quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Classes C e D levam supermercados a registrar crescimento de quase 7% nas vendas este ano
Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O volume de vendas nos supermercados brasileiros cresceu 6,8% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período de 2009, quando foi registrado aumento de 2%. O mas faturamento do setor permaneceu estável, segundo informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

“Esse é um sinal de que mais pessoas estão entrando no mercado de consumo. Estão entrando as classes C e D e, por isso, aumenta o volume de vendas. Mas o faturamento não aumenta porque essas pessoas compram produtos de valor mais baixo”, afirmou o presidente da Abras, Sussumu Honda.

As vendas em agosto cresceram 1,2% em relação ao mesmo mês de 2009. Já na comparação com julho, houve redução de 1,4%. Segundo Honda, os resultados são efeito da massa salarial que cresceu 8,8%, indicador que está ligado ao número de empregos gerados este ano.

De acordo com a pesquisa divulgada hoje (29) pela entidade, os itens que mais contribuíram para o aumento do volume de vendas foram bebidas alcoólicas (16,3%) e não alcoólicas (11,1%); alimentos perecíveis (9,2%); limpeza caseira (6,2%); mercearia salgada (5,2%); mercearia doce (3,9%); e higiene e beleza (3,7%).

A cesta de 35 produtos mais consumidos pela população teve, em agosto, queda de preço de 0,27% na comparação com o mês de julho. Com relação a agosto do ano passado, a cesta ficou 4,11% mais cara. As maiores altas ficaram por conta de papel higiênico (4,16%), carne (3,09%) e biscoito maisena (2,85%). Já os produtos que registraram as maiores quedas de preços foram cebola (-27,12%) e batata (-18,17%).

Edição: Vinicius Doria

3 comentários:

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Hélcio

Em matéria de consumismo vamos muito bem.

E de econômia?

O que faz a riquesa de um povo não é o que ele consome, mas sim o que ecomiza.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.

Hélcio Granato Menezes disse...

Luiz Carlos,
Esses dados mostram que uma fatia da população que antes não tinha acesso a esses bens de consumo passaram a ter ou a consumi-los na sua plenitude. Isso porque a economia cresceu e gerou mais empregos e renda.
Abraços, Hélcio

Luiz Carlos Martins Pinheiro disse...

Amigo Hélcio

Não necessariamente. Pode ser apenas por que o consumidor passou a consumir mais, em quantidade e/ou preço, inclusive comprado supérfluos. Veja absurda proliferação de celulares que temos.

Assim também pelas facilidades creditícias e não necessariamente por renda maior.

Só com estes dados não se deve concluir a respeito.

Contudo, nosso comentário foi apenas salientando a nossa fobia pelo consumismo e despreso por economisar, o que leva a gastar mais com crediários e não ter reserva alguma para enfretar qualquer emergência.

Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.