quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Noroeste fluminense abre 298 postos de emprego formal em setembro e 3.172 no acumulado do ano

 

Em setembro, o Noroeste Fluminense abriu 298 vagas de emprego com carteira assinada (+168 na microrregião Itaperuna e +130 na microrregião Santo Antônio de Pádua). No ano anterior a região abriu 103 vagas neste mesmo mês.

Entre os municípios, Itaperuna liderou com a criação de 99 vagas, em seguida Miracema (68), Santo Antônio de Pádua (42), Bom Jesus do Itabapoana (33), Cambuci (23), Natividade (21), Porciúncula (18), Laje do Muriaé (7), São José de Ubá (3).  Aperibé e Varre-Sai abriram e fecharam o mesmo número de vagas, enquanto Italva e Itaocara registraram saldo negativo (-10 e -6, respectivamente). 

Os cinco grandes grupos de atividades ecnconômicas registraram saldo positivo, com destaque para Serviços com 121 novas vagas, (+101 na microrregião Itaperuna e +20 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Construção com 63 novas vagas (+8 na microrregião Itaperuna e +55 na microrregião Santo Antônio de Pádua).

No acumulado do ano, janeiro a setembro, a região criou 3.172 vagas (+2.576 na microrregião Itaperuna e +596 na microrregião Santo Antônio de Pádua). Neste mesmo período do ano anterior a região registrou abertura de 2.192 vagas.

Conforme o gráfico acima ou a tabela abaixo, todos municípios da região registraram saldo positivo.
 
Todos os cinco grandes grupos de atividades econômicas registraram saldo positivo, com destaque para Indústria, que criou 1.667 vagas (+1.567 na microrregião Itaperuna e +100 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Serviços com abertura de 1.070 vagas (+754 na microrregião Itaperuna e +316 na microrregião Santo Antônio de Pádua).


Em setembro, a região registrou Estoque de empregos formais de 57.922 postos ocupados.

Municípios compreendidos na microrregião Itaperuna: Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula e Varre-Sai; e na microrregião Santo Antônio de Pádua: Aperibé, Cambuci, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São José de Ubá. 

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Revista The Economist elogia ações do Brasil para salvar as florestas

 Editorial diz que estratégias devem ser replicadas em outros países

Agência Brasil
Publicado em 23/10/2025 - 20:48
São Paulo 

FABIO RODRIGUEZ - POZZEBOM AGÊNCIA BRASIL

Um editorial da revista The Economist, publicado nesta quinta-feira (23), defende que a estratégia do governo federal brasileiro para preservar a floresta Amazônica deveria ser replicada por demais países do mundo que pretendem manter suas florestas tropicais em pé. De acordo com o texto, o país mostrou, na gestão do presidente Luís Inácio Lula da Silva, como boas políticas públicas podem fazer a diferença na preservação ambiental. 

“Durante o governo de Jair Bolsonaro, um político de direita que foi presidente de 2019 a 2023, pouco foi feito para conter as motosserras. Em contraste, seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, junto com uma ministra do Meio Ambiente resoluta, Marina Silva, aplicam uma combinação equilibrada de punição e incentivo. Agentes federais fortemente armados prendem madeireiros ilegais e destroem garimpos clandestinos. Propriedades onde ocorre desmatamento ilegal são impedidas de receber crédito subsidiado”.

Segundo a The Economist, o ritmo do desmatamento caiu 80% durante os primeiros mandatos de Lula (2003–2011) e voltou a ser reduzido quando ele reassumiu em 2023, antes dos incêndios florestais. 

“Enquanto Bolsonaro via o ambientalismo como um obstáculo ao desenvolvimento, o governo Lula entende que destruir a floresta amazônica significaria arruinar a própria agricultura brasileira. O governo vem se esforçando mais para proteger as terras indígenas – cujos povos costumam ser excelentes guardiões da floresta – e para regularizar a posse de terras na Amazônia, hoje marcada por uma confusão de títulos sobrepostos e mal documentados”.

O editorial destaca que o processo de regularização de terras empreendido pelo governo brasileiro é uma estratégia que deveria ser replicada pelos demais países. “Quando se sabe quem é o dono da terra, sabe-se também a quem punir por destruí-la ou recompensar por preservá-la”. 

“Felizmente, com o avanço da tecnologia de imagens digitais, as infrações podem ser detectadas e relatadas em poucos dias, permitindo que as autoridades ajam rapidamente. Todas essas lições deveriam ser aplicadas em outros países que possuem florestas tropicais”. 

Pagamento

Segundo o editorial, a preservação das florestas deveria ser financiada pelos demais países do mundo. A revista ressalva, no entanto, que os países ricos estão cada vez mais reticentes em fazer isso. 

“Como preservar as florestas tropicais é um bem público global, o mundo deveria ajudar a pagar por isso. Mas, novamente, falar é mais fácil do que fazer. Os países ricos estão cada vez mais reticentes em oferecer ajuda internacional. Os mercados de créditos de carbono ainda não decolaram, em parte porque é difícil comprovar se o dinheiro destinado a projetos de conservação realmente resulta em árvores preservadas”.

“O método mais simples seria pagar diretamente aos governos de países (ou províncias) onde o desmatamento for interrompido, conforme verificado por imagens de satélite. O Brasil vem tentando despertar interesse por essa ideia”. 


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Sobre a revista The Economist: link para Wikipédia

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Levantamento do Sebrae e MDS: 2,5 milhões de inscritos no CadÚnico se transformam em MEI

Um levantamento realizado pelo Sebrae, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), mostra que beneficiados dos programas do governo inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) têm decidido empreender após ingressarem na plataforma. Do total de microempreendedores individuais (MEIs) que estão no Cadastro Único, 55% (2,5 milhões) tiveram a iniciativa de começar a empreender após a inscrição. Os dados foram apresentados, nesta terça-feira (21/10), em audiência do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e do presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima.

A Regra de Proteção do Bolsa Família, por exemplo, permite que famílias que aumentam seus ganhos e ultrapassam a renda mensal máxima para entrar no Bolsa Família continuem recebendo o benefício por um tempo. O objetivo é oferecer uma transição segura para as famílias que começam a melhorar a condição financeira.
 

Confira aqui o levantamento
 

PESQUISA - Do universo de 95,3 milhões de pessoas inscritas no CadÚnico, 4,6 milhões são MEI e mais de um terço (34,1%) já foi atendido pelo Sebrae ao menos uma vez entre janeiro de 2020 e julho deste ano. Este apoio da entidade tem dado resultado: os MEIs que estão no Cadastro e foram atendidos pelo Sebrae possuem maior percentual de empresas ativas (78,9%) em comparação àqueles não atendidos (61,5%).
 

A maior parte dos MEIs inscritos no CadÚnico (53,1%) está no setor de serviços. O Comércio (26,5%), a Indústria (10,1%), a Construção (9,7%) e a Agropecuária (0,5%) completam a lista. A pesquisa aponta ainda que o percentual daqueles que recebem os recursos do Programa Bolsa Família entre esse universo de MEIs no CadÚnico é de 41,7%, enquanto 6,4% recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Amazonas (56,3%), Acre (54,8%) e Piauí (54,6%) são os estados que possuem maior percentual de MEI com famílias inscritas no Cadastro Único.

 

PARCERIA - Assinado em 2023, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Sebrae visa à integração de esforços para uma atuação articulada na promoção socioeconômica de famílias em vulnerabilidade social. Entre as ações previstas está o compartilhamento de informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e do Programa Bolsa Família para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre os pequenos negócios para o aprimoramento de políticas públicas.

 

Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República:

https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2025/10/estimulo-ao-empreendedorismo-leva-2-5-milhoes-de-inscritos-no-cadunico-a-se-transformarem-em-mei


sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Royalties de petróleo repassados aos municípios do NOF aumentam 6,1% em setembro e 15,9% no acumulado do ano

 

Conforme o gráfico acima ou 3º quadro da tabela abaixo, os royalties de petróleo repassados aos municípios do Noroeste Fluminense aumentaram 6,6% em janeiro, 29,5% em fevereiro, 34,3% em março, 14,7% em abril, 23,6% em maio, 11,7% em junho, 11,3% em julho, 8,5% em agosto e 6,1% em setembro na comparação com os respectivos meses do ano anterior.

Os porcentuais relativos a variação 2024-2025, mês a mês, de cada um dos 13 municípios da região estão expressos no terceiro quadro da tabela abaixo, assim como os valores absolutos de repasses referentes a 2024 e 2025 se encontram no primeiro e segundo quadros.

Na comparação com o mês anterior, em setembro aumentou 6,51%.

No acumulado do ano, janeiro a setembro, os repasses aos municípios aumentaram 15,9% na comparação com o mesmo período do ano anterir, propiciando R$ 267,395 milhões para os municípios do Noroeste Fluminense, distribuídos para cada um dos 13 municípios da região de acordo com a última coluna do primeiro quadro da tabela abaixo. 

Segundo especialistas da ANP, os royalties estão sujeitos a diversas variáveis, especialmente volumes de produção dos campos e poços, preço do petróleo e gás natural, taxa de câmbio, alteração legislativa e decisões judiciais. 

Os royalties são uma compensação financeira devida à União pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro como forma de compensar a sociedade pela utilização destes recursos, que não são renováveis. As empresas efetuam o pagamento à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Fazenda, que é responsável por repassar aos estados e municípios os recursos recebidos provenientes dos royalties conforme critérios definidos nas Leis 9.478/1997 e 7.990/1989. 



quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj aprova parecer favorável, com parecer da Comissão de Constituição e Justiça, a criação da APA Chauá em Miracema

 


Íntegra do parecer do relator Carlos Minc da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Alerj:

PARECER


DA COMISSÃO DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE AO PROJETO DE LEI Nº 600/2023, QUE DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA APA CHAUÁ, LOCALIZADA NA REGIÃO DO CONDE, MUNICÍPIO DE MIRACEMA/RJ E DÁ PROVIDÊNCIAS.

Autoria: Deputados FLÁVIO SERAFINI e MARINA DO MST
Relatoria: Deputado CARLOS MINC

(FAVORÁVEL, COM PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA)


I – RELATÓRIO
Trata-se da análise do Projeto de Lei n.º 600/2023 dos nobres Deputados Flávio Serafini e Marina do MST, que “DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA APA CHAUÁ, LOCALIZADA NA REGIÃO DO CONDE, MUNICÍPIO DE MIRACEMA/RJ E DÁ PROVIDÊNCIAS”.

II – PARECER DO RELATOR
A proposta dos nobres deputados Flávio Serafini e Marina Do MST busca a criação de uma nova APA, Area de Proteção Ambiental do Chauá com 6,32 Km ² no Estado do Rio a ser administrada pelo Inea.
Encontram-se objetivos mais realistas na justificativa do projeto de lei, que cita, dentre outros, a proteção de espécies ameaçadas de extinção dentre elas o Chauá, ave presente na área e classificada como em perigo de extinção pela Lista de espécies da União Internacional para a conservação da natureza e dos Recursos naturais.
A Lei 9985/2000 que estabelece os mecanismos de criação, gestão e implementação de Unidades de Conservação no Brasil obriga, o órgão do poder executivo, gestor e proponente da Unidade de Conservação a realizar consulta pública e elaborar estudo técnico antes da criação, para que haja ampla divulgação e conhecimentos dos moradores e demais atores que serão beneficiados e ou afetados pela Unidade de Conservação a ser criada. Ocorre que na justificativa tal estudo técnico é mencionado como feito pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente. Contudo, não é competência do cito órgão elaborar estudos técnicos de criação de Unidades de Conservação e sim se manifestar favorável ou não, a criação de Unidades de Conservação, outrossim, não há registros da existência desse estudo técnico e nem a audiência pública nos canais oficiais de registro (Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Miracema) e demais sites correlatos. Ademais, mesmo que ambos tenham ocorrido, não seriam considerados no âmbito Estadual, uma vez que a obrigatoriedade deverá ser do Instituto Estadual do Ambiente que irá administrar a futura APA.
Importa registrar que, embora se registre na justificativa que o Estado não terá despesas com a criação da APA uma vez que a categoria não obrigue a desapropriação de imóveis existentes em seus limites, a gestão de uma APA exige a designação de cargo para chefia da Unidade de Conservação e de equipe mínima para a gestão, veículos de apoio, sobretudo para fiscalização.
Destaca-se também que o mapa fornecido no Anexo I do PL não corresponde ao memorial descritivo, no Anexo II, necessitando ser aprimorado após estudo e consulta.
Por fim, exigir que o Plano de Manejo da APA seja feito imediatamente após a data de publicação da lei, conforme consta no parágrafo único do Artigo 4º suprimido pelo parecer da comissão de Constituição e Justiça, é inviável do ponto de vista técnico e legal, pois ignora os procedimentos obrigatórios e o tempo necessário para a elaboração de um plano de manejo conforme previsto na Lei nº 9.985/2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).
Sugerimos que esta Comissão ou os autores que solicitem o retorno da baixa em diligência enviado ao Instituto Estadual do Ambiente pela Comissão de Constituição e Justiça através do Ofício GPCCJ nº 016/2024.
Diante do exposto, o Projeto de Lei n.º 600/2023 garante direito fundamental em seu ordenamento jurídico e mérito, razão pela qual o parecer conclui de forma FAVORÁVEL, COM PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA.
Sala das Comissões, 23 de setembro de 2025.
Deputado CARLOS MINC - Relator

III – CONCLUSÃO
A Comissão de Defesa do Meio Ambiente, na 5ª Reunião Ordinária, realizada por meios remotos, aprovou o parecer do relator, FAVORÁVEL, COM PARECER DA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA ao Projeto de Lei nº 600/2023.
Sala das Comissões, 24 de setembro de 2025.
(a) Deputados JORGE FELIPPE NETO – Presidente; RENATO MACHADO, Vice-Presidente; CHICO MACHADO, e ANDRÉ CORRÊA, membros titulares e RENAN JORDY, MARCELO DINO e PROFESSOR JOSEMAR, membros suplentes.

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Link para acompanhamento da tramitação do PL 600/2023 na Alerj 


sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Fazenda Liberdade, em Miracema



 Em 02/10/25. O ipê-amarelo da segunda foto é o mesmo que aparece do lado esquerdo da primeira foto

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Noroeste fluminense abre 333 postos de emprego formal em agosto e 2.874 no acumulado do ano

 

Em agosto, o Noroeste Fluminense abriu 333 vagas de emprego com carteira assinada (+309 na microrregião Itaperuna e +24 na microrregião Santo Antônio de Pádua). No ano anterior a região abriu 369 vagas neste mesmo mês.

Entre os municípios, Itaperuna liderou com a criação de 152 vagas, em seguida Italva (54), Miracema (46), , Bom Jesus do Itabapoana (35), Varre-Sai (22), Porciúncula (18), Natividade (15), Laje do Muriaé (13), São José de Ubá (10) e Itaocara (9). Aperibé, Cambuci e Santo Antônio de Pádua registrarm saldo negativo: -7, -5 e -29, respectivamente.

Entre os cinco principais setores da economia, 4 tiveram saldo positivo, tendo destaque Indústra com 147 novas vagas, (+137 na microrregião Itaperuna e +10 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Serviços com 92 novas vagas (+59 na microrregião Itaperuna e +33 na microrregião Santo Antônio de Pádua).

No acumulado do ano, janeiro a agosto, a região criou 2.874 vagas (+2.409 na microrregião Itaperuna e +465 na microrregião Santo Antônio de Pádua). Neste mesmo período do ano anterior a região registrou abertura de 2.094 vagas.

Conforme o gráfico acima ou a tabela abaixo, todos municípios da região registraram saldo positivo.
 
Entre os principais setores da economia, apenas o setor Agropecuário registrou saldo negativo (de apenas -1 vaga). Em destaque Indústria, que criou 1.615 vagas (+1.543 na microrregião Itaperuna e +72 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Serviços com abertura de 955 vagas (+653 na microrregião Itaperuna e +302 na microrregião Santo Antônio de Pádua).


Em agosto, a região registrou Estoque de empregos formais de 57.626 postos ocupados.

Municípios compreendidos na microrregião Itaperuna: Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula e Varre-Sai; e na microrregião Santo Antônio de Pádua: Aperibé, Cambuci, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São José de Ubá. 

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Situação Fiscal de municípios no Noroeste Fluminense é preocupante, aponta Firjan

Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), que analisa as contas de mais de cinco mil municípios brasileiros em quatro indicadores, aponta que região tem o pior desempenho no estado do Rio. Cidades fluminenses investem, em média, somente 4,6% da receita

Rio de Janeiro, 18 de setembro de 2025


A nova edição do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) aponta que as cidades do estado do Rio de Janeiro destinam, em média, somente 4,6% da receita para investimentos – menos da metade da média nacional, de 10,2%. Foram avaliadas as contas de 83 municípios no estado. Abaixo da média estadual (0,5587), os municípios do Noroeste Fluminense encerraram 2024 em situação fiscal bastante preocupante: o IFGF médio da região foi de 0,4581 ponto. Este foi o pior desempenho entre as regiões do Rio de Janeiro. 

Em geral, os municípios fluminenses registram 0,3715 ponto no indicador de Investimentos do estudo, que varia de zero a um ponto, e são os que menos priorizam investimentos públicos no Brasil. Na região Noroeste Fluminense, na análise por município, Italva (IFGF: 0,6938) apresentou a melhor situação fiscal ao registrar baixo comprometimento do orçamento com despesas obrigatórias e excelente planejamento financeiro. No entanto, a maioria dos municípios ainda enfrenta limitações severas para gerar receitas próprias e investir no desenvolvimento local. Já Itaperuna (0,5762), o maior município do Noroeste, terminou o ano em situação fiscal difícil, sobretudo, devido ao nível crítico de investimentos públicos.

“Chama ainda mais atenção o fato de que esse péssimo resultado foi em momento de conjuntura econômica favorável no país em 2024 e maior repasse de recursos para os municípios. Toda a sociedade precisa acompanhar e cobrar dos gestores maior compromisso com o dinheiro público. Não podemos aceitar esse cenário”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

O presidente da Firjan defende também que as cidades desenvolvam ações para estimular a economia e gerar recursos localmente. “Assim, além de não ficarem tão vulneráveis aos ciclos econômicos, darão oportunidades para a população, com melhoria da renda e da qualidade de vida”, reforça Caetano.

Com base em dados declarados pelas prefeituras, o IFGF analisa as contas de 5.129 municípios brasileiros e é composto pelos indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez. Após a análise de cada um deles, a situação das cidades é considerada crítica (resultados inferiores a 0,4 ponto), em dificuldade (resultados entre 0,4 e 0,6 ponto), boa (resultados entre 0,6 e 0,8 ponto) ou de excelência (resultados superiores a 0,8 ponto).

Os municípios da região Noroeste Fluminense enfrentam sérias fragilidades em Autonomia (0,2384 pontos) e níveis críticos de Investimentos (0,2979 pontos), o que compromete o fortalecimento de suas economias locais no longo prazo.

Para Varre-Sai (0,3455), Aperibé (0,2976), São José de Ubá (0,2235) e Porciúncula (0,1689) o quadro fiscal é ainda mais preocupante. Além da falta de priorização dos investimentos públicos no orçamento, essas cidades também terminaram o ano de 2024 com nota zero no IFGF Autonomia, o que significa que existe alta dependência por transferências da União para custear despesas essenciais, como a manutenção da Câmara municipal e da Prefeitura.

Na contramão da média das cidades brasileiras, que apresentaram situação fiscal mais favorável diante da conjuntura de 2024, a média dos municípios fluminenses piorou, registrando 0,5587 ponto (gestão em dificuldade).

Os dados dos municípios Laje do Muriaé e Miracema não foram avaliados devido à indisponibilidade ou inconsistência nas informações declaradas.


Geração de receita local está entre os principais desafios dos municípios fluminenses

Na análise por indicadores, o de Autonomia apresenta o segundo pior resultado das cidades fluminenses, com 0,4373 ponto (gestão em dificuldade). O indicador mostra se as receitas oriundas da atividade econômica local suprem as despesas essenciais para o funcionamento da máquina pública municipal. A média fluminense revela a alta dependência das cidades por transferências – realidade muito próxima a observada no restante do país.

Já no indicador de Gastos com Pessoal, que aponta quanto os municípios gastam com o pagamento de pessoal em relação ao total da Receita Corrente Líquida, a média fluminense é de 0,7174 ponto (boa gestão). O resultado é influenciado pelo forte crescimento do orçamento total - e não pelo ajuste na folha de pagamentos, medida que atualmente não é possível por conta da legislação.

Apesar da média positiva, a análise individualizada revela que dezesseis prefeituras comprometem mais de 54% da receita com gastos com pessoal. Nesse grupo, cinco municípios (Cabo Frio, Engenheiro Paulo de Frontin, Itaguaí, São Sebastião do Alto e Seropédica) destinam mais de 60% da receita para esse tipo de despesa, ultrapassando o limite máximo determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

No IFGF Liquidez, que verifica se as prefeituras estão postergando pagamentos de despesas para o exercício seguinte sem a devida cobertura de caixa, os municípios fluminenses registram 0,7086 ponto (boa gestão), resultado também influenciado pelo aumento de receita total. Porém, mesmo nesse contexto, sete prefeituras fluminenses (Barra do Piraí, Comendador Levy Gasparian, Itaguaí, Mangaratiba, Porciúncula, Rio Bonito e Rio das Flores) têm nota zero no indicador por fecharem 2024 sem recursos em caixa para cobrir suas obrigações financeiras.

Cenário dos municípios brasileiros melhora diante de conjuntura econômica e maior repasse de recursos, mas 36% deles ainda têm situação difícil ou crítica

Num contexto de conjuntura econômica favorável e maior repasse de recursos, o cenário fiscal das cidades brasileiras melhorou e, em média, registram 0,6531 ponto (boa situação) no IFGF. Porém, 36% delas - com 46 milhões de pessoas - ainda têm situação fiscal difícil ou crítica. As capitais Cuiabá (MT) e Campo Grande (MS), por exemplo, têm situação difícil. Vitória (ES) é a única capital a alcançar nota máxima no estudo.

“É fundamental considerarmos que o cenário está melhor por conta dos resultados econômicos de 2024 e de maior repasse de recursos, mas que isso pode não se repetir em outros momentos. Também é importante frisar que, mesmo com maior folga fiscal, continuamos com uma parcela significativa de cidades em situação desfavorável, evidenciando desigualdades históricas e mantendo o Brasil longe de patamar elevado de desenvolvimento”, destaca o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Somente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi registrado o total de R$ 177 bilhões de repasses em 2024. Caetano ressalta que as cidades precisam melhorar a geração de recursos para não continuarem tão dependentes de transferências.

O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, reforça que, diante do quadro geral apresentado pelo estudo, reformas são essenciais para tornar a gestão municipal mais eficiente para o desenvolvimento do país. “Entre os principais pontos que precisam ser considerados estão os critérios de distribuição de recursos, que necessitam de revisão para incluir regras que estimulem os gestores públicos a ampliarem a arrecadação local e que garantam qualidade no gasto público. A reforma administrativa para permitir a flexibilização do orçamento e a otimização das despesas de pessoal também é uma questão de extrema importância, além de outras que destacamos no estudo”, diz Goulart.

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Acesse o IFGF em www.firjan.com.br/ifgf. Através desse link é possível consultar análise geral, dados específicos dos municípios e série histórica do estudo.

Firjan - Assessoria de Imprensa

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Republicação ICMS Ecológico 2025 ano fiscal 2026 (Port. CEPERJ/PRESI 8878/25): Aperibé é destaque no NOF

 

Os dados trabalhados para cálculo das pontuações do IFCA (Índice Final de Conservação Ambiental) do ICMS Ecológico estabelecido em 2025 para o ano fiscal de 2026 são referentes a 2024.

Entre os municípios do Noroeste Fluminense, Aperíbé se destacou com a pontuação 0,9146, em seguida São José de Ubá (0,412), ...

Aperibé e Itaperuna foram os únicos municípos da região a pontuarem no IrTE (Índice relativo de Tratamento de Esgoto), que vem a ser um dos índices relativos que compõem o IFCA, com as pontuações 0,03364 e 0,00043, respectivamete.


No IrDR (Índice relativo de Destinação de Resíduo Sólido), que também compõe o IFCA, São José de Ubá se destacou com a pontuação 0,01875, em seguida Itaperuna (0,01489), ...

Obs.: Miracema foi o único município a não fornecer informações para o cálculo deste índice.


A seguir a tabela com os índices obtidos pelos município do NOF:

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Royalties de petróleo repassados aos municípios do NOF aumentam 8,5% em agosto e 17,3% no acumulado do ano

 

Conforme o gráfico acima ou 3º quadro da tabela abaixo, os royalties de petróleo repassados aos municípios do Noroeste Fluminense aumentaram 6,6% em janeiro, 29,5% em fevereiro, 34,3% em março, 14,7% em abril, 23,6% em maio, 11,7% em junho, 11,3% em julho e 8,5% em agosto na comparação com os respectivos meses do ano anterior.

Os porcentuais relativos a variação 2024-2025, mês a mês, de cada um dos 13 municípios da região estão expressos no terceiro quadro da tabela abaixo, assim como os valores absolutos de repasses referentes a 2024 e 2025 se encontram no primeiro e segundo quadros.

Na comparação com o mês anterior, em agosto aumentou 5,48%.

No acumulado do ano, janeiro a agosto, os repasses aos municípios aumentaram 17,3% na comparação com o mesmo período do ano anterir, propiciando R$ 236,302 milhões para os municípios do Noroeste Fluminense, distribuídos para cada um dos 13 municípios da região de acordo com a última coluna do primeiro quadro da tabela abaixo. 

Segundo especialistas da ANP, os royalties estão sujeitos a diversas variáveis, especialmente volumes de produção dos campos e poços, preço do petróleo e gás natural, taxa de câmbio, alteração legislativa e decisões judiciais. 

Os royalties são uma compensação financeira devida à União pelas empresas que produzem petróleo e gás natural no território brasileiro como forma de compensar a sociedade pela utilização destes recursos, que não são renováveis. As empresas efetuam o pagamento à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Fazenda, que é responsável por repassar aos estados e municípios os recursos recebidos provenientes dos royalties conforme critérios definidos nas Leis 9.478/1997 e 7.990/1989. 




segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Repasses constitucionais do ERJ a Miracema aumentam 23% em julho e 8% no acumulado do ano

 

Conforme o gráfico acima, os repasses constitucionais do estado do RJ a Miracema caíram -6,42% em janeiro e -16,33% em março, e aumentaram 22,19% em fevereiro, 24,44% em abril, 3,84% em maio, 3,48% em junho e 23,27% em julho na comparação com estes mesmos meses do ano anterior. 

Na comparação com o mês anterior, em julho aumentou 52,30%. 

No acumulado do ano, janeiro a julho, os repasses a Miracema aumentaram 7,67% na comparação com o mesmo período do ano anterior, o que proporcionou R$ 21,907 milhões aos cosfres públicos do município.



sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Aperibé é destaque na região no ICMS Ecológico 2025 ano fiscal 2026

AS INFORMAÇÕES NAS QUAIS ESTA POSTAGEM SE BASEOU (Port. CEPERJ/PRESI 8876/25) FORAM REPUBLICADAS PELA Port. CEPERJ/PRESI 8878/25.




Os dados trabalhados para cálculo das pontuações do IFCA (Índice Final de Conservação Ambiental) do ICMS Ecológico estabelecido em 2025 para o ano fiscal de 2026 são referentes a 2024.

Entre os municípios do Noroeste Fluminense, Aperíbé se destacou com a pontuação 0,9146, em seguida Itaperuna (0,01489), ...

Aperibé e Itaperuna foram os únicos municípos da região a pontuarem no IrTE (Índice relativo de Tratamento de Esgoto), que vem a ser um dos índices relativos que compõem o IFCA, com as pontuações 0,0338 e 0,00043, respectivamete.


No IrDR (Índice relativo de Destinação de Resíduo Sólido), que também compõe o IFCA, São José de Ubá se destacou com a pontuação 0,01875, em seguida Itaperuna (0,01489), ...

Obs.: Miracema foi o único município a não fornecer informações para o cálculo deste índice.


A seguir a tabela com os índices obtidos pelos município do NOF:



Estimativa do IBGE aumenta a população do Noroeste Fluminense para 340.092 habitantes

Segundo estimativa do IBGE, o Noroeste Fluminense passa a ter 340.092 habitantes a partir de 1º/07/2025, o que representa aumento de 4,95% na comparação com o Censo de 2022.


Conforme o gráfico acima, todos os 13 municípios da região tiveram aumento na população,

As estimativas populacionais municipais realizadas pelo IBGE são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União no cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios. 



quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Noroeste fluminense abre 257 postos de emprego formal em julho e 2.536 no acumulado do ano


Em julho, o Noroeste Fluminense abriu 257 vagas de emprego com carteira assinada (+218 na microrregião Itaperuna e +39 na microrregião Santo Antônio de Pádua). No ano anterior a região abriu 433 vagas neste mesmo mês.

Entre os municípios, Itaperuna liderou com a criação de 100 vagas, em seguida Bom Jesus do Itabapoana (73), Varre-Sai (23), Cambuci (21), Aperibé (19), Natividade (17), Santo Antônio de Pádua (16), Itaocara (13), Porciúncula (8) e Italva (3). Laje do Muriaé, Miracema e São José de Ubá registraram saldo negativo (-6, -19 e -11, respectivamente).

Entre os cinco principais setores da economia, 4 tiveram saldo positivo, tendo destaque Comércio com 115 novas vagas, (+103 na microrregião Itaperuna e +12 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Serviços com 99 novas vagas (+60 na microrregião Itaperuna e +39 na microrregião Santo Antônio de Pádua).

No acumulado do ano, janeiro a julho, a região criou 2.536 vagas (+2.101 na microrregião Itaperuna e +435 na microrregião Santo Antônio de Pádua). Neste mesmo período do ano anterior a região registrou abertura de 1.758 vagas.

Conforme o gráfico acima ou a tabela abaixo, 12 municípios da região registraram saldo positivo.
 
Entre os principais setores da economia, apenas o setor Agropecuário registrou saldo negativo. Em destaque Indústria, que criou 1.469 vagas (+1.407 na microrregião Itaperuna e +62 na microrregião Santo Antônio de Pádua), em seguida Serviços com abertura de 867 vagas (+598 na microrregião Itaperuna e +269 na microrregião Santo Antônio de Pádua).


Em julho, a região registrou Estoque de empregos formais de 57.286 postos ocupados.

Municípios compreendidos na microrregião Itaperuna: Bom Jesus do Itabapoana, Italva, Itaperuna, Laje do Muriaé, Natividade, Porciúncula e Varre-Sai; e na microrregião Santo Antônio de Pádua: Aperibé, Cambuci, Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e São José de Ubá. 

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

O Índice de Progresso Social dos municípios do Noroeste Fluminense - 2025


O IPS é composto por dados socioambientais e de resultado, ou seja, o IPS não mede a quantidade de infraestrutura ou recurso investido em um município, o IPS mede se essa infraestrutura ou esse recurso estão trazendo resultados para as pessoas.

Entre os 13 municípios da região, Aperibé foi destaque no IPS (65,11), em seguida Miracema (63,27), Natividade (62,20), Italva (61,88), ...

Conheça o IPS BRASIL

O Brasil precisa de uma nova medida que avalie e quantifique o que realmente importa para as pessoas indo além do contexto econômico, afinal, desenvolvimento econômico não necessariamente representa desenvolvimento social. O Índice de Progresso Social Brasil, desenvolvido por meio da metodologia do Social Progress Imperative, foi criado para atender a essa necessidade. Ele é uma ferramenta de gestão territorial baseada em dados públicos, que identifica e apresenta, em uma mesma escala, se as pessoas têm o que precisam para prosperar, desde necessidades básicas como abrigo, alimentação e segurança, até se possuem acesso à informação e comunicação, e se são tratadas igualmente, independentemente de gênero, raça ou orientação.

O IPS Brasil é o índice mais completo da realidade socioambiental de todos os 5.570 municípios do país. O índice proporciona um panorama multidimensional e acessível sobre a performance de municípios e estados em atender às necessidades básicas de seus cidadãos.

O IPS Brasil 2025 é composto por 57 indicadores secundários de fontes públicas que são exclusivamente sociais, ambientais e que medem resultados, não investimentos. Essas variáveis foram agregadas em um índice geral, com nota de 0 a 100, e índices para 3 dimensões (Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades) e 12 componentes (Nutrição e Cuidados Médicos Básicos, Água e Saneamento, Moradia, Segurança Pessoal, Acesso ao Conhecimento Básico, Acesso à Informação e Comunicação, Saúde e Bem-estar, Qualidade do Meio Ambiente, Direitos Individuais, Liberdades Individuais e de Escolha, Inclusão Social e Acesso à Educação Superior).  https://ipsbrasil.org.br/pt

Obs.: o Fantástico de ontem (24/08) apresentou reportagem sobre o IPS.


quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Eletrobras reintroduzirá 3 mil peixes da espécie Piabanha no rio Paraíba do Sul

Projeto marca o início de um movimento de restauração da ictiofauna ameaçada de extinção e do ecossistema de um dos rios mais importantes da região Sudeste

A Eletrobras e o Projeto Piabanha, organização dedicada à recuperação da ictiofauna do rio Paraíba do Sul, realizaram, no dia 19 de agosto, a primeira reintrodução experimental de 3 mil espécimes de Piabanha (Brycon insignis). A ação integra um projeto de R$ 4,3 milhões que terá duração de três anos e pretende reintroduzir 76 mil exemplares de Piabanha e de Surubim-do-Paraíba (Steindachneridion parahybae) na bacia do Paraíba do Sul. As espécies são ameaçadas de extinção.

 

A reintrodução ocorreu na calha principal do rio, no município de Três Rios (RJ), pois a Piabanha necessita de áreas livres para estabelecer populações saudáveis. Os peixes passaram por um processo de reprodução e crescimento por cerca de nove meses pelo Projeto Piabanha para garantir a plena adaptação ao ambiente natural.

 

Segundo Cláudio Lopes Soares, biólogo da Eletrobras e coordenador do Programa, um dos objetivos é garantir a restauração populacional com variabilidade genética para perenizar essas espécies na região do Médio Paraíba. Ele reforça que os peixes são essenciais para o equilíbrio bioecológico da bacia do Paraíba do Sul.

 

“O meio ambiente local será beneficiado a partir do momento que as populações se restabelecerem, com as espécies ameaçadas de extinção voltando ao ambiente de origem e incrementando a biodiversidade local. Pretendemos reestruturar as populações e criar uma conscientização ambiental na comunidade local sobre a biodiversidade de peixes no rio”, explica o especialista.

 

Ação de reintrodução de peixes no Rio Paraíba do Sul. Crédito: Eletrobras / Divulgação.

 

A iniciativa contempla quatro etapas: reintrodução experimental, educação ambiental, análise do perfil genético e monitoramento dos exemplares reintroduzidos. Os peixes serão identificados por meio de marcação externa colorida, possibilitando, após a recaptura na etapa de monitoramento, acompanhar sua distribuição, deslocamentos, reprodução e sobrevivência ao longo do tempo.

 

O projeto, que atende condicionante da Licença de Operação Ambiental da Usina Hidrelétrica de Simplício (MG), visa restaurar a biodiversidade local e o importante papel ecológico dessas espécies no trecho médio do rio Paraíba do Sul. No primeiro ano do programa, a meta é reintroduzir 15 mil espécimes de Piabanha e 5 mil de Surubins-do-Paraíba, com tamanhos entre 14 e 17 cm. A partir do segundo ano, os números sobem para 20 mil e 8 mil indivíduos, respectivamente.

 

A iniciativa conta com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade (ICMBio), por meio do Plano de Ação Nacional para Conservação das Espécies Aquáticas da Bacia do Rio Paraíba do Sul (PAN Paraíba do Sul), e tem a autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).


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