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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Estado do Rio apresenta plano para construções de novos reservatórios de água no Norte e Noroeste Fluminense

Foto: Shana Reis
Em uma das sete ações previstas no plano para garantir água a longo prazo para o Estado proposto nesta segunda-feira, 9, pelo governador Luiz Fernando Pezão à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,  consta o aproveitamento das obras contra enchentes nas regiões Norte e Noroeste, que já estão em andamento, para construir novos reservatórios de água.

Três das ações são emergenciais: a construção de um dique, na foz do Rio Guandu, para evitar a entrada de água do mar; a construção de uma adutora com 14 quilômetros de extensão (também no Guandu) e a adaptação de seis novos pontos de captação água, em Barra do Piraí (manobra já iniciada).
 
O Estado pediu ao Governo Federal R$ 360 milhões para investir em obras de infraestrutura que asseguram a reserva de água do Rio a longo prazo. O pleito será analisado.
 
– O Rio de Janeiro está tomando uma série de providências preventivas para assegurar o abastecimento de água no estado pelos próximos dois anos pelo menos. Essas medidas vão desde o plano de contingência da Cedae até investimentos em caráter emergencial. Não está faltando água no Rio de Janeiro. O estado tem água, mas precisa administrá-la com racionalidade – afirmou Izabella Teixeira.
 
Ainda de acordo com a ministra, a situação do Rio de Janeiro não é igual a dos estados vizinhos do Sudeste: São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.
 
– O Rio de janeiro não está em condição crítica como os demais estados do Sudeste. Os reservatórios do Rio já estão usando o volume morto da geração de energia elétrica, e não de abastecimento, diferentemente do que acontece em Belo Horizonte, por exemplo – explicou Izabella.
 
Na reunião, realizada no Palácio Guanabara, ficou também definida a redução da vazão média do Rio Paraíba do Sul - que chega à elevatória de Santa Cecília, em Barra do Piraí - para 110 mil litros de água por segundo. Não há data para o início da nova operação.
 
– Acordamos os 110 mil litros de água por segundo. Vamos escalonar esse prazo. Quando houve a primeira resolução da ANA (Agência Nacional de Águas), de 190 mil para 140 mil litros de água por segundo, foi feito um plano de contingência. Da mesma forma, vamos fazer agora gradativamente – detalhou André Corrêa, secretário do Ambiente.
 
O secretário reiterou que a prioridade do Governo Estado é garantir o abastecimento humano e que novos projetos estão sendo postos em prática para assegurar a distribuição de água.
 
– Temos possibilidade de economizar uma quantidade significativa de água utilizada hoje por indústrias localizadas no fim da Bacia do Guandu. Essa é nossa questão central hoje e é nela que vamos focar nossos esforços – disse André Corrêa.
 
Os outros três investimentos propostos pelo estado são: a construção de uma barragem no Rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, para beneficiar os municípios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí; a recuperação de um túnel na barragem de Santa Cecília; a construção de um desvio para separar as águas dos rios Poços, Queimados, Cabuçu e Ipiranga, que atravessam a Baixada Fluminense carregando grande carga poluidora, do Rio Guandu, de onde é captada a água usada no abastecimento do Rio de Janeiro e de nove municípios da Região Metropolitana.

O presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, e o presidente da Cedae, Jorge Briard, também participaram da reunião.

Com informações e foto da Imprensa RJ

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