quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Uso de cinto de segurança pode salvar vidas


Dia destes, peguei um ônibus na Rodoviária Novo Rio para ir a Miracema. Em um trecho do caminho, entrou neste veículo um inspetor da empresa de ônibus (Viação 1001) para executar seu trabalho. Quando o inspetor, que vinha percorrendo o corredor do veículo observando os assentos ocupados por passageiros, passou por mim, se ateve por mais segundos do que em relação aos demais passageiros. Aquele comportamento do inspetor intrigou-me um pouco: pensei que ele poderia ter achado que eu não teria bilhete de passagem, o que me fez palpar os bolsos para confirmar que o havia guardado, pois, distraído como sou, poderia o ter perdido ou até mesmo jogado fora.

Horas mais tarde, ao levantar-me do assento e percorrer o corredor para ir ao banheiro, que fica localizado no fundo do ônibus, pude entender melhor aquela fitada do inspetor em frente ao meu assento. Ninguém, a não ser eu, havia afivelado o cinto de segurança, o que, certamente, havia chamado a atenção do inspetor: único passageiro que cumpria a lei de segurança e, consequentemente, zelava pela preservação da vida caso viesse a ocorrer algum acidente. O uso do cinto de segurança não vai impedir que haja o acidente, porém pode ajudar muito na redução da gravidade de lesões e de mortes.

Naquele momento, pude perceber que a lei que obriga o uso do cinto de segurança nas linhas intermunicipais e interestaduais de ônibus (Artigo 105 do Código de Trânsito Brasileiro) não havia sido assimilada pela maioria dos passageiros, assim como observei também que o inspetor da empresa não chamava a atenção dos infratores de tal lei.

No acidente ocorrido na segunda-feira passada com o ônibus da empresa citada que deveria fazer o percurso Itaperuna – Rio, onde morreram 15 pessoas e feriram outras 12, tem relatos que o motorista, ao perceber a iminência do acidente, pediu que os passageiros afivelassem os cintos, no entanto a maioria preferiu levantar dos assentos e se dirigir ao fundo do ônibus. Este comportamento dos passageiros certamente contribuiu para maior agravamento das vítimas.

A passageira Maria Célia Dinez, de 60 anos, uma das vítimas do ônibus acidentado, salvou sua vida por estar usando o cinto de segurança.   

2 comentários:

Rachel Bruno Siqueira disse...

Hélcio, isto que aconteceu com você, acontece sempre comigo: as pessoas ficam me olhando, principalmente o passageiro ao lado, muitas vezes até meio de cara feia, pois preciso que levante da cadeira para retirar meu cinto que está lá por debaixo da sua.

Sempre usamos em nossa Família no carro e mais ainda quando meu filho e dois amigos foram salvos por Deus e o uso do cinto de segurança OBRIGATÓRIO aqui em Minas ( ele estudava na Federal de Viçosa e no carro zero que lhe demos, foi com 2 amigos para Congresso em Alfenas, 500Km, e ao virar uma curva deu com del'rey em zig zag ( ? )- motorista tão bêbado que não conseguia sair do carro, preso pelos Policiais - jogou para acostamento, mas o outro bateu em sua porta traseira que, 2º perícia, deram no mínimo 5 tombos e ficaram de cabeça para baixo presos pelo cinto: só o da porta atingida teve rompimento do baço, mas não precisaram operar. Ficaram hospitalizados em observação, perderam Congresso, celebramos Missa e carro perda total ( quem visse dizia não haver um sobrevivente ); bêbado respondeu processo e sofreu punição severíssima.

Daí em diante faço Campanha severa a favor do uso do cinto, apesar deste abdominal, dos ônibus, segundo informações Médicas, não ser bom, pois pode romper órgãos internos, dependendo da batida mas é melhor do que nada e CONTRA TOTALMENTE o USO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS e Direção. Tenho muita experiência de direção em estrada e vejo muito isto, mas não há fiscalização.

A UTIL/BRISA, Juiz de Fora - Rio, o motorista avisa e confere na Rodoviária daqui e na do Rio: " Srs. Passageiros sou.............; lembro que o uso .....é OBRIGATÓRIO........... ". e confere todos os bancos. Passageiro também é multado se a Fiscalização pegar.

É Cultural, mas precisa ser lembrado; já que as pessoas somente usam se a empresa exigir...

Abraços,
Rachel Bruno

Anônimo disse...

Nós mesmos somos responsáveis pela nossa segurança segurança individual. Bom seria se todos tivéssemos essa conciência!


Otávio Saraquino