sábado, 19 de novembro de 2011

CENSO 2010: PESSOAS CONSIDERADAS POBRES* DOS MUNICIPIOS DO NOROESTE FLUMINENSE

1. Proporção de pessoas da região residentes em domicílios particulares permanentes com rendimento mensal total domiciliar per capita nominal de até R$ 70,00

Porciúncula detém o maior percentual, com 5%. Em seguida veio São José de Ubá (4,2%), Miracema (3,7%), Cambuci (3,5%), Laje do Muriaé (3%), Bom Jesus do Itabapoana (2,9%), Natividade (2,6%), ... (continue lendo na tabela abaixo).

No Brasil, esta taxa variou conforme a classe do tamanho da população dos municípios, mas todas taxas relativas a municípios de população semelhante aos do Noroeste são superiores (11,2% a 12,1%, sendo que para municípios do porte de Itaperuna foi 7,8%) (ver gráfico abaixo).

2. Proporção de pessoas da região residentes em domicílios particulares permanentes com rendimento mensal total domiciliar per capita nominal de até 1/4 do salário mínimo (= 127,50 R$)

São José de Ubá (20,1%), Varre-Sai (16,9%), Porciúncula (16,3%), Laje do Muriaé (15,2%), Miracema (14,6%),Bom Jesus do Itabapoana e Cambuci (13,6%), ...

No Brasil, esta taxa variou conforme a classe do tamanho da população dos municípios, mas todas taxas relativas a municípios de população semelhante aos do Noroeste, com exceção de Itaperuna, são superiores (27,9% a 25,8%, sendo que para municípios do porte de Itaperuna foi 19,1%).

3. Proporção de pessoas da região residentes em domicílios particulares permanentes com rendimento mensal total domiciliar per capita nominal de até 1/2 salário mínimo (= 255,00 R$)

São José de Ubá (51,3%), Varre-Sai (49,3%), Laje do Muriaé (47,8%),Cambuci (42,6%), Porciúncula (41%), Miracema (40,6%), Bom Jesus do Itabapoana (37,4%), Santo Antônio de Pádua (37%), ...

No Brasil, esta taxa variou conforme a classe do tamanho da população dos municípios. (49,3% a 50,3%, sendo que para municípios do porte de Itaperuna foi 42,4%). As taxas de alguns municípios do Noroeste ficaram acima .

4. Proporção de pessoas da região residentes em domicílios particulares permanentes com rendimento mensal total domiciliar per capita nominal de até 60% da mediana - Brasil total (= 225,00 R$)

São José de Ubá (40,9%), Varre-Sai (39,4%), Laje do Muriaé (37,4%), Porciúncula (33,1%), Miracema (32,1%), Cambuci (32%), Bom Jesus do Itabapoana (29,1%), Santo Antônio de Pádua (27,1%), ...

No Brasil, esta taxa variou conforme a classe do tamanho da população dos municípios, mas todas taxas relativas a municípios de população semelhante aos do Noroeste são superiores (42% a 43,4%, sendo que para municípios do porte de Itaperuna foi 35,6).

População residente em domicílios particulares permanentes e proporção de pessoas residentes em domicílios particulares permanentes, por situação do domicílio e classes selecionadas de rendimento mensal total domiciliar per capita nominal, segundo os municípios do Noroeste fluminense – 2010
Fonte IBGE

Análise do IBGE

Percentual de pessoas consideradas pobres no Brasil é maior nos municípios de médio porte

O Censo 2010 detectou que a incidência de pobreza era maior nos municípios de porte médio (10 mil a 50 mil habitantes), independentemente do indicador analisado *, como mostra o gráfico a seguir.


Enquanto a proporção de pessoas que viviam com até R$ 70 de rendimento domiciliar per capita era, em média, 6,3% no Brasil, nos municípios de 10 mil a 20 mil habitantes esse percentual era o dobro (13,7%), com metade da população nesses municípios vivendo com até ½ salário mínimo per capita. Já nas cidades com população superior a 500 mil habitantes, menos de 2% viviam com até R$ 70 per capita e cerca de ¼ das pessoas vivia com até ½ salário mínimo de rendimento domiciliar per capita.

No meio rural, 21% das pessoas tinham rendimento per capita de até R$ 70, cerca de 39% viviam com até ¼ de salário mínimo per capita e aproximadamente 66% com até ½ salário mínimo per capita.

Entre as capitais, Macapá tinha a maior proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita de até R$ 70 (5,5%) e até ¼ de salário mínimo (16,7%). No Sudeste, o Rio de Janeiro registrou os maiores percentuais de pessoas nessas condições (1,1% e 4,5%, respectivamente).

Os melhores indicadores foram observados em Florianópolis (SC): 0,3% da população com rendimento médio mensal domiciliar de até R$ 70 e 1,3% com até ¼ do salário mínimo.

Do total de quase 16 milhões de pessoas com rendimento e residentes em domicílios com saneamento inadequado, mais de 70% tinham rendimento domiciliar per capita de até ½ salário mínimo. Esse percentual apresenta diferenças significativas entre os portes populacionais, variando de 59,2% nos municípios menores a quase 77% nos municípios de 20 mil a 100 mil habitantes.

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* O Bolsa Família considera extremamente pobres as famílias com renda domiciliar per capita de até R$ 70 e pobres, aquelas com até R$ 140. O Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC-LOAS) beneficia idosos e deficientes com rendimento domiciliar per capita inferior a ¼ de salário mínimo. O Plano Brasil Sem Miséria, recentemente lançado, combina a linha de R$ 70 de rendimento domiciliar per capita com outras dimensões, como falta de saneamento básico. O valor de ½ salário mínimo per capita, por sua vez, é o valor referencial no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal. Já os países europeus, em geral, publicam indicadores de pobreza monetária a partir do valor de 60% da renda mediana nacional.

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