sexta-feira, 8 de junho de 2012


AS HISTÓRIAS DE GILSON E ELIAS NA AGROINDÚSTRIA FAMILIAR, EM ITALVA



Gilson e a esposa Janete

O produtor Gilson Figueiredo Tavares, o “Gilson da papa”, produz papa de milho que colhe em seu sítio de 3,5 hectares, na localidade conhecida como Horta do Café (região de assentamento da reforma agrária na década de 80), na microbacia Valão do Carqueja, em Italva.

O empreendimento do Gilson Figueiredo Tavares deu tão certo que ele, para dar conta da produção na época da colheita de cem potes de papa que vende (a três reais cada) por dia no centro de Italva, precisa comprar milho dos vizinhos. Foi assim e juntamente com a venda de aipim congelado e doces de frutas como mamão, figo e banana, produzidos com a ajuda da esposa Janete, que ele pagou os estudos dos dois filhos, comprou um freezer e construiu uma nova casa para a família.

Gilson pretende, com apoio do Rio Rural, implantar um sistema de irrigação e comprar uma máquina industrial para moer o milho. Ele vai também frequentar as reuniões do Comitê Gestor da Microbacia (Cogem) e se habilitar para a implantação de subprojetos.

Elias

A poucos metros dali, Elias Santana da Silva, de 80 anos, fabrica artesanalmente farinha de mandioca e polvilho. Todos os sábados ele leva o produto para vender na feira de Bom Jesus do Itabapoana, município vizinho, com muita dificuldade, andando a pé e de ônibus. Mas afirma que não vende muito, porque o produto é mais caro que o dos supermercados.

- Vendo a cinco reais o quilo. Não dá para vender mais barato, porque pago um diarista para descascar o aipim. Quem compra não se arrepende, porque é um produto puro, natural, de sabor diferenciado. Mas eu gostaria de vender mais - afirmou.

Segundo o assessor regional da Emater-Rio, Clóvis da Fonseca, e o supervisor local, Heloizio Machado, é possível ajudá-los a comercializar os produtos para o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) e o PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), do governo federal, ampliando a comercialização.

- O fortalecimento das agroindústrias familiares é um dos objetivos do Programa Rio Rural. A sustentabilidade do agricultor familiar gera inclusão social e o desenvolvimento territorial - afirmou Clóvis.

Com informações da Imprensa RJ

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