sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

PRÓSPERO 2011, MIRACEMA
No próspero 2010 que o blog desejou para Miracema muito dos desejos foram realizados. Portanto, não custa nada repetir os mesmos desejos para 2011:

“Mais um ano se passou. Mais um ano que entra prometendo horizontes alvissareiros. O Brasil enfim está deslanchando a mil por hora. E que muitos respingos dessa arrancada esplendorosa se espalhem sobre Miracema e que os governantes saibam aproveitar os muitos PAC’s que já estão por aí e os que virão. Que a paz, sabedoria e harmonia imperem solenemente sobre todos nós, principalmente sobre aqueles que têm o dever de encontrar o triunfo que todos nós miracemenses esperamos.”

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Elitismo condenado
TEMA EM DISCUSSÃO: O fim da prisão especial

O Código de Processo Penal ainda em vigor consagra uma odiosa discriminação: o benefício da prisão especial, até a condenação definitiva do réu, para autoridades, detentores de cargos ou mandatos eletivos e portadores de diploma de curso superior. Trata-se de inaceitável entulho, ainda que com anteparo legal, de uma legislação cuja aprovação remonta a 1941 - portanto, anterior à Declaração dos Direitos do Homem, subscrita pelo Brasil. Por instituir categorias diferenciadas de cidadãos, e preservar tal dispositivo até os dias atuais, o CPP afronta o espírito de um postulado universal que em 1948 aclamaria a igualdade de todo ser humano perante a lei. Também há uma clara dissonância entre tal instituto do Código Penal e o pressuposto democrático da Constituição de 1988.

Portanto, é com muitos anos de atraso, mas ainda assim a tempo de reparar uma aberração social, que o Senado aprovou em dezembro a reforma do CPP - que acaba com tal dispositivo, entre outras alterações no corpo da legislação. O projeto, que precisa passar pelo crivo da Câmara, preserva o instituto da prisão especial para magistrados ou quando a integridade física do preso estiver ameaçada, desde que a providência tenha o aval de um juiz. Fora tais casos, a execução penal passa a ser igual para todos os que cometerem crimes passíveis de detenção.

Com isso, o novo Código de Processo Penal se adapta à realidade, corrigindo uma legislação que pressupunha a divisão do país em castas. É previsível, e desejável, que tal supressão leve água para um tema que também precisa ser discutido a fundo: a reforma do sistema penitenciário, de modo a torná-lo efetivamente correcional e a eliminar terríveis distorções - como o acautelamento de presos em condições sub-humanas e a explosiva superlotação das celas - que fazem dos presídios um caldeirão em constante ebulição. Espera-se que, havendo tal debate, dele resultem necessárias mudanças na política carcerária.

O fundamento da prisão especial é essencialmente elitista; logo, condenável por princípio. Não há argumento, legal ou social, que justifique distinguir o criminoso letrado do réu sem instrução - perfil que, de resto, se aplica à imensa maioria da população carcerária do país. A execução penal deve levar em conta outras particularidade, como a periculosidade do criminoso ou a disposição do apenado de se reabilitar, este um critério essencial para a possível concessão de benefícios de redução ou de regimes de progressão de penas. Mas, sobretudo, é imperioso que o princípio da reclusão não faça distinções de ordem social entre os condenados.

Esse, obviamente, é o mundo ideal da execução penal. Mas aqui se aperta o nó que, mesmo longe de justificar, ajuda a entender por que o CPP, refletindo a equivocada cultura de uma época que ficou para trás, logrou manter por tanto tempo o dirigismo elitista da legislação: antes de ser alterado pelo Senado, o Código Penal consagrava o credo de que as pantagruélicas prisões brasileiras estão de bom tamanho para criminosos dos mais baixos extratos da sociedade, mas são indignas de abrigar réus cultos. Se tal princípio está enterrado, é indiscutível que, por outro lado, o perfil carcerário do país permanece medieval. Disso decorre que é fundamental dotar o sistema penitenciário de condições em que sejam respeitados os direitos dos presos, independentemente da escolaridade ou do status social, e obedecido o pressuposto correcional do acautelamento.

As informações são de O Globo

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

POPULAÇÃO RESIDENTE NA ZONA RURAL DO NOROESTE FLUMINENSE
A tabela abaixo mostra a população, por município, residente na zona rural do Noroeste, no período 1991 a 2010.

De 1991 a 2010, tal população diminuiu 36,2% na região, sendo que de 2007 a 2010 a queda foi menos acentuada, apenas 1,7%.

Os municípios que apresentaram os maiores êxodos rurais no período 1991 a 2010 foram: Cambuci (69,7%), Natividade (68,5%), Itaperuna (54,1%), Laje do Muriaé (49,3%), Miracema (48,6%), Itaocara (41%), Italva (4,8%), ... Contudo, alguns municípios mostraram estar revertendo o processo, pois no período 2007 a 2010 apresentaram crescimento da população na zona rural, se destacando Aperibé com aumento de 33,9%, seguido por Miracema com 9,3%, Varre-Sai com 7,1%, ...

Em 2010, Itaperuna e Miracema apresentaram as menores taxas de habitantes na zona rural, 7,8% e 7,9%, respectivamente.

Municípios que apresentaram as maiores taxas de habitantes na zona rural em 2010: São José de Ubá (55,8%), Varre-Sai (38,9%), Italva (27,1%), Laje do Muriaé (24,8%), Itaocara (24,3%), Cambuci (23,8%), Santo Antônio de Pádua (23,4%), ...

População residente na zona rural do Noroeste fluminense


Os dados da tabela foram obtidos no Ipeadata. Considerações do Ipeadata sobre os dados: “Para os anos de 2007 e 1996 -- Contagem da População e para os demais anos --- Censo Demográfico. Considera-se que a população é urbana ou rural segundo a localização dos domicílios em relação ao perímetro urbano estabelecido por lei municipal. A situação urbana abrange as áreas correspondentes às cidades (sedes municipais), vilas (sedes distritais) ou áreas urbanas isoladas.

Ao dispor sobre a divisão territorial do país, o Decreto-Lei Nº 311, de 2 de março de 1938,estabeleceu que nenhum novo distrito seria instalado sem que se delimitassem os quadros urbanos e surbubanos da sede (vila), onde haveria pelo menos 30 (trinta) moradias; e que nenhum município se instalaria sem que o quadro urbano da sede (cidade) tivesse no mínimo 200 (duzentas) moradias. Apesar desse critério, em 1940 foram consideradas como urbanas todas as sedes municipais e distritais já estabelecidas.

O universo de municípios da tabela é definido pelo IBGE no levantamento censitário e não necessariamente coincide com o oficialmente existente ou instalado na data de referência."

Postagem relacionada: População da zona rural diminui
PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA NO NOROESTE FLUMINENSE - 2009

(Clique aqui para ver a postagem relativa a 2010 sobre o Bolsa Família no Noroeste)


A tabela I abaixo demonstra o número de famílias do Noroeste, por município, que foram beneficiadas com transferências de renda do Programa Bolsa Família.

Em dezembro de 2009, foram 18.263 famílias beneficiadas com o programa na região. De 2005 a 2009 houve aumento de 29,3% no número de famílias.

O município que mais reduziu a distribuição do Bolsa Família, no período 2005 a 2009, foi Aperibé, -14,4%, enquanto os que mais aumentaram a distribuição foram Laje do Muriaé, 937,9%, Italva, 169,5%, Itaperuna, 53,4%, ... .

Proporcionalmente a respectiva população de cada município (Censo IBGE-2010), Itaocara e Laje do Muriaé tiveram o maior percentual de famílias que receberam o Bolsa Família em 2009 (8%). Em seguida vem São José de Ubá e Porciúncula , com 6,9%, Cambuci e Varre-Sai, com 6,7%, Italva, com 6,5%, Miracema, com 6,3%, Natividade, com 6,2%, Bom Jesus do Itabapoama, com 5,8%, Itaperuna, com 5,3%, Aperibé, com 4,8%, e Santo Antônio de Pádua, com 3,3%.

Tabela I - Número de Famílias beneficiadas com o Bolsa Família no NOF
A tabela II abaixo mostra o valor (em R$) das transferências de renda efetuadas pelo Programa Bolsa Família, em dezembro de cada ano estipulado na tabela, que cada município do Noroeste foi beneficiado.

Em dezembro de 2009, foi injetado na economia da região R$ 1, 480 milhão, proveniente das transferências de renda do Programa. Pressupondo que este mesmo valor foi transferido aos beneficiários do Bolsa Família nos demais meses do ano, então foram cerca de R$ 17,766 milhões que entraram na economia do Noroeste em 2009. Este mesmo cálculo pode ser feito para cada município descrito na tabela. Em Miracema, por exemplo, foi cerca de R$ 1,872 milhão em 2009.

Tabela II - Valores em R$ transferidos pelo Bolsa Família ao NOF em dezembro
Os dados das tabelas deste post foram obtidos no Ipeadata. Comentário do Ipeadata sobre os dados: “Número de famílias beneficiadas (tabela I) e valor nominal total (tabela II), em dezembro, com transferências de renda pelo Programa Bolsa Família (PBF) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). As transferências são mensais, assim como as variações no número de famílias e nos valores nominais, mas os dados apresentados no Ipeadata referem-se somente às famílias beneficiadas no mês de dezembro de cada ano de referência”.

O Programa Bolsa Família foi criado para apoiar as famílias mais pobres e garantir a elas o direito à alimentação e o acesso à educação e à saúde. O programa visa a inclusão social dessa faixa da população brasileira, por meio da transferência de renda e da garantia de acesso a serviços essenciais. Em todo o Brasil, mais de 12 milhões de famílias são atendidas pelo Bolsa Família.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Comida, diversão e arte
Com o país caminhando para o pleno emprego e os salários subindo acima dos índices de preços, os consumidores decidiram priorizar o bem-estar. Parte do orçamento está sendo destinada a viagens, cinema, teatro e publicações

A estabilidade econômica conquistada nos últimos 16 anos trouxe um ganho substancial aos brasileiros: o aumento da renda. Como consequência, um exército de novos consumidores entrou no mercado sedento por produtos e serviços que antes eram exclusividade da classe média. Primeiro, foram o frango e o iogurte. Depois, a geladeira, o forno de microondas, a máquina de lavar roupas, a televisão de plasma e o automóvel. Tudo arrematado com a ajuda do crédito farto, dos prazos mais longos e dos juros em baixa. Daqui para frente, as prioridades são outras. O prazer de viver virá acompanhado de mais viagens, muita leitura, idas frequentes ao cinema e ao teatro.

Diante das novas perspectivas de consumo, os desafios que se impõem à presidente eleita, Dilma Rousseff, são gigantescos. “Além de ampliar o poder de compra, o controle dos preços contribuiu para as mudanças no perfil de consumo dos brasileiros. O turismo está em alta porque a classe média já está com a tradicional cesta básica completa”, diz Arlete Correa, gerente de análises da Nielsen Brasil, Arlete Correa. O professor de Administração das Faculdades Integradas Rio Branco, Roberto Mauro dos Santos, concorda. “Ao ter dinheiro disponível, as pessoas querem novas experiências e viajar é um dos primeiros itens da lista de desejos”, resume.

O setor de turismo deve crescer 20% em 2010 e manter o fôlego pelos próximos anos, conforme estimativas do diretor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Leonel Rossi Júnior. A taxa média de evolução do tráfego aéreo brasileiro gira entre 20% e 27%, e o aproveitamento dos voos tem ficado acima dos 70% — em alguns trechos, supera os 80%. Entre 2005 e 2007, o crescimento das viagens domésticas foi de 12,5%, conforme dados do Ministério do Turismo.

A servidora Rejane Soares Canuto, 37 anos, é uma turista convicta. Só neste ano, saiu nove vezes de Brasília. “Amo conhecer novos lugares. E o bom é que, hoje em dia, fica mais barato andar de avião do que de ônibus”, diz. Na sua programação estão Cuiabá, Chile e Salvador.

Copa e Olimpíadas
Para Roberto dos Santos, especialista em gestão de turismo e serviços, Rejane e milhões de brasileiros tendem a abarrotar cada vez mais os aeroportos do país, fenômeno que se acentuará por causa da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. “As perspectivas para o segmento são excelentes. Isoladamente, há um crescimento forte no volume de turistas domésticos por conta do aumento da renda, mas esses dois eventos impulsionarão ainda mais o setor”, reforça.

Neste ano, mais de 10 milhões de pessoas entraram em um avião pela primeira vez. Por causa do avanço das classes C e D, o país baterá novo recorde no tráfego de passageiros. Em algumas companhias aéreas, os passageiros novatos respondem por 30% do total. O setor de turismo movimenta cerca de R$ 40 bilhões e responde por cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Os impactos indiretos dessa engrenagem chegam a R$ 168,8 bilhões, somando serviços de alimentação, transporte rodoviário, atividades recreativas e culturais. Levantamento da Consultoria Euromonitor aponta que as famílias vão gastar R$ 5,7 bilhões com viagens em 2010 e R$ 12,7 bilhões em 2020.

Volume bem maior, de R$ 31,7 bilhões, será gasto com atividades de lazer e em cultura — quase três vezes mais do que os R$ 13,9 bilhões previstos para 2010 —, o que prova que nem só de arrumar malas se ocuparão os brasileiros nos próximos anos. Um dos segmentos com maior crescimento, e que tem ampliado bastante o acesso das classes C e D ao lazer, é o cinema. Dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine) mostram que o mercado cinematográfico nacional ultrapassou a barreira de R$ 1 bilhão, dinheiro que sai do bolso de gente que busca bem mais do que simples entretenimento, como é o caso da servidora pública Larissa Maria de Sousa Soares, 27 anos. Ela desembolsa, em média, R$ 200 por mês em atrações culturais. “Vou muito ao cinema e ao teatro.”

Outro filão é o de livros. “O brasileiro está lendo mais e se interessando por cultura em geral”, diz o presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Vítor Tavares. O segmento tem crescido, em média, 10% ao ano e deverá encerrar 2010 com faturamento em torno de R$ 2,2 bilhões. O servidor público Silvio Burle de Menezes, 43 anos, frequenta livrarias nos fins de semana e costuma ler, em média, um livro por mês. Entre as preferências estão os romances, a literatura brasileira e os policiais. “Gasto até R$ 150 por mês. A leitura está dentro das minhas prioridades e faz parte do meu orçamento”, destaca.

As informações são de o Correio Braziliense – repórter Rosana Hessel

Clique aqui para acessar o vídeo da música Comida - Titãs

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Entrevista - Delfim Netto
E AGORA, DILMA?

Maestro da política econômica no período recente em que a economia brasileira mais cresceu, o milagre econômico dos anos 1970, o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto agora olha para o futuro. Principal conselheiro econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) está mais do que otimista em relação à expectativa de o Brasil entrar, enfim, no clube dos países mais ricos.

“O caminho está aberto para que o PIB (Produto Interno Bruto) cresça mais de 5% e próximo de 6%, anualmente, por toda a década, e continuar de forma robusta por 25 ou 30 anos. Sem maiores turbulências”, aposta. Tanta certeza vem da superação das dificuldades em duas áreas cruciais, que interromperam a trajetória em outras ocasiões: o fornecimento de energia e o financiamento externo.

Na visão de Delfim, o passaporte para o mundo desenvolvido é o petróleo do pré-sal. Mas, para chegar lá, o governo deve estimular investimentos privados em infraestrutura, diminuir o ritmo de expansão das despesas públicas e reduzir a taxa real de juros a 2% ou 3% por ano, ensina o economista. A seguir, os principais trechos da entrevista ao Correio.

O Brasil tirou tudo o que poderia do cenário global favorável até o surgimento da crise econômica?
Até 2008, o Brasil se beneficiou de ventos favoráveis vindos do exterior, com o crescimento da economia mundial e o aumento das transações comerciais. Embora não tenhamos praticado uma política de comércio exterior capaz de tirar proveito de todo esse crescimento, recebemos o bônus da valorização dos produtos agrícolas e dos minerais. Mesmo sem ter reduzido os juros ao nível necessário para evitar a sobrevalorização do real, a combinação de preço e quantidade dos produtos minerais e da agropecuária garantiu uma balança comercial positiva e o acúmulo de reservas suficiente para acabar com o problema da dívida externa.

Como o país pode aproveitar esse momento único em que a maior parte da população entra em idade produtiva?

Dominamos a tecnologia que viabiliza a exploração dessa riqueza enorme que são as reservas de petróleo do pré-sal. Essa é uma janela de oportunidades para a jovem população que começa a entrar no mercado de trabalho. A extração do óleo e do gás vai exigir muito trabalho e enorme volume de recursos. Não há dúvida sobre a viabilidade dos investimentos, mas o grosso do retorno só vai maturar lá por 2017. O importante do pré-sal é que ele afasta a ameaça das crises que no passado abortaram o processo de desenvolvimento brasileiro: o estrangulamento na oferta de energia e as interrupções do financiamento externo, crises derivadas da dependência das importações de petróleo.

Os entraves energéticos para o crescimento estão superados?
O Brasil deu um outro grande passo no governo Lula ao quebrar as resistências à construção de hidrelétricas na Região Amazônica, iniciando o processo de reconstituição da matriz energética de fontes renováveis estupidamente interrompido há duas décadas.

Que problemas estão no horizonte?
Como em todo processo de desenvolvimento, há problemas que se renovam e precisam ser enfrentados desde agora para não comprometer as gerações futuras. Em 2030, nós seremos 216 milhões de habitantes e teremos que oferecer trabalho de boa qualidade para 150 milhões de homens e mulheres entre 16 e 65 anos. Quem pode oferecer esses empregos é o setor industrial, complementado pelos serviços. Não podemos continuar na dependência só da exportação de produtos agrícolas e minerais.

Qual deve ser o papel do Estado?
Ele deve ser indutor do desenvolvimento. Os governos não podem abrir mão da estabilidade monetária, devem manter vigilância constante para que as despesas de custeio cresçam sempre menos que o PIB e reduzir paulatinamente a relação dívida pública/PIB. Com isso, estarão dando a um Banco Central autônomo a musculatura para participar do objetivo de reduzir a taxa real de juros interna aos níveis da praticada no exterior, algo como 2% ou 3% reais ao ano, sem perder as condições de controle da inflação. Os governos não podem continuar errando na sustentação de uma taxa de juros vexaminosa, como se a economia brasileira tivesse sido vítima de uma deformidade sem retorno.

O que faz um Estado indutor?
Estado indutor significa estimular os investimentos privados e manter um comportamento amigável em relação aos setores produtivos de modo a cooptar empreendedores para participar do esforço de construção e reconstrução da infraestrutura física do país, notadamente nas áreas de transportes, onde já existe estrangulamento da atividade econômica. Deve incentivar também a participação em programas de expansão da oferta de energia e de aumento da capacidade logística no interior do país.

Quais as amarras que podem impedir a entrada no clube de nações desenvolvidas?

Impedimento, na realidade, eu não vejo. Nem mesmo as crises externas daqui em diante, por causa da superação das restrições energéticas e de balanço de pagamentos. Na crise atual, o governo Lula deu uma enorme demonstração de clarividência. Teve a intuição que faltou ao resto do mundo e acertou na mosca: de nada adianta acudir o sistema financeiro se não salvar o emprego e o mercado consumidor. O correto para salvar a economia era manter o trabalhador no emprego e consumindo e não entupir o caixa dos bancos.

Qual a perspectiva de crescimento do Brasil?

O desenvolvimento é um processo em que se resolve um problema e se criam dois. A perspectiva de crescimento é muito favorável porque removemos as duas restrições de que falei. O caminho está aberto para que o PIB cresça mais de 5% e próximo de 6%, anualmente, por toda a década, e continuar de forma robusta por 25 ou 30 anos. Sem maiores turbulências. Vejo com enorme otimismo o modo como a presidente Dilma Rousseff organizou o núcleo da sua equipe e, mais ainda, pelas diretrizes enunciadas que demonstram a noção clara das necessidades do Brasil e dos nossos limites.

Água, luz e saneamento

Victor Martins

Mesa farta, eletrodomésticos de última geração, carro na garagem. Tudo isso já faz parte do dia a dia da maior parte das quase 61 milhões de famílias brasileiras, graças à maior oferta de emprego, ao aumento da renda e à oferta maciça de crédito. Mas a cobrança sobre a presidente eleita, Dilma Rousseff, será enorme. Com a mudança no perfil dos lares, que estão ficando cada vez menores, a pressão por habitação e serviços básicos como energia elétrica, coleta de esgoto e lixo, água encanada e planejamento urbano ganhará dimensões nunca vistas.

A busca por conforto será incessante. Além de empurrar o setor público contra a parede, pois, com carteira assinada, os futuros trabalhadores exigirão melhor retorno dos impostos que pagarão, a indústria terá que desenvolver produtos que atendam a um público mais exigente, consciente da preservação do meio ambiente e com gastos cada vez mais diversificados. Famílias menores, por exemplo, gastam menos com alimentação dentro de casa. Priorizam o lazer, viagens, cultura, educação privada e tecnologia.

Pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1996 e 2008, as casas com mais de cinco pessoas recuaram de 32% para 21% do total e as com até duas foram de 22% para 31%. Consequentemente, as despesas encolheram e o poder de compra cresceu. Esse, por sinal, é parte do bônus demográfico, população entre 15 e 64 anos, que será maioria nos próximos 20 anos.

Passado esse bônus, o Brasil será um país mais velho, com outros tipos de demanda — por isso, a necessidade de usar o auge da população produtiva para acumular as riquezas que serão consumidas pelas próximas gerações. Esse público mais velho já dá sinais de seu poder. Até 2020, eles serão 18 milhões de consumidores de planos de saúde, medicamentos, consultas, exames laboratoriais, viagens e tudo o que resultar em bem-estar.

“O consumo no Brasil só aqueceu os motores nos últimos anos, com o aumento do poder aquisitivo, graças ao controle da inflação. Nos próximos 20 anos, a máquina estará funcionando a pleno vapor”, diz Paulo Carramenha, diretor da Consultoria GfK. “Se, hoje, qualquer aumento da massa de consumidores faz a diferença, imagine daqui a duas décadas?”, indaga. Portanto, para não destruir a máquina do consumo ou mesmo enferrujá-la, Dilma Rousseff terá que ir muito além do assistencialismo e de políticas populistas.

As informações são de o Correio Braziliense – repórter Luciano Pires
Aulas de educação financeira em todo o País
Governo elabora estratégia nacional para disseminar o tema, com ampliação de aulas nas escolas públicas e cursos para adultos em 2011

Quase 70% dos consumidores brasileiros têm uma planilha para organizar os gastos da família e 66% dizem guardar os comprovantes de suas compras. Por outro lado, três em cada dez brasileiros pagam somente o valor mínimo da fatura do cartão de crédito e pelo menos 25% afirmam ter restrições cadastrais em seu nome.

Os dados são de um estudo produzido pelo Comerec (comitê que regula e fiscaliza o mercado de capitais brasileiro) em parceria com a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), e atestam o baixo nível da educação financeira no Brasil. Para iniciar a reversão do quadro, o comitê criou na semana passada a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef).

Para o cidadão, a criação da Enef quer dizer acesso ao tema educação financeira. "Vamos ampliar projetos já existentes, criar e estimular iniciativas sobre o tema", diz Patrícia Monteiro, coordenadora geral de projetos especiais da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).

Além da Previc, fazem parte do Comerec a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central e a Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Crianças e adultos. Desde agosto, 810 escolas públicas aplicam o tema educação financeira nas matérias tradicionais da grade curricular. Sob coordenação da CVM, essa é uma das iniciativas já implementadas, com previsão de ampliação em 2011.

"Hoje, ministramos aulas em um projeto-piloto. Agora, em parceria com a Bovespa, vamos elaborar o material didático para os nove anos do ensino fundamental", diz José Alexandre Cavalcanti Vasco, superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM. "Tínhamos apenas o módulo um de educação financeira. No novo ano, colocaremos em prática os módulos dois e três", adianta o superintendente.

Os novos módulos serão mantidos como projeto-piloto em 2011. "Mas o primeiro módulo já deverá entrar em novas escolas", completa Vasco.

A Enef também quer atingir o público adulto. Esse projeto é mais embrionário, mas deve ganhar força em 2011, segundo os elaboradores da estratégia nacional.
"Já temos um curso presencial com carga horária de 20 horas para adultos sobre como gerir recursos", conta José Linaldo Gomes de Aguiar, secretário de relações institucionais do Banco Central.

A ideia, segundo ele, é levar o curso para mais lugares. "Empresas, ONGs, faculdades poderão nos chamar para dar o curso em suas dependências", sugere.

Na internet. Atividades online também devem ser expandidas para alcançar um número maior de adultos e crianças. A CVM, por exemplo, mantém o site portaldoinvestidor.gov.br, que contém diversas atividades para o público infantil além de testes e conteúdos explicativos sobre o mercado para os adultos. "Histórias em quadrinhos e interativas, vídeos com especialistas e informações sobre investimentos são alguns dos conteúdos disponíveis", emenda Vasco.
Os interessados em acompanhar a programação de educação financeira da CVM, que inclui as atividades do Comerec, podem seguir no Twitter o endereço: http://twitter.com/cvmeducacional.

Problema global. De acordo com Aguiar, a questão da educação financeira é um problema global. "O tema nunca foi objeto de preocupação em diversos lugares do mundo. Não é só no Brasil", afirma. Ele acrescenta que educação financeira não tem a ver com nível de escolaridade."

João Evangelista, chefe da divisão de atendimento ao público da secretaria de relações institucionais do Banco Central, completa dizendo que o Enef é uma política pública que tem por objetivo instituir diretrizes sobre o tema educação financeira. Segundo ele, com as diretrizes consolidadas, fica mais fácil estimular a disseminação do tema por outras instituições.

As informações são de O Estado de S. Paulo – repórter Roberta Scrivano
A revolução do consumo
Uma legião de brasileiros que não se contenta com pouco e que aprendeu melhor do que ninguém o valor do dinheiro olha para a administração de Dilma Rousseff, que tomará posse no sábado, com especial atenção. Sem nenhuma disposição de abrir mão do fascinante hábito de ir às compras, os consumidores exigem que a presidente eleita ponha rapidamente a inflação nos eixos, mesmo que, para isso, seja obrigada a elevar a taxa básica de juros (Selic) — a alta deve começar em janeiro. A condescendência vem, contudo, acompanhada de uma cobrança: o governo deve dar a sua cota de sacrifício, para que o aperto monetário seja passageiro. A ordem é cortar gastos públicos, incentivando o setor privado e investindo mais em infraestrutura. É apostando na estabilidade do país nos próximos 20 anos, quando a população produtiva atingirá o seu auge, que as famílias deverão despejar pelo menos R$ 270 trilhões na economia.

Ancorada por um público antes invisível às empresas — formado por idosos, solteiros, casais homossexuais, famílias da nova classe C e outros nichos —, essa máquina do consumo chamou a atenção do mundo pelo seu potencial de rentabilidade. Foram as 61 milhões de famílias que sustentaram a economia durante a crise internacional de 2008 e de 2009. Trabalho feito, elas têm, agora, um novo papel: o de alavancar o Brasil à posição de quinta maior economia. Ao longo dos próximos 20 anos, período em que a população produtiva (bônus demográfico) viverá o seu auge, o varejo avançará à taxas próximas de dois dígitos ao ano, dando a dimensão dos desafios a serem enfrentados por Dilma para não interromper esse ciclo promissor. A cada ano perdido das próximas duas décadas, como mostra a série de reportagens publicadas pelo Correio, ficará mais difícil para o Brasil ser alçado à condição de potência.

Apenas em 2010, o consumo das famílias dará um salto próximo de 7%. Puxado pelas vendas do comércio, o Produto Interno Bruto (PIB) do setor de serviços terá, no mesmo período, crescimento superior a 8%. Ambos serão os pilares do desenvolvimento brasileiro, semelhante ao modelo que levou os Estados Unidos ao topo do mundo. “O consumo das famílias tem se expandido de maneira mais forte que o PIB. Somente por conta do bônus demográfico, o país crescerá por volta de 2,5% ao ano. O consumo registrará, no mínimo, avanço de 3%”, calcula o economista Marcos Pazzini, diretor da consultoria IPC Maps.

Lucro certo

Diante de tamanho potencial, o mercado brasileiro se tornou o bote de salvação para muitas multinacionais, fustigadas pela recessão que domina os países nos quais têm sede. O diretor da francesa LeroyMerlin, em Brasília, Fernando Castanho, explica que, neste ano, a rentabilidade das filiais brasileiras ficou atrás apenas das unidades em funcionamento na Rússia. “Lá, eles tem uma demanda reprimida muito grande”, afirma. E enfatiza: “O Brasil deixou de ser o patinho feio e agora é o cisne”. Tal lucratividade é puxada também pelo crescimento do setor imobiliário. “Estou fazendo uma reforma na minha casa, mais uma das várias que fiz nos últimos anos”, conta o aposentado José Humberto Porto, 50 anos, que, normalmente vai às compras acompanhado da neta Lorena, 4.

Os dois, por sinal, representam o mercado consumidor presente, que alegra o setor produtivo, e o futuro, que tende a ser ainda mais promissor, caso o Brasil consiga tirar o máximo de proveito do número recorde de trabalhadores que construirão as riquezas necessárias para sustentar as novas gerações. “Por isso, a importância do controle da inflação. A estabilidade beneficia, principalmente, os mais pobres e viabiliza a mobilidade social que, nos últimos anos, permitiu que milhões de pessoas saíssem da pobreza”, diz o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco.

Outro mercado em franca expansão é o automobilístico. Estrela deste e dos próximos anos, o setor comemora recordes atrás de recordes e deverá ser uma das molas do desenvolvimento nacional. No ranking global de vendas de veículos, a China está na liderança com cerca de 10 milhões de unidades por ano, seguida pelos Estados Unidos, com quase 7 milhões, e em terceiro o Japão, com pouco mais de 3 milhões de carros. O Brasil de hoje é o quarto colocado e até o fim da década será a terceira potência mundial em vendas.

Com todo esse crescimento, não só a economia mudará. As relações de consumo também passarão a ser outras. Aos poucos, o brasileiro está deixando de realizar compras de abastecimento. Está parando de estocar carne e leite e de se preocupar de forma exagerada com as oscilações de preços. Começou a consumir por conveniência e a procurar aquilo que é mais prático. Também não tem tempo para a cozinha. As mulheres, obrigadas antigamente pelo machismo ao fogão, cada vez mais estão inseridas no mercado de trabalho. Dados da consultoria alemã GfK mostram que, até 1990, elas representavam apenas 5% dos chefes de família. Neste ano, chegaram a 31%. Há 20 anos, as mulheres dedicavam no mínimo uma hora por dia à cozinha. Hoje, esse tempo se resume a 15 minutos e não mais para preparar as refeições para os integrantes da casa. Elas se alimentam rapidamente antes de ir ao trabalho ou ao voltar dele.

As mudanças no comportamento dos brasileiros criaram uma poderosa indústria em prol da praticidade. O mercado de congelados, por exemplo, movimentar US$ 2,1 bilhões em 2012, o dobro do observado em 2007. Alimentar-se em restaurantes também está se tornando cada vez mais comum. Estudo da consultoria IPC Maps indica que, até o ano 2000, comer fora do lar consumia 4,4% do orçamento familiar. A partir do bônus demográfico e com o mercado de trabalho mais exigente neste período, essa parcela passará para 6,2%. Em contraponto, a alimentação no domicílio perderá espaço. Se há 10 anos consumia 19,2% da renda das famílias, daqui a 10 anos, despencará para 9,1%.

Mariana Lemgruber de Azevedo, 24 anos, não tem como almoçar em casa, devido à distância do trabalho, e come em restaurantes com frequência. “Tenho que optar pela praticidade. Com isso, gasto R$ 400 por mês”, relata. Com o advogado Caio Henrique de Oliveira, 22, não é diferente. “Eu acabo comendo na rua até no fim de semana”, afirma.

Novo perfil

O comércio de alimentos precisou se adaptar às novas relações de consumo. Os mercados de vizinhança, que oferecem mais comodidade e rapidez, estão alavancando o segmento supermercadista. Enquanto o volume de vendas dos hipermercados encolheram cerca de 8,5% em 2008 e 6,4% em 2009, os estabelecimentos de menor porte mantiveram crescimento de até 5% na média desses dois anos. “O lojão está chegando ao fim ou se tornando mais raro. A tendência é de haver uma migração para atender públicos específicos e em estabelecimentos menores”, diz Roque Pellizzaro, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

As informações são de o Correio Braziliense – repórter Victor Martins

sábado, 25 de dezembro de 2010

O Natal não nasceu na Macy’s, nasceu em Belém
Sonia Racy

Depois de muitos telefonemas, torpedos e e-mails, Papai Noel nos concedeu a entrevista abaixo lembrando que Maktub quer dizer “está escrito”. E a cabalá diz que a gente é quem escreve o que irá acontecer.

O bom velhinho está um pouco estressado e exausto neste ano. Cansou de pedir juízo ambiental em relação ao planeta, cansou de pregar a paz no Oriente Médio, cansou de pedir aos congressistas americanos que votem a favor do plano de saúde de Obama, cansou de ser alvo de especulações pedindo inclusão maciça de produtos/presentes em listas de exportações para melhorar o equilíbrio cambial.

Cansou também de rezar, aqui no Brasil, para que contas fiscais caibam dentro do Estado. Só milagre mesmo. Noel faz este pedido há mais de 500 anos. Por último, desce hoje na casa de Silvio de Abreu para tentar arrancar do autor de Passione quem matou Saulo e Eugênio Gouveia. Mais fácil os outros pedidos acima acontecerem. Aqui, trechos da entrevista.

Papai Noel, o senhor existe?
Sim. O melhor texto em minha defesa foi feito no século 19 e se chama Yes, Virginia, there is a Santa Claus http://en.wikipedia.org/wiki/Yes,_Virgin…).

Por que todos dizem que não?
Mentira. Eles falam que não acreditam, mas me mandam cartinhas, inclusive meninos e meninas mais velhos. Eles têm vergonha de acreditar, mas acreditam.

O senhor achou que 2010 foi um bom ano para encher seu saco de presentes?
Quando a vida fica dura, as pessoas lembram mais de mim. Na prosperidade, acham que tudo vem do planeta Terra. E nas dificuldades ficam mais espiritualizados. Acreditam que parte das coisas que vão conquistar vem do céu. Mas não me enchem o saco. Eu é que encho o saco delas. Amo a humanidade por profissão.

Qual o presente mais caro que tem aí dentro?
São aqueles que você não compra com o Mastercard, porque não tem preço: amor, felicidade, amigos, saúde. São os presentes que as pessoas mais pedem. Mas isso não é comigo, nesse departamento quem manda é Deus.

O senhor espera receber algo? Algum terráqueo lhe deu algum presente? Qual?
O que eu gosto de receber é carta, mas as pessoas podem me mandar e-mail ou SMS. Eu sou um velhinho bem conectado. Meu modelo de negócio é bem interessante. Sou tipo a Natura, distribuição porta a porta. A criança escreve para mim. Daí eu e o pai lemos. Por meio do espírito de Natal, o pai abre o bolso e o coração. Ele compra o presente via internet e eu faço a entrega na porta. Como o pai sabe que fui eu quem o inspirou, ele me dá o crédito de presente e diz: “Filho, olha o que Papai Noel deixou para você!”. Esse modelo de negócio é campeão. Foi bolado por Jim Collins, Jorge Paulo Lemann, Jorge Gerdau e Vicente Falconi. Meus aviões andavam improdutivos, procurei esses rapazes e eles me colocaram na Endeavor. Com gestão profissional, vivo sonho grande de criança.

O que o senhor reservou de especial para o mundo?
Vou dar de presente ao planeta Terra uma solução mundial no câmbio. Porque com isso mais bem resolvido, as pessoas poderão trocar mais presentes no Natal ou em qualquer época.

E para o meio ambiente?
Esse assunto é importante para mim. Lembre- se que moro no Polo Norte. Os homens têm que cuidar do futuro, ele é o melhor presente que se pode dar às crianças.

O Brasil merece prêmio pelo trato ao meio ambiente?
Sim. O Brasil é líder mundial em preservação. Poucos países desenvolvidos têm feito o que os brasileiros fazem. A Amazônia está mais protegida e a legislação ambiental é uma das mais rigorosas do mundo. Claro que temos muito o que fazer, afinal não existe Natal sem árvores, lembra?

A Dilma venceu as eleições. O que ela ganha do senhor?
Eu já dei o presente da Dilma: o netinho dela. Ele será muito importante para a presidenta, afinal, refrescará a cuca da avó naqueles momentos de estresse.

O que Lula pediu ao senhor, Papai Noel?
Para Lula ter o descanso que merece, darei uma bela rede. Mas tenho certeza que não ficará parado. No máximo, uns três meses. Ele não é homem de pedir muito. Não pede presente. Só pede futuro.

Para os perdedores da eleição, Serra e Marina, reservou algo que os console?
Serra e Marina não perderam nada. A democracia é que ganhou. O Brasil é um dos países que mais cresce, com imprensa livre e Congresso aberto. Os candidatos exerceram de maneira exuberante o papel democrático.

Já pensou em deixar esta coisa chata, ser Papai Noel ad eterno, e se candidatar à presidência de algum país? Qual seria?
Jamais. Eu estou nesse cargo há bem mais de cem anos. Sou de todos os povos, países, crenças e idades. Minha atividade é suprapartidária.

O Brasil vai ganhar o quê?
A Copa e as Olimpíadas.

O Obama mandou carta pedindo alguma coisa?
Obama me pediu para aprovar o novo sistema de saúde. Mas isso não é presente, é milagre. Ele vai ter que falar com Deus.

De quem o senhor gosta mais: de Obama ou de Clinton? Sobre Bush, nem ouso perguntar.
Eu gosto mais do Clinton. E vou dar novos tacos de golfe para o presidente. Você precisa ver: quando ele joga golfe vira um menino. E acredita que é um grande golfista.

O Ahmadinejad se manifestou?
Minha filha, a única coisa que eu quero e posso dar para o Oriente Médio é paz.
Shimon Peres afirma que o senhor não existe. Como pretende desmenti-lo? Olha Papai Noel, o senhor tem poder de persuasão. Se convencê-lo a acreditar, ele ganhará o que?
Não importa se Shimon Peres não acredita em mim. Eu acredito nele. Como em todas as pessoas, e todos árabes e judeus que querem paz. Quem tem paz não precisa de presente.

São Paulo ganhou Alckmin de volta. Que mais o senhor reservou para os paulistas?
São Paulo tem que dar saltos à frente. Ousar mais, inovar e continuar sendo o Estado que inspira o País. E isso não cai do céu, e nem é assunto para Papai Noel.

O Rio leva outro Beltrame?
Beltrame é um homem de bem. Tem o cargo mais difícil que existe, mas está resolvendo a situação. Peço aos cariocas que rezem por ele. Compreensão, apoio e torcida são o que ele mais merece.

E para Beltrame, além de paz, o que o secretário de Segurança carioca ganhará?
Deve ganhar bonecas, bolas, bicicletas, patins. Porque com o trabalho que ele está fazendo, as crianças poderão brincar mais nas ruas, sem medo e com paz.

A Bahia, a meu ver, é o Estado mais bonito do Brasil. Do que ele mais precisa, em sua opinião?
A Bahia é uma terra sensacional, tolerante, democrática. O governador nasceu no Rio e é judeu. Mas mesmo assim, ele me pede presentes e também confesso que é bem chegado ao candomblé. Como eu.

A Copa vem aí. Qual seria sua escalação se ela se desse hoje?
A escalação de 1970.

O filho do polvo Paul tá aí no seu saco? Dá ele para mim?
Claro que está. Tem gente que não diz o presente que quer e eu tenho que adivinhar. Aí eu consulto o filho do polvo Paul, Paul Jr. Por isso, não posso lhe dar o meu indispensável oráculo.

Ronaldo estará na Seleção?
Isso é com o Mano Menezes. Mas o fenômeno já entrou para a história. Ele merece ganhar tudo. Menos, peso.

Mano Menezes terá que ganhar presente bom. Algo à prestação até 2014?
O presente que eu estou mandando para Mano Menezes é a paciência de Jó.

Para Ricardo Teixeira, da CBF, o melhor presente seriam aeroportos pelo Brasil. Acha que isto será possível?
Fundamentais os aeroportos. Eu viajo de charrete. Preciso de lugar para pousar.

Para as empresas aéreas, vai presentear com o quê?
Não vão ganhar presente. Elas devem levar umas palmadinhas do Governo e do consumidor. Ainda bem que eu tenho um transporte próprio. Se eu dependesse delas, ninguém iria receber presente de Natal. Ou chegaria atrasado.

O senhor acredita em Deus?
Óbvio. Foi ele quem me criou. Mas não estou autorizado a falar mais nada. Deus, a gente não explica, sente.

E em São Jorge, acredita?
É claro. Nos dias de hoje, em que as pessoas estão tão descrentes, acreditar é um ato de rebeldia e vanguarda. Eu só não gosto muito de ver São Jorge matando o dragão, porque isso pode magoar a China, que adora o animal.

Sei lá, Painho – posso chamá-lo assim? Estou angustiada. Jesus existiu mesmo? Ele nasceu só para a gente ter um Natal bonito?
Jesus existiu mesmo, posso confirmar. Sem ele, Papai Noel existir seria ridículo. O Natal não nasceu na Macy’s, nasceu em Belém.
Na cabalá, somos Maktub. Traduz isto por favor….
A cabalá é fonte inesgotável de sabedoria. O saber não é privilégio dos países ricos. Vem de todos os lugares e muitas vezes de onde menos se espera. Maktub quer dizer “está escrito”. A cabala diz que a gente é quem escreve o que acontecerá.

Dizem que Maomé era feio. Sabe alguma coisa sobre isto?
Impossível o grande profeta ter sido feio. Mesmo que não fosse fisicamente belo, seu interior e força moral fizeram dele alguém acima disso. Beleza é para nós. O profeta não é humano, é um homem dos céus.

Acredita em fantasmas? Caso a resposta seja sim, qual gostaria de encontrar?
Não acredito. Eles são coisas mortas que às vezes rondam nossas vidas. O fantasma da inflação, do terrorismo, da violência, da solidão. São coisas mortas ou prestes a morrer. Não podemos deixá-las assustar as nossas vidas.

Qual sua superstição?
Como eu tenho viajado muito para a China, eu estou vidrado no número 888. Tudo meu agora é com 8.

Silvio Santos foi mal este ano. Tadinho. Tem que dar um presente bem bom pra ele. Qual vai ser?
Que ele venda bem seu banco e tudo que ele tem, a não ser a TV. E volte a ser o Silvio Santos querido que eu assisto até do Polo Norte.

Só aqui, cá entre nós. Eu não conto para ninguém. O Brasil tem jeito?
O Brasil está no jeito. Melhor a cada temporada desses 16 últimos anos. O País tem avançado muito. E está feliz. Eu sei pelas milhares de cartas que recebo entra ano sai ano.

PARA SER O PAPAI NOEL DESTE ANO, A COLUNA CONVIDOU NIZAN GUANAES, DA AGÊNCIA AFRICA.

As informações são de O Estado de S. Paulo - coluna Direto da Fonte

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010


Clique na frase acima para ouvir as Bachianas Brasileiras n° 5 de Villa Lobos, com Nana Mouskouri & John Williams

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

LOGRADOUROS DE MIRACEMA VIII
O coordenador da obra Logradouros de Miracema, engenheiro Luiz Carlos Martins Pinheiro, comunica que já se encontra à disposição dos interessados o volume VIII da referida obra. Para adquirir o novo volume e os demais, deve-se entrar em contato com o coordenador de LM por intermédio do e-mail: mpmemoria@yahoo.com.br . A aquisição do volume pode ser on line e gratuita, um capítulo de cada vez, ou por sedex e impressa, todos os capítulos encadernados: R$30 o preto e branco e R$ 60,00 o colorido.

Neste ano não vai haver cerimônia de lançamento do novo volume, como houve para os demais.

O volume que está sendo lançado abrange 10 logradouros: Rua. Cel. Armando Ribeiro (Santa Teresa); Rua Basileu Menezes (Viradouro); Rua Ernani de Souza (Vale do Cedro); Rua José Carlos Moreira Bruno (Caloy); Rua José Dias de Souza (Santa Teresa); Praça José Giudice (Centro); Rua Orlanda de Martino Anversa (Jardim Beverly); Avenida Ricardo do Vale (Rodagem); Rua Scílio Tardin Faver (Vale do Cedro); Rua Tasso Alves Barroso (Vista Alegre).

EU SOU DE MIRACEMA

Foto incluída em 18/02/2018. Autor: Helcio G. Menezes

Eu sou de Miracema, do centro e da periferia. Eu sou dali do Ferreira da Luz, onde os excluídos da sociedade, denominados pelos engomados de “bad boys”, pulavam o muro para filar merenda dos alunos na hora do recreio. Eu sou dali do Solange Moreira, onde o viveiro de pássaros do seu Edgar fazia mais minha cabeça que o caderno de caligrafia.

Sou dali do Jardim Dona Ermelinda: da bola de gude na búlica e no mata-mata, do rodar pião, do labirinto com finca, do pular carniça, do pique-bandeira, do jogo de amarelinha, do pique-esconde no entorno do coreto da praça Ary Parreiras, das peladas do rinque, “marraio”, “estrelinha”.

Eu sou do catecismo da dona Áurea, do beijar a mão do padre para ganhar bola de gude colorida holandesa. Sou do álbum de figurinhas Marcelino Pão e Vinho.

Sou da rua: do correr do Paroquena "Pé Redondo", do pegar cana-de-açúcar no caminhão andando, do pular muro alheio pra catar fruta, do jogar bafo-bafo com figurinhas na calçada, do moer vidro no trilho do trem para fazer cerol e do colocar gilete na rabiola do papagaio, do pegar cigarra na primavera, do caçar rã e pescar no verão.

Eu sou daqueles que tomava óleo de fígado de bacalhau (Emulsão Escoth), Biotônico Fontoura e leite de magnésio Philips, todo ano, e frequentava a benzedeira para curar torção proveniente de queda da goiabeira.

Eu sou do leite de vaca direto da fonte: o leiteiro do pecuarista parava o burro carregado com dois latões de leite na frente da sua porta para que você trouxesse vasilha e comprasse o leite de cada dia. Dessa forma também funcionava o verdureiro, o fruteiro, a doceira.

Sou do pegar coleirinho nos campos verdejantes nos verões do Departamento de Café, e de soltar tiziu que caísse no alçapão. Para quem não sabe, tiziu é o pássaro da foto acima que do poleiro dá pulo ou cambalhota no ar para piar.

Sou do banho de ribeirão: na Usina, no Sombreiro, no Moura, na Lagoa Preta ...

Sou dos cinemas Sete e Quinze, e do cineminha do José de Assis.

Eu sou do colégio da dona Lídia Coré, onde os desatentos não tinham a menor chance para isso.

Sou do Colégio Miracemense, corneteiro da sua banda marcial e peladeiro, ruim de bola, nos finais de tarde, do seu campo de futebol.

Sou do Tiro de Guerra 01-217, monitor nº 20, cuja sede ficava em frente da prefeitura de Miracema.

Eu sou de Miracema.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pisa - Os dois Brasis
A nova rodada do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) confirma: há dois Brasis. O Brasil das escolas particulares, com 502 pontos, bem próximo à média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e o das escolas públicas, com média de 387 pontos, na rabeira do mundo. Isso significa que o aluno médio de 15 anos de idade daqueles países encontra-se quase três séries escolares à frente dos alunos de nossas escolas públicas. E que metade dos brasileiros dessa faixa etária nem sequer entende o que lê. A outra metade foi apenas um pouquinho além disso.

Houve avanços no País? Sim. E possivelmente se devem à progressão do fluxo escolar: hoje temos mais jovens de 15 anos no ensino médio, e isso pode explicar grande parte da evolução dos resultados. Mas estamos bem? Não. Estamos muito mal. Houve surpresas nos resultados? Talvez. O desempenho das escolas públicas nas diversas Unidades da Federação (UFs) reproduz as diferenças regionais. Como as amostras foram tomadas dentro de cada uma dessas unidades, é prematuro fazer inferências sobre as escolas privadas ou comparações entre as UFs.

É patente que falhamos e continuamos falhando no essencial. Não fizemos uma reforma educacional digna do nome. Temos boas intenções e o esboço de uma mobilização social ainda capenga e fortemente atrelada ao Estado. Há boas ideias e iniciativas interessantes aqui e ali, algumas com os elementos certos para quem desejar fazer uma reforma educativa para valer. Mas não há proposta - nos planos federal, estadual ou municipal - consistente e contendo as condições necessárias e suficientes para mudar o quadro.

Continue lendo aqui. As informações são do O Estado de São.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FLUTUAÇÃO DE EMPREGOS FORMAIS NOS MUNICÍPIOS DO NOROESTE FLUMINENSE
Novembro/2010
Em novembro de 2010 houve 253 admissões de empregos nos municípios do Noroeste contra 75 desligamentos, no saldo das contratações/desligamentos de cada município.

Os municípios que mais admitiram empregados no saldo daquele mês foram: Itaperuna (126), Bom Jesus do Itabapoama (67) e Miracema (23), enquanto os que mais desligaram no saldo foram: Cambuci (45), Italva (13) e São José de Ubá (9).

No acumulado janeiro a novembro de 2010, o Noroeste apresentou um saldo de 2.155 admissões contra 29 desligamentos. Itaperuna foi o município que mais admitiu trabalhadores, 975, seguido por Bom Jesus do Itabapoama, 273, Santo Antônio de Pádua, 241, Itaocara, 146, e Miracema , 103. São José de Ubá e Laje do Muriaé apresentaram, respectivamente, desligamentos de 26 e 3 trabalhadores.
Fonte: CAGED/MTE

domingo, 19 de dezembro de 2010

MIRACEMA NO CONTEXTO DO NOROESTE FLUMINENSE
De acordo com as análises estatísticas postadas na página Noroeste Fluminense em Números deste blog, Miracema apresenta os seguintes números no ranking da região:

Área territorial, segundo o IBGE – 7ª posição no ranking, com 5,64% do território da região.

População 2010 divulgada pelo IBGE – 4ª posição no ranking, com 8,45% da população do NOF.

Concentração da população na zona urbana, segundo o censo IBGE 2010 – 2ª colocação no ranking, com 92,1% da população residindo na zona urbana.

PIB 2007 divulgado pelo IPEA - 5° lugar no ranking, detendo 6,09% do PIB do NOF.

Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) 2007, que calcula o grau de bem-estar das cidades brasileiras com base em três indicadores: emprego e renda, educação e saúde – 6° lugar no ranking.

IDH 2000 – 7° lugar no ranking, apresentando o IDH 0,733.

Acesso a rede geral de esgotos, segundo CPS/FGV a partir dos microdados do Censo/IBGE 2000 – 2° lugar no ranking.

Empregos formais em agosto de 2010, segundo o MTE – 4ª posição no ranking, apresentando 6,69% dos empregos formais da região.

Salários e outras remunerações pagos em 2009, segundo o Cadastro Geral de Empresas – 4° lugar no ranking, com 6,64% dos salários/outras remunerações pagos na região.

Número de famílias atendidas pelo Bolsa Família em 2008, segundo o IPEA – 4° lugar no ranking, com 8,76% das famílias atendidas na região.

Principais produções de Miracema na Lavoura Permanente em 2009, segundo o IPEA – Coco: 2° lugar no ranking, com 18,68% da produção da região. Goiaba: 2ª posição no ranking, com 18,16% da produção da região.

Principais produtos de Miracema na Lavoura Temporária em 2009, segundo o IPEA – Cana-de-açúcar: 4° lugar no ranking, com 6,84% da produção na região. Arroz: 6° lugar no ranking, com 9,57% da produção na região.

Produção de leite em 2009, segundo o IPEA – 8° lugar no ranking, com 6,24% da produção na região.

Rebanho de bovinos em 2009, segundo o IPEA – 7ª colocação no ranking, com 6,42% do rebanho da região.

Alunos com idade superior a recomendada no ensino fundamental em 2008, segundo o MEC/INEP – 1° lugar no ranking, com 32,5% de alunos com idade acima da recomendada.

Alunos com idade acima da recomendada no ensino médio em 2008, segundo o MEC/INEP - 3º lugar no ranking, com 43,8% dos alunos com idade superior a recomendada.

Ocorrências impactantes observadas com frequência no meio ambiente nos últimos 24 meses – 2008, segundo o IBGE (Perfil Municipal) – 2° lugar no ranking, com 8 itens negativos em 11.

Unidades de serviço de saúde em 2009, segundo o IBGE – Públicas: 8° lugar no ranking, com 5,66% das unidades públicas da região. Particulares: 4ª posição do ranking, com 11,11% das unidades privadas da região.

Assistência médica à gestante em 2008, segundo o MS/DATASUS – 3ª colocação no ranking, com 80,6% de gestantes com 7 ou mais acompanhamentos pré-natais.

Inserção da mulher no mercado de trabalho em 2008, segundo o MTE/RAIS – 9ª colocação no ranking, com 40,8% das mulheres inseridas no mercado de trabalho.

Rendimento feminino em relação ao masculino no mercado de trabalho em 2008, segundo o MTE/RAIS – 5° lugar no ranking, com 98,9% do rendimento masculino.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Nesta época, é preciso redobrar a atenção na hora de sacar dinheiro ou usar a internet
A grande movimentação em lojas e bancos por causa das compras de fim de ano pode favorecer a ação de infratores oportunistas. Por isso, as precauções contra fraudes e outros crimes devem ser redobradas, de acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que relacionou alguns cuidados para evitar transtornos; inclusive quanto ao uso da internet e de caixas eletrônicos.

A Febraban lembra que os bancos investem de forma sistemática na segurança das agências e das transações eletrônicas, mas recomenda que o usuário também adote alguns cuidados. Principalmente às vésperas do Natal, quando a milhões de consumidores vão às compras dispostos a enfrentar a aglomeração das lojas e, mais recentemente, as ofertas do comércio eletrônico na internet.

Como a criatividade criminosa não tem limites, a Febraban ressalta que até mesmo um aparentemente inofensivo e-mail de Feliz Natal pode trazer transtornos, como o transporte de vírus. A recomendação é para não abrir e-mails sem que se tenha absoluta certeza de que a procedência é confiável.

Antes de fazer compras em lojas online, o usuário deve verificar se o computador a ser utilizado está com os programas antivírus atualizados. Também deve evitar páginas desconhecidas e arriscadas e só fazer transferência de arquivos (downloads) das lojas que o consumidor tem certeza de que são confiáveis. Por isso, não é recomendável fazer operações bancárias e compras em computadores de uso público, como em lan houses e no ambiente de trabalho.

Outra dica é verificar se o endereço do site acessado começa com https:// (diferente de http:// nas conexões normais), pois a letra s antes dos dois pontos indica que a conexão é segura. Alguns navegadores podem ainda incluir outros sinais, como o ícone de cadeado fechado.

O comércio trabalha muito com cheque pré-datado, e é sempre bom lembrar que os cheques têm validade de apenas seis meses. Portanto, o lojista deve ficar atento ao preenchimento das datas em que deverão ser depositados.

Quanto ao uso do cartão de crédito, a Febraban lembra que cartão e senha devem andar sempre separados. O ideal é o consumidor memorizar a senha, mas se ele não conseguir, que leve a anotação da senha longe do cartão. Outra dica muito batida, mas de extrema eficiência, é a de não aceitar - nem pedir - ajuda de estranhos nos caixas de autoatendimento dos bancos.

Deve-se também evitar saques de valores elevados nas agências ou caixas eletrônicos para não correr risco de assalto na saída do banco. Se houver necessidade de fazer pagamentos elevados, utilize DOC ou TED, que são mecanismos de transferência eletrônica de valores. O ideal, segundo a Febraban, é sacar pequenas quantidades de dinheiro e, de preferência, em lugares movimentados.

Outros cuidados básicos são encobrir o teclado na hora de digitar a senha; se o caixa eletrônico engolir o cartão, comunique ao banco imediatamente, pois é indício de que o caixa pode ter um dispositivo clandestino de clonagem de senhas; e se desconfiar da aparência do caixa eletrônico não o utilize. Procure, antes, um funcionário da agência ou ligue para o banco.

As informações são da Agência Brasil – repórter Stênio Ribeiro, edição Vinicius Doria.
Inventário sobre florestas brasileiras é lançado
Mapeamento dará subsídios para elaboração de políticas públicas do clima, de biodiversidade e de uso sustentável das florestas

O Serviço Florestal Brasileiro lançou ontem (16/12) o Inventário Florestal Nacional, que vai levantar dados das florestas do país para construir um retrato geral dessas áreas. Durante 2011, equipes de pesquisadores, estudantes e engenheiros florestais vão percorrer 20 mil pontos amostrais. Os principais aspectos a serem analisados são: o diâmetro e a altura das árvores, o número de árvores com diâmetro acima de 10 centímetros, a condição fitossanitária (saúde) das árvores, o tipo de solo, a quantidade de matéria orgânica morta, os vestígios de exploração florestal e o tipo de relevo.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o mapeamento vai dar subsídios para a elaboração de políticas públicas do clima, de biodiversidade e de uso sustentável das florestas. "Isso vai permitir que a gente conheça não só a nossa biomassa aérea e subterrânea, mas que conheça os estoques de carbono, o status de conservação da biodiversidade na parte de flora.

Então, é mais um avanço na política nacional de meio ambiente. O inventário é instrumento absolutamente estratégico para um país como o Brasil", afirmou a ministra.

A cada cinco anos

O inventário, que será feito a cada cinco anos, também vai coletar informações sobre as famílias que vivem a até dois quilômetros do ponto de amostragem. O questionário vai avaliar também o uso ou não de produtos madeireiros (óleos, cascas e cipós, por exemplo), percepção pessoal sobre as florestas e o conhecimento sobre legislação florestal.

Para o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, conhecer o estado das florestas brasileiras é essencial para analisar o impacto das mudanças no clima. "O mundo inteiro quer saber o que está acontecendo nas florestas em função das mudanças climáticas. As florestas são uma das respostas ao processo de mudança climática. Sabendo a qualidade e a quantidade das florestas, podemos saber a biomassa, o carbono estocado, e tudo isso é fundamental para termos boas políticas públicas no país", explicou Hummel.

As informações são do Portal ODM.

Veja o post QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE NO NOF - OCORRÊNCIAS IMPACTANTES OBSERVADAS COM FREQUÊNCIA NO MEIO AMBIENTE NOS ÚLTIMOS 24 MESES – 2008

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PASSARADA CLICADA ONTEM E HOJE EM MIRACEMA
Anu-branco, freirinha, canário-da-terra-verdadeiro, savacu e gavião-carrapateiro.
FOTO ANTIGA

Vamos identificar os personagens da foto?

A casa ao fundo era o Hotel Assis. A foto é do Dr. Maurício Monteiro.

1 - José (do Rádio)
2 - Altair Tostes
3 - Marcelino Pereira Tostes
4 - Adumont Monteiro
5 - Boanerges Silveira
6 - Basileu Menezes
7 - Dr. Jucy Rui Granato
8 - Bruno de Martino
9 - Palhes
10 - Nacib Gandu
11 - Chardin El Kik
12 - Chicrala Amim
13 - Jovelino (Dentista) Novaes Assinos
14 - Nicinha Junqueira (esposa do Dr. Moacir Junqueira)
15 - Alfredo (Nenem) Mercante
16 - Emerenciana Junqueiro Botelho Tostes (mãe do Dr. Marcelo Botelho Tostes)
17 - Maria Amim (ou Maria Gandu)
18 -
19 -
20 -
21 - Nélia Botelho Tostes (esposa do Altair Tostes)
22 - Rute de Oliveira
As crianças:
23- Luiz Delco Junqueira
24-
Taxa de desemprego é a mais baixa desde 2002
A taxa de desemprego em novembro chegou a 5,7% - a mais baixa desde o início da série histórica em 2002, segundo dados divulgados hoje (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês, o número de desempregados também atingiu o menor patamar dos últimos oito anos.

De acordo com a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), a queda da taxa de desemprego em relação ao mês de outubro (6,1%) foi de 0,4 ponto percentual. Em relação ao mesmo mês de 2009, ano da crise financeira internacional, a redução foi mais acentuada, de 1,7 ponto percentual.

De um mês para o outro, a população desocupada diminuiu 5,9% e fechou o mês de novembro em 1,359 milhão, em números absolutos. Frente a novembro de 2009, a redução foi de 20,7% ou 354 mil desempregados a menos, segundo a pesquisa.

Em novembro, a população ocupada ficou estável (22,4 milhão) na comparação com o mês imediatamente anterior. Mas em relação ao mesmo mês do ano passado, o crescimento foi de 3,7% ou 795 mil postos de trabalho.

Já o rendimento médio real dos trabalhadores nas seis principais regiões metropolitanas do país teve uma pequena queda (0,8%) em relação a outubro e fechou novembro em R$ 1.516. O valor representa alta de 5,7% frente a novembro do ano passado.

A PME avalia a situação do mercado de trabalho nas regiões do Rio de Janeiro, de São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Porto Alegre.

As informações são da Agência Brasil – repórter Isabela Vieira , edição Lílian Beraldo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Impacto em Assembleias e Câmaras de Vereadores deve chegar a R$2 bi/ano Justificar
O impacto financeiro do reajuste de 61,8% aprovado ontem para os subsídios dos deputados federais poderá ser de quase R$2 bilhões por ano nas contas dos estados e municípios. Isso acontecerá, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), se as Assembleias Legislativas dos 26 estados e do Distrito Federal e mais as Câmaras de Vereadores de todos os municípios aprovarem projetos reajustando seus subsídios pelo teto constitucional.

O artigo 27 da Constituição limita as remunerações dos deputados estaduais a 75% do salário dos federais. E o artigo 29 vincula a remuneração dos vereadores aos salários dos deputados estaduais, variando de 20% a 75%, de acordo com a população.

O aumento não é automático. Depende de aprovação de projetos nos legislativos. Sendo que a Constituição veda o aumento de salários para a mesma legislatura. O que significa que as Assembleias têm até o final deste ano para aprovar reajustes para os deputados estaduais que tomam posse no início de 2011. E as Câmaras de Vereadores só poderão aprovar esse aumento no final de 2012, ano da eleição municipal, valendo somente para os que tomarem posse no início de 2013.

Atualmente, segundo os dados levantados pela CNM, em praticamente todos os estados o salário dos deputados corresponde ao teto constitucional - 75% do salário do deputado federal. Só no Rio Grande do Sul o subsídio é um pouco menor.

Na hipótese de o aumento do teto ser integralmente empregado para os deputados estaduais, o impacto na folha de pagamento das Assembleias poderá ser de até R$128,7 milhões por ano. No caso do Rio, segundo a CNM, o custo adicional com deputados será de R$8,7 milhões/ano. Já no caso dos vereadores, o impacto total estimado é de R$1,8 bilhão, se o teto permitido for aplicado por todas câmaras. A Confederação chegou a esse cálculo com base no número de vereadores eleitos em 2008.

As informações são do O Globo.
SITUAÇÃO SOFRE DERROTA NO LEGISLATIVO DE MIRACEMA
O vereador André Band, preterido pela situação, mudou de lado e mostrou grande articulação política ao vencer, com o apoio da oposição e do companheiro de chapa Paulinho Azevedo (PDT), a eleição para presidente da Câmara de Vereadores de Miracema.

O legislativo de Miracema passa a ter a formação: Presidente - André Band; Vice-Presidente - Paulo César da Cruz Azevedo; 1º Secretário - Sérgio Terra Rocha (PV); e 2º Secretário - Manoel Sérgio (PV).

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Número de partos cai, principalmente entre jovens de 15 a 24 anos
Os dados do Ministério da Saúde mostram que as brasileiras estão tendo menos filhos, especialmente as adolescentes. O número de partos caiu de 3,2 milhões para 2,9 milhões entre 2000 e 2008, sinônimo de mais planejamento familiar e uso de contraceptivos. Nada menos que 93% dessa queda se deu entre as mães de 15 a 24 anos. Apesar da retração, a fecundidade ainda é precoce no país: 20% dos partos ocorre entre mulheres de 15 a 19 anos, e 29%, de 20 a 24.

- Isso se refere a uma série de medidas de acesso a informação, acesso a métodos anticoncepcionais, apesar da resistência de setores conservadores ainda existentes na sociedade brasileira - destacou o ministro José Gomes Temporão.

Só houve aumento nos nascimentos na Região Norte (8,2%). Para o governo, isso não se deve a crescimento real, mas a melhorias no sistema de notificações. No Sul, houve a maior redução (17,7%). A despeito das políticas públicas, cresce a proporção de cesarianas. Elas eram 38% dos partos em 2000 e, em 2007, 47%. Nessas intervenções, é maior a concentração de bebês abaixo do peso ideal (2,5 quilos).

- Isso traz indícios de que estão ocorrendo cesarianas antes do tempo - disse o diretor do Departamento de Análise de Situação de Saúde, Otaliba Libânio Neto.

Doenças crônicas são a causa de 70% das mortes

Segundo ele, o crescimento se dá nos serviços bancados por planos. Além do interesse de médicos e hospitais em fazer a intervenção, mais cara, as mulheres receiam dor no parto normal e de mudanças estéticas.

- Há uma iniciativa do ministério de trabalhar para a redução - informa Libânio.

Continue lendo aqui. As informações são do O Globo.
Produção de café é um dos destaques do agronegócio brasileiro em 2010
Mesmo com uma pequena redução na área plantada, a produção de café alcançou 48,1 milhões de sacas na safra 2009/2010, aumento de 21,9% em relação ao ciclo anterior, quando foram colhidos 39,5 milhões de sacas. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou hoje (14) o quarto e último levantamento da safra de café, além da bianualidade, que leva o produto a ter ciclos anuais de alta e de baixa produtividades, o clima favorável também ajudou os cafeicultores.

A produção deste ano é a maior desde 2003, quando foram colhidos 48,4 milhões de sacas. Segundo o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, o Brasil é o único exportador de café arábica no mundo com produção crescente. Com a quebra da safra de outros grandes produtores mundiais, como a Colômbia, o país está garantindo o abastecimento do mercado cafeeiro mundial.

“Alcançamos um volume recorde de exportações, numa safra que também foi bastante significativa, o que vai consolidando a posição brasileira de líder no mercado mundial”, afirmou Bertone. Do total produzido nesta safra, 32,5 milhões de sacas foram destinados à exportação, segundo o Ministério da Agricultura.

O secretário avaliou que 2010 foi um ano positivo para produtores e empresas, pois os preços melhoraram já no início da safra. “Os agricultores estão mais propensos aos investimentos do que no passado, o que significa que os preços atuais começam a superar os custos de produção”. Ele também ressaltou a importância da aceitação, recente, do café brasileiro na Bolsa de Nova York, como reconhecimento da qualidade internacional.

O café tipo arábica representa 76,6% da produção brasileira, com 36,8 milhões de sacas, enquanto o conilon, ou robusta, tem 23,4% (11,3 milhões de sacas). Minas Gerais lidera a produção nacional (52,3%), com 99% do tipo arábica. O Espírito Santo vem em seguida, com 21,3% do total concentrados em café conilon.

A área plantada na safra 2009/2010 ficou 16,3 mil hectares menor (-0,8%) em relação à safra anterior. De acordo com a Conab, 90,7% estão em produção, enquanto o restante está em formação e ainda não entrou no ciclo produtivo. A pesquisa foi feita pela estatal, entre 8 de novembro e 3 de dezembro, nos principais estador produtores, como Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia.

As informações são da Agência Brasil – repórter Danilo Macedo, edição Vinicius Doria

Boa notícia para os maiores produtores de café do Noroeste Fluminense: Varre-Sai, Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoama, que em 2009 produziram 96,31% do café na região.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

PÁSSAROS REGISTRADOS NO CALORZÃO DE ONTEM EM MIRACEMA






Carcará, asa-branca, gavião-caboclo, freirinha e maria-faceira.
Bolsa Família tem que ser revisto para que país acabe com miséria, defendem economistas
O principal programa social do governo federal, o Bolsa Família, terá de ser modificado e ampliado se a presidenta eleita Dilma Rousseff quiser cumprir a promessa de erradicar a miséria. Esta é a avaliação dos especialistas em pobreza ouvidos pela Agência Brasil: Marcelo Neri, da Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Ricardo Paes e Barros, também do Ipea.

Pochmann recomenda que o Bolsa Família suba de status e deixe de ser um programa ministerial e para tornar-se uma política regulamentada em lei, como acontece, por exemplo, com o seguro-desemprego. Para ele, a extinção da indigência força a ampliação do volume de recursos e do universo de pessoas beneficiadas. “É preciso dar acesso às famílias na medida em que se cadastra [as famílias]. Há famílias que estão cadastradas, mas não são beneficiadas”, lembra.

Além de ampliação e agilidade, o presidente do Ipea sugere integração dos programas sociais. “Nós estamos entrando no núcleo duro da pobreza, o que é um pouco mais difícil. Será preciso adotar ações mais articuladas e mais integradas, um painel de ações direcionado para esse núcleo”, avalia.

Marcelo Neri sugere o “Bolsa Família 2.0”. Segundo ele, “os frutos mais baixos já foram colhidos. Agora é preciso colher os frutos mais altos”. Fazendo a mesma analogia, o economista sugere a manutenção da “máquina colheitadeira” do Bolsa Família, que atingiu um quarto da população com custo de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), e também “um trabalho mais artesanal”, o que significa gastar mais com alguns segmentos beneficiários por meio de outros programas sociais

Para Ricardo Paes e Barros, o Bolsa Família não erradica a miséria, mas alivia. Por isso, precisa ser ampliado e tornar-se “uma cesta de oportunidades”. Para o economista, “hoje o programa apenas transfere renda para a família. Pode servir, no futuro, como porta de entrada prioritária dessas famílias na política social brasileira”, disse, referindo-se à educação infantil, à qualificação profissional, ao acesso ao crédito financeiro e ao apoio na comercialização de produtos agrícolas.

Paes e Barros sugere uma ação “customizada” e que o programa tenha agentes sociais locais que possam visitar as famílias e verificar o que precisam. “O agente, sendo conhecedor da política social local, vai ser capaz de oferecer o que deve estar disponível para aquela família, naquela comunidade, de maneira integrada. Não adianta atender a criança e não atender a mãe.”

De acordo com o economista, o fim da extrema pobreza depende mais de ações locais e básicas. “O caminho do Brasil tem sido esse. As políticas de assistência social básica, de saúde básica e de todos os outros ministérios tendem a ser municipais. Só deixa de ser municipal quando passa a ser uma coisa de mais complexidade. O que as famílias mais pobres precisam para sair da pobreza são serviços de baixa complexidade e de alta qualidade. Precisam de uma escola básica de boa qualidade, precisam de atenção básica de alta qualidade”, exemplifica.

O especialista ainda comentou que o Bolsa Família tem dois defeitos: “não chega a algumas famílias a que deveria chegar, e chega a outras a que não deveria chegar. Tem falha de cobertura e falha de focalização. Se nós trabalharmos melhor na focalização, vamos liberar vagas para ter melhor cobertura. Se melhorarmos o sistema de seleção, podemos cobrir os que estão de fora sem aumentar o tamanho do programa”.

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) estima que existam ainda 3 milhões de pessoas a serem incluídas no Bolsa Família.

As informações são da Agência Brasil – repórter Gilberto Costa, edição Andréa Quintiere