O bloqueio determinado pela justiça das contas da Prefeitura
de Miracema no valor de R$ 9.046.764,68 para garantir o recebimento pela CAPPS/CAMED
dos repasses que irresponsavelmente deixaram de ser feitos pela prefeitura, pois foram descontados
dos salários dos funcionários, não só vai deixar as finanças do município
insolúveis como também a economia em dificuldades, visto que a prefeitura como a
maior geradora de empregos vem a ser uma grande mola propulsora da economia
local.
Em setembro deste ano, o vereador Hugo Fernandes tornou pública
a planilha abaixo com o valor da dívida, relativa ao período 2013 a agosto de
2014, da prefeitura com a CAPPS/CAMED, além de ter mencionado outras dívidas
não mensuradas da prefeitura com o comércio local. Naquela época a dívida com a
CAPPS ultrapassava R$ 6,4 milhões. Na ação da justiça o valor subiu para mais
de R$ 9 milhões, ou seja, um aumento de mais de R$ 2, 5 milhões em relação ao
valor divulgado pelo vereador. Resta esclarecer a origem deste acréscimo:
dívida com a CAPPS do governo municipal anterior, que nesse caso também não deixa
de ser irresponsável, ou repasses que continuaram a não ser feitos pelo atual
governo?
Como sabemos, Miracema é um município pequeno com diversos
problemas sociais que necessitam de ser resolvidos, ou pelo menos
amenizados. A cidade não pode ser governada como se fosse cidade de porte maior
do que realmente é, mas as evidências vêm mostrando que isso vem ocorrendo. Infelizmente,
são governos que gastam mais do que podem com grandes festejos; querem ser
marcados como o governo que maiores festas fizeram no município. Esta mentalidade
precisa mudar. Aonde foram enfiados no município os mais de R$ 9 milhões que
deveriam estar no caixa da CAPPS?
O gestor público, antes de ser um grande tocador de obras ou
fazedor de festas, deve ser capacitado a gerir as finanças do município, pois
sem este atributo de nada vai adiantar grandes obras ou festas.
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