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sexta-feira, 28 de maio de 2021

Noroeste Fluminense perde mais de mil campos de futebol de vegetação nativa no período 2013 a 2020

A preservação dos fragmentos de remanescentes da Mata Atlântica que sobraram no Noroeste Fluminense, dos quais dependem os fluxos dos mananciais de águas, são fundamentais pois prestam serviços ambientais importantes como a proteção de mananciais hídricos, a contenção de encostas, a temperatura do solo e a regulação do clima, já que regiões arborizadas podem reduzir a temperatura em até 2º C. 

De acordo com levantamento realizado por SOS Mata Atlântica e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), disponibilizado no Atlas Municípios, os fragmentos de remanescentes da Mata Atlântica no Noroeste Fluminense recuaram 1.085 hectares no período 2013 a 2020, o que equivale a 1.085 campos de futebol. A maior perda ocorreu em 2015 (-657 ha), em seguida 2014 (-439 ha) e 2017 (-129 ha). Nos anos 2016 e 2018 tiveram ganhos de 129 e 11 ha, respectivamente, enquanto que em 2019 e 2020 ficaram estáveis.

O bioma na região cresceu em apenas dois municípios neste período: Varre-Sai (214 ha) e São José de Ubá (32 ha). Perdas nos demais municípios: Cambuci (-318 ha), Miracema (-146 ha), Natividade (-138 ha), Itaperuna (-129 ha), Laje do Muriaé (-127 ha), Santo Antônio de Pádua (-124 ha), Porciúncula (-106 ha), Italva (-82 ha), Aperibé (-66 ha) e Bom Jesus do Itabapoana (-46 ha).


Varre-sai detém a maior reserva relativa do bioma na região (11,38%), em seguida Laje do Muriaé (10,28%), Miracema (9,85%), Cambuci (9,04%), Porciúncula (6,97%), Natividade (5,88%), São José de Ubá (4,94%), Santo Antônio de Pádua (4,04%), Itaperuna (4,02%),  Bom Jesus do Itabapoana (3,96%), Itaocara (2,77%), Italva (2,16%) e Aperibé (0,76%).

Obs.: o levantamento efetuado por SOS Mata Atlântica e INPE leva em consideração somente a vegetação nativa acima de 3 hectares.




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