quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Os fragmentos de remanescentes da Mata Atlântica no Noroeste Fluminense ficaram estáveis em 2019, mas no acumulado 2017 a 2019 ainda registra perda de 118 ha

A manutenção e preservação da vegetação nativa dos fragmentos de remanescentes da Mata Atlântica que sobraram no Noroeste Fluminense, dos quais dependem os fluxos dos mananciais de águas, são fundamentais pois prestam serviços ambientais importantes como a proteção de mananciais hídricos, a contenção de encostas, a temperatura do solo e a regulação do clima, já que regiões arborizadas podem reduzir a temperatura em até 2º C. 

Levantamento realizado por SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em 2019, disponibilizado no Atlas Municípios, demonstra que os fragmentos remanescentes da Mata Atlântica no Noroeste Fluminense ficaram estáveis de 2018 para 2019. Mas no somatório dos decrementos de vegetação ocorridos em 2017, 2018 e 2019 foi desmatado 118 ha (cerca de 118 campos de futebol). 

O bioma na região cresceu em cinco municípios de 2017 para 2018, que foram mantidos em 2019, com destaque para Varre-Sai que apresentou aumento de 137 há de 2017 para 2018. Em seguida Santo Antônio de Pádua (44 ha), São José de Ubá (33 ha) e Itaocara (6 ha).

Nos demais municípios da região houve desmatamentos de 2017 para 2018, que foram mantidos em 2019, sendo os mais expressivos em Porciúncula (-81 ha), Natividade (-56 ha), (Cambuci (-37 ha), Bom Jesus de Itabapoana (-28 ha) e Miracema (-26 ha).

Varre-sai detém a maior reserva relativa do bioma na região (11%), em seguida Laje do Muriaé e Miracema (10% cada um), Cambuci (9%), Porciúncula (7%), Natividade (6%), São José de Ubá (5%), Santo Antônio de Pádua, Itaperuna e Bom Jesus do Itabapoana (4% cada um), Itaocara (3%), Italva (2%) e Aperibé (1%).

Obs.: o levantamento efetuado por SOS Mata Atlântica e INPE leva em consideração somente a vegetação nativa acima de 3 hectares.


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