A
Resolução do Banco Central nº 4177, de 07 de janeiro de 2013, que
altera as regras para as operações do Programa Nacional de Crédito
Fundiário -PNCF, do Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA, tornou
mais fácil para trabalhadores rurais e agricultores familiares a
realização do sonho da compra da própria terra para produzir.
O
documento reúne, entre outros benefícios, a redução da taxa de juros
dos contratos de 4% para 2% ao ano. No caso de financiamento para jovem
rural (de 18 a 29 anos) esse percentual cai para 1% ao ano. Outra
novidade é a inclusão dos inscritos no Cadastro Único dos Programas
Sociais do Governo Federal (Bolsa Família e outros), no acesso ao
crédito fundiário. Para esses beneficiários, cuja renda bruta anual
familiar não pode ultrapassar R$ 9 mil, os encargos financeiros são de
0,5% ao ano.
Os interessados, trabalhadores rurais sem
terra ou agricultores familiares com áreas insuficiente para sustento
das famílias, devem se dirigir a UTE - Unidade Técnica Estadual e aos
escritórios da Emater-Rio ou do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, em
seu município para informações sobre a documentação necessária.
De
acordo com a coordenação da UTE da secretaria estadual de Agricultura
cabe ao produtor identificar em seu município os imóveis rurais
disponíveis para à venda.
A proposta de aquisição de terra
é levada ao Conselho municipal de Desenvolvimento Rural e, após
aprovação encaminhada, juntamente com toda a documentação envolvendo a
compra, à UTE que a avalia e a submete ao Conselho de Desenvolvimento
Rural Sustentável - Cedrus. Se aprovada, é enviada ao agente financeiro
do PNCF (Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal) para liberação dos
recursos.
As questões ambientais também são observadas
durante vistoria nas áreas pretendidas, com laudo emitido pelo INEA -
Instituto Estadual do Ambiente.
O teto para financiamento
do imóvel rural no estado é de até R$ 50 mil, com área livre mínima de
três hectares para olericultura ou cinco hectares para as demais
atividades. O prazo para pagamento do financiamento é de 20 anos, com
três de carência.
De acordo com a UTE, no Estado do Rio de Janeiro, cerca de 800 famílias de trabalhadores rurais já se beneficiaram com os recursos do crédito fundiário passando a produzir na própria terra.
Imprensa RJ
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