ÍNDIOS BOTOCUDOS E LUZIA
Os índios botocudos que também estiveram presentes na região Noroeste fluminense, conforme pesquisa da dra. Tânia Vasconcellos, por ocasião de sua tese de doutoramento (cuja pesquisa relacionada com os índios na região, em especial os índios puris, foi publicada aqui), podem ser descendentes diretos dos habitantes de Lagoa Santa (MG), os primeiros de que se tem registro no Brasil.
Selvagens, sanguinários e estranhos. Esses adjetivos, comumente aplicados aos botocudos, mostram como a história nunca foi muito generosa com estes índios, cujo nome vem dos discos (botoques) que usam para alongar o formato de lábios e orelhas. Vítimas de um genocídio que, em 300 anos, reduziu sua população a poucas dezenas de pessoas, eles podem ser descendentes diretos dos habitantes de Lagoa Santa. A suspeita remonta à dois séculos, mas só agora a ciência consegue juntar evidências do parentesco.
A pesquisa, do Instituto de Biociências (IB) da USP, comparou a morfologia do crânio de Luzia - o esqueleto mais antigo das Américas, com cerca de 11 mil anos - com o de diversos grupamentos indígenas, como marajoaras, tupis e construtores de sambaquis. Os botocudos têm mais semelhanças com a primeira brasileira.
Os botocudos que eram concentradas no Brasil Central, entre o norte da Bahia e o sul mineiro, se viram obrigadas a ampliar seus limites para escapar do trabalho forçado. Tribos correram para Santa Catarina e outras, até então instaladas no Sudeste, foram vistas por padres franciscanos no Maranhão.
(Com informações do Globo de sábado, 6 - ver aqui a matéria completa)
Selvagens, sanguinários e estranhos. Esses adjetivos, comumente aplicados aos botocudos, mostram como a história nunca foi muito generosa com estes índios, cujo nome vem dos discos (botoques) que usam para alongar o formato de lábios e orelhas. Vítimas de um genocídio que, em 300 anos, reduziu sua população a poucas dezenas de pessoas, eles podem ser descendentes diretos dos habitantes de Lagoa Santa. A suspeita remonta à dois séculos, mas só agora a ciência consegue juntar evidências do parentesco.
A pesquisa, do Instituto de Biociências (IB) da USP, comparou a morfologia do crânio de Luzia - o esqueleto mais antigo das Américas, com cerca de 11 mil anos - com o de diversos grupamentos indígenas, como marajoaras, tupis e construtores de sambaquis. Os botocudos têm mais semelhanças com a primeira brasileira.
Os botocudos que eram concentradas no Brasil Central, entre o norte da Bahia e o sul mineiro, se viram obrigadas a ampliar seus limites para escapar do trabalho forçado. Tribos correram para Santa Catarina e outras, até então instaladas no Sudeste, foram vistas por padres franciscanos no Maranhão.
(Com informações do Globo de sábado, 6 - ver aqui a matéria completa)
Amigo Hélcio
ResponderExcluirSobre a Nação Puri, temos um longo capítulo no Volume III de Logradouros de Miracema, por terem sido os donos das terras do Município quando nelas chegaram os ditos desbravadores, que lhes tomaram todo o território, lenando-os ao desaparecimento, não a extinção pois deixaram descendência em Miracema. Tal Capitulo está ao dispor de qualquer intereçado, grátis pela Internet.
Cremos que não se pode afirmar qual seja o humano que tenha sido o primeiro a chegar ao Brasil. A Luiza, sabe-se, tão somente que é o mais antigo crâneo conhecido.
O barbarismo contra os indigenas não foi só com os botucudos, foi com toda esta gente de Norte ao Sul, de Leste a Oeste e, ainda hoje ocorre.
Também não nos parece que os botucudos tenham sido importantes ao Noroeste Fluminense. Seus limites ficavam na Bacia do Rio do Doce, de além Manhuaçu.
Abraços, saúde e Paz de Cristo.
Luiz Carlos/MPmemória.