UM POUCO DO CARNAVAL E ETC
Os desfiles carnavalescos de Miracema estiveram muito bem, dentro da sua tradição (um pouco do Rio e um pouco de Minas Gerais). Os ritmos baianos vêm aos poucos aumentando o seu espaço. O bloco “Cara da Rua” (que também é um importante instrumento de inclusão social da garotada), apresentou um meio trio-elétrico (meio porque os cantores ficavam em cima de um iluminado trio-elétrico e a batucada afro-reggae acompanhando, logo atrás, puxando o povão). A escola de samba Unidos no Samba e na Cor voltou timidamente (porque se resolveu em cima da hora), mas voltou. Esperamos que no próximo ano ela tenha mais fôlego para competir com as demais escolas.
Os banheiros-químicos, lamentavelmente, foram economizados por quem de direito deveria disponibilizá-los para a população. Na concentração das agremiações carnavalescas (entre as pontes das ruas Matoso Maia e Francisco Bruno de Martino), que também concentra grande parte do público plateia, não havia um único banheiro-químico (e que fique aqui registrado um apelo para que no próximo ano tenha mais banheiros-químicos). Interessante: a placa de identificação da Matoso Maia é uma relíquia de 1918 esculpida em madeira. Infelizmente, não existe placa de identificação da rua Francisco Bruno de Martino (alô, prefeitura?)
A falta do som nos postes da rua Direita, que todo carnaval infernizam os pobres dos moradores, não fez falta nenhuma ( já imaginou você ter um rádio ligado na sua casa a todo volume durante o dia e noite numa estação que só toca músicas que você não escolheu para ouvir, e se é que você queria ouvir alguma música).
É completamente incompreensível a falta de lixeiras nas ruas de Miracema. A Prefeitura tem por obrigação dar exemplo de cidadania. Além de ter a obrigação de colocar lixeiras nas ruas, ela deveria promover campanhas educativas para que não fosse jogado lixo na rua.
O “inferninho” na rua Barroso de Carvalho foi vetado. A moçada do funk, com seus carros equipados com potentes sistemas de som - que ainda vai deixar muito jovem surdo no futuro -, foi glosada pela dona Justa. Com isso, o carnaval perdeu um pouco de sua voluntariedade. Mas tudo se justifica porque a maré em Miracema, ultimamente, não está pra peixe não (melhor dizendo, o maltratado ribeirão Santo Antônio está só pra tilápia).
Pra alegria geral, enfim choveu ontem, depois de um bom período de estiagem. O calor que tem feito em Miracema está de rachar.
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