domingo, 31 de março de 2013

Extinção da barragem que foi responsável por vazamento de lignina no Rio Pomba em 2003


Terminou em agosto de 2012 o esvaziamento controlado para o Rio Pomba das duas barragens de lignina localizadas em Cataguases (MG). Mas o Estado do Rio continua ameaçado por outras 12 barragens de rejeitos de Minas Gerais, que estão próximas a rios da bacia do Paraíba do Sul. O governo mineiro garante que não há riscos de novos acidentes, mas o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio teme novos desastres ambientais.

Em 29 de março de 2003, uma destas duas barragens extintas de rejeitos industriais se rompeu, espalhando lignina — produto resultante da fabricação de celulose — no Rio Pomba e, por conseguinte, em 200 quilômetros do Rio Paraíba do Sul, impedindo a população fluminense de utilizar a água. Este lastimoso episódio, que foi um dos maiores acidentes ambientais do país, continua presente na mente da maioria dos miracemenses, pois, para quem não sabe, é no Rio Pomba que a Cedae faz captação para suprir o abastecimento de água potável na cidade de Miracema.

Em 2009, as barragens de lignina de Cataguases quase romperam novamente, o que poderia ter jogado de uma vez 1,4 bilhão de litros de rejeitos no Pomba e Paraíba do Sul. Na época, em decisão polêmica, a ANA (Agência Nacional de Águas), em concordância com os órgãos ambientais do Rio e de Minas Gerais, permitiu então a liberação gradual de rejeitos sem tratamento do Rio Pomba, entre 2009 e agosto do ano passado. Mas essa liberação foi de forma “paulatina”: no período da seca, só eram liberados 10 litros por segundo, quando o Rio Pomba estava com vazão de 70 mil litros por segundo. Mesmo assim, ele fica escuro por um trecho de 300 metros.

Links para as matérias do Globo de hoje sobre este assunto: aqui e aqui.

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