O cooperativismo e o apoio de programas de fomento como o Frutificar estão
fortalecendo a atividade na região.
Não
só no Brasil, mas no mundo inteiro, a banana é a fruta mais consumida, muito
presente na mesa das famílias. De olho neste amplo mercado consumidor,
agricultores do Noroeste Fluminense estão investindo no seu cultivo, com
orientação técnica para a produção de frutos com alta qualidade.
Para possibilitar o acesso dos produtores às técnicas adequadas de manejo, a Cooprofruta (Cooperativa dos Produtores de Fruta da Mesorregião do Itabapoana) promoveu, no início do mês, Dia de Campo sobre a cultura da banana, com foco na pós-colheita, manuseio, embalagem, armazenamento e transporte. Participaram do evento mais de 50 agricultores de toda a região.
Atualmente, no Noroeste fluminense, existem 80 hectares com plantio da fruta financiados e assistidos pelo Programa Frutificar, da secretaria estadual de Agricultura. Desses 60% estão em Porciúncula, e o restante distribuídos por Natividade, Laje do Muriaé, Bom Jesus do Itabapoana, Cambuci e Italva. A produção estimada para 2013 é de 1.800 toneladas de bananas prata e nanica.
- O Frutificar representa uma excelente ferramenta para desenvolver a região. Somente com a banana, o noroeste tem potencial para um crescimento de 500% na área cultivada - afirma Ronaldo Bahiense, gerente regional do programa.
Para
ele, o apoio do Frutificar é importante porque, além do financiamento com juros
de 2% ao ano, trabalha com tecnologia de ponta, dando total assistência ao
produtor. Análise do solo, mudas de meristema, controle fitossanitário, cultivo
irrigado e manejo sustentável criam um perfil favorável à cultura, aumentando a
produtividade e proporcionando maior rentabilidade ao agricultor.
Durante o dia de campo, o professor Carlos Eduardo Magalhães dos Santos, da Universidade Federal de Viçosa, demonstrou no sítio São Sebastião, propriedade de Sérgio Rampazzio, práticas das técnicas de produção. De forma objetiva, os agricultores aprenderam métodos corretos de corte e proteção da banana em todas as etapas do transporte, desde à despenca dos cachos à colocação dos frutos nas caixas que vão para os supermercados.
-
O mercado é exigente. Não bastam as boas técnicas de plantio. O processo da
colheita é fundamental para garantir frutos sadios e bonitos, que atendam às
expectativas dos consumidores - esclareceu Sérgio Rampazzio, produtor rural e
diretor da Cooprofruta, sediada em Porciúncula.
A cooperativa é resultado de um esforço coletivo de diversos parceiros – ministérios da Integração Nacional, do Desenvolvimento Agrário, da Agricultura; secretaria estadual de Agricultura, através dos programas Frutificar e Rio Rural, Emater-Rio; Firjan, Sebrae, Prefeitura, Faerj e Senar.
Com 31 produtores associados, a Cooprofruta conquistou o exigente mercado atacadista e vende cerca de 50 toneladas de banana por mês para supermercados de Campos dos Goytacazes. As portas se abriram com a melhoria da pós-colheita, a padronização, classificação e climatização da fruta.
- No começo os frutos eram recusados, porque não tinham o padrão exigido pelo atacadista. Reunimos os produtores, fizemos capacitações e adotamos as boas práticas - conta o presidente André Luis Vargas Barreto.
Estruturada
a partir de 2005, a cooperativa é equipada com Packing House e câmara fria para
seleção e acondicionamento de frutas, além de caminhões isotérmicos e
frigoríficos, dois tratores, viveiros de mudas e outros equipamentos.
Imprensa RJ
A
tabela com a produção de banana de 2006 a 2010 (último ano disponível no Ipeadata), abaixo, foi acrescentada pelo
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