quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Noroeste fluminense terá 15 viveiros de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica

Estado do Rio plantará 34 milhões de árvores até o fim de 2015


O Governo do Estado do Rio de Janeiro vai plantar cerca de 34 milhões de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica nas cidades fluminenses, até dezembro de 2015. A meta supera o compromisso olímpico de plantar 24 milhões de árvores, para compensar a emissão de gases que provocam o efeito estufa durante os Jogos de 2016. Dados da Secretaria de Estado do Ambiente e do Inea (Instituto Estadual do Ambiente) mostram que 540 mil exemplares já foram plantados e 15,2 milhões estão em processo de plantio, desde outubro de 2009, quando o acordo foi firmado.

Para incentivar esse programa, o Governo do Rio está investindo cerca de R$ 10 milhões. Parte desses recursos será usada na criação de 15 viveiros de mudas, que serão implantados em cidades do Noroeste Fluminense, devido ao fato de que sofrem mais com esvaziamento econômico. A previsão é de que sejam criados, no Estado, cerca de 5 mil empregos (verdes) diretos em setores que incluem a criação de mudas, seu plantio e manutenção. Só as empresas que fazem parte do Comperj têm obrigação de repor aproximadamente 6 milhões de árvores.

- Queremos dobrar a área de Mata Atlântica no Rio, em 20 anos. Não estamos simplesmente reflorestando, nosso plano considera a manutenção e conservação da biodiversidade, a recuperação de bacias hidrográficas e a geração de renda - disse o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, na manhã desta quinta-feira (13/09), ao anunciar o plano, na sede da Secretaria do Ambiente.

A maior parte do reflorestamento será feito por empresas privadas, como contrapartida ambiental à sua atuação. Um dos mecanismos de contrapartida são as Autorizações de Supressão de Vegetação (ASVs), concedidas pelo Estado quando a companhia desmata espécies nativas para se instalar num local, e que prevê o replantio de uma quantidade de vegetação superior à retirada. A Secretaria do Ambiente prevê que sejam plantadas 4,4 milhões de mudas, como resultado de ASVs.

- Nossa ideia é criar no Estado corredores verdes, dando prioridade às regiões onde há espécies de animais ameaçadas. Isso vai permitir assegurarmos a conservação e proteção de espécies como a do primata Muriqui, que está ameaçada de extinção - afirmou a vice-presidente do Inea, Denise Rambaldi.

Entre as árvores que serão plantadas, as seringueiras (5 milhões de mudas) estão entre as prioridades, como forma de estimular a economia gerada pela extração de látex. Mudas de árvores frutíferas também serão inseridas no solo do Estado. A partir de outubro, um contador de árvores localizado no Jardim Botânico será reativado. O equipamento mostrará a quantidade e a espécie de árvores plantadas e as que faltam, as empresas que têm obrigação de fazê-lo, entre outros aspectos.

Fonte: Imprensa RJ

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