sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Subprodutos do maracujá produzidos no Norte e Noroeste Fluminense fazem sucesso

Biscoitos e cosméticos dos resíduos do maracujá
Foto: Soraya Pereira
Resultado de parceria público-privado, a indústria Extrair Óleos Naturais utiliza as sementes de maracujá, provenientes de resíduos de indústrias de sucos e polpas do Norte Fluminense, para extração de óleo de alta qualidade. Recentemente, a indústria recebeu o Prêmio CREA-RJ de Meio Ambiente 2014, em reconhecimento pelo trabalho ligado à sustentabilidade da cadeia produtiva do maracujá no Rio de Janeiro. Também aprovou mais um projeto de inovação junto à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) para ampliação e automatização de sua linha de produção, visando o aproveitamento de outro resíduo: o farelo derivado da prensagem da semente, resultante da extração do óleo. Esse farelo desengordurado possui alto valor nutricional, podendo ser utilizado na fabricação de pães, biscoitos, sorvetes, caldas e recheios na indústria alimentícia. Como cerca de 70% do maracujá é composto por casca e semente, estima-se que a indústria fluminense possa gerar um desperdício e um impacto ambiental de cerca de 40 mil toneladas por ano, caso esses resíduos não sejam aproveitados. 
 
Inaugurada em 2010, no município de Bom Jesus do Itabapoana (RJ), na divisa com o Espírito Santo, a indústria Extrair já foi agraciada com vários prêmios de renome nacional e internacional, além de ser considerada em 2013, pela Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) e pelo Instituto Ethos, um caso de sucesso. O desenvolvimento de coprodutos de alto valor agregado - como o óleo e o farelo de maracujá para a indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica – pode gerar retorno financeiro maior que a comercialização do suco da fruta, com o benefício adicional da eliminação do passivo ambiental. "Já exportamos para os Estados Unidos, Inglaterra e agora vamos começar a atender uma das maiores indústrias alimentícias do Japão", conta o empresário Sandro Reis, da empresa Extrair.

A torta gerada no processo de extração do óleo é rica em fibras e proteína, e já está sendo incorporada em rações animais e na fabricação de sabonetes. Essa torta, bem como a própria semente, quando beneficiada, também pode ser utilizada no preparo de sorvetes, mousses, entre outros produtos alimentícios. É o que se propõe com o projeto de expansão da indústria, que deve ser concluído em 2015. 

O processamento do maracujá também gera outro subproduto: a casca, que é rica em fibras e pectina. Uma equipe da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) pesquisa formas de beneficiamento da casca da fruta para obtenção de uma farinha nutritiva e funcional para consumo humano.

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Aline Bastos (MTb 31.779/RJ) Embrapa Agroindústria de Alimentos ctaa.imprensa@embrapa.br Telefone: 21 3622-9600
Fonte: Agência de notícias da Embrapa / https://www.embrapa.br/sala-de-imprensa

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