segunda-feira, 29 de maio de 2023

Remanescentes da Mata Atlântica no Noroeste Fluminense aumenta 92 ha em 2022

No período 2013 a 2022 a região perdeu 957 ha de mata nativa 

A preservação de remanescentes da Mata Atlântica que sobraram no Noroeste Fluminense, que conta com apenas 5,53% do território (2022), dos quais dependem os fluxos dos mananciais de águas, são fundamentais pois prestam serviços ambientais importantes como a proteção de mananciais hídricos, a contenção de encostas, a temperatura do solo e a regulação do clima, já que regiões arborizadas podem reduzir a temperatura em até 2º C. 

De acordo com levantamento realizado por SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), disponibilizado no Atlas Municípios, os remanescentes da Mata Atlântica no Noroeste Fluminense recuaram 957 hectares no período 2013 a 2022, o que equivale a cerca de mil  campos de futebol. A maior perda ocorreu em 2015 (-657 ha), em seguida 2014 (-439 ha) e 2017 (-129 ha). Nos anos 2016 e 2018 tiveram ganhos de 129 e 11 ha, respectivamente, em 2019 e 2020 ficaram estáveis, e em 2021 2022 voltou a ter ganho de 36 e 92 ha, respectivamente.



O bioma na região cresceu em apenas dois municípios neste período: Varre-Sai (230 ha) e São José de Ubá (56 ha). Perdas nos demais municípios: Italva (-257), Natividade (-156 ha), Porciúncula (-145 ha), Miracema e Laje do Muriaé (-134 ha cada um), Itaocara (-75), Santo Antônio de Pádua (-68 ha), Bom Jesus do Itabapoana e Aperibé (-66 ha cada um), Itaperuna (-55 ha) e Cambuci (-46 ha).


Varre-Sai detém a maior reserva relativa do bioma na região (11,46%), em seguida Laje do Muriaé (10,25%), (Miracema (9,81%), Cambuci (9,15%), Porciúncula (7,09%), Natividade (5,86%), São José de Ubá (5,03%), Santo Antônio de Pádua (4,06%), Itaperuna (4,01%),  Bom Jesus do Itabapoana (3,96%), Itaocara (2,76%), Italva (2,18%) e Aperibé (0,76%).

Em 2022, o bioma na região registrou aumento de 92 ha, tendo os maiores ganhos de mata nativa em Natividade e Cambuci, 38 e 30 ha, respectivamente. A maior perda foi registrada em Miracema (-8 ha).

Obs.: o levantamento efetuado por SOS Mata Atlântica e INPE leva em consideração somente a vegetação nativa acima de 3 ha.




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