No repasse de ICMS Ecológico referente a 2021, Miracema destacou-se no Noroeste Fluminense embora tenha recuado 15,52% na comparação com o repasse de 2020. No Estado do Rio, Miracema ocupou o 50º lugar.
Este destaque de Miracema na região em 2021, e também em anos anteriores, deveu-se a criação das duas unidades municipais de conservação ambiental, APA Miracema e Revis da Ventania. Mesmo tendo estes dois carros-chefes que puxam a arrecadação do ICMS Ecológico, somente agora neste ano que iniciou-se o manejo destas duas importantes unidades de conservação. Antes tarde do que nunca.
Embora unidades de conservação ambiental contribuam para aumentar a arrecadação de ICMS Ecológico, assim como proporciona conservação de nascentes e trazer bem estar e lazer para a população de Miracema, que situa-se afunilada dentro de um vale, a gestão atual do município optou por proporcionar a degradação de importantes fragmentos de Mata Atlântica próximas à cidade, que são as matas do Conde, ao incentivar a implantação de aterro sanitário para receber descarte de resíduos sólidos de sete municípios da região, entre eles os dois maiores, Itaperuna e Santo Antônio de Pádua. Incompreensível esta postura do Executivo Municipal, invés disso poderia ter criado nova unidade municipal de conservação ambiental.
No subíndice "Destinação de resíduos", Miracema continua com pontuação muito aquém das pontuações obtidas por São José de Ubá e Santo Antônio de Pádua, que receberam neste quesito mais do dobro de repasse de ICMS Ecológico que Miracema. O município não tem até hoje coleta seletiva, o que, certamente, contribuiria para elevar o índice de ICMS Ecológico. Também incompreensível postura do Executivo Municipal.
De acordo com o gráfico abaixo, que compara os repasses feitos ao município desde o início (2012) até 2020, Miracema atingiu o ápice em 2013 ao receber R$ 2,234 milhões, depois entrou em descendência de 2014 a 2018 e voltou a ascender em 2019 até 2020, e em 2021 voltou a recuar.
Se ainda se destacou no valor recebido, é graças aos trabalhos de antigas gestões que criaram unidades de conservação. Nota-se claramente, que preservar remunera mais que o lixo...Mas... remunera muito os "empreendedores".
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