terça-feira, 17 de junho de 2025

Varre-Sai, Laje do Muriaé e Miracema têm as maiores reservas relativas de remanescentes da Mata Atlântica no Noroeste Fluminense

Gráfico I

O Noroeste Fluminennse conta com apenas 5,78% de seu territorio cobertos por remanescentes da Mata Atlãntica, segundo pesquisa no Atlas Municípios*, cujo levantamento foi realizado por SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). É o menor índice das macrorregiões do estado do Rio de Janeiro. 

De acordo com o Gráfico I, Varre-Sai tem a maior reserva relativa de remenescentes da Mata Atlântica na região (10,77%), em seguida Laje do Muriaé (10,11%), Miracema (9,85%), Cambuci (9,20%), Porciúncula (7,28%), ...

Os fluxos dos mananciais de águas, que dependem fundamentalmente destes parcos remanescentes, prestam serviços ambientais importantes como a proteção de mananciais hídricos, a contenção de encostas, a temperatura do solo e a regulação do clima, já que regiões arborizadas podem reduzir a temperatura em até 2º C. 

Gráfico II

No período 2013 a 2024, foi desmatado na região 983 hectares (equivalente a mil campos de futebol) da Mata Atlântica, sendo acréscimo de 226 ha em Varre-Sai e 54 ha em São José de Ubá, e decréscimo de 257 ha em Italva, 156 em Miracema, 144 em Natividade, 134 em Itaperuna, 134 em Laje do Muriaé, 111 em Santo Antônio de Pádua, 85 em Porciúncula, 75 em Italva, 66 em Aperibé, 55 em Itaocara e 46 em Cambuci. 


Os períodos mais críticos no intervalo entre 2013 a 2024 foram em 2013 a 2014 (-439 ha) e 2014 a 2015 (-657 ha).







*O Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica produzido pela SOS Mata Atlântica e INPE monitora somente os remanescentes florestais bem conservados com mais de 3 ha, enquanto o MapBiomas tem um conceito de floresta mais inclusivo, e monitora áreas com mais de 1 ha e nos diversos estágios de regeneração.
A fonte de informações sobre as bacias hidrográficas é da Agência Nacional das Águas (ANA).

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