Como muitos sabem, a usina de açúcar Santa Rosa, que existiu em Miracema, acumulava os resíduos da moagem da cana-de-açúcar, denominados de vinhoto, e soltava-os no ribeirão, assim como as mecânicas que davam fundos para o ribeirão, costumeiramente despejavam óleo queimado de motor de combustão nele, envenenando sua água, sem que nenhuma autoridade do município impedisse.
Lembro que quando isso acontecia muita gente, inclusive eu, ia para a margem do ribeirão, com um pedaço de pau, tentar matar e recolher os peixes que ficavam na tona d’água a procura de oxigênio. Eram lambaris, mandis, bagres, traíras, cascudos, canelas-de-moça, sairus, bocarras e carás. Os cascudos e carás eram os mais resistentes, mas nem mesmo eles resistiam aquele vinhoto. A mortandade de peixes se estendia por cerca de 20 quilômetros, da usina a desembocadura do ribeirão no rio Pomba, em Paraoquena.
Mesmo assim, apesar destes envenenamentos todos, estas qualidades de peixes resistiram por muito tempo. Hoje em dia, parece que só existem peixes imigrantes no ribeirão, como a tilápia.
De lá pra cá, a coisa melhorou muito em termos de consciência sobre a preservação do ribeirão, mas ainda existe muito por se fazer para despoluir suas águas, para que, quem sabe, tais peixes voltem a povoá-lo.
Lembro que quando isso acontecia muita gente, inclusive eu, ia para a margem do ribeirão, com um pedaço de pau, tentar matar e recolher os peixes que ficavam na tona d’água a procura de oxigênio. Eram lambaris, mandis, bagres, traíras, cascudos, canelas-de-moça, sairus, bocarras e carás. Os cascudos e carás eram os mais resistentes, mas nem mesmo eles resistiam aquele vinhoto. A mortandade de peixes se estendia por cerca de 20 quilômetros, da usina a desembocadura do ribeirão no rio Pomba, em Paraoquena.
Mesmo assim, apesar destes envenenamentos todos, estas qualidades de peixes resistiram por muito tempo. Hoje em dia, parece que só existem peixes imigrantes no ribeirão, como a tilápia.
De lá pra cá, a coisa melhorou muito em termos de consciência sobre a preservação do ribeirão, mas ainda existe muito por se fazer para despoluir suas águas, para que, quem sabe, tais peixes voltem a povoá-lo.
Quando será que as autoridades políticas de Miracema vão empunhar, com muita firmeza, prioridade e determinação, esta bandeira de lutar pela despoluição do Santo Antônio?
4 comentários:
Essa é muito boa. Eis a questão!
Até mesmo os Amigos do Ribeirão Santo Antônio andam desaparecidos. Refiro-me ao grupo formado após o lançamento do volume I, de Logradouros de Miracema. Por inspiração do Júlio Barros e da Dra Cremilda criaram o grupo e daí?
Angeline, crer ou não crer! Eis aquestão! Eu prefiro crer que esta causa ainda será abraçada por toda sociedade miracemense, porque o nosso ribeirão Santo Antônio merece.
Cremos, vamo que vamo!
Posso incluir esse post como inserção na REDE BLOG MIRACEMENSE?
Pode.
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