“Uma proposta de Gestão do marketing no Município de Miracema-RJ como estratégia para promoção do município saudável e sustentável”, por Paulo José de Mendonça Ribeiro. Dissertação apresentada com vistas à obtenção do título de Mestre em Ciências na área de Saúde Pública. 2009.
"Considerações finais
A dissertação “Uma proposta de Gestão do Marketing no Município de Miracema/RJ como estratégia para promoção do município saudável e sustentável” oferece a continuidade à série de estudos relativos ao tema, e almeja a efetiva construção de políticas públicas. Manteve-se, assim, o objetivo geral – Identificar e caracterizar a relação da gestão do marketing no Município de Miracema, com a estratégia para promoção do município saudável e sustentável. O cerne, os referenciais e a vinculação sócio-histórica com o tema permaneceram inalterados. Apresenta modificações pontuais e criticas no sentido de aprimorar o conteúdo, porém de redação fácil ao entendimento e divulgação, em especial com o acréscimo de um conjunto de indicadores na investigação qualitativa no âmbito das ciências humanas.
Porque indicadores? Dentre os diversos problemas que preocupam os agricultores em especial, o agricultor rural acredita-se os que impactam mais fortemente na vida da população rural fluminense, especialmente nas regiões Norte e Noroeste, são os seguintes: a) empobrecimento crescente das famílias de agricultores e agricultoras rurais; b) migração intensa da população rural para as cidades mais dinâmicas; c) fragilidade das organizações da agricultura familiar; d) falta de assistência e capacitação técnica eficientes; e) problemas de saúde decorrentes da contaminação da água e dos alimentos.
Constitui-se deste modo importante ferramenta a construção de indicadores e avaliação da utilização de Grandezas e Unidades como subindicadores, que permitam perceber as mudanças ocorridas nas comunidades. Esses indicadores, para serem efetivos, necessitam ser discutidos e acompanhados pelas equipes técnicas e agentes sociais que realizarão as atividades junto aos agricultores e agricultoras familiares. Devem ser flexíveis e revistos periodicamente, quando necessário. Como exemplo, os indicadores propostos referem-se à aferição socioambiental, portanto os índices de degradação ambiental e renda ao início e ao final das ações e na implementação de projeto; níveis de migração das áreas rurais para áreas urbanas; capacidade organizacional; nível de apoio técnico; e, situação de saúde. Diagnosticados antes e depois da realização das ações e na implementação de projetos.
Busca-se este referencial, por a agricultura familiar ser responsável em garantir boa parte da segurança alimentar do País. Como importante fornecedora de alimentos para o mercado interno, apesar de cultivar uma área menor com lavouras e pastagens - 17,7 e 36,4 milhões de hectares, respectivamente. A estrutura agrária ainda concentrada no País: os estabelecimentos não familiares, apesar de representarem 15,6% do total dos estabelecimentos, ocupavam 75,7% da área ocupada. A área média dos estabelecimentos familiares era de 18,37 hectares, e a dos não familiares, de 309,18 hectares (IBGE, 2006).
Assim, vale destaque para a Educação Ambiental – Lei 9795 de 25 de abril de 1999. Ao promover a organização social e o avanço da participação popular, deve, antes de tudo, priorizar a qualificação dos grupos sociais para que se apropriem dos instrumentos de gestão ambiental pública, capacitando-os para uma atuação cidadã em prol da melhoria da qualidade socioambiental dos municípios, do estado e do nosso país. Nesta perspectiva torna-se estratégico o controle social da gestão ambiental pública. Agrava-se ao fato de os países em desenvolvimento, como o Brasil, confrontam-se com padrões do século 21, antes mesmo de haverem superado os problemas do século 19.
O marketing sustentável como visto no capítulo 4, visa integrar as atividades econômicas a sustentabilidade socioambiental. Deve-se ter consciência de que a finalidade de todos os projetos propostos requer normas legais, medidas de fiscalização, programas e inovação tecnológicas a atingir uma mudança de paradigma do modelo de exploração econômica no Município. Entre as ações econômicas, está em incentivos para o manejo sustentável na Área Rural, conforme artigo 14 da Lei 6938 de 31 de agosto de 1981 em seu caput e incisos II e III. Expansão da base florestal; manejo de florestas nativas em áreas privadas; Monitoramento e controle; Educação, ciência e tecnologias florestais; serviços ambientais das florestas; fortalecimento institucional e de extensão florestal; instalação e modernização de indústria de base florestal; mercado e comércio de produtos florestais.
O Marketing Sustentável, na sua gestão, requer a integração de sistemas territoriais. Onde o território é percebido como um espaço cognitivo, no qual valores comuns e outros ativos intangíveis contribuem para o sucesso dos processos de aprendizado interativo. E tendem a minimizar os custos de transação entre os serviços, na troca. População e organização. O diferencial, no sucesso desta relação está na educação em que as organizações dispõem ao indivíduo na utilização deste serviço. De modo, como retorno a organização, é quantificada a percepção, para investimento futuro na qualidade. A operação continua e sistêmica que insere a gestão é condicionada a excelência deste relacionamento.
Enfim, o estudo constitui-se um ponto de partida. Lança-se para debate com objetivo de provocar o intercâmbio de idéias, buscando alcançar especial comunicação com o público não especializado. Por conseguinte não tem o caráter definitivo, pelo contrário sugere o detalhamento como em futura tese de doutorado."
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