terça-feira, 31 de maio de 2011

São Gonçalo é o primeiro município a aderir à gestão compartilhada do posto do Sine
31/05/2011 - 20:24h
» Por Ascom da Secretaria de Trabalho e Renda

Secretário Sergio Zveiter fecha parceria durante primeira reunião da Diretoria do Fórum Estadual dos Secretários de Trabalho

O secretário estadual de Trabalho e Renda, Sergio Zveiter, recebeu, nesta terça-feira (31/5), a diretoria do Fórum Estadual dos Secretários de Trabalho para a primeira reunião de trabalho do órgão criado no início do mês para discutir políticas públicas para o setor. Durante a reunião, o secretário anunciou que São Gonçalo será o primeiro município do estado a aderir ao projeto de gestão compartilhada dos postos do Sine, aprovado pelo Fórum.

- Zeramos o que passou. O modelo de gestão compartilhada é um caminho natural que está previsto nas diretrizes do Ministério do Trabalho. O Estado entrará com a infraestrutura e São Gonçalo, com a mão de obra”, declarou Zveiter.

A partir de amanhã, a Secretaria Municipal de Trabalho de São Gonçalo transferirá seis funcionários do posto municipal para o posto do Sine estadual, que atualmente conta com quatro funcionários. Segundo o secretário municipal Henrique Porto, a parceria para a gestão compartilhada como Estado, prevista para a próxima semana, será fundamental para o município.

- O interessante da gestão compartilhada proposta pelo secretário Sergio Zveiter é que o município atua mais na ponta, no atendimento à população. Com isso, fica mais fácil de garantir a qualidade nos serviços prestados - explicou Porto.

Ainda durante o encontro, a Diretoria do Fórum definiu a pauta da próxima reunião. Segundo o secretário Executivo do órgão, Marcos Ferreira dos Santos, secretário municipal de Teresópolis, os gestores municipais vão discutir o regimento interno do colegiado e propostas para o Plano Nacional Qualificação (PNQ).

Fórum

Criado com o objetivo de discutir políticas públicas para geração de trabalho e renda no estado, o Fórum Estadual dos Secretários de Trabalho é composto por representantes do Estado e dos municípios fluminense. Na última sexta-feira (27/5), o colegiado definiu pelo início do processo de mudança no modelo de administração dos 54 Sines.

Na ocasião, os gestores municipais oficializaram o secretário estadual Sergio Zveiter como presidente do Fórum e elegerem o secretário municipal de Trabalho do Rio de Janeiro, Augusto Ribeiro, com 1º vice-presidente; a secretária municipal de Desenvolvimento Social, Trabalho e Renda de Búzios, Cristina Braga, como 2º vice-presidente; o secretário de Trabalho de Teresópolis, Marcos Ferreira dos Santos, foi eleito primeiro secretário executivo e o secretário municipal de São Gonçalo, Henrique Porto, como secretário administrativo.
SINE DE MIRACEMA E DE OUTROS DEZ MUNICÍPIOS SÃO SUSPENSOS PELA SETRAB DO ESTADO DO RIO

O Posto do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Miracema, bem como o de outros dez municípios, foram suspensos pela Secretaria Estadual do Trabalho e Renda (Setrab) .

O motivo das suspensões, segundo o secretário Sergio Sveiter, se deve a irregularidade de funcionamento de tais Postos: não estão credenciados no Sistema Integrado de Gestão de Ações e Emprego (Sigae). Esse fato impede a contabilização da produtividade e o controle da emissão das carteiras de trabalho – disse o secretário.

O secretário explica que a Setrab está formalizando parcerias de gestão compartilhada entre o Estado do Rio de Janeiro e os municípios que contam com postos do Sine, e pede que os municípios que tiveram os postos suspensos providenciem a regularização, para que, após visita técnica a ser feita pela Setrab, seja formalizada a mencionada parceria e liberação do funcionamento destes Postos.

A gestão compartilhada é a saída para garantir a qualidade de atendimento à população fluminense – disse Sveiter.

O prefeito Ivany Samel irá tomar as providências relativas à regularização do Posto de Miracema.

O Sine de Miracema é de fundamental importância para o município: mensalmente emite cerca de cem carteiras de trabalho e coloca no mercado mais de dez novos trabalhadores, além de realizar entrevistas de emprego para grandes empresas nacionais, como é o caso da Leader Magazine, e para outros importantes empreendimentos do município e da região – disse Samel.

Dos onze postos suspensos, quatro deles são do Noroeste Fluminense: Miracema, Laje do Muriaé, Cambuci e Italva.

Fonte: Ascom da PMM no site WWW.miracema.rj,gov.br
Intolerância religiosa é tema de seminário na Acadepol
31/05/2011 - 12:41h
» Por Marcelle Colbert

De acordo com a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, o objetivo é reforçar o acompanhamento nas investigações deste tipo de crime

Delegados de todo o Estado do Rio de Janeiro participaram, nesta terça-feira (31/5), de um seminário sobre liberdade religiosa na Academia Estadual de Polícia Civil Sylvio Terra (Acadepol), no centro do Rio. O encontro é mais uma das atividades realizadas pelo Núcleo de Combate à Intolerância Religiosa da corporação em parceria com a organização não-governamental Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.

De acordo com a chefe de Polícia Civil, delegada Martha Rocha, o objetivo do evento é reforçar o acompanhamento nas investigações de crimes, delitos e conflitos religiosos e a aplicação da Lei 7.716 de 1989 (Lei Caó), que prevê pena de até três anos de prisão para aqueles que cometam crimes contra religiosos.

- Nossa meta é estender a qualificação a toda a Polícia Civil para que um policial seja capaz de identificar o crime de intolerância religiosa. A polícia tem que respeitar as diferentes religiões. Queremos uma polícia pró-ativa, ética, de resultados e também uma corporação que respeita as diferenças - disse Martha Rocha.

Para o representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, Ivanir dos Santos, reuniões como esta mostram à população fluminense a importância da liberdade religiosa para o exercício pleno da cidadania. Ivanir dos Santos acredita que trabalhar em conjunto com as forças policiais diminuirá o número de casos de violência envolvendo o tema.

- Nós queremos ampliar esse apoio contra a violência com as caminhadas em defesa da liberdade religiosa e com a união de esforços com a sociedade civil e as forças policias. Os crimes contra a religião têm aumentado nos últimos anos no Brasil e também, especificamente, no Rio de Janeiro. A polícia pode contribuir para que esse tipo de atitude não crie um desequilíbrio na sociedade - afirmou.

Durante o evento, os policiais civis assistiram a vídeos e receberam uma cartilha que orienta os delegados a como lidar com a intolerância religiosa.
Vacinação contra aftosa no Rio terá alterações a partir de 2012

31/05/2011 - 12:09h
Por Ascom da Secretaria de Agricultura

A partir de 2012, a vacinação em maio contra a febre aftosa no Rio de Janeiro será apenas para animais de até 24 meses. A imunização total do rebanho bovino ocorrerá na campanha de novembro. O anúncio, que beneficia os pecuaristas fluminenses foi feito pelo secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, durante o lançamento do Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte no Estado, realizado pela Federação estadual de Agricultura e Pecuária (Faerj), no plenário da Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) na segunda-feira (30/05).

– Vamos completar 15 anos livres da doença em nosso plantel. Através de tratativas com o ministério de Agricultura e Pecuária e o Comitê Estadual de Erradicação da Febre Aftosa manifestamos nossa disposição em flexibilizar a vacinação dentro da margem de segurança. A medida reduzirá custos com a aquisição da vacina e manejo, como já se observa em outros estados da federação. Tenho certeza de que o Rio de Janeiro conseguirá manter o bom índice de cobertura vacinal que vem alcançando – afirmou.

Resultado de pesquisa coordenada pelo professor Nelson Jorge Moraes de Matos, com a participação de docentes da Universidade Rural do Rio de Janeiro e técnicos da Faerj, o diagnóstico apresentado é um raio X da cadeia produtiva da pecuária de corte fluminense e instrumento que servirá de base para políticas públicas voltados para o setor. Entre as questões apontadas pelo documento, estão as necessidades de melhoramento do nível gerencial das propriedades e da genética do rebanho.

– É importante capacitar o nosso produtor para cuidar do orçamento de sua propriedade, tratando a atividade de forma profissional. Além disso, temos que nos voltar para questões técnicas buscando melhorias de resultado e qualidade. Não adianta competir com estados com grande extensão territorial e volume de produção. Somos o estado da genética. Temos vocação para oferecer um produto de melhor qualidade e que seja valorizado pelo consumidor – explicou o secretário.

Na ocasião, Christino Áureo lembrou a importante parceria da Alerj, desde a gestão do ex-presidente da casa, Jorge Picciani, e mantida com o atual, deputado Paulo Melo na defesa de questões envolvendo o segmento. Assim foi com a aprovação da lei apoiada pelo governador Sérgio Cabral que extinguiu o ICMS sobre a carne e seus derivados. Isso contribuiu para que o produto do Rio de Janeiro esteja mais ao alcance do consumidor e ofereça ganhos para produtores e frigoríficos. O benefício incentiva ainda a legalização daqueles que atuavam na clandestinidade, construindo uma cadeia forte, que produz dentro das normas sanitárias.

Para o presidente da Faerj, Rodolfo Tavares, o diagnóstico é fundamental na orientação das discussões dos agentes envolvidos no processo de fortalecimento da pecuária de corte considerando não apenas o aumento do rebanho, mas também o melhoramento do manejo e da genética como instrumentos de consolidação da atividade.

Durante a solenidade, a Faerj homenageou destaques na cadeia produtiva da carne no estado, como o criador de gado Nelore, Paulo Lemgruber, pecuarista do município do Carmo, na Região Serrana, e descendente de Manoel Lemgruber, pioneiro na criação da raça no país.

Representando a indústria, Jair Ferreira Júnior, do Frigorífico Landim, recebeu a homenagem em nome de seu pai, Jair Ferreira, que acreditou nos incentivos tributários do governo do estado para o setor e investiu em nova indústria, em Barra do Piraí.
Bichos antiecológicos
Xico Graziano
O Estado de S. Paulo - 31/05/2011

Insólita notícia. Manadas de javalis andam destruindo plantações em várias localidades agrícolas do País. Os bravios invasores europeus atacam pessoas e ameaçam a saúde ambiental. Ninguém sabe como enfrentá-los.

Trazidos há décadas para a Patagônia argentina, onde foram introduzidos para servirem à caça esportiva, os javalis passaram também a ser criados em cativeiro no Uruguai e, depois, no Brasil, visto apresentarem saborosa carne. Mas fugiram, ou foram soltos, dos criatórios, reproduzindo-se por aí com velocidade alarmante. Dizem que sua população dobra a cada seis meses. Apavorante.

Há uma agravante. O javali verdadeiro se cruza fácil com o porco do mato brasileiro - cateto ou queixada -, resultando num animal híbrido, apelidado de javaporco. Em cativeiro, o javaporco se oriunda do cruzamento com raças domésticas, gerando um animal amansado de boa carne. Algumas churrascarias a servem no rodízio.

Os suídeos selvagens, puros ou hibridados, assustam a turma do interior em 13 Estados brasileiros, onde já foram observados comendo roça de mandioca e milho, atacando galinheiros e devorando hortas. Chegando a pesar 150 quilos, inexiste cerca que os contenha. Sem predadores naturais, viraram uma violenta espécie invasora.

O problema envolve a agricultura, o meio ambiente e a saúde pública. Hospedeiro de doenças como a aftosa e a peste suína clássica, pode pôr em risco a suinocultura nacional. Predador voraz, afeta a biodiversidade local. Por isso preocupa os ambientalistas, como na Área de Proteção Ambiental (APA) de Macaé de Cima (Nova Friburgo, RJ).

O bicho invasor configura um animal nocivo e, como praga, precisa ser controlado. Mas aí surge o problema. Abater um javali, ou um javaporco, pode configurar crime ambiental. O inusitado assunto carece de regulamentação do Ibama, junto com os órgãos estaduais. Mas os órgãos públicos batem cabeça entre si.

No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina o abate e a captura dos javalis e porcos asselvajados estiveram liberados por um tempo. Agora foram suspensos para "mais estudos". Enquanto isso o problema se agrava. Rafael Salerno, agrônomo e estudioso da matéria, teme que as manadas de javalis cheguem à Amazônia. Seria um desastre. Duas pessoas, uma em Ibiá (MG), outra em Pedregulho (SP), foram mortas por mordida dos dentuços.

Sejam animais ou vegetais, a invasão de ambientes naturais por espécies exóticas já é considerada a segunda causa da perda de diversidade no mundo. Segundo o WWF, entidade ambientalista que mais se destaca no tema, as espécies invasoras configuram um verdadeiro desastre ambiental.

O problema vem de longe. Na colonização da Austrália, há 200 anos, os ingleses introduziram coelhos e raposas tentando reproduzir na nova terra seus ambientes familiares de origem. Tais espécies, porém, acabaram se tornando terríveis pragas, competindo por alimentos com os mamíferos nativos.

Há décadas os fazendeiros australianos, com o apoio do governo, lutam contra a epidemia de coelhos e raposas. Estímulo à caça, práticas de envenenamento, armadilhas, destruição de tocas com dinamite e, mais recentemente, introdução de doenças letais, como a mixomatose nos coelhos, nada tem funcionado a contento.

No Brasil se conhece o exemplo nocivo da introdução, na década de 1950, do lagarto teiú em Fernando de Noronha. O suposto combatente de ratos encontrou nos ovos das tartarugas e de pássaros marinhos das ilhas uma fonte maravilhosa de proteína, reproduzindo-se de forma incontrolável. Ande nas belas praias do arquipélago e os verá tomando sol.

Lebres europeias, bem maiores do que as nativas, atacam as lavouras paulistas e paranaenses há mais tempo que os javalis. Advindo das planícies paraguaias e argentinas, onde foi introduzido, o bicho orelhudo ataca os brotos das lavouras que encontra pela frente. Adora os de melancia.

Os agricultores nacionais andam sofrendo na agenda ambiental. Basta ver a polêmica criada sobre o novo Código Florestal. Volta e meia os carimbam contra a natureza. Agora, escaldados, solicitam ajuda para controlar a ameaça dos animais invasores, como os javalis e os lebrões.

Bichos antiecológicos.

Na maioria dos Estados da Federação, como em São Paulo, a caça é constitucionalmente proibida. Certamente os legisladores imaginaram eliminar a matança de espécies silvestres - a paca, o tatu, a codorna. Mas criaram, sem o querer, um obstáculo ao controle da fauna exótica. Sorte do javali.

Os defensores da caça controlada, permitida na maioria dos países, argumentam seu valor na defesa ambiental dos territórios. Pode-se comprovar tal preservação ecológica na França, nos EUA ou no Quênia. Também funciona no Parque Nahuel Huapi, que circunda a linda Bariloche, no sul da Argentina. Lá os javalis podem ser abatidos a tiro sob a supervisão dos indígenas locais. A caça restrita gera renda e empregos no turismo de aventura patagônico.

Há décadas se compreende que a conservação ambiental difere do puro preservacionismo. Neste a natureza é intocável e o valor da biodiversidade tudo supera. Naquela se permite o uso sustentado dos recursos naturais e a biodiversidade se maneja em favor do homem. Aqui cabe a caça.

Uma saída vernacular deve resolver a parada. Basta os órgãos ambientais, ao regulamentar o controle dos javalis, permitirem o uso de armadilhas e técnicas que descaracterizem tal atividade como uma caçada de animais. Com a palavra o Ibama.

Lembrei-me do Obelix, gordo amigo do Asterix, o Gaulês. Louco por comer javalis assados, inteiros, o personagem da engraçada história em quadrinhos os abatia no muque. Será esse o desiderato dos agricultores, pegar javalis à unha?

Xico Grasiano é agrônomo, foi secretario do meio ambiente de SP

Ver postagem OS JAVALIS DE PORCIÚNCULA aqui.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Estado conclui programa de Delegaciais Legais no Norte e Noroeste
30/05/2011 - 16:11h
Por Letícia Sicsu
www.rj.gov.br

Pezão inaugurou nesta segunda as unidades de Natividade, São Francisco do Itabapoana e São João da Barra

São João da Barra - O governador em exercício Luiz Fernando Pezão participou, nesta segunda-feira (30/5), da inauguração de três Delegacias Legais, na região Norte/Noroeste Fluminense. Com o investimento de R$ 4.644.376,05 nestas unidades, de Natividade (140ª DP), São Francisco do Itabapoana (147ª DP) e São João da Barra (145ª DP), o programa completa 128 delegacias deste modelo no estado. De acordo com Pezão, as inaugurações de hoje finalizam o programa nas duas regiões fluminenses.

A 140ª DP (Natividade) tem área total de 508,00 m², distribuída em dois pavimentos. Já a 147ª DP (São Francisco do Itabapoana) tem área total de 996,66 m² e teve um investimento, em obras e equipamentos, de cerca de R$ 1.455.368,74. Em São João da Barra, a 145ª DP teve um investimento de R$ 1.358.181,56. Pezão ressaltou a importância da chegada das Delegacias Legais para a região.

- Hoje terminamos, aqui no Norte e Noroeste do estado, o programa de Delegacia Legal. É a primeira região do estado a estar com todas as delegacias neste modelo. É um equipamento moderno, extraordinário, que vai se conectar com a nossa área de segurança, que para nós, é muito importante - disse o governador em exercício.

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, destacou a importância de investimentos em cidades do interior do estado.
- À medida que o Estado se apresenta à população com equipamentos como este, que atendem as pessoas de uma forma digna, não quer dizer que os problemas estão todos resolvidos, mas mostra que estamos preocupados com todo o Rio de Janeiro. Afinal, não adianta olhar apenas uma ou duas árvores, temos que olhar a floresta inteira - afirmou o secretário.

Mudança de postura da política de segurança do Estado

Também presente às cerimônias de inauguração das delegacias legais, a chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegada Martha Rocha, comemorou a mudança de postura da política de segurança do Estado.
- Aqui, não estamos recebendo só um prédio novo, moderno, com toda tecnologia, mas estamos observando uma mudança de paradigma. É a certeza da construção de um projeto de inteligência, voltado para a segurança pública. Acreditamos que até o fim deste ano vamos conseguir completar o programa de Delegacia Legal e que todas as delegacias do estado estarão incluídas no projeto - comemorou a delegada.

As novas delegacias têm computadores conectados à central de dados do Programa Delegacia Legal, além de impressoras, switch, roteador, scanner e câmera. As unidades têm atendentes universitários da área de serviço social e psicologia com experiência em atendimento ao público, além do síndico, que é um técnico não policial que cuida da manutenção predial, do estoque de materiais e de funcionamento de equipamentos.
Bolsa Verde para impedir devastação
O Globo - 30/05/2011

Benefício pode ser anunciado na quinta-feira pela presidente

BRASÍLIA. O governo estuda criar uma espécie de Bolsa Verde, ajuda mensal em dinheiro às famílias pobres que vivem em unidades de conservação e assentamentos sustentáveis. Em troca do benefício, os moradores teriam que se comprometer a não devastar a floresta. A medida poderá fazer parte do Plano Brasil sem Miséria, a ser lançado nesta quinta-feira pela presidente Dilma Rousseff.

É o que diz o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Vizentin. Segundo ele, a Bolsa Verde, cujo valor pode chegar a R$100 por mês, teria como objetivo diminuir o poder de pressão de madeireiros e atravessadores que se valem da miséria dos moradores para convencê-los a derrubar e vender árvores.

Vizentin, que ontem ocupava o cargo de ministro interino, visitou o projeto agroextrativista Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna (PA), na semana passada. Ele disse que assentados chegam a vender castanheiras por R$80 a madeireiros da região. A derrubada desse tipo de árvore é ilegal. Segundo Vizentin, a miséria acaba levando moradores a comercializar a espécie, que é abundante na região.

Ele diz que há cerca de 200 mil famílias extremamente pobres vivendo em unidades de conservação, assentamentos sustentáveis e no entorno dessas áreas, em todo o país. A ideia é que todas sejam incluídas no Bolsa Família e recebam os dois benefícios. Em troca da Bolsa Verde, ficariam também proibidas de praticar pesca predatória.

- Além da ação enérgica punitiva do Estado, temos que viabilizar uma economia que gere renda e condições de vida para as pessoas nessas áreas. Se isso vingar, vai ser muito bom para a preservação ambiental. E acredito que ajude a combater também o quadro de ilícitos ambientais - disse Vizentin. (Demétrio Weber)
Mais de 56 milhões de novas cédulas do real estão em circulação no país
Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - As novas notas de R$ 50 e R$ 100 já começam a fazer parte do dia a dia dos brasileiros quando vão aos bancos e caixas eletrônicos e fazem compras. Segundo dados do Banco Central (BC), referentes ao último dia 26, estão em circulação 41,024 milhões dessas cédulas com valor de face de R$ 50 e 15,291 milhões, de R$ 100. As novas notas de R$ 100 e R$ 50 começaram a circular no dia 13 dezembro do ano passado.

No total, são 56,315 milhões de notas da segunda família do real (R$ 50 e R$ 100) em circulação no país. Como a substituição das cédulas é feita gradualmente, de acordo com o desgaste das da primeira família, as notas antigas ainda vão predominar por algum tempo: circulam no país 1,292 bilhão de notas da primeira família, com valor de face de R$ 50 e 356,107 milhões de R$ 100. As notas de R$ 50, tanto as antigas como as novas, duram em média três anos e oito meses. No caso das de R$ 100, a durabilidade média é cinco anos.

Continue lendo aqui. Leia também: Até abril BC recolheu mais de 4 mil notas falsificadas da nova família do real
Brasil - a desordem do progresso
Antonio Corrêa De Lacerda
Terra Magazine - 30/05/2011

O caderno de Economia do Estadão (22/5, B1) trouxe interessante matéria, aprofundada nas suas páginas internas, sobre o que denominou "as dores do crescimento", ou a nova realidade do País nos últimos anos, nos quais a expansão da economia também tem exposto muitas das nossas fragilidades.

A economia brasileira cresceu 4% ao ano, em média, no período 2003-2010, número que deve se repetir em 2011, o equivalente ao dobro da média observada de 1990 a 2002. O aumento da demanda decorrente se expressa nas filas em aeroportos, bares, restaurantes, hotéis e muitos outros locais, sem que tivesse havido uma expansão da oferta no mesmo ritmo.

No caso da infraestrutura, apesar de ter havido um expressivo aumento dos investimentos nos últimos anos, ainda há muitas carências, o que se reflete na falta, ou na má qualidade, de estradas, portos, aeroportos, etc... É muito importante que o poder público acelere os investimentos sob a sua responsabilidade e melhore o ambiente de negócios, para que as empresas também ampliem seus investimentos nessas áreas.

O mesmo se aplica a uma carência de determinados profissionais. Isso tem ocorrido tanto em carreiras especializadas, como engenharia, por exemplo, quanto em outras profissões que não exigem tanta qualificação - mas também temos carência em profissões como empregadas domésticas e em outros serviços pessoais.

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domingo, 29 de maio de 2011

Código Florestal como foi aprovado na Câmara poderá agravar mudanças climáticas, alertam cientistas do IPCC
28/05/2011 - 11h36
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Quatro dos cientistas brasileiros que fazem parte do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), da Organização das Nações Unidas (ONU), alertaram para o possível agravamento sobre o clima com a entrada em vigência da atual versão do Código Florestal aprovada pela Câmara. Segundo eles, o aumento da pressão sobre as áreas de florestas comprometerá os compromissos internacionais firmados em 2009 pelo Brasil na Conferência de Copenhague, de diminuir em até 38,9% a emissão de gases de efeito estufa (GEE) e reduzir em 80% o desmatamento na Amazônia até 2020.

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sábado, 28 de maio de 2011

VILÕES DA DEVASTAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL DO NOROESTE
A macrorregião onde a cobertura vegetal encontra-se mais devastada no Estado do Rio é a Noroeste Fluminense. Segundo indicador calculado por estudo da Fiocruz, que varia de zero a 1 (onde 1 é o ponto máximo de cobertura vegetal), o indicador do Noroeste ficou em 0,02, enquanto o da macrorregião em penúltimo lugar (Baixada Litotânea) ficou em 0,29 . Ver postagem sobre os indicadores aqui.

O café trouxe muita riqueza para o Noroeste, mas contribuiu, em muito, para a devastação da cobertura vegetal da região.

O cafeeiro rapidamente esgota o solo sobre o qual se assenta caso não haja o devido manejo. Na medida em que os cafezais diminuíam de rendimento com o passar dos anos, eram abandonados e novas faixas de mata nativa abatidas para implantação de novos cafezais. Humberto Machado observa a cultura extensiva do lado ocidental do vale do Paraíba; no entanto, suas constatações também se aplicam à faixa oriental, o Noroeste Fluminense (TÂNIA DE VASCONCELLOS, 2005):

Ao fazendeiro não interessava a sua manutenção ou o seu reaproveitamento, enquanto existissem terras para serem devastadas. A reprodução dessa estrutura agrária era feita, conseqüentemente, pela incorporação de mais terras, além da força de trabalho. A disponibilidade de matas virgens e a baixa densidade demográfica da região, assim como a facilidade para obtenção de mão-de-obra, dificultavam as melhorias técnicas. A baixa relação homem-terra influenciou a forma de produção agrícola desenvolvida no Vale do Paraíba (MACHADO, 1993, p. 47).

Por muitos anos entre os séculos XIX/XX a produção de café impulsionou o desenvolvimento da região. A pá de cal nos cafezais do Noroeste foi jogada por uma ação do Estado que, na década de 1960, através do Instituto Brasileiro do Café (IBC), patrocinou um grande programa de erradicação de cafezais que eram considerados esgotados e de baixa produtividade (Mizubuti, 1978). Essa erradicação se deu mediante indenização atrativa paga aos fazendeiros em espécie por pé de café erradicado. Pelos termos contratuais o café erradicado deveria ser substituído por outros cultivos, dentro de uma proposta de diversificação das lavouras com o objetivo de instituir-se uma agricultura comercial de mercado interno. Porém, essa diversificação não aconteceu ou perdurou.

1950/70 - Esse período é coincidente ao de substituição da cafeicultura pela pecuária na região. A pecuária veio acentuar ainda mais o caráter predatório na relação com o ambiente, pois,

[...] a substituição da lavoura do café pela criação de gado não liberou áreas para reflorestamento ou recomposição da capoeira. Pelo contrário, a pecuária favoreceu a retirada das últimas reservas” (SECPLAN/CIDE, 1988, p. 24)
Vacinação contra gripe no Rio de Janeiro fica abaixo da meta
Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O estado do Rio de Janeiro não conseguiu alcançar a meta de vacinar 80% do público alvo contra a gripe. De acordo com a Superintendência de Vigilância Sanitária Ambienta e Epidemiológica da Secretaria de Saúde, a campanha de vacinação, que terminou hoje (27), atingiu 72%.

“Até o momento a gente não alcançou a meta preconizada que é 80%. Ainda teremos dados que serão informados pelos municípios até o dia 10 de junho. Esperamos que esse número possa aumentar”, disse o superintendente de Vigilância Sanitária Ambienta e Epidemiológica Alexandre Chieppe. Segundo ele, a vacinação foi ampla em profissionais de saúde, população indígena e crianças. Mas lamentou a baixa imunização de gestantes: apenas 51% foram vacinadas no estado.

Embora a campanha termine nos postos de vacinação, ela continua em alguns municípios para atender a públicos específicos, como o de idosos que vivem em asilos e profissionais da saúde que ainda não se imunizaram. Crianças entre 6 meses e 2 anos de idade, que receberam a primeira dose, devem comparecer aos postos de saúde, dentro de um mês, para receber a segunda dose da vacina.

Edição: Aécio Amado

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Dia Nacional da Mata Atlântica

Obs.: postagem convertida na página "De olho na preservação da Mata Atlântica", em 15/06/2020.

APA Miracema
27 de Maio - Dia Nacional da Data instituída por Decreto Federal, de 21 de setembro de 1999, que tem por objetivo apresentar e divulgar medidas para a preservação de um dos Biomas mais ameaçados do Planeta. 

A Mata Atlântica é a formação florestal mais antiga do Brasil, estabelecida há pelo menos 70 milhões de anos. Atualmente, possui apenas pequenos fragmentos remanescentes. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, a cobertura atual ocupa apenas 12,4% (em 27/05/2020) da área original. O bioma é considerado de importância prioritária para conservação biológica, devido ao seu grau de ameaça e às altas taxas de endemismo e diversidade, tanto da flora quanto da fauna. Segundo o Ministério do Meio Ambiente a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes. Tais características contribuem para que a Floresta Atlântica esteja em quinto lugar entre as 25 áreas consideradas como de atenção prioritária – os hotspots mundiais.
 
A Mata Atlântica é a fisionomia vegetal que caracteriza o estado do Rio de Janeiro. Esta floresta apresenta uma variedade de formações que constituem um diversificado conjunto de ecossistemas associados. Na região das Serras do Mar e da Mantiqueira forma uma grande cobertura vegetal que constitui o primeiro degrau dos planaltos do interior. Próximas ao oceano, estão as planícies de restinga, dunas, mangues e lagunas. Esses são alguns dos fatores que explicam as razões pelas quais a Floresta Atlântica é tão rica em sua biodiversidade.

Acompanhamento do desmatamento monitorado por SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) nos Municípios do Noroeste Fluminense

Os fragmentos de remanescentes da Mata Atlântica no Noroeste Fluminense aumentaram 11 ha em 2018, mas no acumulado 2017 e 2018 ainda registra perda de 118 ha
Noroeste Fluminense perde o equivalente a 129 campos de futebol de vegetação da Mata Atlântica em 2017
Mata Atlântica no Noroeste Fluminense cresce 129 hectares em 2016
Noroeste perde 794 hectares de Mata Atlântica entre 2013 e 2015
Remanescentes da Mata Atlântica nos Municípios do Noroeste Fluminense - 2013
REMANESCENTES DA MATA ATLÂNTICA NO NOROESTE – 2009
ÁREAS DE MATAS E FLORESTAS NOS MUNICÍPIOS DO NOROETE - 1970 a 1995

Acompanhamento do desmatamento monitorado por SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na Mata Atlântica

Abaixo, total de desflorestamento na Mata Atlântica identificados pelo estudo SOS Mata Atlântica/INPE em cada período (em hectares):
Desmatamento Observado
Total Desmatado (ha)
Intervalo (anos)
Taxa anual (ha)
Período de 2018 a 2019
Período de 2017 a 2018
Período de 2016 a 2017
Período de 2015 a 2016
Período de 2014 a 2015
Período de 2013 a 2014
14.502
16.270
12.562
29.075
18.433
18.267
1
1
1
1
1
1
14.502
16.270
12.562
29.075
18.433
18.267
Período de 2012 a 2013
23.948
1
23.948
Período de 2011 a 2012
21.977
1
21.977
Período de 2010 a 2011
14.090
1
14.090
Período de 2008 a 2010
30.366
2
15.183
Período de 2005 a 2008
102.938
3
34.313
Período de 2000 a 2005
174.828
5
34.966
Período de 1995 a 2000
445.952
5
89.190
Período de 1990 a 1995
500.317
5
100.063
Período de 1985 a 1990
536.480
5
107.296

ATUALIZAÇÃO EM 27/05/2011

De 2008 a 2010, o Estado do Rio desmatou 247 hectares da mata atlântica, o equivalente a 247 campos de futebol. A informação consta no Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Fundação SOS Mata Atlântica. Nos 16 estados avaliados, os números chegam à marca de 31.195 hectares, o equivalente a 311,95 quilômetros quadrados de vegetação nativa desmatada. A destruição do bioma – um dos mais ameaçados do mundo – em ritmo acelerado lança alerta ao País com a aprovação do novo Código Florestal.

Os índices são divulgados à véspera do Dia Nacional da Mata Atlântica, nesta sexta-feira (27). No País, do total de quilômetros devastados, 30.944 correspondem a desflorestamentos, 234 à supressão de vegetação de restinga e 17 à supressão de vegetação de mangue.

Estados que mais desmataram entre 2008 e 2010 (em hectares):

Minas Gerais – 12.467
Bahia – 7.725
Santa Catarina – 3.701
Paraná – 3.248
Rio Grande do Sul – 1.864.
São Paulo – 579
Goiás – 320
Rio de Janeiro – 247
Espírito Santo – 237
Mato Grosso do Sul - 117


ATUALIZAÇÃO EM 29/05/2012

13.312 hectares de Mata Atlântica foram desmatados no Brasil no período de maio de 2010 a maio de 2011, segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado hoje (29) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na pesquisa anterior (2008–2010), a área desmatada correspondia a 15.597 hectares, na média anual. Atualmente, restam apenas 7,9% da cobertura de vegetação no bioma.

Estados que mais desmataram entre maio de 2010 e maio de 2011 (em hectares):
 
Cambuci, no Noroeste fluminense, desponta entre os municípios que mais desmataram no estado do Rio entre maio de 2010 e maio de 2011 (em hectares):

São João da Barra - 31
Nova Iguaçu - 14
Cambuci - 12
Queimados - 8
Vassouras - 7
Obs.: não há nenhum município fluminense entre os 50 primeiros do Brasil.


ATUALIZAÇÃO EM 04/06/2013

O desmatamento na Mata Atlântica aumentou 29% de 2011 para 2012, de acordo com o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica apresentado hoje (4) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o atlas, houve supressão de vegetação nativa de 23.548 hectares (ha), o equivalente a 235 quilômetros quadrados. Destes 21.977 ha correspondem a desflorestamentos, 1.554 ha a eliminação de vegetação de restinga e 17 ha a vegetação de mangue. É a maior área atingida desde 2008.

Foram avaliados os 17 estados do bioma, sendo 81% de áreas sem cobertura de nuvens. O levantamento abrange, pela primeira vez, o estado do Piauí, cujos remanescentes florestais totalizam 34% da área original protegida pela Lei da Mata Atlântica. Com a inclusão do Piauí no mapeamento da área de aplicação da lei, a área original restante de Mata Atlântica, segundo a ONG, é 8,5%. Sem o Piauí ficaria em 7,9%. Quando considerados os pequenos fragmentos de mata acima de 3 hectares o bioma chega a 12,5%.

Os estados que perderam mais mata nativa de 2011 a 2012 (em hectares):
Minas Gerais - 10.752
Bahia - 4.516
Piauí - 2.658
Paraná - 2.011
Sergipe - 839
Santa Catarina - 499
São Paulo - 190
Alagoas - 138
Pernambuco - 128
Rio Grande do Sul - 99

A tabela a seguir (elaborada por SOS Mata Atlântica) indica os desflorestamentos/decrementos (dec.), em hectares, somente das florestas nativas (sem contar mangue e restinga), observados nos períodos de 2012, 2011-2012 e os comparativos com os desmatamentos observados em 2011 e 2010-2011.


Tabela com os municípios que mais perderam cobertura nativa no período 2011-2012


ATUALIZAÇÃO EM 27/05/2014 

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram hoje, Dia da Mata Atlântica, em entrevista coletiva, os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2012 a 2013. 

O estudo aponta desmatamento de 23.948 hectares (ha), ou 239 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2012 a 2013, um aumento de 9% em relação ao período anterior (2011-2012), que registrou 21.977 ha.

A taxa anual de desmatamento é a maior desde 2008, cujo registro foi de 34.313 ha. No período 2008 a 2010, a taxa média anual foi de 15.183 hectares. No levantamento de 2010 a 2011, ficou em 14.090 ha. 

Ao todo, 17 Estados são abrangidos oficialmente pela Mata Atlântica, e, pelo quinto ano seguido, Minas Gerais foi um dos estados que mais destruíram o bioma, com perda de 84,3 km² de floresta. “Nas edições anteriores, Minas Gerais ocupou o segundo lugar, então o estado sempre esteve no topo do desmatamento da Mata Atlântica. Desde os últimos anos temos feito alertas tanto ao governo do Estado quanto aos diferentes setores para que possamos tirar Minas Gerais do topo da lista, porque é o estado que possui maior área de floresta preservada”.

O Piauí aparece em seguida no ranking do desmatamento no período, com menos 66,3 km² de floresta. A Bahia foi o terceiro estado que mais desmatou, com 47,7 km² a menos de vegetação no intervalo avaliado. Em São Paulo, houve queda de 51% no desmate na comparação com o último período. Mesmo assim, o estudo mostra que quase 1 km² de floresta desapareceu entre 2012 e 2013. Nesse período, o Rio de Janeiro registrou perda de 0,1 km².

A tabela a seguir indica os desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar mangue e restinga), observados no período 2012-2013, com comparativo e variação em relação ao período anterior (2011-2012): 


Mangue e Restinga
 
No período de 2012 a 2013 não foi identificada, pela escala adotada, supressão da vegetação de mangue. Na Mata Atlântica as áreas de manguezais correspondem a 231.051 ha. Bahia (62.638 ha), Paraná (33.403 ha), São Paulo (25.891 ha) e Sergipe (22.959 ha) são os Estados que possuem as maiores extensões de mangue.

Já a supressão de vegetação de restinga foi de 806 ha, uma redução de 48% em relação aos 1.544 ha identificados no período anterior. O maior desmatamento ocorreu no Ceará, com 494 ha, principalmente nos municípios de Trairi, Amontoada e Aquiraz, com 259 ha, 71 ha e 57 ha de supressão respectivamente. No Rio de Janeiro foram identificados 106 ha e no Paraná 94 ha.

A vegetação de restinga na Mata Atlântica equivale a 641.284 ha. São Paulo possui a maior extensão (206.698 ha), seguido do Paraná (99.876 ha) e Santa Catarina (76.016 ha). 

ATUALIZAÇÃO EM 30/05/2015 

Estudo da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, divulgados nesta quarta-feira, 27 (Dia Nacional da Mata Atlântica), aponta desmatamento de 18.267 hectares (ha), ou 183 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2013 a 2014, o que equivale a 18 mil campos de futebol, constituindo, porém, uma queda de 24% em relação ao período anterior (2012-2013), que registrou 23.948 ha. 

Ranking dos Estados 

Piauí foi o estado campeão de desmatamento no ano, com 5.626 ha. Um único município piauiense, Eliseu Martins, foi responsável por 23% do total dos desflorestamentos observados no período, com 4.287 ha. Expansão do cultivo de grãos é responsável pela supressão de vegetação nativa em grandes áreas do estado.

É o segundo ano consecutivo que o Atlas observa padrão de desmatamento nos municípios ao sul do Piauí, onde se concentra a produção de grãos. No período anterior, entre 2012 e 2013, foram desmatados 6.633 ha em municípios da mesma região, com destaque para Manoel Emídio (3.164 ha) e Alvorada do Gurguéia (2.460 ha).

A tabela a seguir indica os desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar outras classes, como vegetação de mangue e restinga), observados no período 2013-2014, com comparativo e variação em relação ao período anterior (2012-2013):



Obs.: na última coluna, em azul, Estados que reduziram o desmatamento. Em vermelho, indicação de aumento comparado com o período anterior.

Confira o total de desflorestamento na Mata Atlântica identificados pelo estudo em cada período (em hectares):
 


ATUALIZAÇÃO EM JUNHO DE 2016

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2014 a 2015, na semana em que se comemora o Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio). A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan. 

O estudo aponta desmatamento de 18.433 hectares (ha), ou 184 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2014 a 2015, um aumento de apenas 1% em relação ao período anterior (2013-2014), que registrou 18.267 ha. 

Minas Gerais, que vinha de dois anos de queda nos níveis de desmatamento, voltou a liderar o desmatamento no país, com decréscimo de 7.702 ha (alta de 37% na perda da floresta). A vice-liderança fica com a Bahia, com 3.997 ha desmatados, 14% a menos do que o período anterior. Já o Piauí, campeão de desmatamento entre 2013 e 2014, ocupa agora o terceiro lugar, após reduzir o desmatamento em 48%, caindo de 5.626 ha para 2.926 ha 

A exemplo dos últimos anos, os três estados se destacam no ranking por conta do desmatamento identificado nos limites do Cerrado. O Piauí abriga o município Alvorada do Gurguéia, responsável pela maior área desmatada entre todas as cidades do Brasil. Entre 2014 e 2015, foi identificado decremento florestal de 1.972 hectares no local. Os municípios baianos de Baianópolis (824 ha) e Brejolândia (498 ha) vêm logo atrás, seguidos pelas cidades mineiras de Curral de Dentro (492 ha) e Jequitinhonha (370 ha), localizadas na região conhecida como triângulo do desmatamento, que abriga ainda Águas Vermelhas (338 ha), Ponto dos Volantes (208 ha) e Pedra Azul (73).

Além de Minas Gerais, Piauí e Bahia, o Paraná também se encontra em estado de atenção. Enquanto os três primeiros lideram a lista geral, o Paraná foi o que apresentou o aumento mais brusco, saltando 116%, de 921 ha de florestas nativas entre 2013-2014 para 1.988 ha no último período. O retorno do desmatamento nas florestas com araucária é o principal ponto de alerta, responsável por 89% (1.777 ha) do total de desflorestamento no estado paranaense no período 2014-2015. Restam somente 3% das florestas que abrigam a Araucaria angustifolia, espécie ameaçada de extinção conhecida também como pinheiro brasileiro.

ATUALIZAÇÃO EM 2017

A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram o desmatamento ocorrido em 2016. O estudo aponta o desmatamento de 29.075 hectares (ha), ou 290 Km2, nos 17 Estados do bioma Mata Atlântica – representando aumento de 57,7% em relação ao período anterior (2014-2015), referente a 18.433 ha.

Marcia Hirota, diretora-executiva da SOS Mata Atlântica, observa que há 10 anos não era registrado no bioma um desmatamento nessas proporções. “O que mais impressionou foi o enorme aumento no desmatamento no último período. Tivemos um retrocesso muito grande, com índices comparáveis aos de 2005”, disse. No período de 2005 a 2008 a destruição foi de 102.938 ha, ou seja, média anual de 34.313 ha.
Confira o ranking completo dos estados:

Desflorestamentos entre 2015-2016, em hectares*
UF
Área UF
Lei Mata Atlântica
% Bioma
Mata 2016
% mata
Desmatamento 2015-2016
Desmatamento 2014-2015
Variação
BA
 56.473.404
 17.988.595
32%
 2.014.528
11,20%
 12.288
 3.997
207%
MG
 58.651.979
 27.622.623
47%
 2.836.004
10,30%
 7.410
 7.702
-4%
PR
 19.930.768
 19.637.895
99%
 2.283.731
11,60%
 3.453
 1.988
74%
PI
 25.157.775
 2.661.841
11%
 905.268
34,00%
 3.125
 2.926
7%
SC
 9.573.618
 9.573.618
100%
 2.204.983
23,00%
 846
 598
41%
SP
 24.822.624
 17.072.755
69%
 2.346.481
13,70%
 698
 45
1462%
ES
 4.609.503
 4.609.503
100%
 483.541
10,50%
 330
 153
116%
MS
 35.714.473
 6.386.441
18%
 706.841
11,10%
 265
 263
1%
RS
 26.876.641
 13.857.127
52%
 1.093.302
7,90%
 245
 160
53%
10º
SE
 2.191.508
 1.019.753
47%
 70.166
6,90%
 160
 363
-56%
11º
GO
 34.011.087
 1.190.184
3%
 30.386
2,60%
 149
 34
345%
12º
RJ
 4.377.783
 4.377.783
100%
 819.584
18,70%
 37
 27
37%
13º
PB
 5.646.963
 599.487
11%
 54.924
9,20%
 32
 11
206%
14º
PE
 9.815.022
 1.690.563
17%
 197.181
11,70%
 16
 136
-88%
*A tabela indica os desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar outras classes, como vegetação de mangue e restinga), observados no período 2015-2016, com comparativo e variação em relação ao período anterior (2014-2015).

Mangue e Restinga
No período de 2015 a 2016 foi identificada supressão da vegetação de restinga em 9 dos 17 estados do bioma: Ceará (788 ha), Piauí (244 ha), Santa Catarina (199 ha), Bahia (64 ha), Sergipe (50 ha), São Paulo (32 ha), Rio de Janeiro (29 ha), Paraná (14 ha) e Rio Grande do Norte (6 ha).
Já o desmatamento em mangues aconteceu apenas na Bahia, em uma área de 68 ha.


ATUALIZAÇÃO EM 27 DE MAIO DE 2018

Do site SOS Mata Atlântica

Desmatamento da Mata Atlântica é o menor registrado desde 1985

25/05/2018
O desmatamento da Mata Atlântica entre 2016 e 2017 teve queda de 56,8% em relação ao período anterior (2015-2016). No último ano, foram destruídos 12.562 hectares (ha), ou 125 Km², nos 17 estados do bioma. Entre 2015 e 2016, o desmatamento foi de 29.075 ha. Este é o menor valor total de desmatamento da série histórica do monitoramento, realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O levantamento começou identificando as alterações no período de 1985 a 1990 e a divulgação dos dados ocorreu a partir de 1992.
Sete estados beiram o desmatamento zero, com desflorestamento em torno de 100 hectares (1 Km²). O Ceará e Espírito Santo, com 5 hectares (ha), são os estados com o menor total de desmatamento no período. São Paulo (90 ha) e Espírito Santo ganharam destaque pela maior redução do desmatamento em relação ao período anterior. Foram 87% e 99% de queda, respectivamente. Os demais estados no nível do desmatamento zero foram: Mato Grosso do Sul (116 ha), Paraíba (63 ha), Rio de Janeiro (49 ha) e Rio Grande do Norte (23 ha).
UF Área UF Lei Mata Atlântica % Bioma Mata 2017 % mata Desmatamento   2016-17 Desmatamento   2015-16 Variação
BA 56.473.404 17.988.595 32% 2.005.710 11,10% 4.050 12.288 -67%
MG 58.651.979 27.622.623 47% 2.828.890 10,20% 3.128 7.410 -58%
PR 19.930.768 19.637.895 99% 2.323.735 11,80% 1.643 3.453 -52%
PI 25.157.775 2.661.841 11% 903.734 34,00% 1.478 3.125 -53%
SC 9.573.618 9.573.618 100% 2.192.282 22,90% 595 846 -30%
PE 9.815.022 1.690.563 17% 196.079 11,60% 354 16 2121%
SE 2.191.508 1.019.753 47% 69.626 6,80% 340 160 112%
AL 2.777.724 1.524.618 55% 142.846 9,40% 259 11 2243%
RS 26.876.641 13.857.127 52% 1.092.365 7,90% 201 245 -18%
10º GO 34.011.087 1.190.184 3% 30.125 2,50% 165 149 11%
11º MS 35.714.473 6.386.441 18% 706.875 11,10% 116 265 -56%
12º SP 24.822.624 17.072.755 69% 2.345.765 13,70% 90 698 -87%
13º PB 5.646.963 599.487 11% 54.807 9,10% 63 32 94%
14º RJ 4.377.783 4.377.783 100% 820.307 18,70% 49 37 34%
15º RN 5.281.123 350.994 7% 12.175 3,50% 23 - -
16º ES 4.609.503 4.609.503 100% 483.172 10,50% 5 330 -99%
17º CE 14.892.047 866.120 6% 64.020 7,40% 5 9 -47%
TOTAL 12.562 29.075 56,80%

*A tabela indica os desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar outras classes, como vegetação de mangue e restinga), observados no período 2016-2017, com comparativo e variação em relação ao período anterior (2015-2016). 

ATUALIZAÇÃO EM 23/05/2019
Relatório registrado pela série histórica do Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aponta que no último ano foram destruídos 11.399 hectares (ha), ou 113 Km², de áreas de Mata Atlântica acima de 3 hectares nos 17 estados do bioma. No ano anterior, o desmatamento tinha sido de 12.562 hectares (125 Km²).
Dos 17 estados, nove estão no nível do desmatamento zero, com desflorestamentos abaixo de 100 hectares, ou 1 Km². São eles: Ceará (7 ha), Alagoas (8 ha), Rio Grande do Norte (13 ha), Rio de Janeiro (18 ha), Espírito Santo (19 ha), Paraíba (33 ha), Pernambuco (90 ha), São Paulo (96 ha) e Sergipe (98 ha). Outros três estados estão a caminho desse índice: Mato Grosso do Sul (140 ha), Rio Grande do Sul (171 ha) e Goiás (289 ha).

Desflorestamento entre 2017-2018, em hectares:
UF
Área UF
UF na Lei
% na Lei
Mata 2018
% Mata 2018
Desmatamento 2017-2018
Variação
Desmatamento 2016-2017
MG
58.651.979
27.622.623
47%
2.829.026
10,20%
3.379
8%
3.128
PI
25.157.775
2.661.841
11%
901.787
33,90%
2.100
42%
1.478
PR
19.930.768
19.637.895
99%
2.322.682
11,80%
2.049
25%
1.643
BA
56.473.404
17.988.595
32%
2.004.746
11,10%
1.985
-51%
4.050
SC
9.573.618
9.573.618
100%
2.189.122
22,90%
905
52%
595
GO
34.011.087
1.190.184
3%
30.172
2,50%
289
75%
165
RS
26.876.641
13.857.127
52%
1.092.336
7,90%
171
-15%
201
MS
35.714.473
6.386.441
18%
712.374
11,20%
140
21%
116
SE
2.191.508
1.019.753
47%
69.901
6,90%
98
-71%
340
SP
24.822.624
17.072.755
69%
2.344.483
13,70%
96
6%
90
PE
9.815.022
1.690.563
17%
198.346
11,70%
90
-75%
354
PB
5.646.963
599.487
11%
54.982
9,20%
33
-47%
63
ES
4.609.503
4.609.503
100%
483.087
10,50%
19
280%
5
RJ
4.377.783
4.377.783
100%
820.164
18,70%
18
-64%
49
RN
5.281.123
350.994
7%
12.041
3,40%
13
-44%
23
AL
2.777.724
1.524.618
55%
140.659
9,20%
8
-97%
259
CE
14.892.047
866.120
6%
64.064
7,40%
5
40%
5
TOTAL
16.269.972
12,40%
11.399
-9,30%
12.562
*A tabela indica os desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar outras classes, como vegetação de mangue e restinga), observados no período 2017-2018, com comparativo e variação em relação ao período anterior (2016-2017).


ATUALIZAÇÃO EM 27 DE MAIO DE 2020

Desmatamento na Mata Atlântica cresce quase 30%

A boa notícia é que Alagoas e Rio Grande do Norte conseguiram zerar desflorestamento; outros sete estados estão próximos de zero

27 de maio de 2020

Após dois períodos consecutivos de queda, aumentou o desmatamento na Mata Atlântica. Foram desflorestados entre 2018-2019 um total de 14.502 hectares – um crescimento de 27,2% comparado com o período anterior (2017-2018), que foi de 11.399 hectares. As informações são do Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realizada desde 1989. O estudo teve execução técnica da Arcplan e patrocínio de Bradesco Cartões.

Mais uma vez o estado campeão de desmatamento foi Minas Gerais, que teve uma perda de quase 5.000 hectares de floresta nativa. A Bahia ficou em segundo lugar, com 3.532 hectares, seguido pelo Paraná, com 2.767 hectares. Os três líderes do ranking tiveram aumento de desflorestamento de 47%, 78% e 35% respectivamente, ao comparar com o período anterior. Já o quarto e quinto lugares da lista, Piauí e Santa Catarina, tiveram redução do desflorestamento em relação ao período 2017-1018 de 26% e 22%. Piauí somou 1.558 hectares desmatados e Santa Catarina 710 hectares.

Desflorestamentos da Mata Atlântica identificados no período 2018-2019 em comparação ao período anterior (em hectare):
UF Área UF UF na Lei MA %UF na LMA Mata 2019 % mata dec. mata 18-19 variação do anterior dec. mata 17-18
AL 2.777.724 1.524.618 55%  142.876 9,40%  0 -100%  8
BA 56.473.404 17.988.595 32%  2.002.297 11,10%  3.532 78%  1.985
CE 14.892.047 866.120 6%  64.044 7,40%  25 259%  7
ES 4.609.503 4.609.503 100%  482.966 10,50%  13 -31%  19
GO 34.011.087 1.190.184 3%  41.558 3,50%  5 -98%  289
MG 58.651.979 27.622.623 47%  2.826.441 10,20%  4.972 47%  3.379
MS 35.714.473 6.386.441 18%  711.692 11,10%  381 173%  140
PB 5.646.963 599.487 11%  54.690 9,10%  85 157%  33
PE 9.815.022 1.690.563 17%  195.659 11,60%  79 -12%  90
PI 25.157.775 2.661.841 11%  900.394 33,80%  1.558 -26%  2.100
PR 19.930.768 19.637.895 99%  2.318.034 11,80%  2.767 35%  2.049
RJ 4.377.783 4.377.783 100%  820.062 18,70%  44 148%  18
RN 5.281.123 350.994 7%  12.172 3,50%  0 -100%  13
RS 26.876.641 13.857.127 52%  1.091.485 7,90%  146 -15%  171
SC 9.573.618 9.573.618 100%  2.186.316 22,80%  710 -22%  905
SE 2.191.508 1.019.753 47%  69.710 6,80%  139 42%  98
SP 24.822.624 17.072.755 69%  2.344.276 13,70%  43 -55%  96

340.804.043 131.029.898 38% 16.264.674 12,40%  14.502  27,20%  11.399 

“A ampliação do desmatamento da Mata Atlântica observada mostra que a destruição do meio ambiente não tem ocorrido apenas na Amazônia. E o fato é preocupante, já que restam apenas 12,4% da Mata Atlântica – o bioma é o que mais perdeu floresta no país até hoje”, afirma Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.

“Ficamos decepcionados, pois os desmatamentos seguem nas mesmas regiões. Observamos vários desmatamentos em áreas interioranas e nos limites da Mata Atlântica com o Cerrado em Minas Gerais, na Bahia e no Piauí, além de regiões com araucárias no Paraná. Como são áreas já mapeadas anteriormente, os desmatamentos poderiam ter sido evitados com maior ação do poder público. É lamentável que sigam destruindo nossas florestas naturais, ano após ano”, afirma Marcia Hirota, diretora executiva da SOS Mata Atlântica e coordenadora geral do Atlas.

Os estados com desmatamento zero são Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo. Marcia ressalta outra boa notícia: “Pela primeira vez dois estados conseguiram zerar os desmatamentos acima de 3 hectares: Alagoas e Rio Grande do Norte. Entre 2017-2018, Alagoas havia registrado 8 hectares de desmatamento, enquanto o Rio Grande do Norte teve 13 hectares”, afirma. O Atlas mede desflorestamentos maiores que 3 hectares. “Em muitos estados que chegaram ao nível do desmatamento zero pode ocorrer o chamado efeito formiga, os desmatamentos pequenos que continuam acontecendo em várias regiões e o satélite não enxerga. É a floresta nativa sendo derrubada aos poucos, principalmente pelo avanço de moradias e expansão urbana”, diz ela.