O passeio desta vez foi pelas bandas de Campello. A estrada para lá é a mesma que sobre a qual havia a linha férrea, do tempo que o trem chegava até Miracema (RJ-188). Um pequeno trecho desta estrada está asfaltado, até o bairro Carrapichão (cerca de 3km). O percurso é de 12 km e interessante, pois passa pelas cachoeiras do Conde e outras ribeirão abaixo, além de oferecer belos visuais da zona rural. A ponte, sobre um bonito lajeado encachoeirado do ribeirão Santo Antônio, bem próximo de Campello, ainda é de madeira, como nos velhos tempos do trem.
Campello pertenceu a Miracema. No plebiscito que foi feito para saber se a população de Miracema estava de acordo com a emancipação de Pádua foi realizado também em Campelo e Paraíso do Tobias. Depois da emancipação, na divisão da área para compor o novo município de Miracema, Campello permaneceu como área do município de Pádua e passou a ser o nono distrito deste município.
A tradicional família Campelo, na qual derivou o nome do povoado, têm muitos membros que continuam morando naquele distrito e em fazendas próximas. A família Campelo de lá é também Barros, cujo patriarca é representado por Gedeão Barros. A família Barros, nos primórdios de Miracema, foi proprietária de muitas fazendas: de Paraíso do Tobias a Campello.
No registro em cartório de nascimento de alguns descendentes da família Campello o sobrenome constou com apenas um éle (Campelo), o que vem a ser o caso dos descendentes residentes no distrito.
Antiga Estação Ferroviária de Campello |
Igreja ? |
Bairro novo, estádio de futebol e asfalto da estrada para Miracema enfim concluído |
De Campello a Paraoquena, outro distrito de Pádua, é um pulo (cerca de 1 km). A ponte sobre o rio Pomba na chegada a Paraoquena, pela qual, outrora, passava o trem para Miracema, foi substituída por moderna ponte de concreto para tráfego rodoviário. A linha de trem continua ativa em Paraoquena. Uma bela atração neste lugar é a visita ao dormitório das garças: onde, ao entardecer, centenas de garças reúnem-se em poucas árvores agrupadas à beira rio, para pernoitar. A estrada Paraoquena-Pádua é asfaltada e oferece belos visuais da zona rural e do rio. A linha do trem cruza este pequeno trecho de estrada cinco vezes. Havemos de ter atenção nestes cruzamentos.
Estação Ferroviária de Paraoquena |
Obs.:
a) Fotos da Capela SM e da sede da fazenda SM incorporadas na postagem em 04/03/2012;
b) Foto do bairro novo, estádio de futebol e asfalto da estrada para Miracema introduzida na postagem em 29/09/2014;
c) Fotos da Estação Ferroviária e da Igreja ?, assim como correção do nome do distrito (com dois éles) introduzidos na postagem em 07/05/23.
Fotos: Helcio Granato Menezes.
7 comentários:
Amigo Hélcio
Interessante historieta
Por Paraoquema contimnuam passando trens de minério de alumino, cruzando por Santo Antônio de Pádua e Além Paraíba. Certo?
De que data seria a foto? Quantos outras não sabemos acessar.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.
Luiz Carlos
As fotos foram feitas ontem. Role a tela de seu computador até o final, que você verá as demais fotos. Não sei o que carrega os trens até Paraoquena. Da próxima vez vou perguntar pro gerente da estação.
Abraços, Hélcio
Me atrasei um pouquinho pra irmos juntos. Cheguei até a falar com a "Fátima" por telefone, mas vc já tinha saido.
Muito interessante a história, numa outra oportunidade vamos dar uma esticada até Cisneiros e Itaperuçu, assim vc verá um trecho ainda maior da ferrovia citada.
Abraços, Larry
Caro Hélcio!
Foi com grata surpresa que cheguei até seu blog. Estou "tentando" escrever a história de Campello, mas as informações são poucas.
Através do seu Blog, pude saber um pouco mais!
Muito obrigado e belas fotos!
Marcos Campello
Gostaria de saber sobre a história da tradicional família Campello por questoes de família.Abs
Minha avó trabalhou com seu Antonio de Pádua.mais ela faleceu alguns anos atrás.
Boa tarde , meu avô era dono da Fazenda Santa Margarida , que fica entre Paraoquena e Campello, o nome dele era Joaquim Campello Torres.
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