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terça-feira, 1 de agosto de 2023

Sistema de alerta do MAPBiomas emite 43 alertas de desmatamento no Noroeste Fluminense no período 2020 a 07/2023

Relatório do MAPBiomas indica que de 2020 a 31/07/2023 emitiu 43 alertas de desmatamento no Noroeste Fluminense, e que foi desmatada área de 143,5 ha, numa média de 0,2 ha por dia.

Desmatamento (em ha):


Evolução do total de alertas:

Maior desmatamento: 13,6 ha, em Porciúncula

Maior velocidade: 167 ha/dia, em Cambuci

Ranking dos Municípios que desmataram no período 2020 a 07/2023 na região (em ha):

Alertas Emitidos: Autorizações/Tipo da Área Desmatada*


*Incluído na postagem em 04/08/2023.

https://plataforma.alerta.mapbiomas.org/mapa

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De SOS Mata Atlântica


DESMATAMENTO NA MATA ATLÂNTICA CAI 42% NOS CINCO PRIMEIROS MESES DO ANO


Novo boletim do SAD Mata Atlântica, parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o MapBiomas, abrange intervalo entre janeiro e maio de 2023. Período analisado foi de desafios e ataques à Mata Atlântica, mas vitórias políticas e jurídicas recentes podem reduzir ainda mais a devastação do bioma nos próximos meses 


27 de julho de 2023


O novo boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica revelou uma queda significativa no desmatamento do bioma durante os primeiros cinco meses de 2023. Os dados, consolidados na plataforma MapBiomas Alerta, mostram que a área desflorestada entre janeiro e maio deste ano foi de 7.088 hectares, contra 12.166 hectares registrados no mesmo período de 2022 – uma redução de 42%. O SAD Mata Atlântica é resultado de uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o Mapbiomas com apoio do Bradesco e da Fundação Hempel. 

Essa queda é notável em grande parte dos estados, principalmente os que tiveram maior área desmatada em 2022, como Minas Gerais, Bahia, Paraná e Santa Catarina, onde os índices de queda do desmatamento foram de 47%, 43%, 54% e 46%, respectivamente. Em outros, caso de Espírito Santo, Pernambuco e Rio Grande do Sul, mesmo havendo redução, o desmatamento pode ser considerado estável. Os estados de Alagoas, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe foram os únicos que registraram aumento, porém, somadas, suas áreas desmatadas representam menos de 12% do total.

No que se refere à quantidade de alertas de desmatamento no período, a queda foi de apenas 14%, passando de 2.507 em 2022 para 2.156 neste ano. Na visão de Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas, tal contraste indica uma mudança no perfil do desmatamento na Mata Atlântica. “A devastação em áreas menores que três hectares praticamente não sofreu redução, enquanto nas maiores, especialmente aquelas acima de 15 hectares, houve um significativo decréscimo no desmatamento. Isso pode estar diretamente relacionado ao incremento da fiscalização realizada pelos estados, à mudança de postura no governo federal e no IBAMA e às restrições de crédito financeiro para propriedades com desmatamentos não autorizados”, diz.

Diretor-executivo da Fundação SOS Mata Atlântica, Luís Fernando Guedes Pinto comemora o resultado, mas faz uma ressalva. “Os dados compilados contabilizam apenas os limites do bioma estabelecidos pelo IBGE, excluindo derrubadas nos encraves de Mata Atlântica no Cerrado. Essa é uma região que, como indicam análises do INPE no DETER Cerrado, vem apresentando um aumento preocupante do desmatamento. Mesmo que não faça parte da área observada pelo SAD Mata Atlântica neste período, é uma área protegida pela Lei da Mata Atlântica que demanda ações contundentes para sua conservação”, explica.

 

Desmatamentos observados no Paraná em sobrevôo realizado em 2023. Crédito: Zig Koch

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