terça-feira, 16 de novembro de 2010

''Estamos distribuindo renda com uma mão e concentrando com a outra''
Entrevista especial com Tânia Bacelar de Araújo concedida à IHU Online
A eleição de Dilma suscitou duas questões importantes que precisam de reflexão e discussão no Brasil: o movimento conservador que levantou bandeiras preconceituosas durante as eleições movendo votos consideráveis e, também, o crescimento da discussão política que envolve a atuação do nordeste, antes esquecido e renegado no ‘canto do país’. “O nordeste tem 28% da população total do Brasil, mas tem metade dos que ganham salário mínimo no país. Nesse sentido, o nordeste foi bastante beneficiado por essa política. Aumento de renda significa aumento de consumo e o aumento de consumo destacou a economia do Brasil, mas, particularmente, do nordeste”, relatou a professora e economista Tânia Bacelar de Araújo durante a entrevista que concedeu à IHU On-Line, por telefone.

A economista analisou as principais transformações que o nordeste viveu nos oito anos de governo Lula e refletiu sobre o protagonismo que a região vem explorando e o preconceito que cresce contra os nordestinos no país. Além disso, ela também falou sobre suas expectativas em relação ao governo Dilma. “Para as mulheres, a chegada de Dilma é simbólica. As mulheres, até 1930, sequer votavam. A taxa de analfabetismo feminina até metade de século XX era o dobro da masculina. Então, as mulheres, no século XX, fizeram um esforço grande de se qualificar porque foi o canal de entrada na vida pública que nós escolhemos”, manifestou.

Tânia Bacelar de Araújo é graduada em Ciências Sociais pela Faculdade Frassinetti do Recife e em Ciências Sociais pela Universidade Católica de Pernambuco. Especializou-se em Análise Regional e Organização do Espaço pela Université de Paris I – Pantheon Sorbonne (França), onde também realizou o doutorado na mesma área. Desde 1978 é professora na Universidade Federal de Pernambuco.

Ver a entrevista completa aqui

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