matemáticos avançados de previsão por meio de um sistema de informações geográficas (GIS) ancorado a um Sistema de Suporte de Decisão (DSS). O novo DSS é baseado na integração inovadora do GOS “Satélite Operacional Geoestacionário” que melhora a precisão de cálculo das precipitações e SAR “Radar de Abertura Sintética”, cujas imagens de satélite são capazes de penetrar as nuvens e registrar a extensão das áreas inundadas mesmo a noite e com céu nublado.
O projeto prevê ainda a adoção de uma estrutura de previsão, alarme e resposta em caso de deslizamentos e inundações ligada a redes de televisão, WEB e redes sociais para avisar a população sobre possíveis riscos e orientar as equipes de Defesa Civil. Para aumentar a eficiência do sistema antecipando informações e possibilitando a prevenção, o Inea está adquirindo dois radares meteorológicos para acrescentar ao seu sistema no início de 2014, que permitirão a vigilância contínua e em tempo real das precipitações em todo o território estadual e cuja previsão é de que esteja em operação em dezembro deste ano.
Rio está entre os seis estados mais afetados por catástrofes
A ocupação desordenada do solo, a degradação ambiental e ocupação de áreas de risco, associadas ao aumento de eventos naturais extremos, tornaram o mundo mais vulnerável aos desastres naturais e sujeito a catástrofes mais graves e frequentes. Segundo a Defesa Civil brasileira, no País foram registrados 1.406 desastres naturais em 2009. O Rio de Janeiro está entre os seis estados mais afetados por catástrofes entre 2007 e 2010. Em 2007, o Rio ocupava o terceiro lugar e em 2009, o segundo.
Recentes desastres naturais de enormes proporções atingiram o território fluminense, com repercussões internacionais, como as inundações e o grande desmoronamento ocorridos na Região Serrana, que atingiram severamente as cidades de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Areal, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Bom Jardim (11/01/2011).
Nas últimas décadas, as regiões Norte e Noroeste do Rio sofreram gravíssimas inundações, deslizamentos e outras emergências ambientais deixando centenas de vítimas e milhares de desabrigados. O principal desafio para o governo do Estado do Rio de Janeiro é melhorar a gestão de risco de desastres, para poder assegurar a correta prevenção, preparação e resposta a esses eventos, minimizando impactos sociais, econômicos e ambientais.
Com informações da Imprensa RJ
Um comentário:
Boa iniciativa, mas como S. Tomé, quero ver na prática, pelas dificuldades já encontradas por mim com o INEA do Noroeste e de comentários de outras pessoas também.
Como entra um Grupo internacional, pode ser que seja eficiente e torço para que tudo aconteça realmente como o previsto no Programa, salvando muitas Vidas, suas moradias/pertences e Evitando construções em locais de risco.
Rachel Bruno
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