PLANO DA SIVICULTURA PARA O NORTE E NOROESTE DO ESTADO DO RIO
A Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG) do Estado do Rio disponibilizou no site do Governo do Estado o Plano Básico da Silvicultura Sustentável para as Regiões Norte e Noroeste do Estado do Rio. Acesso aqui.
Algumas citações sobre Miracema no referido Plano:
(...) Com o advento da lei do ZEE - Zoneamento Econômico Ecológico - para a silvicultura e a simplificação do processo de legalização de cultivos comerciais de árvores, a expansão das áreas destinadas a silvicultura deve acelerar. Dentre as iniciativas públicas de estímulo, na Região, podem ser mencionadas a prefeitura de Miracema que incentivou a silvicultura comercial recentemente, a Prefeitura Municipal de São Francisco de Itabapoana que produz mudas subsidiadas de espécies nativas e exóticas, o IFF, Instituto Federal Fluminense de Educação Ciência e Tecnologia que também produz mudas, o Colégio Agrícola de Conceição de Macabu que estimula o plantio de sabiá e a EMATER-Rio que tem o programa “Rio Floresta” que visa orientar os produtores na legalização de seus empreendimentos florestais. (Vol. 1, pág.34)
(...) Em Conceição de Macabu existem cultivos de sabiá para a produção de estacas que vendem muito bem. Há notícia de pequenos plantios de cedro australiano em São Francisco de Itabapoana, Campos dos Goytacazes, São Fidélis, Miracema, Varre-e-Sai, de teca em Miracema; de acacia mangium em São Francisco de Itabapoana e Miracema e nim em Campos dos Goytacazes. O levantamento da FIRJAN, em 2009, apontou também 41,78 ha de seringueira nas Regiões Norte e Noroeste, o que representava 66% deste cultivo no estado do Rio de Janeiro. (Vol. 1, pág 37)
(...) Nela não figuram, por exemplo, a teca (tectona grandis) e o liquidâmbar, ambos com teórico potencial produtivo. No caso da teca, há pequenas lavouras em Miracema, mas as informações iniciais são de que, a sua produtividade não alcançou níveis competitivos (Prof. Débora Guerra, UENF, 2010). A casuarina é endêmica na região de restinga, em São João da Barra, mas seu forte antagonismo sobre as espécies nativas a torna uma indicação restrita a condições muito peculiares. Como faltam referenciais técnico-científicos e empíricos na Região sobre essas três espécies, a sua utilização deve ser precedida de validação por instituições de pesquisa e desenvolvimento para se ter uma decisão qualificada. (Vol. 1, pág. 62)
(...) UNIDADES PR (consideradas preferenciais para a heveicultura)
As unidades PR1 se situam em áreas com altitudes de 400 a 800 m. e a vegetação natural é de floresta tropical subperenifólia. O clima predominante é subtropical, úmido, do tipo Cwa (Köppen) e, nas posições mais baixas do relevo, tropical, subúmido, do tipo Aw. A temperatura média anual varia de 18 a 22 o C, sendo a temperatura média do mês mais frio inferior a 20 o C. A precipitação média anual varia de 1.100 mm a 1.300 mm, havendo estação seca de 4 a 5 meses no período frio, com déficit hídrico anual entorno de 100 mm e a evapotranspiração real média anual é superior a 900 mm.
A unidade PR1r possui relevo forte ondulado ou montanhoso e, menos frequentemente, ondulado. É integrada por latossolos vermelho-amarelos e argissolos vermelho Amarelos, secundariamente cambissolos háplicos. Os solos em geral apresentam boas propriedades físicas, são profundos, de elevada porosidade, permeáveis, bem e acentuadamente drenados, de baixa reserva de nutrientes. O uso de mecanização fica restrito a algumas práticas culturais e à tração animal. Possuem moderada suscetibilidade à erosão, sendo alta que nas partes mais dissecadas do relevo. Práticas de controle dos processos erosivos devem ser adotadas. Distribuem-se em especial na Região Noroeste e próximo a Laje de Muriaé, Miracema, Porciúncula, Natividade e pequenas áreas em Campos dos Goytacazes e Macaé (Serra). (Vol. 1, pág. 76)
Áreas Sugeridas para Implantação de Ecovilas:
(...)
Área 2 – Venda das Flores (Miracema e Laje do Muriaé); e Paraíso do Tobias (Miracema, São José Ubá e Santo Antônio Pádua) (Vol. 1. pág. 140)
Tabela 1 - Área Média da Distribuição da Posse da Terra nos Municípios das Regiões orte e Noroeste Fluminense no Período de 1972-1998
(...)
Miracema:
Ano – Área média (ha)
1972 - 54,60
1989 – 56,38
1990 – 55,21
1991 – 54,38
1992 – 57,85
1998 – 57,0 (Vol. 1, pág. 225)
Regiões / Municípios Estabelecimentos Rurais
Região Noroeste Fluminense - 10.818
Aperibé - 297
Bom Jesus do Itabapoana - 1.075
Cambuci - 1.649
Italva - 631
Itaocara - 1.492
Itaperuna - 1.492
Laje do Muriaé - 431
Miracema - 486
Natividade - 575
Porciúncula - 1.122
Santo Antônio de Pádua - 879
Varre-Sai - 689 (Vol. 1, pág. 227)
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