sábado, 31 de agosto de 2013

Técnicas para cultivo do café arábica são apresentadas em Dia de Campo, em Varre-Sai


Evento reuniu cerca de 300 cafeicultores da região

Apresentar técnicas de manejo da lavoura do café arábica em áreas de montanha foi o objetivo de um dia de campo realizado pela Emater-Rio, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, em Varre-Sai, no Noroeste Fluminense. O Dia de Campo sobre Cafeicultura de Montanha aconteceu na última semana e reuniu cerca de 300 participantes no sítio Malacacheta, propriedade de José Ferreira Pinto.

- Até mesmo o agricultor familiar tem que ser profissional, conhecer e usar as tecnologias disponíveis para ter competitividade no mercado. É uma satisfação receber outros produtores e mostrar o que dá certo na cafeicultura - disse o anfitrião, José Ferreira.

Técnicos, agricultores e estudantes da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) e do IFF (Instituto Federal Fluminense) puderam trocar experiências e visitar estandes de empresas do setor agrícola, conhecendo produtos e maquinários. Os participantes foram divididos em grupos e percorreram cinco estações: Sustentabilidade da Cafeicultura de Montanha; Controle de Pragas e Doenças; Nutrição; Tratamento do Cafeeiro; e Adubação Nitrogenada.

Todo o ciclo de produção do café – do plantio à pós-colheita – foi abordado, com ênfase na importância da poda do cafezal, tema central do dia de campo. Uma palestra proferida por Gabriel Lacerda, engenheiro agrônomo da Fundação Procafé - Fazenda Experimental de Varginha (sul de Minas Gerais), explicou os diferentes tipos de poda e técnicas de manejo do cafezal e sua importância para o bom desenvolvimento da lavoura.

- O dia de campo é uma assistência técnica grupal, completa. Queremos que os produtores conheçam as técnicas e passem a tratar melhor sua lavoura. Estamos sempre visando o aumento da renda do produtor. Diminuir os custos de produção e aumentar a produtividade e a qualidade do café é possível com manejo adequado e uso das tecnologias - afirmou Miguel Engelhardt, supervisor local da Emater-Rio em Varre-Sai.

Para Melchior Pelegrini, secretário municipal de Agricultura, esta foi uma oportunidade valiosa para os produtores conhecerem técnicas, produtos e equipamentos para otimizarem a produção. O café é a principal atividade econômica de Varre-Sai, onde existem 1300 cafeicultores. Em 2013, a produção estimada é de 85 mil sacas.

Estado investe no setor

Aumentar a competitividade do café fluminense no mercado externo é uma das metas do governo estadual, que por meio da Secretaria de Agricultura, tem desenvolvido ações contundentes na cadeia do café. A Coopercanol recebeu, em janeiro deste ano, R$ 1,5 milhão do Banco do Brasil para sua reestruturação. Os recursos, oriundos do BNDES e não reembolsáveis, foram aplicados na aquisição de máquinas de rebeneficiamento, que já chegaram à sede da cooperativa.

O programa Rio Rural instalou 19 máquinas descascadoras de café - doadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) - e, através de subprojetos grupais, financiou a aquisição de sete secadores de café para uso comunitário em Varre-Sai, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana. Já o programa Rio Café disponibilizou duas unidades móveis de beneficiamento, que retiram as cascas e separam as impurezas. Estes equipamentos contribuem para a maior produtividade e qualidade do produto final, aumentando o valor da saca de café em 40%.


Com informações da Imprensa RJ

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