quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Otimismo cai, mas Brasil ainda lidera expectativa de criação de vagas nas Américas
Projeção de contratações no 4º trimestre recuou três pontos porcentuais, mas segue elevada e coloca País em 4º lugar no ranking global

A expectativa de criação de empregos no Brasil para os três últimos meses deste ano recuou em relação ao 3º trimestre, mas continua uma das mais elevadas do mundo. Segundo uma pesquisa da consultoria Manpower, a Expectativa Líquida de Emprego para o período é de 37%, três pontos porcentuais inferior à registrada entre os meses de julho a setembro, mas 16 pontos acima do verificado em igual período de 2009. Com o resultado, os empregadores brasileiros ainda são os mais otimistas das Américas.

O levantamento foi realizado em 36 países e ouviu 62 mil empregadores. No ranking global, o Brasil aparece atrás apenas de Índia (42%), Taiwan (40%) e China (51%). Para compor o índice, é calculada a diferença entre as porcentagens relativas à expectativa de criação e de redução do número de empregos em cada país.

O setor de Finanças, Seguro e Imobiliário é o destaque nacional, com a maior expectativa de criação de empregos no 4º trimestre (53%). Na comparação regional, os empregadores dos estados do Rio de Janeiro e Paraná aparecem entre os mais otimistas, com expectativa de 41%. Nos demais estados e na cidade de São Paulo, o índice manteve estabilidade.

Segundo o levantamento, 28 de 36 países pretendem aumentar a força de trabalho no período de outubro a dezembro. A expectativa de criação de vagas aumentou em 13 países na comparação com o 3º trimestre. Apenas Grécia (-10%), Itália (-8%), Espanha (-4%), Irlanda (-3%) e República Tcheca (-2%) apresentam expectativas negativas, enquanto todos os países das Américas estão otimistas com a criação de vagas. Os Estados Unidos aparecem no último lugar do continente, com índice de 4%, seis pontos acima em relação ao mesmo período de 2009.

Hugo Passarelli, do Economia & Negócios (jornal O Estado de S. Paulo)

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