terça-feira, 31 de maio de 2011

Vacinação contra aftosa no Rio terá alterações a partir de 2012

31/05/2011 - 12:09h
Por Ascom da Secretaria de Agricultura

A partir de 2012, a vacinação em maio contra a febre aftosa no Rio de Janeiro será apenas para animais de até 24 meses. A imunização total do rebanho bovino ocorrerá na campanha de novembro. O anúncio, que beneficia os pecuaristas fluminenses foi feito pelo secretário estadual de Agricultura e Pecuária, Christino Áureo, durante o lançamento do Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Pecuária de Corte no Estado, realizado pela Federação estadual de Agricultura e Pecuária (Faerj), no plenário da Alerj (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) na segunda-feira (30/05).

– Vamos completar 15 anos livres da doença em nosso plantel. Através de tratativas com o ministério de Agricultura e Pecuária e o Comitê Estadual de Erradicação da Febre Aftosa manifestamos nossa disposição em flexibilizar a vacinação dentro da margem de segurança. A medida reduzirá custos com a aquisição da vacina e manejo, como já se observa em outros estados da federação. Tenho certeza de que o Rio de Janeiro conseguirá manter o bom índice de cobertura vacinal que vem alcançando – afirmou.

Resultado de pesquisa coordenada pelo professor Nelson Jorge Moraes de Matos, com a participação de docentes da Universidade Rural do Rio de Janeiro e técnicos da Faerj, o diagnóstico apresentado é um raio X da cadeia produtiva da pecuária de corte fluminense e instrumento que servirá de base para políticas públicas voltados para o setor. Entre as questões apontadas pelo documento, estão as necessidades de melhoramento do nível gerencial das propriedades e da genética do rebanho.

– É importante capacitar o nosso produtor para cuidar do orçamento de sua propriedade, tratando a atividade de forma profissional. Além disso, temos que nos voltar para questões técnicas buscando melhorias de resultado e qualidade. Não adianta competir com estados com grande extensão territorial e volume de produção. Somos o estado da genética. Temos vocação para oferecer um produto de melhor qualidade e que seja valorizado pelo consumidor – explicou o secretário.

Na ocasião, Christino Áureo lembrou a importante parceria da Alerj, desde a gestão do ex-presidente da casa, Jorge Picciani, e mantida com o atual, deputado Paulo Melo na defesa de questões envolvendo o segmento. Assim foi com a aprovação da lei apoiada pelo governador Sérgio Cabral que extinguiu o ICMS sobre a carne e seus derivados. Isso contribuiu para que o produto do Rio de Janeiro esteja mais ao alcance do consumidor e ofereça ganhos para produtores e frigoríficos. O benefício incentiva ainda a legalização daqueles que atuavam na clandestinidade, construindo uma cadeia forte, que produz dentro das normas sanitárias.

Para o presidente da Faerj, Rodolfo Tavares, o diagnóstico é fundamental na orientação das discussões dos agentes envolvidos no processo de fortalecimento da pecuária de corte considerando não apenas o aumento do rebanho, mas também o melhoramento do manejo e da genética como instrumentos de consolidação da atividade.

Durante a solenidade, a Faerj homenageou destaques na cadeia produtiva da carne no estado, como o criador de gado Nelore, Paulo Lemgruber, pecuarista do município do Carmo, na Região Serrana, e descendente de Manoel Lemgruber, pioneiro na criação da raça no país.

Representando a indústria, Jair Ferreira Júnior, do Frigorífico Landim, recebeu a homenagem em nome de seu pai, Jair Ferreira, que acreditou nos incentivos tributários do governo do estado para o setor e investiu em nova indústria, em Barra do Piraí.

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