É mais eficaz e barato desacelerar a velocidade das águas com o aumento de superfícies que as absorvam, preferencialmente vegetação, mas também com concreto poroso - Kongjian Yu (arquiteto paisagista criador do modelo que prevê a absorção das águas da chuvas)
Yu de 61 anos é o criador da ideia de sucesso na China de criar espaços nas cidades de amortecimento, absorção e reaproveitamento das águas da chuva para minimizar danos causados pelas enchentes, conhecido como "cidades-esponja".
Desde que foram adotadas como estratégia nacional na China, há 10 anos, as "cidades-esponja" inspiraram projetos em mais de 200 municípios.
O sistema concebido por Yu tem um princípio que contraria o que costuma ser o senso comum na gestão das chuvas, que é conter as águas: ele é a favor de dar espaço a elas, no lugar do sistema tradicional centrado no concreto, com canais, represas e sistema de drenagem, que Yu chama de "estrutura cinza".
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A ideia de Yu vem de encontro com o que escrevi em MIRACEMA SITUA-SE DENTRO DE UM VALE E DEPENDE DA VEGETAÇÃO DO ENTORNO.
Os quatro primeiros parágrafos deste texto foram elaborados a partir da matéria de Marcelo Ninio na página 10 do O Globo de hoje, 30/05, cujo título foi "Cidades-esponja, a solução chinesa contra os riscos das enchente" (link aqui)