Estudo analisa tipos de pastagem para melhorar produção leiteira
Edital da Faperj financiará duas espécies diferentes de pastagem
A pecuária brasileira se baseia, em grande parte, na utilização de pastagens como fonte de alimento para os animais ganharem o tamanho e peso adequados, seja para procriação, abate, ou produção de leite e derivados. Como sabem os pecuaristas, quanto melhor o capim, maior o ganho de peso dos animais. Com apoio do edital de Apoio a Agropecuária, da Faperj, será possível escolher a melhor alternativa para o tipo de criação.
O zootecnista Sergio Trabali Camargo Filho, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), coordena um projeto para estudar duas espécies exóticas de pastagem, Cynodon nlemfuensis e Digitaria swazilandensis, conhecidas popularmente como capim estrela e capim suázi, respectivamente. O objetivo é gerar conhecimento que contribua para aumentar a produção leiteira e melhorar as condições de reprodução.
Como explicou o pesquisador, duas características da pastagem são essenciais para determinar a escolha da planta a ser utilizada como pasto: a taxa de crescimento do capim sob as condições ambientais do local e seu valor nutritivo no momento do pastejo. Embora o assunto esteja sendo estudado em outros projetos e com diferentes gramíneas, a novidade desta pesquisa é a utilização da radiação solar para garantir que o capim-estrela e o suázi atinjam a taxa máxima de crescimento. Segundo o zootecnista, esse manejo promove uma alta produção de pastagem com elevado valor nutritivo.
O elevado valor nutritivo, ou seja, a alta qualidade do pasto pode ajudar a diminuir a idade ao primeiro parto das novilhas (animais jovens) e, ao fim de cada gestação, antecipar o próximo cio das vacas.
- Para isso, nós analisamos o efeito das estações do ano sobre as taxas de aparecimento e crescimento de folhas após os animais terem pastado para estimar a produtividade e o valor nutritivo de cada uma delas - disse.
Segundo Sérgio, os estudos mostram que o capim estrela foi mais produtivo – se garante maior quantidade de alimento, porém menos nutritivo – enquanto que o capim suázi foi mais nutritivo – fornece menor quantidade de alimento, mas com alto valor nutritivo. Já se sabe também que, quando bem manejadas, as duas espécies reúnem características que permitem elevada produção por animal e por área, quando comparadas às espécies nativas.
- Essas informações são importantes porque o produtor pode escolher, de acordo com sua necessidade e a época do ano, o melhor tipo de pastagem para colocar seus animais. Para o rebanho geral ou categorias menos exigentes, é melhor um capim que forneça mais massa, garantindo que todos os animais se alimentem. Já as categorias de animais mais exigentes ou os debilitados devem ser privilegiados com um pasto plantado com a espécie mais nutritiva, que faz os animais se desenvolverem melhor - exemplificou o pesquisador.
Para Sergio, o grande objetivo do projeto é obter resultados que possam servir para difundir uma nova filosofia de manejo das pastagens do Rio de Janeiro, contribuindo para o aumento da produção e da renda dos pecuaristas. Segundo o pesquisador, dados da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro apontam que a degradação das pastagens fluminenses, em grande parte composta por pastagem degradada, faz com que haja um baixo rendimento pecuário. Nos rebanhos destinados a corte, por exemplo, o acúmulo de massa corporal é próximo a 0,3 kg/animal/dia, quando o satisfatório seria 0,75 kg/animal/dia enquanto que a produção leiteira está por volta de 2,2 kg leite/vaca/dia, quando seria satisfatório um mínimo de 10,0 kg leite/vaca/dia.
O zootecnista destacaou que tanto as vacas estudadas no projeto que pastaram no capim estrela quanto as que pastaram no capim suázi, quando comparadas com a média observada no estado, apresentaram a significativa melhoria dos índices zootécnicos observados.
- Enquanto uma novilha fluminense, atinge de 300 a 330 kg de peso ideal, por exemplo, para a primeira inseminação em torno dos 30 meses de idade, nossas novilhas – tanto as que pastaram no capim suázi quanto no estrela – atingiram esse peso, respectivamente, aos 20 e 22 meses - disse.
Fonte: Imprensa RJ
O zootecnista Sergio Trabali Camargo Filho, da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), coordena um projeto para estudar duas espécies exóticas de pastagem, Cynodon nlemfuensis e Digitaria swazilandensis, conhecidas popularmente como capim estrela e capim suázi, respectivamente. O objetivo é gerar conhecimento que contribua para aumentar a produção leiteira e melhorar as condições de reprodução.
Como explicou o pesquisador, duas características da pastagem são essenciais para determinar a escolha da planta a ser utilizada como pasto: a taxa de crescimento do capim sob as condições ambientais do local e seu valor nutritivo no momento do pastejo. Embora o assunto esteja sendo estudado em outros projetos e com diferentes gramíneas, a novidade desta pesquisa é a utilização da radiação solar para garantir que o capim-estrela e o suázi atinjam a taxa máxima de crescimento. Segundo o zootecnista, esse manejo promove uma alta produção de pastagem com elevado valor nutritivo.
O elevado valor nutritivo, ou seja, a alta qualidade do pasto pode ajudar a diminuir a idade ao primeiro parto das novilhas (animais jovens) e, ao fim de cada gestação, antecipar o próximo cio das vacas.
- Para isso, nós analisamos o efeito das estações do ano sobre as taxas de aparecimento e crescimento de folhas após os animais terem pastado para estimar a produtividade e o valor nutritivo de cada uma delas - disse.
Segundo Sérgio, os estudos mostram que o capim estrela foi mais produtivo – se garante maior quantidade de alimento, porém menos nutritivo – enquanto que o capim suázi foi mais nutritivo – fornece menor quantidade de alimento, mas com alto valor nutritivo. Já se sabe também que, quando bem manejadas, as duas espécies reúnem características que permitem elevada produção por animal e por área, quando comparadas às espécies nativas.
- Essas informações são importantes porque o produtor pode escolher, de acordo com sua necessidade e a época do ano, o melhor tipo de pastagem para colocar seus animais. Para o rebanho geral ou categorias menos exigentes, é melhor um capim que forneça mais massa, garantindo que todos os animais se alimentem. Já as categorias de animais mais exigentes ou os debilitados devem ser privilegiados com um pasto plantado com a espécie mais nutritiva, que faz os animais se desenvolverem melhor - exemplificou o pesquisador.
Para Sergio, o grande objetivo do projeto é obter resultados que possam servir para difundir uma nova filosofia de manejo das pastagens do Rio de Janeiro, contribuindo para o aumento da produção e da renda dos pecuaristas. Segundo o pesquisador, dados da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro apontam que a degradação das pastagens fluminenses, em grande parte composta por pastagem degradada, faz com que haja um baixo rendimento pecuário. Nos rebanhos destinados a corte, por exemplo, o acúmulo de massa corporal é próximo a 0,3 kg/animal/dia, quando o satisfatório seria 0,75 kg/animal/dia enquanto que a produção leiteira está por volta de 2,2 kg leite/vaca/dia, quando seria satisfatório um mínimo de 10,0 kg leite/vaca/dia.
O zootecnista destacaou que tanto as vacas estudadas no projeto que pastaram no capim estrela quanto as que pastaram no capim suázi, quando comparadas com a média observada no estado, apresentaram a significativa melhoria dos índices zootécnicos observados.
- Enquanto uma novilha fluminense, atinge de 300 a 330 kg de peso ideal, por exemplo, para a primeira inseminação em torno dos 30 meses de idade, nossas novilhas – tanto as que pastaram no capim suázi quanto no estrela – atingiram esse peso, respectivamente, aos 20 e 22 meses - disse.
Fonte: Imprensa RJ
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