Demais animais da fauna - 1. Mamíferos, répteis, anfíbios e moluscos

01 Mamíferos

01.01 Primatas

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9, 10 e 11
01.01.01 Sagui-da-serra-escuro ou caverinha, Callithrix aurita (É. Geoffroy Saint Hilaire, 1812).  
1 e 2 - APA Miracema, 08/09/12;
3 e 4 - RVS da Ventania, 28/05/;
5 - APA Miracema, 08/09/12;
6 - Mata do Conde, 12/09/19;
7 e 8 - Mata do Conde, 03/10/23;
9 - Mata do Conde, 20/05/16;
10 - Mata do Conde, 01/10/14; e
11 - Mata do Conde, 12/09/19. Com filhote grudado nas costas.

Avistado por diversas vezes na APA Miracema, RVS da Ventania, Mata do Conde e outras partes de Miracema. Também tem relatos e fotos/vídeos de terceiros que os observaram em outras partes de Miracema como no Parque Ecológico (parque urbano) e no bairro Vale do Cedro, assim como pelos fios de eletricidade nas ruas da cidade, conforme noticiário dos jornais: 

O sagui-da-serra-escuro é um primata do Novo Mundo da família Cebidae, subfamília Callitrichinae endêmico da Mata Atlântica brasileira. Habita as florestas dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. 
Chamado também de sagui-estrela-preto e caveirinha, possuem entre 300 e 450g, tamanho aproximado do corpo de 20cm e cauda com 31 cm (REIS et al., 2015). É um macaco pequeno, que tem a pelagem preta com manchas ruivas, com destaque para a sua cauda, também preta, mas com finos anéis brancos em toda a sua extensão. Ele se alimenta de flores, frutos, fungos encontrados em bambu, sementes, invertebrados e exsudatos vegetais, sendo especializado morfologicamente para se alimentar deste item (FERRARI; CORRÊA; COUTINHO, 1996).
Em geral o sagui-da-serra-escuro vive em grupos de 2 a 7 indivíduos, com apenas uma fêmea dominante. Normalmente os irmãos mais velhos ajudam a mãe a cuidar dos mais novos, até que, adultos, formem novos pares e acompanhem outros grupos. 

Corre risco de extinção ( Categoria "Em Perigo Crítico" (EN)), devido a uma redução populacional, decorrente da perda e fragmentação de habitat e principalmente à competição e hibridação com espécies invasoras, que estão ampliando sua distribuição.

01.01.01 Sagui-da-serra-escuro ou caverinha, Callithrix aurita (É. Geoffroy Saint Hilaire, 1812).
1 - Filhote. RVS da Ventania, 30/03/17;
2 e 3 - RVS da Ventania, 29/08/16. Com a pelagem ruiva predominando sobre a preta, diferente dos que normalmente são avistados em Miracema. que tem a pelagem preta com pequenas manchas ruivas. .

01.01.01 Sagui-da-serra-escuroCallitrix aurita (É. Geoffroy Saint Hilaire, 1812), sendo predado pela maior coruja brasileira, Jacurutu (Bubo virginianus) (Link para artigo científico publicado na revista Regnella Scientia). Possivelmente, este registro possa ser de um novo item alimentar deste predador. Foto tirada em 02/05/2021 na APA Miracema.

01.01.01 Sagui-da-serra-escuro ou caverinha, Callithrix aurita (É. Geoffroy Saint Hilaire, 1812). Em 01/02/16. Eles estavam juntos e provavelmente formavam um casal. O da direita é um híbrido.

A introdução pelo homem do sagui-do-nordeste (Callithrix jacchus) ou do sagui-do-cerrado ( Callithrix penicillata) em uma das matas de Miracema (coordenada: 21º 23' 02'' S, 42º 13' 27'' W) tornou-se uma grande ameaça para a conservação do sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita), que vem a ser a espécie nativa de primata que vive na nossa região. A associação entre essas espécies tem gerado mudanças comportamentais do C. aurita, que hibrida com os saguis exóticos, o que faz sua população declinar mais ainda, pois nascem apenas híbridos e a população, ameaçada, não se renova.

A distribuição original do Callithrix jacchus é a região Nordeste do Brasil, acima do Rio São Francisco, e do Callithrix penicillata é no Cerrado brasileiro. Estes saguis são considerados espécies exóticas invasoras na nossa região, pois estão fora de sua área original. Por aqui, eles estabelecem população e afetam os animais e ecossistema nativos da região.

Dessa forma, Miracema necessita da ajuda de instituições ambientais nacionais e estaduais para controlar as populações destes saguis exóticos.

01.01.01 Sagui-da-serra-escuro ou caverinha, Callithrix aurita (É. Geoffroy Saint Hilaire, 1812)Foto tirada em 07/01/15 na APA Miracema, coordenada -21.333004, -42.159754. 
Aparentemente doente, com tumores na testa, magro e com a pelagem prejudicada. Tal foto foi enviada para a FIOCRUZ através do aplicativo SISS-Geo (disponível em smartphones e na web, para o monitoramento da saúde dos animais silvestres em ambientes naturais, rurais e urbanos).

01.01.02 Macaco guigó ou sauá, Callicebus nigrifrons (Spix, 1823). 
1 a 5 - APA Miracema, 04/11/14. No momento da observação ele estava somente com o filhote, que carregava na nuca. O filhote, que nasce com 70 gramas, é carregado pelo pai até o desmame, que se dá aos cinco meses de idade. 

Espécie endêmica da Mata Atlântica, sua distribuição concentra-se nos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. Alimenta-se de frutos (65%), folhas, flores, invertebrados e vertebradosEle tem parte da fronte, mãos e pés negros, cor amarelo/bege, cauda castanha alaranjada. Não há dimorfismo sexual. Vive em casais, em grupos de até cinco indivíduos e também encontram-se filhotes solitários. Mede em média 35 cm de comprimento corporal e 49 cm de cauda. Pesa em média 1,3 kg. Dorme em galhos no alto das árvores, uns ao lado dos outros, amontoados. São considerados monogãmicos.
A vocalização é forte porque o osso hióide é desenvolvido, mas nem tanto quanto o desenvolvimento deste osso na espécie Alouatta (bugio). Utiliza a vocalização principalmente para marcar o território. Também é  conhecido como saá.

“Quase ameaçado” (NT): segundo a IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza - IUCN). Apesar da ampla distribuição, esta espécie ocorre na região mais populosa do Brasil, o que resulta em uma grande ameaça devido a perda de habitat, desmatamentos e fragmentação, dificultando a conservação da espécie. Um declínio populacional da espécie vem ocorrendo resultante da monocultura de eucalipto, desmatamento, pecuária, agricultura, queimadas e incêndios florestais -  Museu do Cerrado


Obs.: 
a) os Callicebus nigrifrons em Miracema são comumente observados na APA Miracema, RVS da Ventania e também na Mata do Conde e demais matas dos arredores; e
b) em 14/11/23, um guigó isolado do bando foi resgatado na principal praça de Miracema e encamminhado para o Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro (CPRJ):
01.01.02 Guigós ou sauás, Callicebus nigrifrons (Spix, 1823), flagrados fora das matas no município de Palma, MG, em virtude de estiagem extensa. Este município faz divisa com Miracema. Fotos feitas em 19/09/17, por José Alberto Metri Pinto.


01.01.02 Guigó ou sauá, Callicebus nigrifrons (Spix, 1823). Áudio feito na Mata do Conde em 2022.


01.01.03 Macaco-pregoSapajus nigritus (Goldfuss, 1809)
1 e 2 - Fotos foram tiradas em outubro de 2011 por Humberto Toscano na Serra da Prosperidade, Paraíso do Tobias, 2º distrito de Miracema. 
3 e 4 - Fotos  capturadas de vídeo feito por Carlos Moreira Nunes, em 06/07/22, no RVS da Ventania.
Mais informações sobre o macaco-prego: Link para o Wikipédia


01.01.04 Bugio, barbadoAlouatta. Áudio feito no RVS da Ventania, 15/12/23. Provavelmente Alouatta guariba clamitans Cabrera, 1940, segundo o biólogo João Rafael Marins com base na primeira foto a seguir feita em 2011 no município vizinho de Laje do Muriaé, que acrescenta ser fêmea ou jovem.

01.01.04 Bugio, barbadoAlouatta guariba clamitans Cabrera, 1940. 
1 - Foto feita no município vizinho de Laje do Muriaé por autor desconhecido, em 2011.
2 - Foto feita no município vizinho de Laje do Muriaé por Fábia Campany, 06/03/11.

Conforme notícia do G1, em 2017 foi registrado em Laje do Muriaé mortandade de bugios supostamente por febre-amarela: Cinco macacos são achados mortos na zona rural de Laje do Muriaé, no RJ

Os bugios-ruivos apresentam uma coloração castanho escuro, com a região lombar variando de uma tonalidade ruiva a alaranjada. Apresentam dimorfismo sexual, sendo os machos maiores que as fêmeas em geral. Para a subespécie A. guariba clamitans, os machos apresentam um peso médio de 6,7 kg, e comprimento médio de 53,7 cm da cabeça à extremidade do corpo e de 61,3 cm de cauda. Para as fêmeas, esses valores são de 4,3 kg, 49,4 cm e 45,9 cm, respectivamente. Essa subespécie também apresenta um dimorfismo sexual referente à diferença da coloração dos pelos de machos e fêmeas, sendo chamado de dicromatismo sexual. Sabe-se que os machos apresentam uma coloração ruivo avermelhada e as fêmeas são de coloração mais escura - Museu do Cerrado



01.02 Outros mamíferos

01.02.01 Tamanduá-mirim, Tamandua tetradactyla (Carlos Lineu, 1758). APA Miracema, 12/12/14. Mais informações: link para o Museu de Zoologia João Moojen 

"Pouco preocupante" (LC): Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 2018 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

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01.02.02 Quati, Nasua nasua (Linnaeus, 1766). O quati é um mamífero da ordem Carnivora, da família Procyonidae e do gênero Nasua. 
1 - APA Miracema, 18/07/14. É um jovem;
2 - APA Miracema, 31/10/14;
3 e 4 - APA Miracema, 02/11/14;
5, 6 e 7 - RVS da Ventania, 04/02/16; e
8 - APA Miracema, 18/07/14.

01.02.03 Rato do matoBrucepattersonius sp.família Cricetidae. APA Miracema, 05/08/15.
Esses pequenos roedores silvestres brasileiros são de difícil identificação quanto a espécie, por serem morfologicamente parecidos. O espécime fotografado pode ser Brucepattersonius soricinus Hershkovitz, 1998. É encontrado em área de mata de altitude e de transição entre Mata Atlântica e Cerrado. 
01.02.04 Bicho-preguiçaFolivora. APA MIracema, 30/10/14.
Parece ter mais de um neste bolo de pelos. Pela cor do pêlo é da espécie preguiça-comum (Bradypus variegatus)Folivora é uma subordem de mamíferos, da ordem Pilosa, cujas espécies são conhecidas popularmente por preguiça, bicho-preguiça, aí, aígue e cabeluda.

"Pouco preocupante" (LC): Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 2018 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

01.02.04 Bicho-preguiçaBradypus variegatus (Schinz, 1825). RVS da Ventania, 11/09/17.

01.02.05 Ouriço-caixeiro, Sphiggurus villosus (F. Cuvier, 1823) (Coendou spinosus). Obs.: fotos feitas por Fernando Ribeiro (Chumbinho) em Miracema, 2015.

"Pouco preocupante" (LC): Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 2018 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

01.02.06 Lobo-guaráChrysocyon brachyurus (Llliger, 1815/Smith, 1839).
1 e 2 - RVS da Ventania, 06/08/16. Obs.: foto 1 - foto feita por Carlos Moreira Nunes. Foto 2 - imagem captada de vídeo gravado pelo próprio Carlos ( https://www.youtube.com/watch?v=CSvJkeJKQRw ); e
3 - APA Miracema, 13/01/17. Obs.: foto captada por Rodrigo Azevedo Tostes.

Obs.: tem também registros de lobo-guará na zona urbana do município e nas proximidades: 
Assim como tem lobo-guará encontrado morto na RJ-116, próximo da divisa de Miracema com Santo Antônio de Pádua, em 03/09/20 (ver códigos 17 e 18 do item 4 - Animais atropelados em Miracema); e lobo-guará resgatado pela Defesa Civil de Miracema na zona rural para tratamento de ferimentos supostamente provocados por cachorros e depois ser devolvido à natureza (ver código 7 do item 5 - Fotos de animais silvestres resgatados na zona urbana de Miracema para serem soltos em seus hábitats ou nas unidades de conservação ambiental do município ).



01.02.07 PacaCuniculus paca (Linnaeus, 1766). APA Miracema, 13/01/17. Obs.: foto captada por Rodrigo Azevedo Tostes.

"Pouco preocupante" (LC): Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 2018 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

01.02.08 Cachorro-do-matoCerdocyon thous (Linnaeus, 1766). APA Miracema, em janeiro de 2017. Obs.: foto captada por Rodrigo Azevedo Tostes.


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01.02.09 Lontra neo-tropical ou nutriaLontra longicaudis (Olfers, 1818) (família Mustelidae). 
1, 2 e 3 - Ribeirão Santo Antônio, no trecho que corta o centro da cidade, em 04/08/2019. Na ponte da rua Francisco Bruno de Martino;
4, 5 e 6 - Na ponte que liga a praça João Antônio Hassel à rua Prefeito Nilo Lomba, em 02/05/21.
7, 8 e 9 - Na ponte da rua Francisco Bruno de Martino, em 07/09/23.

Elas viraram atração nas pontes do centro da cidade. O Ribeirão Santo Antônio foi invadido por tilápias, provavelmente fugidas de criadouros, que, apesar da poluição, se reproduziram bastante. Nesta época de seca, a vazão do Ribeirão diminui e facilita a caça das lontras às tilápias. (Link para postagem "Casal de lontras vira atração nas pontes sobre o Ribeirão Santo Antônio no centro da cidade").

A lontra longicaudis (família Mustelidae) foi categorizada como Vulnerável (VU) A3+4cde na Mata Atlântica devido a sua dependência de cursos d’água e matas ciliares que já foram extremamente degradadas, e cuja qualidade e extensão serão afetadas pelas mudanças no Código Florestal. Embora esteja presente em áreas relativamente degradadas, a espécie é suscetível à extinção regional. Na Mata Atlântica nordestina, por exemplo, onde existem poucos registros da espécie restritos aos manguezais, existe previsão do desaparecimento local da espécie na região nos próximos 50 anos. Além do declínio populacional decorrente das perdas da capacidade de suporte do ambiente, devido à redução de habitat, a espécie é ameaçada também pela caça por retaliação e por atropelamentos. Tudo isso leva a prever um declínio populacional de pelo menos 30% nos próximos 20 anos neste bioma (ICMBio: Avaliação do risco de extinção da Lontra neotropical - Lontra longicaudis (Olfers, 1818) no Brasil - Lívia de Almeida Rodrigues, Caroline Leuchtenberger, Carlos Benhur Kasper, Oldemar Carvalho Junior & Vania Carolina Fonseca da Silva - 2013).


01.02.10 Onça-parda, puma, suçuarana ou leão-baioPuma concolor (Lineu, 1771/William Jardine 1834)Foto de Luciano Gomes, o popular Tiziu, em 18/02/2020, quando descia de bicicleta a Serra de Santo Antônio (Serra da Ventania - Revis da Ventania).
Obs.: em 30/06/22, uma onça-parda fêmea e jovem foi atropelada na RJ-116, no trecho Miracema - Pádua. Ver fotos 23 a 26 do item 4 (Fotos de animais atropelados em Miracema,) da 2ª parte (Fauna observada na natureza em Miracema - II) ou Demais animais da fauna - 5. Animais silvestres atropelados e animais silvestres resgatados na zona urbana .


01.02.11 Morcego-narigudo, Rhynchonycteris naso (Wied-Neuwied, 1820). É fugívoro.
1 e 2 - Conde, 17/08/19;
3 - Conde, 02/09/19.
OBSERVAÇÕES SOBRE OS HÁBITOS DE Rhynchonycteris naso (WIED-NEUWIED, 1820) E Noctilio albiventris DESMAREST, 1818 (MAMMALLIA, CHIROPTERA) MARCELO RODRIGUES NOGUEIRA e ANDRÉ POL - Instituto de Biologia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, CEP 23851-970, Seropédica, RJ.
O morcego frugívoro desempenha um importante serviço ambiental para a regeneração e a manutenção da cobertura vegetal dos ecossistemas onde vive. Alimentando-se de pequenos frutos e infrutescências, seus hábitos fazem dele um verdadeiro “reflorestador natural”: ele dispersa as sementes dos frutos que ingere por meio de suas fezes.
Esse serviço ambiental ganha amplitude em virtude das grandes distâncias que um morcego percorre a cada noite, visitando diferentes habitats. A dispersão do morcego frugívoro também ganha em rapidez: o processo digestivo é rápido, sendo que em algumas espécies uma semente pode levar apenas 30 minutos para percorrer todo o trato digestivo do animal e ser liberada novamente no ambiente. (Blog do GPME - Grupo Pierre Martin de Espeleologia).


01.02.12 Morcego ?. Estava se alimentando do galho da planta  em que se pendurou. Mata do Conde, 27/10/20.

01.02.13 Tatu, ordem Cingulata, família Dasypodidae.  Vestígio de tatu na APA Miracema, em 06/01/16. 
Obs.: por ser de hábito noturno, é muito difícil observa-lo no período diurno. A borboleta pousada no rabo do tatu, que provavelmente foi presa de algum predador, é Hamadryas arete, macho.

01.02.14 Tatu-galinha, Dasypus novemcinctus ( Linnaeus, 1758). RVS da Ventania, 22/03/16.


01.02.15 Irara, papa-melEira barbara (Linnaeus, 1758). RVS da Ventania, 22/03/16. Obs.: o par de pegadas espalmadas à direita do isqueiro. Pode ser também pegada de mão-pelada, Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798).


01.02.16 Capivara, Hydrochoerus hydrochaeris (Linnaeus, 1766). Paraiso do Tobias, 16/03/24.



01.02.17 JaguatiricaLeopardus pardalis (Linnaeus, 1758)
Rodovia RJ-200, trecho entre Miracema - Paraiso do Tobias, 25/06/2011.

01.02.18 Gambá-de-orelha-pretaDidelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826)
Conde. 03/04/18.
Ver códigos 4, 13, 17 e 18 do item 4 (Fotos de animais atropelados em Miracema,) da 2ª parte ((Fauna observada na natureza em Miracema - II) ou Demais animais da fauna - 5. Animais silvestres atropelados e animais silvestres resgatados na zona urbana .


01.02.19 Mão-peladaProcyon cancrivorus (Cuvier, 1798). Único representante dos Guaxinins no BrasilObs.: foto retocada artificialmente para amenizar o impacto visual dos ferimentos provocados pelo atropelamento.
Rodovia RJ-116, trecho Miracema - Venda das Flores, 05/03/13.
Foto original: ver código 6 do item 4 (Fotos de animais atropelados em Miracema,) da 2ª parte ((Fauna observada na natureza em Miracema - II) ou Demais animais da fauna - 5. Animais silvestres atropelados e animais silvestres resgatados na zona urbana .


01.02.19 Mão-peladaProcyon cancrivorus (Cuvier, 1798). Pegada na APA Miracema, 17/03/24.


08 Répteis, anfíbios e moluscos

08.01 Répteis

08.01.01 Lagarto-verdeEnyalius perditus Jackson, 1978. APA Miracema, 24/02/14. É uma fêmea, pois o macho tem a coloração toda verde. De hábitos diurnos, este lagarto é encontrado nas poucas áreas de florestas altas da Mata Atlântica dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, que ainda não tenham sofrido muita intervenção do homem. Pode medir até 30 cm. 


08.01.02 Lagarto-teiúSalvator merianae (Duméril & Bibron, 1839). 
1 e 2 - APA Miracema, 31/10/14;
3 e 4 - APA Miracema, 19/11/21. 
Observado por diversas vezes em Miracema, o das fotos 1 e 2 foi o maior exemplar, devia medir 1 m ou mais. Pelo tamanho é um macho adulto sênior. O teiú é o maior lagarto das Américas.


08.01.03 Cobra-de-vidro, Lagarto, Classe Reptilia, Ordem Squamata, subordem Sauria, Familia Anguidae, gênero Ophiodes, espécie striatus (Spix, 1825).
1, 2 e 3 - RVS da Ventania, 05/11/2015. 
4 e 5 - APA Miracema, 13/10/2014.
É chamado popularmente de cobra-de-vidro, mas não é cobra, pois solta a cauda (autotomia) como muitos lagartos.


08.01.04 Calango, camaleão. Gênero Tropidurus. Provavelmente T. Torquatus (Wied-Neuwied, 1820).
1 - Conde, 25/11/18.
2 - APA Miracema, 01/02/20.
08.01.05  Calango, camaleão, Tropidurus torquatus (Wied-Neuwied, 1820).
3 - APA Miracema, 10/02/24.

08.01.05  Calango, camaleão, Tropidurus torquatus (Wied-Neuwied, 1820)
1 e 2 - Conde, 11/03/24.
3 - Conde, 27/04/24.


08.01.06 Lagartixa-de-parede, Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818)Miracema, 20/11/23.


08.01.09 JiboiaBoa constrictor Linnaeus, 1758 RVS da Ventania, 06/04/17.


08.01.10 Cobra-de-capim, cobra-d'água, Erythrolamprus poecilogyrus (Wied-Neuwied, 1825). Zona rural (RJ-200), em 04/08/17. Fotos feitas por Arthur "Veterinário" e Thiago Ribeiro.


08.01.11 Dorme-dorme, Imantodes cenchoa (Linnaeus, 1758). Possui dentição opistóglifa. Não é de interesse médico. Ou seja, possui peçonha mas não causa grandes complicações para humanos.
Encontrei-a morta e devia medir uns 80 cm, em 14/07/19 no RVS da Ventania. Relato do agricultor que a matou e afirmou que era um filhote de surucucu: retirei do solo uma muda de bananeira de um bananal que cultivo aqui perto, transportei no carro e plantei aqui. Quando estava agachado apertando a terra no entorno da muda, levantei o olhar e vi a cobra com a cabeça levantada na ponta da folha me observando. Ela esteve este tempo todo dentro da folha. Imagina você se me levanto sem olhar pra cima, certamente iria esbarrar na folha e ser picado.
Tentei explicar que a surucucu encontra-se muito ameaçada de extinção, e, se possível, seria muito bom para a espécie se capturada viva e solta na mata em local distante do convívio do agricultor e família. Mas, acho que ele não deu muito ouvido não, pois nem respondeu. Acho que mudar a cultura de matar serpente por pessoas que vivem perto delas é muito difícil. Também entendo do risco que estas pessoas correm se forem picadas por uma cobra altamente venenosa desta (no caso de ser surucucu), morando distante de um hospital que possa socorrê-las. Nem sei se no hospital de Miracema tem soro antiofídico para picada de surucucu, visto a raridade de se encontrar uma por aqui em Miracema.
Obs.: houve dúvidas entre surucucuLachesis muta, ou serpente-olho-de-gato-aneladaLeptodeira annulata, mas predominou se tratar da dorme-dorme, Imantodes cenchoa. A identificação foi feita por especialistas no grupo Fotonaturalistas - Répteis e Anfíbios.

"Pouco preocupante" (LC): Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 2018 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

08.01.12 Corredeira, Thamnodynastes nattereri (Mikan, 1820). Possui dentição opistóglifa. Não é de interesse médico. Ou seja, possui peçonha mas não causa grandes complicações para humanos. RVS da Ventania, em julho de 2019. Foto tirada por Luciano Gomes, popularmente conhecido como Tiziu.


08.01.13 Jararaca-da-mataBothrops jararaca (Wied-Neuwied, 1824)
1 - APA Miracema, 20/03/14;
2 - Conde, 19/07/18.
Obs.: ver códigos 5 e 14 do item 4 - Fotos de animais atropelados em Miracema, na 2ª parte ((Fauna observada na natureza em Miracema - II) ou Demais animais da fauna - 5. Animais silvestres atropelados e animais silvestres resgatados na zona urbana .


08.01.14 Cobra-cipó, cobra-verdePhilodryas olfersii (Lichtenstein, 1823). Apresenta dentição opistóglifa. Miracema, 12/11/19. Obs.: foto tirada pela Defesa Civil de Miracema, ao removê-la de quintal na zona urbana de Miracema.

"Pouco preocupante" (LC): Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 2018 (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

08.01.15 Muçurana, cobra-pretaPseudoboa nigra (Dumérl, Bibron & Duméril, 1854). A espécie apresenta manchas brancas, mas é incomum que tal mancha seja tão extensa como no presente exemplar. Não peçonhenta. Região do Barreiros, setembro/2019. Obs.: foto feita por Marcos "do Batista do Gás".


08.01.16 CaninanaSpilotes pullatus (Linnaeus, 1758). RVS da Ventania, agosto de 2020. Fotos de Levy da Ventania de Cima.


08.01.17 Cobra-preta, Elapomorphus quinquelineatus (Raddi, 1820)Não peçonhenta.
1 e 2 - Mata do Conde, 07/10/23.
Obs.: ver código 30 do item 4 - Fotos de animais atropelados em Miracema, na 2ª parte ((Fauna observada na natureza em Miracema - II) ou Demais animais da fauna - 5. Animais silvestres atropelados e animais silvestres resgatados na zona urbana .


08.02 Anfíbios

08.02.01 Anuro, Thoropa miliaris  (Spix, 1824).
1, 2, 3 e 4 - RVS da Ventania, 27/01/18;
5 - RVS da Ventania, 03/08/20.

1 e 2 - RVS da Ventania, 06/05/21.

08.02.03 Anuro, ?
1 e 2 - RPPN Bugios da Boa Esperança I, 10/08/22.

08.02.04 Anuro, ? Miracema, 16/07/23.

08.02.05 Anuro, ? Conde, 02/11/23.

08.02.06 Girinos não identificados. RVS da Ventania, 07/05/23.

08.02.07 Cecília, Cobra-cega, Gimnophiona Müller, 1832. É chamado popularmente de cobra-cega, mas não é réptil e sim anfíbio. Estrada para Paraiso do Tobias via Fazenda da Liberdade, 07/09/23.
Obs.: ver código 29 do item 4 - Fotos de animais atropelados em Miracema, na 2ª parte ((Fauna observada na natureza em Miracema - II) ou Demais animais da fauna - 5. Animais silvestres atropelados e animais silvestres resgatados na zona urbana .

08.03 Moluscos

08.03.01 Lesma-lixa, provavelmente Sarasinula plebeia (Fischer, 1868). "Tamanho aproximado informado: ~7cm (~70mm)". "Muito provável representante do gênero "Sarasinula Grimpe & Hoffmann, 1924" (... o problema com as "lesmas-lixa" é que, geralmente, se precissa "disecar" o animal para examinar os órgãos reprodutores internos para assim poder chegar a uma "determinação" em segurança !). Agora bem, considerando seu aspecto geral e tamanho informado, por simples "aproximação" podemos acreditar se tratar (chute) da espécie comum invasora de jardim - com amplo rango de distribuição geográfica no Brasil - "Sarasinula plebeia (Fischer, 1868)".
Mata da Liberdade,  24/01/16.

08.03.02 Megalobulimus cf. parafragilior Leme & Indrusiak, 1990. Caracol florestal gigante nativo STROPHOCHEILIDAE.
1 e 2 - RVS da Ventania, 05/12/21. Casal em acasalamento;
3 e 4 - RVS da Ventania, 15/12/18;
5 e 6 - RVS da Ventania, 16/11/20.



08.03.04 Moricandia cf Willi (Dohrn, 1883). Caracol florestal nativo CYCLODONTINIDAE.
1 - RVS da Ventania, 19/09/20;
08.03.05 Cochlorina cf. lateralis (Menke, 1828), Caracol florestal nativo.
2 - RVS da Ventania, 29/09/20.

1, 2, 3 e 4
5, 6, 7 e 8
08.03.06 AruáPomacea cf. canaliculata (Lamarck, 1822)Caramujo límnico/aquático de água doce operculado nativo AMPULLARIIDAE.
1 - Conde, 13/11/20. Ovas de aruá.
2 - Conde, 15/12/23.
3 e 4 - Conde, 16/02/18.
5 - Miracema, 07/09/19. Filhote de carão se alimentando de aruá.
6 - Miracema, 19/01/22 Carão se alimentando de aruá.
7 e 8 - Conde, 18/10/14. Gavião-caramujeiro (fêmea) se alimentando de aruá.
Obs.: o aruá é abundante ao longo do Ribeirão Santo Antônio, inclusive no percurso da cidade de Miracema. Principal alimento do gavião-caramujeiro, que desenvolveu o bico curvilíneo para facilitar a remoção do aruá de seu caracol. Também é apreciado por outros pássaros como o carão. A espécie aruá é considerada prejudicial à cultura de arroz.

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