segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Brasileiros mantêm otimismo em relação à situação socioeconômica do país, diz Ipea

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil

Os brasileiros permanecem otimistas em relação à situação socioeconômica do país, aponta a pesquisa Índice de Expectativa das Famílias (IEF), divulgada hoje (10) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Apesar de o índice apurado em setembro (63,1 pontos) ser 2,1 pontos inferior ao apurado no mês de agosto, a avaliação é de que o brasileiro continua otimista.

A ligeira queda da média nacional (2,1 pontos) refletiu a diminuição dos índices regionais em relação a agosto no Norte, Nordeste e Sudeste. A Região Norte apresentou uma diminuição de 4,1 pontos, com 57,1 pontos em setembro, a menor média registrada desde a criação do índice, marcando o retorno do grau de expectativa das famílias de otimista para moderadamente otimista, similar ao ocorrido em julho.

Enquanto isso, as regiões Sul e Centro-Oeste apresentaram elevação do otimismo. A Região Sul obteve uma elevação de 4,3 pontos em relação ao mês anterior e volta a demonstrar índice acima de 60 pontos, passando de moderadamente otimista para otimista. O Centro-Oeste continua sendo a região em que as famílias têm expectativas mais otimistas, com 74,9 pontos, 1,9 ponto a mais que em agosto.

Produzido pelo Ipea desde agosto do ano passado, o IEF revela a percepção das famílias brasileiras em relação à situação socioeconômica do país para os próximos 12 meses e para os cinco anos seguintes. A pesquisa aborda temas como situação econômica nacional; condição financeira passada e futura; decisões de consumo; endividamento e condições de quitação de dívidas e contas atrasadas; mercado de trabalho, especialmente nos quesitos segurança na ocupação e sentimento futuro de melhora profissional.

O IEF é uma pesquisa estatística mensal por amostragem, realizada em 3.810 domicílios de mais de 200 municípios de todo o país, com margem de erro de 5%. A escala de pontuação de expectativas das famílias vai de 0 a 100 e segue as seguintes indicações: grande pessimismo, de 0 a 20 pontos; pessimismo, de 20 a 40 pontos; moderação, de 40 a 60 pontos; otimismo, de 60 a 80 pontos; grande otimismo, de 80 a 100 pontos.

Edição: Lílian Beraldo

2 comentários:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Hélcio

Mas o que sabem os brasileiros de situação econômica nacional e internacional? Em geral não sabem nem mesmo de sua pessoal.

Portanto a opinião dos mesmos é como papipes à loteca.

Obviamente quem se guia pelas informações do governo, estará sempre otimista, pois, se ele não estiver quem estará?

Todavia existem outras fontes não comprometidas com ele, de renomados especialistas, que não são tão otimista.

Mantenhamos as nossas barbas de molho, pois a escola não é tão rizonha e franca quanto querem fazer crer.

Dependemos nãs apenas de nossa própria capacidade, mas principalmente de um mundo muito mais rico e poderoso do que o nosso e que não segue a nossa cartilha.

Vivemos cada dia mais globalizado, quiramos ou não. Veja as exigências da FIFA às quais nos quer submeter.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.

Hélcio Granato Menezes disse...

Luiz Carlos,

O bom astral do povo com a economia do país ajuda não só a própria economia como também a tornar a vida mais feliz, embora tenha havido ultimamente projeções de crescimento do PIB menores do que as de alguns meses atrás. O Brasil, assim como os demais países do Bric's, tem sido muito elogiado e estudado lá fora por, pelo menos até o momento, ter constituído fortes blindagens contra a crise financeira internacional que tem afetado muito os Estados Unidos e UE.

Abraços,
Helcio