O Ministério da Saúde distribuiu 16 milhões de
doses da vacina para todo o país. O Estado do Rio recebeu cerca de 1
milhão de doses, que estarão disponíveis nos mais de 2 mil postos de
vacinação espalhados pelos 92 municípios fluminenses. A meta do Ministério da Saúde é imunizar, até o dia 31 de agosto, 12,7
milhões de crianças entre seis meses e cinco anos incompletos, número
que representa 95% do público-alvo. No Estado do Rio de Janeiro, a meta é
vacinar 928.833 crianças. Em 2014, o estado atingiu 98,99% de cobertura
vacinal, superando o estabelecido pelo Ministério.
O
secretário de Saúde, Felipe Peixoto, destacou a importância da vacinação
contra a doença, também conhecida como paralisia infantil.
– Essa
é a 36ª campanha de vacinação contra a poliomielite. É um exemplo de
sucesso porque desde 1990 a doença é considerada erradicada no Brasil.
Por isso, é muito importante que os pais levem seus filhos aos postos de
saúde – disse Peixoto.
O subsecretário de Vigilância em
Saúde, Alexandre Chieppe, explica que a vacina é a forma mais eficaz de
prevenção, uma vez que a pólio não tem tratamento.
– Manter
coberturas vacinais elevadas é essencial para que não voltemos a ter
casos de poliomielite no Brasil. A doença é causada pelo poliovírus e a
infecção acontece, principalmente, por via oral. Na maioria dos casos,
não há evolução a óbito, mas a criança pode adquirir sérias lesões que
afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível,
principalmente nos membros inferiores – afirmou.
A
campanha de vacinação também será uma oportunidade para que os pais
coloquem em dia a caderneta de vacinação dos pequenos. Os profissionais
de saúde vão avaliar o documento, chamando a atenção dos responsáveis
para vacinas que estão vencendo ou em atraso. As vacinas oferecidas
protegem contra tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche,
caxumba, varicela, meningites, febre amarela, hepatites, difteria e
tétano, entre outras.
Contraindicações - Recomendada pela OMS, a vacina é extremamente segura e protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. A vacina não tem contraindicações e é recomendada, até mesmo, para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia. Já, para crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina, o Ministério da Saúde recomenda aos pais que consultem um médico para avaliar se a imunização é indicada. Crianças com problemas imunológicos e submetidas a transplante de medula óssea devem ser orientadas para a vacinação nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie). Crianças que estão iniciando o esquema vacinal devem ser imunizadas com vacina inativada poliomielite (VIP injetável), aplicada aos dois e quatro meses de idade.
Poliomielite no mundo –
Livre da doença há 26 anos, o Brasil recebeu em 1994, da Organização
Pan-Americana de Saúde (OPAS), a Certificação de Área Livre de
Circulação do Poliovírus Selvagem em seu território. Entretanto, nove
países registraram casos em 2014 e 2015 (Nigéria, Paquistão,
Afeganistão, Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria e
Etiópia).
Com informações da Imprensa RJ
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