Obs.: postagem convertida na página "De olho na preservação da Mata Atlântica", em 15/06/2020.
27 de Maio - Dia Nacional da Data instituída por Decreto Federal, de 21 de setembro de 1999, que tem por objetivo apresentar e divulgar medidas para a preservação de um dos Biomas mais ameaçados do Planeta.
APA Miracema |
A Mata Atlântica é a formação florestal mais antiga do Brasil, estabelecida há pelo menos 70 milhões de anos. Atualmente, possui apenas pequenos fragmentos remanescentes. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica, a cobertura atual ocupa apenas 12,4% (em 27/05/2020) da área original. O bioma é considerado de importância prioritária para conservação biológica, devido ao seu grau de ameaça e às altas taxas de endemismo e diversidade, tanto da flora quanto da fauna. Segundo o Ministério do Meio Ambiente a Mata Atlântica abriga 849 espécies de aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350 espécies de peixes. Tais características contribuem para que a Floresta Atlântica esteja em quinto lugar entre as 25 áreas consideradas como de atenção prioritária – os hotspots mundiais.
A Mata Atlântica é a fisionomia vegetal que caracteriza o estado do Rio de Janeiro. Esta floresta apresenta uma variedade de formações que constituem um diversificado conjunto de ecossistemas associados. Na região das Serras do Mar e da Mantiqueira forma uma grande cobertura vegetal que constitui o primeiro degrau dos planaltos do interior. Próximas ao oceano, estão as planícies de restinga, dunas, mangues e lagunas. Esses são alguns dos fatores que explicam as razões pelas quais a Floresta Atlântica é tão rica em sua biodiversidade.
Acompanhamento do desmatamento monitorado por SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) nos Municípios do Noroeste Fluminense
Os fragmentos de remanescentes da Mata Atlântica no Noroeste Fluminense aumentaram 11 ha em 2018, mas no acumulado 2017 e 2018 ainda registra perda de 118 ha
Noroeste Fluminense perde o equivalente a 129 campos de futebol de vegetação da Mata Atlântica em 2017
Mata Atlântica no Noroeste Fluminense cresce 129 hectares em 2016
Noroeste perde 794 hectares de Mata Atlântica entre 2013 e 2015
Remanescentes da Mata Atlântica nos Municípios do Noroeste Fluminense - 2013
REMANESCENTES DA MATA ATLÂNTICA NO NOROESTE – 2009
ÁREAS DE MATAS E FLORESTAS NOS MUNICÍPIOS DO NOROETE - 1970 a 1995
Acompanhamento do desmatamento monitorado por SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na Mata Atlântica
Abaixo, total de desflorestamento na Mata Atlântica identificados pelo estudo SOS Mata Atlântica/INPE em cada período (em hectares):
Desmatamento Observado
|
Total Desmatado (ha)
|
Intervalo (anos)
|
Taxa anual (ha)
|
Período de 2018 a 2019
Período de 2017 a 2018
Período de 2016 a 2017
Período de 2015 a 2016
Período de 2014 a 2015
Período de 2013 a 2014
|
14.502
16.270
12.562
29.075
18.433
18.267
|
1
1
1
1
1
1
|
14.502
16.270
12.562
29.075
18.433
18.267
|
Período de 2012 a 2013
|
23.948
|
1
|
23.948
|
Período de 2011 a 2012
|
21.977
|
1
|
21.977
|
Período de 2010 a 2011
|
14.090
|
1
|
14.090
|
Período de 2008 a 2010
|
30.366
|
2
|
15.183
|
Período de 2005 a 2008
|
102.938
|
3
|
34.313
|
Período de 2000 a 2005
|
174.828
|
5
|
34.966
|
Período de 1995 a 2000
|
445.952
|
5
|
89.190
|
Período de 1990 a 1995
|
500.317
|
5
|
100.063
|
Período de 1985 a 1990
|
536.480
|
5
|
107.296
|
ATUALIZAÇÃO EM 27/05/2011
De 2008 a 2010, o Estado do Rio desmatou 247 hectares da mata atlântica, o equivalente a 247 campos de futebol. A informação consta no Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Fundação SOS Mata Atlântica. Nos 16 estados avaliados, os números chegam à marca de 31.195 hectares, o equivalente a 311,95 quilômetros quadrados de vegetação nativa desmatada. A destruição do bioma – um dos mais ameaçados do mundo – em ritmo acelerado lança alerta ao País com a aprovação do novo Código Florestal.
Os índices são divulgados à véspera do Dia Nacional da Mata Atlântica, nesta sexta-feira (27). No País, do total de quilômetros devastados, 30.944 correspondem a desflorestamentos, 234 à supressão de vegetação de restinga e 17 à supressão de vegetação de mangue.
Estados que mais desmataram entre 2008 e 2010 (em hectares):
Minas Gerais – 12.467
Bahia – 7.725
Santa Catarina – 3.701
Paraná – 3.248
Rio Grande do Sul – 1.864.
São Paulo – 579
Goiás – 320
Rio de Janeiro – 247
Espírito Santo – 237
Mato Grosso do Sul - 117
ATUALIZAÇÃO EM 29/05/2012
13.312 hectares de Mata Atlântica foram desmatados no Brasil no período de maio de 2010 a maio de 2011, segundo o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, divulgado hoje (29) pela Fundação SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Na pesquisa anterior (2008–2010), a área desmatada correspondia a 15.597 hectares, na média anual. Atualmente, restam apenas 7,9% da cobertura de vegetação no bioma.
Cambuci, no Noroeste fluminense, desponta entre os municípios que mais desmataram no estado do Rio entre maio de 2010 e maio de 2011 (em hectares):
São João da Barra - 31
Nova Iguaçu - 14
Cambuci - 12
Queimados - 8
Vassouras - 7
Obs.: não há nenhum município fluminense entre os 50 primeiros do Brasil.
ATUALIZAÇÃO
EM 04/06/2013
Foram avaliados os 17 estados do bioma, sendo 81% de áreas sem cobertura de nuvens. O levantamento abrange, pela primeira vez, o estado do Piauí, cujos remanescentes florestais totalizam 34% da área original protegida pela Lei da Mata Atlântica. Com a inclusão do Piauí no mapeamento da área de aplicação da lei, a área original restante de Mata Atlântica, segundo a ONG, é 8,5%. Sem o Piauí ficaria em 7,9%. Quando considerados os pequenos fragmentos de mata acima de 3 hectares o bioma chega a 12,5%.
Os estados que perderam mais mata nativa de 2011 a 2012 (em hectares):
Minas Gerais - 10.752
Bahia - 4.516
Piauí - 2.658
Paraná - 2.011
Sergipe - 839
Santa Catarina - 499
São Paulo - 190
Alagoas - 138
Pernambuco - 128
Rio Grande do Sul - 99
A tabela a seguir (elaborada por SOS Mata Atlântica) indica os desflorestamentos/decrementos (dec.), em hectares, somente das florestas nativas (sem contar mangue e restinga), observados nos períodos de 2012, 2011-2012 e os comparativos com os desmatamentos observados em 2011 e 2010-2011.
Tabela com os municípios que mais perderam cobertura nativa no período 2011-2012
ATUALIZAÇÃO EM 27/05/2014
A
Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) divulgaram hoje, Dia da Mata Atlântica, em entrevista
coletiva, os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata
Atlântica, no período de 2012 a 2013.
O estudo aponta
desmatamento de 23.948 hectares (ha), ou 239 Km², de remanescentes florestais
nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2012 a 2013, um aumento de 9% em
relação ao período anterior (2011-2012), que registrou 21.977 ha.
A taxa anual de
desmatamento é a maior desde 2008, cujo registro foi de 34.313 ha. No período
2008 a 2010, a taxa média anual foi de 15.183 hectares. No levantamento de 2010
a 2011, ficou em 14.090 ha.
Ao todo, 17 Estados são abrangidos oficialmente pela Mata
Atlântica, e, pelo quinto ano seguido, Minas Gerais foi um dos estados que mais
destruíram o bioma, com perda de 84,3 km² de floresta. “Nas edições anteriores,
Minas Gerais ocupou o segundo lugar, então o estado sempre esteve no topo do
desmatamento da Mata Atlântica. Desde os últimos anos temos feito alertas tanto
ao governo do Estado quanto aos diferentes setores para que possamos tirar
Minas Gerais do topo da lista, porque é o estado que possui maior área de
floresta preservada”.
O Piauí aparece em seguida no ranking do desmatamento no
período, com menos 66,3 km² de floresta. A Bahia foi o terceiro estado que mais
desmatou, com 47,7 km² a menos de vegetação no intervalo avaliado. Em São
Paulo, houve queda de 51% no desmate na comparação com o último período. Mesmo
assim, o estudo mostra que quase 1 km² de floresta desapareceu entre 2012 e
2013. Nesse período, o Rio de Janeiro registrou perda de 0,1 km².
A tabela a seguir indica os
desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar
mangue e restinga), observados no período 2012-2013, com comparativo e variação
em relação ao período anterior (2011-2012):
Mangue e Restinga
No período de 2012 a 2013 não foi identificada, pela escala adotada,
supressão da vegetação de mangue. Na Mata Atlântica as áreas de
manguezais correspondem a 231.051 ha. Bahia (62.638 ha), Paraná (33.403 ha), São Paulo (25.891 ha) e
Sergipe (22.959 ha) são os Estados que possuem as maiores extensões de
mangue.
Já a supressão de vegetação de restinga foi de 806 ha, uma redução de
48% em relação aos 1.544 ha identificados no período anterior. O maior
desmatamento ocorreu no Ceará, com 494 ha, principalmente nos municípios
de Trairi, Amontoada e Aquiraz, com 259 ha, 71 ha e 57 ha de supressão
respectivamente. No Rio de Janeiro foram identificados 106 ha e no
Paraná 94 ha.
A vegetação de restinga na Mata Atlântica equivale a 641.284 ha. São
Paulo possui a maior extensão (206.698 ha), seguido do Paraná (99.876
ha) e Santa Catarina (76.016 ha).
ATUALIZAÇÃO EM 30/05/2015
Estudo da Fundação SOS Mata
Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, divulgados nesta
quarta-feira, 27 (Dia Nacional da Mata Atlântica), aponta desmatamento de
18.267 hectares (ha), ou 183 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da
Mata Atlântica no período de 2013 a 2014, o que equivale a 18 mil campos de
futebol, constituindo, porém, uma queda de 24% em relação ao período anterior
(2012-2013), que registrou 23.948 ha.
Ranking
dos Estados
Piauí foi o estado campeão de desmatamento no ano, com 5.626 ha. Um único município piauiense, Eliseu Martins, foi responsável por 23% do total dos desflorestamentos observados no período, com 4.287 ha. Expansão do cultivo de grãos é responsável pela supressão de vegetação nativa em grandes áreas do estado.
Piauí foi o estado campeão de desmatamento no ano, com 5.626 ha. Um único município piauiense, Eliseu Martins, foi responsável por 23% do total dos desflorestamentos observados no período, com 4.287 ha. Expansão do cultivo de grãos é responsável pela supressão de vegetação nativa em grandes áreas do estado.
É o segundo ano consecutivo que o
Atlas observa padrão de desmatamento nos municípios ao sul do Piauí, onde se
concentra a produção de grãos. No período anterior, entre 2012 e 2013, foram
desmatados 6.633 ha em municípios da mesma região, com destaque para Manoel
Emídio (3.164 ha) e Alvorada do Gurguéia (2.460 ha).
A tabela a seguir indica os
desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar
outras classes, como vegetação de mangue e restinga), observados no período
2013-2014, com comparativo e variação em relação ao período anterior
(2012-2013):
Obs.: na última coluna, em azul,
Estados que reduziram o desmatamento. Em vermelho, indicação de aumento
comparado com o período anterior.
Confira o total de
desflorestamento na Mata Atlântica identificados pelo estudo em cada período
(em hectares):
ATUALIZAÇÃO EM JUNHO DE 2016
A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2014 a 2015, na semana em que se comemora o Dia Nacional da Mata Atlântica (27 de maio). A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan.
O estudo aponta desmatamento de 18.433 hectares (ha), ou 184 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2014 a 2015, um aumento de apenas 1% em relação ao período anterior (2013-2014), que registrou 18.267 ha.
Minas Gerais, que vinha de dois anos de queda nos níveis de desmatamento, voltou a liderar o desmatamento no país, com decréscimo de 7.702 ha (alta de 37% na perda da floresta). A vice-liderança fica com a Bahia, com 3.997 ha desmatados, 14% a menos do que o período anterior. Já o Piauí, campeão de desmatamento entre 2013 e 2014, ocupa agora o terceiro lugar, após reduzir o desmatamento em 48%, caindo de 5.626 ha para 2.926 ha
A exemplo dos últimos anos, os três estados se destacam no ranking por
conta do desmatamento identificado nos limites do Cerrado. O Piauí
abriga o município Alvorada do Gurguéia, responsável pela maior área
desmatada entre todas as cidades do Brasil. Entre 2014 e 2015, foi
identificado decremento florestal de 1.972 hectares no local. Os
municípios baianos de Baianópolis (824 ha) e Brejolândia (498 ha) vêm
logo atrás, seguidos pelas cidades mineiras de Curral de Dentro (492 ha)
e Jequitinhonha (370 ha), localizadas na região conhecida como
triângulo do desmatamento, que abriga ainda Águas Vermelhas (338 ha),
Ponto dos Volantes (208 ha) e Pedra Azul (73).
Além de Minas Gerais, Piauí e Bahia, o Paraná também se encontra em
estado de atenção. Enquanto os três primeiros lideram a lista geral, o
Paraná foi o que apresentou o aumento mais brusco, saltando 116%, de 921
ha de florestas nativas entre 2013-2014 para 1.988 ha no último
período. O retorno do desmatamento nas florestas com araucária é o
principal ponto de alerta, responsável por 89% (1.777 ha) do total de
desflorestamento no estado paranaense no período 2014-2015. Restam
somente 3% das florestas que abrigam a Araucaria angustifolia, espécie ameaçada de extinção conhecida também como pinheiro brasileiro.
ATUALIZAÇÃO EM 2017
A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram o desmatamento ocorrido em 2016. O estudo aponta o desmatamento de 29.075 hectares (ha), ou 290 Km2, nos 17 Estados do bioma Mata Atlântica – representando aumento de 57,7% em relação ao período anterior (2014-2015), referente a 18.433 ha.
Marcia Hirota, diretora-executiva da SOS Mata Atlântica, observa que há 10 anos não era registrado no bioma um desmatamento nessas proporções. “O que mais impressionou foi o enorme aumento no desmatamento no último período. Tivemos um retrocesso muito grande, com índices comparáveis aos de 2005”, disse. No período de 2005 a 2008 a destruição foi de 102.938 ha, ou seja, média anual de 34.313 ha.
ATUALIZAÇÃO EM 2017
A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram o desmatamento ocorrido em 2016. O estudo aponta o desmatamento de 29.075 hectares (ha), ou 290 Km2, nos 17 Estados do bioma Mata Atlântica – representando aumento de 57,7% em relação ao período anterior (2014-2015), referente a 18.433 ha.
Marcia Hirota, diretora-executiva da SOS Mata Atlântica, observa que há 10 anos não era registrado no bioma um desmatamento nessas proporções. “O que mais impressionou foi o enorme aumento no desmatamento no último período. Tivemos um retrocesso muito grande, com índices comparáveis aos de 2005”, disse. No período de 2005 a 2008 a destruição foi de 102.938 ha, ou seja, média anual de 34.313 ha.
Confira o ranking completo dos estados:
Mangue e Restinga
Desflorestamentos
entre 2015-2016, em hectares*
|
|||||||||
UF
|
Área UF
|
Lei Mata Atlântica
|
% Bioma
|
Mata 2016
|
% mata
|
Desmatamento 2015-2016
|
Desmatamento 2014-2015
|
Variação
|
|
1º
|
BA
|
56.473.404
|
17.988.595
|
32%
|
2.014.528
|
11,20%
|
12.288
|
3.997
|
207%
|
2º
|
MG
|
58.651.979
|
27.622.623
|
47%
|
2.836.004
|
10,30%
|
7.410
|
7.702
|
-4%
|
3º
|
PR
|
19.930.768
|
19.637.895
|
99%
|
2.283.731
|
11,60%
|
3.453
|
1.988
|
74%
|
4º
|
PI
|
25.157.775
|
2.661.841
|
11%
|
905.268
|
34,00%
|
3.125
|
2.926
|
7%
|
5º
|
SC
|
9.573.618
|
9.573.618
|
100%
|
2.204.983
|
23,00%
|
846
|
598
|
41%
|
6º
|
SP
|
24.822.624
|
17.072.755
|
69%
|
2.346.481
|
13,70%
|
698
|
45
|
1462%
|
7º
|
ES
|
4.609.503
|
4.609.503
|
100%
|
483.541
|
10,50%
|
330
|
153
|
116%
|
8º
|
MS
|
35.714.473
|
6.386.441
|
18%
|
706.841
|
11,10%
|
265
|
263
|
1%
|
9º
|
RS
|
26.876.641
|
13.857.127
|
52%
|
1.093.302
|
7,90%
|
245
|
160
|
53%
|
10º
|
SE
|
2.191.508
|
1.019.753
|
47%
|
70.166
|
6,90%
|
160
|
363
|
-56%
|
11º
|
GO
|
34.011.087
|
1.190.184
|
3%
|
30.386
|
2,60%
|
149
|
34
|
345%
|
12º
|
RJ
|
4.377.783
|
4.377.783
|
100%
|
819.584
|
18,70%
|
37
|
27
|
37%
|
13º
|
PB
|
5.646.963
|
599.487
|
11%
|
54.924
|
9,20%
|
32
|
11
|
206%
|
14º
|
PE
|
9.815.022
|
1.690.563
|
17%
|
197.181
|
11,70%
|
16
|
136
|
-88%
|
*A tabela indica os desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar outras classes, como vegetação de mangue e restinga), observados no período 2015-2016, com comparativo e variação em relação ao período anterior (2014-2015). |
Mangue e Restinga
No período de 2015 a 2016 foi identificada supressão da vegetação de restinga em 9 dos 17 estados do bioma: Ceará (788 ha), Piauí (244 ha), Santa Catarina (199 ha), Bahia (64 ha), Sergipe (50 ha), São Paulo (32 ha), Rio de Janeiro (29 ha), Paraná (14 ha) e Rio Grande do Norte (6 ha).
Já o desmatamento em mangues aconteceu apenas na Bahia, em uma área de 68 ha.
ATUALIZAÇÃO EM 27 DE MAIO DE 2018
Do site SOS Mata Atlântica
Desmatamento da Mata Atlântica é o menor registrado desde 1985
25/05/2018
O desmatamento da Mata Atlântica entre 2016 e 2017 teve queda de 56,8% em relação ao período anterior (2015-2016). No último ano, foram destruídos 12.562 hectares (ha), ou 125 Km², nos 17 estados do bioma. Entre 2015 e 2016, o desmatamento foi de 29.075 ha. Este é o menor valor total de desmatamento da série histórica do monitoramento, realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O levantamento começou identificando as alterações no período de 1985 a 1990 e a divulgação dos dados ocorreu a partir de 1992.
Sete estados beiram o desmatamento zero, com desflorestamento em torno de 100 hectares (1 Km²). O Ceará e Espírito Santo, com 5 hectares (ha), são os estados com o menor total de desmatamento no período. São Paulo (90 ha) e Espírito Santo ganharam destaque pela maior redução do desmatamento em relação ao período anterior. Foram 87% e 99% de queda, respectivamente. Os demais estados no nível do desmatamento zero foram: Mato Grosso do Sul (116 ha), Paraíba (63 ha), Rio de Janeiro (49 ha) e Rio Grande do Norte (23 ha).
UF | Área UF | Lei Mata Atlântica | % Bioma | Mata 2017 | % mata | Desmatamento 2016-17 | Desmatamento 2015-16 | Variação | |
1º | BA | 56.473.404 | 17.988.595 | 32% | 2.005.710 | 11,10% | 4.050 | 12.288 | -67% |
2º | MG | 58.651.979 | 27.622.623 | 47% | 2.828.890 | 10,20% | 3.128 | 7.410 | -58% |
3º | PR | 19.930.768 | 19.637.895 | 99% | 2.323.735 | 11,80% | 1.643 | 3.453 | -52% |
4º | PI | 25.157.775 | 2.661.841 | 11% | 903.734 | 34,00% | 1.478 | 3.125 | -53% |
5º | SC | 9.573.618 | 9.573.618 | 100% | 2.192.282 | 22,90% | 595 | 846 | -30% |
6º | PE | 9.815.022 | 1.690.563 | 17% | 196.079 | 11,60% | 354 | 16 | 2121% |
7º | SE | 2.191.508 | 1.019.753 | 47% | 69.626 | 6,80% | 340 | 160 | 112% |
8º | AL | 2.777.724 | 1.524.618 | 55% | 142.846 | 9,40% | 259 | 11 | 2243% |
9º | RS | 26.876.641 | 13.857.127 | 52% | 1.092.365 | 7,90% | 201 | 245 | -18% |
10º | GO | 34.011.087 | 1.190.184 | 3% | 30.125 | 2,50% | 165 | 149 | 11% |
11º | MS | 35.714.473 | 6.386.441 | 18% | 706.875 | 11,10% | 116 | 265 | -56% |
12º | SP | 24.822.624 | 17.072.755 | 69% | 2.345.765 | 13,70% | 90 | 698 | -87% |
13º | PB | 5.646.963 | 599.487 | 11% | 54.807 | 9,10% | 63 | 32 | 94% |
14º | RJ | 4.377.783 | 4.377.783 | 100% | 820.307 | 18,70% | 49 | 37 | 34% |
15º | RN | 5.281.123 | 350.994 | 7% | 12.175 | 3,50% | 23 | - | - |
16º | ES | 4.609.503 | 4.609.503 | 100% | 483.172 | 10,50% | 5 | 330 | -99% |
17º | CE | 14.892.047 | 866.120 | 6% | 64.020 | 7,40% | 5 | 9 | -47% |
TOTAL | 12.562 | 29.075 | 56,80% |
*A tabela indica os desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar outras classes, como vegetação de mangue e restinga), observados no período 2016-2017, com comparativo e variação em relação ao período anterior (2015-2016).
ATUALIZAÇÃO EM 23/05/2019
Relatório registrado pela série histórica do Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), aponta que no último ano foram destruídos 11.399 hectares (ha), ou 113 Km², de áreas de Mata Atlântica acima de 3 hectares nos 17 estados do bioma. No ano anterior, o desmatamento tinha sido de 12.562 hectares (125 Km²).
Dos 17 estados, nove estão no nível do desmatamento zero, com desflorestamentos abaixo de 100 hectares, ou 1 Km². São eles: Ceará (7 ha), Alagoas (8 ha), Rio Grande do Norte (13 ha), Rio de Janeiro (18 ha), Espírito Santo (19 ha), Paraíba (33 ha), Pernambuco (90 ha), São Paulo (96 ha) e Sergipe (98 ha). Outros três estados estão a caminho desse índice: Mato Grosso do Sul (140 ha), Rio Grande do Sul (171 ha) e Goiás (289 ha).
Desflorestamento entre 2017-2018, em hectares:
Desflorestamento entre 2017-2018, em hectares:
UF
|
Área UF
|
UF na Lei
|
% na Lei
|
Mata 2018
|
% Mata 2018
|
Desmatamento 2017-2018
|
Variação
|
Desmatamento 2016-2017
|
MG
|
58.651.979
|
27.622.623
|
47%
|
2.829.026
|
10,20%
|
3.379
|
8%
|
3.128
|
PI
|
25.157.775
|
2.661.841
|
11%
|
901.787
|
33,90%
|
2.100
|
42%
|
1.478
|
PR
|
19.930.768
|
19.637.895
|
99%
|
2.322.682
|
11,80%
|
2.049
|
25%
|
1.643
|
BA
|
56.473.404
|
17.988.595
|
32%
|
2.004.746
|
11,10%
|
1.985
|
-51%
|
4.050
|
SC
|
9.573.618
|
9.573.618
|
100%
|
2.189.122
|
22,90%
|
905
|
52%
|
595
|
GO
|
34.011.087
|
1.190.184
|
3%
|
30.172
|
2,50%
|
289
|
75%
|
165
|
RS
|
26.876.641
|
13.857.127
|
52%
|
1.092.336
|
7,90%
|
171
|
-15%
|
201
|
MS
|
35.714.473
|
6.386.441
|
18%
|
712.374
|
11,20%
|
140
|
21%
|
116
|
SE
|
2.191.508
|
1.019.753
|
47%
|
69.901
|
6,90%
|
98
|
-71%
|
340
|
SP
|
24.822.624
|
17.072.755
|
69%
|
2.344.483
|
13,70%
|
96
|
6%
|
90
|
PE
|
9.815.022
|
1.690.563
|
17%
|
198.346
|
11,70%
|
90
|
-75%
|
354
|
PB
|
5.646.963
|
599.487
|
11%
|
54.982
|
9,20%
|
33
|
-47%
|
63
|
ES
|
4.609.503
|
4.609.503
|
100%
|
483.087
|
10,50%
|
19
|
280%
|
5
|
RJ
|
4.377.783
|
4.377.783
|
100%
|
820.164
|
18,70%
|
18
|
-64%
|
49
|
RN
|
5.281.123
|
350.994
|
7%
|
12.041
|
3,40%
|
13
|
-44%
|
23
|
AL
|
2.777.724
|
1.524.618
|
55%
|
140.659
|
9,20%
|
8
|
-97%
|
259
|
CE
|
14.892.047
|
866.120
|
6%
|
64.064
|
7,40%
|
5
|
40%
|
5
|
TOTAL |
16.269.972
|
12,40%
|
11.399
|
-9,30%
|
12.562
|
ATUALIZAÇÃO EM 27 DE MAIO DE 2020
Desmatamento na Mata Atlântica cresce quase 30%
A boa notícia é que Alagoas e Rio Grande do Norte conseguiram zerar desflorestamento; outros sete estados estão próximos de zero
27 de maio de 2020
Após dois períodos consecutivos de queda, aumentou o desmatamento
na Mata Atlântica. Foram desflorestados entre 2018-2019 um total de
14.502 hectares – um crescimento de 27,2% comparado com o período
anterior (2017-2018), que foi de 11.399 hectares. As informações são do
Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realizada desde 1989. O
estudo teve execução técnica da Arcplan e patrocínio de Bradesco
Cartões.
Mais uma vez o estado campeão de desmatamento foi Minas Gerais, que
teve uma perda de quase 5.000 hectares de floresta nativa. A Bahia ficou
em segundo lugar, com 3.532 hectares, seguido pelo Paraná, com 2.767
hectares. Os três líderes do ranking tiveram aumento de desflorestamento
de 47%, 78% e 35% respectivamente, ao comparar com o período anterior.
Já o quarto e quinto lugares da lista, Piauí e Santa Catarina, tiveram
redução do desflorestamento em relação ao período 2017-1018 de 26% e
22%. Piauí somou 1.558 hectares desmatados e Santa Catarina 710
hectares.
Desflorestamentos da Mata Atlântica identificados no período 2018-2019 em comparação ao período anterior (em hectare):
UF | Área UF | UF na Lei MA | %UF na LMA | Mata 2019 | % mata | dec. mata 18-19 | variação do anterior | dec. mata 17-18 |
AL | 2.777.724 | 1.524.618 | 55% | 142.876 | 9,40% | 0 | -100% | 8 |
BA | 56.473.404 | 17.988.595 | 32% | 2.002.297 | 11,10% | 3.532 | 78% | 1.985 |
CE | 14.892.047 | 866.120 | 6% | 64.044 | 7,40% | 25 | 259% | 7 |
ES | 4.609.503 | 4.609.503 | 100% | 482.966 | 10,50% | 13 | -31% | 19 |
GO | 34.011.087 | 1.190.184 | 3% | 41.558 | 3,50% | 5 | -98% | 289 |
MG | 58.651.979 | 27.622.623 | 47% | 2.826.441 | 10,20% | 4.972 | 47% | 3.379 |
MS | 35.714.473 | 6.386.441 | 18% | 711.692 | 11,10% | 381 | 173% | 140 |
PB | 5.646.963 | 599.487 | 11% | 54.690 | 9,10% | 85 | 157% | 33 |
PE | 9.815.022 | 1.690.563 | 17% | 195.659 | 11,60% | 79 | -12% | 90 |
PI | 25.157.775 | 2.661.841 | 11% | 900.394 | 33,80% | 1.558 | -26% | 2.100 |
PR | 19.930.768 | 19.637.895 | 99% | 2.318.034 | 11,80% | 2.767 | 35% | 2.049 |
RJ | 4.377.783 | 4.377.783 | 100% | 820.062 | 18,70% | 44 | 148% | 18 |
RN | 5.281.123 | 350.994 | 7% | 12.172 | 3,50% | 0 | -100% | 13 |
RS | 26.876.641 | 13.857.127 | 52% | 1.091.485 | 7,90% | 146 | -15% | 171 |
SC | 9.573.618 | 9.573.618 | 100% | 2.186.316 | 22,80% | 710 | -22% | 905 |
SE | 2.191.508 | 1.019.753 | 47% | 69.710 | 6,80% | 139 | 42% | 98 |
SP | 24.822.624 | 17.072.755 | 69% | 2.344.276 | 13,70% | 43 | -55% | 96 |
340.804.043 | 131.029.898 | 38% | 16.264.674 | 12,40% | 14.502 | 27,20% | 11.399 |
“A ampliação do desmatamento da Mata Atlântica observada mostra que a
destruição do meio ambiente não tem ocorrido apenas na Amazônia. E o
fato é preocupante, já que restam apenas 12,4% da Mata Atlântica – o
bioma é o que mais perdeu floresta no país até hoje”, afirma Mario
Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.
“Ficamos decepcionados, pois os desmatamentos seguem nas mesmas
regiões. Observamos vários desmatamentos em áreas interioranas e nos
limites da Mata Atlântica com o Cerrado em Minas Gerais, na Bahia e no
Piauí, além de regiões com araucárias no Paraná. Como são áreas já
mapeadas anteriormente, os desmatamentos poderiam ter sido evitados com
maior ação do poder público. É lamentável que sigam destruindo nossas
florestas naturais, ano após ano”, afirma Marcia Hirota, diretora
executiva da SOS Mata Atlântica e coordenadora geral do Atlas.
Os estados com desmatamento zero são Alagoas, Ceará, Espírito Santo,
Goiás, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São
Paulo. Marcia ressalta outra boa notícia: “Pela primeira vez dois
estados conseguiram zerar os desmatamentos acima de 3 hectares: Alagoas e
Rio Grande do Norte. Entre 2017-2018, Alagoas havia registrado 8
hectares de desmatamento, enquanto o Rio Grande do Norte teve 13
hectares”, afirma. O Atlas mede desflorestamentos maiores que 3
hectares. “Em muitos estados que chegaram ao nível do desmatamento zero
pode ocorrer o chamado efeito formiga, os desmatamentos pequenos que
continuam acontecendo em várias regiões e o satélite não enxerga. É a
floresta nativa sendo derrubada aos poucos, principalmente pelo avanço
de moradias e expansão urbana”, diz ela.
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