Foto: Shana Reis |
Em uma das sete ações previstas no plano para garantir água a longo prazo para o Estado proposto nesta segunda-feira, 9, pelo
governador Luiz Fernando Pezão à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, consta o
aproveitamento das obras contra enchentes nas regiões Norte e Noroeste, que já
estão em andamento, para construir novos
reservatórios de água.
Três das ações são emergenciais: a construção de um
dique, na foz do Rio Guandu, para evitar a entrada de água do mar; a construção
de uma adutora com 14 quilômetros de extensão (também no Guandu) e a adaptação
de seis novos pontos de captação água, em Barra do Piraí (manobra já iniciada).
O Estado pediu ao Governo Federal R$ 360 milhões
para investir em obras de infraestrutura que asseguram a reserva de água do Rio
a longo prazo. O pleito será analisado.
– O Rio de Janeiro está tomando uma série de
providências preventivas para assegurar o abastecimento de água no estado pelos
próximos dois anos pelo menos. Essas medidas vão desde o plano de contingência
da Cedae até investimentos em caráter emergencial. Não está faltando água no
Rio de Janeiro. O estado tem água, mas precisa administrá-la com racionalidade
– afirmou Izabella Teixeira.
Ainda de acordo com a ministra, a situação do Rio
de Janeiro não é igual a dos estados vizinhos do Sudeste: São Paulo, Minas
Gerais e Espírito Santo.
– O Rio de janeiro não está em condição
crítica como os demais estados do Sudeste. Os reservatórios do Rio já estão
usando o volume morto da geração de energia elétrica, e não de abastecimento,
diferentemente do que acontece em Belo Horizonte, por exemplo – explicou
Izabella.
Na reunião, realizada no Palácio Guanabara, ficou
também definida a redução da vazão média do Rio Paraíba do Sul - que chega à
elevatória de Santa Cecília, em Barra do Piraí - para 110 mil litros de água
por segundo. Não há data para o início da nova operação.
– Acordamos os 110 mil litros de água por
segundo. Vamos escalonar esse prazo. Quando houve a primeira resolução da ANA
(Agência Nacional de Águas), de 190 mil para 140 mil litros de água por
segundo, foi feito um plano de contingência. Da mesma forma, vamos fazer agora
gradativamente – detalhou André Corrêa, secretário do Ambiente.
O secretário reiterou que a prioridade do Governo
Estado é garantir o abastecimento humano e que novos projetos estão sendo
postos em prática para assegurar a distribuição de água.
– Temos possibilidade de economizar uma
quantidade significativa de água utilizada hoje por indústrias localizadas no
fim da Bacia do Guandu. Essa é nossa questão central hoje e é nela que vamos
focar nossos esforços – disse André Corrêa.
Os outros três investimentos propostos pelo estado
são: a construção de uma barragem no Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu,
para beneficiar os municípios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí; a recuperação
de um túnel na barragem de Santa Cecília; a construção de um desvio para
separar as águas dos rios Poços, Queimados, Cabuçu e Ipiranga, que atravessam a
Baixada Fluminense carregando grande carga poluidora, do Rio Guandu, de onde é
captada a água usada no abastecimento do Rio de Janeiro e de nove municípios da
Região Metropolitana.
O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA),
Vicente Andreu, e o presidente da Cedae, Jorge Briard, também participaram da
reunião.
Com informações e foto da Imprensa RJ
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